Identidade Bieber escrita por Selena Cullen


Capítulo 5
McDonalt's


Notas iniciais do capítulo

Boooa Leituura...



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 Desembarcamos no Pearson international airport, bem, pelo menos foi isso que eu li na plaquinha, eram 11h05min AM, fomos até o carro que Usher alugou.

 

                         

 - Vamos direto? – Justin perguntou.

 

-Sim vamos direto, qualquer tempo perdido pode resultar em um erro, afinal, eles não podem chegar antes da gente.

 

- Vamos direto para onde?- perguntei alheia

 

- Para o The Bata Shoe Museum – Usher respondeu.

 

 - O que é esse de Museum Bata? – perguntei.

 

- É um museu- Justin disse.

 

- Disso eu sabia, mas o que vamos fazer lá?

 

- E lá que está a próxima esfera.

 

Usher dirigia muito rápido, tão rápido que as coisas pela janela passavam como borrões indistintos, isso deixou nervosa, começei a fazer exercícios de relaxamento, mas não só pela rapidez, mas por tudo.

 

Oh meu deus, já pensou eu lidando com traficantes, e ainda por cima traficantes russos? Definitivamente não gostei disso.

 

Eu não sabia lidar com esse tipo se situação, eu não dava medo nem no gato da esquina, e esses pensamentos só me deixavam mais nervosa ainda.

 

- Tá tudo bem? – Justin perguntou.

 

- Estou tentando me desprender do mundo nesse momento.

 

- Ahhh, entendi – ele respondeu segurando o riso. O ignorei.

 

Só voltei à realidade quando o carro parou bruscamente.

 

- Vamos? – Usher perguntou se virando para Justin.

 

-Sim, vamos – não sei por que mais nesse momento tive vontade de segura-lo, para ele não ir – Mas qual vai ser o esquema?

 

- O Scooter fica, vai ser mais fácil de escapar se algo der errado.

“Se algo der errado”, essa frase ficou se repetindo na minha cabeça.

 

Abri a porta do carro pronta para sair.

 

- Aonde você vai? – Justin perguntou.

 

 - Comprar sorvete – disse irônica – Vou com vocês, oras!

-

 Para quê? – Usher perguntou, sei que eles eram agentes e tal, mas às vezes eles eram burros.

 

- Para ajudar. – disse como se fosse óbvio, e era, né?!

 

- Então vamos lá – Usher disse – E bom que você fica vigiando.

 

- Está maluco man? – Justin perguntou.

 

- Vamos man, não temos tempo, fora que a garota vai ser útil, e assim nada vai dar errado.

 

- Isso, vamos lá – eu disse, e sai andando – Vão ficar aí parados?

 

- Adoro garotas com atitude! – Usher disse e veio logo atrás de mim.

 

- Justin – eu disse – não podemos fazer isso sem você!

 

- Yeah man! – Scooter concordou.

Justin veio meio à contra- gosto, mas não antes de dizer.

 

- Que fique claro que eu não concordo com isso!

 

 Na entrada do museu, paramos, o museu estava fechado, mas não demoramos a entrar, pois Usher tinha um cartão magnético especial, ou sinistro se preferir, eu particularmente prefiro sinistro.

 

Quando entramos fomos direto para a ala onde a esfera estava, eu parei na entrada da ala, era ali que eu ficaria vigiando, Scooter logo entro na ala, mas Justin parou para falar comigo.

 

- Sabe usar? – Justin me entregou uma arma.

 

- Não – disse devolvendo o objeto – não gosto.

 

- Nem eu – disse Justin – Mas fica, ficarei mais tranquilo.

 

- Hãm – resmunguei o obedecendo

 

 

Não sabia nem segurar aquela coisa direito, devia estar parecendo uma tapada com aquela coisa na mão, tipo uma criança que ganha um livro no natal invés de um brinquedo, porém fiquei ali vigiando e amaldiçoando a maldita hora que resolvi dar uma volta pelo cemitério.

 

Mas não nego que estava me sentido importante, tipo o carinha de agente teen, ok, me ignore.

 

Eles demoraram aproximadamente uns 25 minutos, quase uma eternidade para mim.

 

- Vamos, vamos! – Justin saiu correndo de dentro da ala.

 

Ele me puxou pelo braço e saiu praticamente me  arrastando, Usher vinha correndo logo atrás, quando chegamos no carro, Scooter perguntou:

 

-Conseguiram?

