Identidade Bieber escrita por Selena Cullen


Capítulo 6
Sorvete de creme


Notas iniciais do capítulo

Oi amores, espero que gostem.
Boa leitura!



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Desde que lanchei com Justin e compartilhamos nossos sonhos, pensamentos, passados e gostos, a gente se aproximou, diria mais, diria que nos tornamos amigos e era muito bom tê-lo como amigo, meu primeiro amigo de verdade e uma pessoa, que não era minha mãe, que eu confiasse de verdade.

 

Eu estava na suíte, fitando o teto, contando as pedrinhas que tinha no lustre, ou melhor, fazendo nada, eu ainda estava de pijama, estava com preguiça de levantar, porém Justin começou a bater na minha porta, chamando meu nome, parecia estar com pressa.

 

- Oi – respondi rapidamente, pensando no que poderia ser.

 

- Rápido, vamos, rápido.

 

- Ir para onde menino?

 

Ele não me respondeu apenas me colocou nas costas e saiu me levando como se eu fosse um saco inútil de batatas.

 

- Justin – chamei, tentando sair de seus braços. – me põe no chão!

 

Ele não atendeu meu pedido, ele continuou correndo, correndo para o estacionamento e só me botou no chão quando chegamos ao seu querido Range Rover, ele me botou no banco carona e rapidamente entrou na direção e saiu em disparada para sei lá aonde.

 

- Você bebeu ou se drogou? – eu perguntei.

 

- Nenhum dos dois.

 

- Então, por favor, me responde por que me pegou daquele jeito e me trouxe a força para seu carro?

 

- Porque eu disse para Scooter que não estava a fim de trabalhar hoje, aí ele disse que eu era preguiçoso, aí eu disse que ele era gay e que Usher era seu namorado e saí correndo.

 

- Você é louco!

 

-Eu sei! Mas quem não é louco que atire a primeira pedra.

 

- Vamos aonde agora?

 

- Que tal um tour por Toronto, pode ser nossa única chance de fazerisso, acho que nossa estadia por aqui já está acabando!

 

Foi aí que percebi outra coisa importante e chamei pelo nome dele calmamente.

 

- Justin?

 

- Sim?

 

- EU TÔ DE PIJAMA E NÃO POSSO FAZER UM TOUR DE PIJAMA!

 

- Ah é! Bem, fica calma, vamos dar um jeito nisso!

 

Ele parou em uma dessas lojas de rua e ele saiu do carro para comprar algumas vestimentas descentes, afinal pijama de vaquinha não era uma coisa muito apropriada. Ele voltou com um Jens comum e uma blusa preta onde era escrito em letras grandes I LOVE TORONTO, eu agradeci e passei para o banco detrás para me trocar, porém não antes de dizer a ele.

 

- Se você espiar vai perder sua capacidade de ter filhos!

Ele não respondeu nada só riu.

 

Eu me troquei, não o vi me espiando.

 

- Agora vamos ao tour? – ele perguntou.

 

- Ao tour! – respondi sorrindo. - E aonde vai ser a primeira parada?

 

- No extremo sul- ilhas, para chegar lá vamos pegar o ferry boat.

 

- Eu não entendi nada do quê você disse.

 

Ele se limitou a rir .

 

- Espera então!

 

 

Depois de alguns minutos ele disse.

 

- Chegamos.

 

E quando chegamos eu percebi que teríamos que ir de barco, o tal do ferry boat era um barco!

 

- Barco? Você não disse nada sobre isso!

 

- Lorenna- ele disse paciente- Ilha é tecnicamente um pedaço de terra cercado por água.

 

- Não vou entra nisso – falei decidida.

 

- Ah, vamos, por favor, vai ser divertido, prometo!

 

- Não sei não – disse ainda negativa, porém um pouco menos decidida, afinal ele pediu com tanto jeitinho.

 

Ele pegou minha mão, onde de novo eu senti aquela estranha corrente elétrica, e saiu me puxando em direção aquele barco.

