Identidade Bieber escrita por Selena Cullen


Capítulo 7
Sua canção


Notas iniciais do capítulo

Olá meus amores...
Muito obrigada pelos reviews...
Boa leitura...



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Desde o beijo com Justin eu não havia falado com ele, então hoje estava fazendo dois dias que a gente não se falava, eu sentia sua falta, mas também ele passará esses últimos dias pesquisando onde estava a próxima esfera, Scooter e Usher já estavam ficando nervosos com a demora e também tinha os traficantes que apresentavam perigo. Bem, eu não podia fazer nada para ajudá-los, infelizmente.

Hoje era o segundo dia consecutivo que eu ficava praticamente trancada dentro do quarto, sem fazer nada, quer dizer, grande parte do tempo eu observava uma foto minha e de mamãe, e saudade apertava o peito, acho que o que eu mais queria naquele momento era que ela estivesse comigo, ao me lado, muitas coisas eu ainda não compreendia, muitos medos eu ainda não havia superado e estar sem minha mãe só piorava. Eu me sentia sozinha, minhas lágrimas não resolviam mais, não aliviavam a angústia...

Eu teria ficado a noite inteira dentro do quarto também, mas começou a chover, a princípio estava tudo bem, só que depois começaram os lampejos e trovões, me encolhi embaixo do edredom tentando sufocar o barulho, mas não resolveu, era um velho trauma de infância, eu até tomava calmantes em noites de chuva muito forte, ou passava a noite abraçada com minha mãe, mas ela não estava aqui e nunca mais estaria.

Quando um raio fez um forte clarão eu me enrolei na coberta e fui para o quarto de Justin, afinal era o quarto ao lado do meu. Bati em sua porta, mas não obtive resposta, chamei seu nome; gritei seu nome e continuei sem resposta, ele devia estar dormindo e também tinha o barulho da chuva que dificultava as coisas, no ápice de meu medo eu me encolhi em frente à porta, ainda chorando e soluçando, e a cada trovão, cada raio, eu me encolhia mais. Chamei por Justin mais uma vez, chamei pela minha mãe, pedi a proteção dela.

-Lorenna? – Justin abriu a porta, um pouco assustado – O que houve?

Eu não conseguia responder por causa dos soluços, ele desistiu de esperar uma resposta e me pegou no colo, me embalando como a um bebê e adentrou seu quarto me pôs em sua cama e deitou de frente para mim, fez alguns afagos em meu cabelo e sussurrou algumas vezes para eu me acalmar e depois de um tempo funcionou, eu fiquei mais calma, e ele percebeu.

 

-Mais calma? – ele sorria para mim, um de seus lindos sorrisos.

- S... Sim, o... obrig... ada- disse ainda com dificuldade pelo choro.

- O que houve?

- Chuva... Medo... Eu sei, sou uma bo... boba, pode falar.

- Você não é uma boba, talvez um pouco medrosa, mas isso é bom.

-Como pode ser bom?

- Porque me dá vontade de te proteger. – eu corei- Eu também tinha medo de fortes tempestades.

- Você? Não acredito!

-Pode acreditar, mas eu que superei.

-Parece impossível você ter medo, quer dizer, você parece tão forte.

-Todos nós temos medos, eu vou fazer uma lista dos seus para eu ficar logo preparado.

-Haha, engraçadinho... – fiz uma careta para ele – Do quê você tem medo?

-Acho que meu medo é errar, sabe? Não ser capaz de fazer determinada coisa.

- Mas você é um ser humano, tem que se permitir errar.

- Eu digo isso para mim todos os dias.

-Continue dizendo.

Depois disso um silêncio se instalou no quarto e só depois de minutos Justin o quebrou.

-Lorenna?

- Sim?

-Desculpe pelo beijo, ok?

- Não entendi.

- Você não pareceu gostar, pois você nem olhou na minha cara depois.

 

- Vergonha.

- Hãm...

-E de qualquer forma eu beijei primeiro.

O silêncio se instalou novamente.

-Lorenna?

-Oi?

-Posso te beijar de novo?

-Pode... – eu corei, mas respondi o que eu queria de verdade.

E assim ele selou nossos lábios em um beijo calmo e doce, minhas descrições para seus beijos eram muito vagas, não podia explicar como era bom sentir sua boca aveludada colada a minha, sua língua dançando com a minha, seu sabor, que parecia ser único. E mais uma vez eu tive medo de ficar dependente dele, e o pior era que era exatamente isso que estava acontecendo.

Quando nos separamos para respirar, eu tive raiva de ter essa necessidade.

- Sabia que você foi o primeiro a me beijar- eu confessei depois de minutos.

-Quanta honra.

E então eu não resisti e selei nossos lábios, eu explorei cada cantinho de sua boca tentando gravar em minha mente seu sabor e depois que nos separamos ele disse ofegante:

- Gostei disso...

Eu não respondi, corei e ficamos calados, ouvindo a respiração um do outro. Percebi que agora só residia um leve chuvisco lá fora.

-Justin? – quebrei o silêncio- Está dormindo?

- Não.

- Sabe cantar?

-Que tipo de pergunta é essa? – ele disse curioso.

 

-Eu durmo melhor quando ouço uma canção.

- Bem, eu acho que sei.

-Sério?

-Quando eu era menor, ajudava minha mãe tocando músicas na rua, dava para ganhar uns trocados.

- Que fofo.

- Eu tinha vontade de ser cantor, eu escrevia músicas...

-Desistiu do sonho?

- As circunstâncias não foram favoráveis e era só um sonho de infância.

- Os sonhos de infância são os mais importantes, agora cante uma de suas canções para mim?

- Eu não me lembro muito bem, acho que tinha uma que era mais ou menos assim...

 

Your world is my world

and my fight is your fight

my breath is your breath and your heart (and now I've got)

 

Sua voz era linda, era rouca e sua música era linda.

- Nossa, sua voz é linda, você tem muito talento, não deveria desistir de ser cantor.

- Para você, as coisas parecem tão fáceis.

-Sou sua fã...

Ele riu e eu encostei a cabeça em seu peito e pedi para ele continuar a cantar, ele botou a mão em minha cabeça e continuou.

 

 

My one love

My one heart

My one life for sure

Let me tell you one time (girl I love, girl I love you)

I'm tell you one time (girl I love, girl I love you)

Ill be your one guy

You'll be my number one girl

Always making time for you Let me tell you one time (girl I love, girl I love you)

I'm a tell you one time (girl I love, girl I love you)

 

 

E foi assim que eu adormeci, ouvindo Justin Bieber cantando para mim.

 

                                         . . .

 

- Just... UOU – Scooter adentrava o quarto, mas se interrompeu ao ver eu e Justin- Desculpa, desculpa, não queria interromper.

 

Eu corei, afinal estávamos em uma situação e posição muito constrangedora, pernas entrelaçadas e abraçados, eu rapidamente me separei de Justin.

 

- Não interrompeu nada- eu disse mais que corada- só estávamos...

 

-Eu não quero saber o que estavam fazendo – Scooter me cortou.

-Acordou a gente porque man?- Justin disse enfim.

-Descobrimos onde está a próxima esfera.

-Onde? – Justin pareceu se interessar.

-Na Itália.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


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Notas finais do capítulo

Bem aí está mais um capítulo.
Reviews? Recomendação? Mereço tanto? =P
E ai, estam gostando?
Amo muiito vocês.
Até o próximo, beijoos!