 

-Sim, sim, mete o pé no acelerador, rápido! – Usher disse ofegante pela corrida e apressado para sair logo dali.

 

- E agora? – Justin perguntou.

 

- Bem, só temos que desenvolver o enigma da próxima esfera e vamos para o lugar certo, e o mais importante, antes deles – Usher disse –Ah, e Scooter vá para o hotel Windsor Arms, fiz as reservas lá.

 

Quando chegamos ao hotel rapidamente, e o hotel era lindo, parecia até um pouco fantasioso.

 

Usher foi até a recepcionista para pegar as chaves da suíte e tudo isso.

 

- Gente – voltou Usher – Bem, tá tudo certo, nos estamos com as suítes 1003, 1004, 1016 e 1017.

 

No final, eu fiquei com a suíte 1003, Justin com a 1004, Scooter com a 1016 e Usher com a 1017.

 

 

Fui para minha suíte, com minha mochila no ombro, eu tinha verificado a mochila, agradeci aos deuses por ter algumas mudas roupas dentro da mesma. Só que Toronto era frio e casaco eu não tinha, com algumas, poucas, notas de dinheiro desci até o hall do hotel, onde encontrei uma loja e comprei um casaco, logo após subi novamente, Justin estava encostado na porta da minha suíte.

 

-Aonde foi? – ele perguntou.

 

- No hall do hotel, comprar um casaco.

 

- Devia ter avisado, fiquei preocupada.

 

- Já voltei.

 

- Mas poderia não ter voltado.

 

- Mas voltei – disse teimosa – Posso entrar agora?

 

- Você quer sair para comer algo? Comigo? – ele convidou de repente.

 

- Quer me levar para sair? Por quê?

 

- Eu não estou a fim de investigar nada hoje, e se eu ficar aqui, Usher vai me chamar para estudar – ele disse – E também seria uma boa chance de me redimir com você, de mostrar que não sou um cara tão mau assim.

 

- Então – ele perguntou olhando para o chão – vamos?

Bem, pensei, porque não? Afinal eu também não queria ficar presa no quarto.

Peguei o casaco na sacola plástica que estava em meu braço, vesti o casaco, o encarei e disse sorrindo:

 

- Vamos.

Ele sorriu também e juntos descemos o elevador e fomos até o estacionamento, Justin comentou que a Range Rover dele já devia ter chegado, sim, ele tinha um carro que o acompanhava por todos os países, o carro fora um presente de Usher, e segundo Justin, a Range Rover dele era seu bebê. Homens...

 

- Tem alguma idéia de onde ir? -Justin perguntou logo após de dar a partida no carro.

 

Como se eu conhecesse Toronto, porém me surgiu uma idéia.

- Hãm, por aqui tem McDonalt's? – perguntei igual a uma criança, mas poxa, quem não ama o McDonalt's?!!

 

- Tem – ele respondeu rindo também.

Justin dirigiu até o McDonalt's, escolhemos uma mesa e sentamos.

 

- Então, o que vai querer? – ele perguntou.

 

- Batata frita e coca- ele se levantou para fazer os pedidos.

 

-JUSTIN- gritei chamando a atenção dos clientes, ele se voltou para mim constrangido- Não esquece o ketchup!

 

Ele me encarou com uma cara do tipo “oisouumbolinhodearroz”, eu ri.

Depois de uns 15 minutos ele voltou com o lanche.

 

- Seu ketchup- ele me jogou os saches de ketchup.

 

- Brigadinho- por fim ele riu- Observe, batata frita é maravilhosa, agora batata frita com ketchup, ainda não inventaram palavras para definir.

 

- Você é engraçada, ou é louca, ainda não decidi – ele falou rindo.

 

-Quando decidir me fala- pisquei para ele.

 

- Pode deixar.

 

- Justin – chamei ao mesmo tempo em que rodava a batatinha no ketchup – Quantos anos você tem?

 

- Estou no auge de meus 17 anos, porque a pergunta?

 

- Porque não sei praticamente nada sobre você, só sei seu nome e que está atrás de bolinhas com poderes de destruição indescritíveis, e agora que tem 17 anos, fora isso- dei de ombros – não sei nada.

 

 

- Bem que eu sou agente você já deve saber, né?

 

- Sim, isso eu também sei.

 

- Ah, sei lá, é difícil falar de mim mesmo, o que você quer saber?

 

-Qualquer coisa, que tal sua família?

Vi uma passageira sombra de tristeza em passar pelos  seus olhos.