 

Eu me dei por vencida e entrei e quando começamos a navegar apertei com força a mão de Justin e cerrei os olhos com força.

 

Ele se soltou de minha mão, me abraçou por trás e disse sussurrando ao pé do meu ouvido.

 

- Feche os olhos suavemente – prontamente o obedeci. – Agora, sinta o vento em seu rosto, o sinta sussurrar em seu ouvido, sente?

 

- Sinto.

 

- Agora, sinta o cheiro do mar, a imensidão do mar, sente?

 

- Sim.

 

- E com isso Lorenna, você pode tudo, agora repita comigo, eu posso tudo!

 

- Eu posso tudo – repeti.

 

- Fale mais alto!

 

- Eu posso tudo – falei elevando o tom da voz.

 

- Acredite nisso, acredite que você pode tudo! Grite!

 

- EU POSSO TUDO! – gritei e acreditei.

 

E quando novamente abri os olhos percebi que todos olhavam para mim. Eu corei, mas me senti muito bem e não resisti e caí na gargalhada e Justin me acompanhou.

 

E  enfim chegamos as ilhas e tudo melhorou pois lá era lindo, a areia era branquinha, a água cristalina, eu fiquei sem palavras, apenas fiquei a admirar aquela linda paisagem.

 

- E ai, gostou? – perguntou Justin ao meu lado.

 

- É... É... Lindo!

 

- Sabia que você ia gostar, afinal, praia e seu lugar favorito.

 

- Você lembra?

 

- Eu não poderia esquecer pequena – ele disse novamente ao pé do ouvido, um arrepio percorreu minha espinha.

 

Depois eu saí correndo pela areia branquinha, eu me senti tão bem, tão livre, fazia muito tempo que eu não fazia isso, parecia que nada poderia me afetar, não existia problemas, só soluções. Quando me cansei, me joguei na areia, feliz de verdade e percebi Justin ao meu lado ofegante.

 

- Até que você é rápida. – ele se jogou ao meu lado

 

- Eu sei...

 

- Convencida.

 

- Você só não é mais rápida que eu. – ele continuou.

 

- Convencido.

 

Ele sorriu, era tão fácil vê-lo sorrindo, tão bom, tão certo.

 

                                         . . .

Depois do ferry boat, voltamos para o Range Rover.

 

- Segunda parada? – perguntei.

 

- Vamos ao CN tower, lá tem uma bela vista de Toronto.

 

- É muiiiito alto?

 

- Só um pouco.

 

- Justin eu tenho medo de altura.

 

- Não se preocupe o máximo que pode acontecer e cairmos lá de cima.

 

- Nossa, me sinto melhor agora- disse irônica.

 

- Lorenna, eu nunca deixaria você cair.

Eu corei e não disse mais nada.

 

Quando chegamos lá percebi que era bastante alto e começei a tremer.

 

- Vem! Segura minha mão. – aceitei a oferta.

 

E juntos entramos e fomos até o topo e realmente tinha uma linda vista, era perfeita, tão perfeita que me fez perceber que eu sentiria falta de Toronto.

 

- Vou sentir falta daqui! – eu disse.

 

- Eu também.

 

Voltamos a observar a vista.

 

- Justin?

 

- Oi? – o desconcentrei da vista.

 

- Depois que isso tudo acabar, eu vou voltar para Londres?

 

- Provavelmente.

 

Isso de alguma forma mexeu comigo, eu não sei como, mas mexeu.

Depois de alguns minutos de silêncio, Justin se pronunciou primeiro.

 

- Vamos comer agora?

 

- Boa idéia! Aonde?

 

- Aqui mesmo tem um restaurante, pode ser?

 

- Pode.

 

Fomos até o restaurante e degustamos de uma comida maravilhosa eu até esqueci a altura.

 

- Agora- ele disse passando o guardanapo nos lábios- vamos ao High park, o maior parque de Toronto.