 

- Não gosto de falar nisso, mas confio em você, não sei porque, mas confio- ele disse- Bem, meu pai e minha mãe eram separados, meu pai tinha outra família, eu tinha meio- irmãos, eu amo meus irmão e tal, mas as vezes eu gostaria dele ao meu lado para ao menos  ganhar um “abraço de pai”, já minha mãe é provavelmente a mulher mais incrível que conheci, mas tive que deixá-la, estava difícil estender as rendas para nos dois, mau sobrava para um só, e também eu odeio ser o peso da história, então sai de casa, aos 12 anos, encontrei Usher e Scooter, e o resto você já sabe.

 

Fiquei comovida com sua história, ele com certeza não tinha uma vida fácil. Eu nem sabia o que falar para ele.

 

-E a sua? – perguntou Justin assim me tirando de meus pensamentos.

 

- Minha o que, minha família?

 

- Impossível Lorenna.

 

- Sério, minha mãe já morreu, e meu pai eu não conheci, ele abandonou minha mãe grávida, TÃ RAM – disse um pouco triste.

 

- Sinto muito.

 

-É, eu também.

 

- Então naquele dia do cemitério, você estava no enterro de sua mãe?

 

- Sim estava.

 

- Estou me sentindo mal, você não estava em um bom momento e eu só piorei as coisas.

 

- Tá tudo bem, continue falando de você – na verdade não estava nada bem, a morte de minha mãe era algo que eu provavelmente nunca iria superar, mas não queria que os outros se sentissem mal por minha causa.

 

- Fala de você primeiro – Justin propôs – depois falo mais de mim.

 

- Ok, bem, eu amo muiiiiiito música, sabe? As melodias são como a interpretação da minha vida, dos meus momentos, me fazem lembrar de boas coisas, quando tudo era mais fácil, quando eu tinha a paz de uma criança, tipo quando eu e mamãe íamos para casa dos meus avôs, eu levantava cedo para pescar com o vovô ou de quando no final da tarde eu sentava no colo da vovó e comia bolo de milho, ou de quando eu e minha mãe deitávamos no gramado e ela me ensinava a apreciar o brilho das estrelas, um tipo de brilho único, ou quando eu botava aqueles macacões sujos de tinta e sorria verdadeiramente,  quando eu queria sair na rua e alcançar todos os meus sonhos .

 

- Nossa não sei o que dizer, porém você é uma guerreira e com certeza pode alcançar todos os seus sonhos.

 

-Que nada, sou uma chorona.

 

- Olha, eu, por exemplo, não sei se sou corajoso, mas uma coisa minha mãe me ensinou, e isso eu nunca vou esquecer, só os fortes chorar, só os fortes tem capacidade de admitir que erraram, e que a verdadeira força está no coração,não no físico.

 

- Nossa isso é lindo. - eu disse

 

Ele apenas sorriu.

 

- Que tal perguntas mais simples agora? – ele perguntou.

 

- Ok, eu começo- eu disse – Hum, qual sua cor favorita?

 

- Azul, e a sua?

 

-Empatou – disse jogando uma batata nele.

 

 

 - Animal preferido? – perguntou ele retribuindo a batata.

 

- Focas. – eu disse rindo.

 

- Focas? – perguntou ele rindo.

 

- Sim, o modo como elas batem palmas, ou de como fazem, on, on, on, é lindo. E os seus?

 

-Gosto de todos os animais, mas acho que é cachorro.

 

- Ahhh, muito normal!

 

- Normal com certeza é uma palavra inexistente para você, né?

 

- Haha, engraçadinho... - eu disse- Lugar favorito?

 

- Lugares calmos, onde eu possa pensar, e você?

 

- Praia.

 

- Sonho? – ele perguntou.

 

- Morar em uma praia, encontrar um amor verdadeiro, essas coisas, e você?

 

- Ver você sem roupa!

 

Eu corei.

 

- É sério – eu disse.

 

- Eu to falando sério!

 

- Sério Justin.

 

Ele riu e enfim disse.

 

- Acho que é procurar minha mãe, me apaixonar perdidamente por alguém, não sei bem – ele disse – Vou resumir, um sonho é simplesmente ser feliz, ser feliz de verdade, nem que seja só por uma noite.


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Notas finais do capítulo

Muiiiiiiiito obrigada pelos reviews!
Fiquei pesquisando sobre Toronto um dia inteiro.
Beijos amoras, espero que gostem, até o próximo