 

- Adoro parques!

 

- Então, vamos?

 

- Sim.

 

O caminho até o parque foi engraçado, Justin fazia caretas ao contar episódios de sua vida, como de quando ele fugiu de um poodle.

 

- Um poodle?

 

- Sim.

 

- Ah, fala sério!

 

- O bichinho era do mal tá? E ele tinha dentes afiados! E por alguma razão tinha raiva da minha cueca.

 

- Ele via sua cueca?

 

- Sim, minhas calças ficavam caindo.

 

- Por que não usava cinto?

 

- Porque o sexy era a calça caindo.

 

- Super sexy, menos para o poodle. – disse rindo.

 

Ele estacionou o carro e juntos fomos caminhar pelo gramado do high park, que também era um lindo parque.

 

- Agora- eu parei de repente – o pique tá com você.

 

Eu saí correndo, igual a uma criança e Justin veio atrás de mim depois de assimilar por poucos segundos minha maluquice.

 

E realmente ele era mais rápido que eu, como ele disse na praia e então ele me alcançou, e quando me alcançou ele me jogou no chão e saímos rolando pela grama e terminamos rindo cheios de grama.

 

- Essa não valeu – falei ainda rindo.

 

Levantamos e limpamos o excesso de grama e voltamos a caminhar agora civilizadamente.

 

- Uma boa hora para um sorvete?

 

- Ótima hora para um sorvete.

 

Procuramos uma carroçinha de sorvete e compramos duas casquinhas de creme e quando eu começei e tomar meu sorvete e fiquei logo lambuzada, mas poxa, tomar sorvete sem se sujar é muito chato a graça é ficar suja, porém o Sr. Perfeitinho estava limpíssimo e tomava seu sorvete com agilidade, muito certo para o meu gosto.

 

- Lorenna? – ele chamou depois de minutou.

 

- Hum? – respondi interessada no sorvete.

 

- Seu rosto está um pouco sujo. – ele disse – na verdade... Está muito sujo, deixa eu te ajudar.

 

Ele pegou um guardanapo e começou a limpar os cantos da minha boca e eu começei a observá-lo, seu rosto era lindo, bochechas rosadas, olhos sempre indecifráveis e sorriso cativante, ele era lindo e me deixava louca.

 

- Pronto! – só aí percebi que ele tinha terminado de limpar.

 

Não sei o que me deu, em situações normais nunca teria feito o que fiz, porém eu senti que precisava fazer provavelmente o sorvete congelou meus neorônios e então eu selei nossos lábios em um singelo selinho, mas foi só um encostar de lábios eu logo desencostei, porém também foi o suficiente para meu coração acelerar.

 

E parece que Justin não se contentou com um selinho, pois ele selou nossos lábios novamente, só que dessa vez em um beijo de verdade, meu primeiro beijo literalmente, foi perfeito sabe?

 

Eu senti as famosas borboletas no estômago, nossas línguas se encontraram e juntas dançaram em sincronia, ele explorou cada pedacinho da minha boca e eu a dele, eu senti emoções maravilhosas, emoções verdadeiras, como se não precisássemos de nada apenas dos lábios um do outro, mas infelizmente precisávamos de ar, nos separamos, mas ainda com a testa colada uma na outra e a respiração ofegante ele disse.

 

- Droga, não deveria ter feito isso- eu segurava em sua blusa firmemente, como se minha vida dependesse disso.

 

- Nem eu – respondi.

 

E novamente selamos nossos lábios, eu entrelacei meus braços em seu pescoço e ele distribuía singelos carinhos  pela minha cintura, esse beijo foi mais lento, nos dançávamos conforme a música, um beijo carinhoso, taxando assim meu segundo beijo, literalmente.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


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Notas finais do capítulo

Gostaram?
Mereço reviews?
Muito obrigada pelos reviews do capítulo anterior!
Beijoos flores e até o próximo.