Identidade Bieber escrita por Selena Cullen


Capítulo 3
Envolvida


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura



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Levantei cambaleante, peguei a mochila e fui caminhando para o orfanato. Minha blusa branca estava toda suja, eu estava tonta, com medo e com 4 quadras pela frente para andar.

 

- Lorenna Maria?

 

  Olhei procurando quem disse meu nome, ao meu lado esquerdo tinha um garoto em uma Range Rover. Quase babei pelo motorista e pelo carro.

 

- Como... Como...sabe meu nome? – Foi a única coisa que consegui dizer.

 

- Entra aí – ele disse – Vamos tomar café.

 

- Não, obrigada.

 

 Apertei o passo, mas ele me seguia com o carro, parei de andar e o encarei.

 

- O que você quer? – Perguntei.

 

- Tomar um café com você – Ele disse simples

 

- já disse que não, não saio por aí entrando em carros de estranhos

 Porém eu tinha a sensação de que o conhecia.

 

- Me deixe em paz, por favor – Começei a chorar.

 

Eu estava tão frágil naquele momento, tão confusa, que não consegui segurar o choro. Observei em meio às lágrimas o garoto sair do carro, vindo até mim e me abraçando, retribui o abraço, chorando em sua camisa social.

 

Ele me levou até o carro e me colocou no banco carona, deu a volta e entrou na direção, pegou minha mão, senti uma pequena corrente elétrica com seu toque, e apertou.

 

- Fica calma – ele disse com a voz aveludada – Não vai acontecer nada com você.

 

Olhei em seus olhos, foi então que o reconheci, o garoto da briga do cemitério, o Bieber.

 

- O que você quer comigo? – Disse ainda soluçando.

 

- Eu não sei de nada, eu juro!

 

- Só quero conversar, só isso!

 

Ele deu um meio sorriso que se me permite pensar era muito sexy, brisei um pouco ali.

 

- Chegamos – Ele me tirou de meus devaneios.

 

Olhei o local, era uma cafeteria, ele abriu a porta para mim, sai do carro e juntos caminhamos até o local.

 

- Posso pedir dois cafés? – Ele perguntou quando sentamos.

 

- Eu não gosto de café! – Ele me olhou surpreso.

 

- Então, que tal um suco de laranja?

 

- Pode ser – Concordei.

 

    Ele fez os pedidos.

 

 - Então Lorenna, como foi que...

 

- Como sabe meu nome? – O interrompi repetindo a pergunta.

 

- Digamos que eu estava interessado em você.

 

- Você tipo me espionou?

 

- Pode ser – Ele disse como se fosse algo normal para ele.

 

- Ótimo, agora sou investigada e nem sei por quê.

 

- O assunto é um pouco delicado Lorenna – Ele disse cansado.

 

- O que você quer comigo afinal?

 

- Você já me reconheceu né? – Ele perguntou.

 

- Já.

 

- Posso perguntar como?

 

- Pelos seus olhos, a cor é de um mel tão diferente, parece ser único- Deixei escapar sem querer.

 

Ele sorriu, eu corei.

 

- Lorenna, você contou algo para alguém?

 

- Não, eu não contei, eu juro!

 

- Acredito em você!

 

- Mas... Ah, deixa!

 

- Mas o que? – Ele perguntou.

 

- Nada, deixa!

 

- Lorenna, você precisa falar, é para sua segurança!

 

- Depois daquela briga, hoje mais cedo, houve um tipo de sequestro comigo, me fizeram perguntas e me soltaram... Só isso!

 

Ele ficou pensativo.

 

- Você ainda diz só isso? Droga! – ele disse – O que te perguntaram?

 

- Não me lembro direito, tá? – respondi- Eu estava tonta, eles me deram um bagulhinho para cheirar e eu desmaiei.

 

- Éter – ele concluiu

 

- Hãm? – perguntei

 

- Éter, foi o que eles fizeram você cheirar – ele disse – Me diz o que você lembra sobre as perguntas.

 

- Me lembro que a pergunta principal foi sobre você e depois ele disse que eu ia voltar.

 

- Isso não é bom, droga, eles querem você!

 

- Porque eles me querem? Hein?

 

- Eu não sei Lorenna.

 

-Eu não tenho nada haver com essa história, eu... eu... – olhei para a rua – Droga, está escurecendo, tenho que ir.

 

Levantei sem esperar os pedidos.

 

- Tchau Justin! – Disse apressada.

 

Só que ele se levantou também.

 

- Agora, os planos mudaram Lorenna – ele disse quando já estávamos fora da cafeteria.

 

- Agora, você vem comigo!

 

- Do quê você tá falando?

 

Ele não me respondeu, senti um tipo de picada na nuca, fui perdendo as forças nas pernas, Justin me segurou.

Porém antes de desfalecer completamente, o ouvi dizer:

 

- Me desculpe, mas você fala demais!

                                    

                                        ***

Estava cansada de acordar sem saber onde eu estava, poxa, isso era estressante. Dessa vez eu estava em uma cama, tentei analisar o local, mas estava escuro demais.

 

Que ódio de tudo, me sentia tão perdida, tão confusa e ainda por cima em um lugar que eu não sabia onde era.Droga, droga de vida, soquei o travesseiro e chorei, chorei por tudo até que adormeci, com os olhos inchados de tanto derramar lágrimas.

 

- Ei, bela adormecida, acorda! – uma voz já conhecida, a voz do Bieber, me despertou.

 

- Você – apontei para ele – Onde eu estou? Você é maluco?

 

- Olha... – o interrompi

 

- ME DEIXE IR – gritei – SEU... SEU... DOIDO!

Levantei socando o peitoral dele, ele não fazia nada, só me olhava.

 

- Me... deixe...ir... – desisti enfim

 

- Fica calma! – ele falou – As coisas não são assim tão simples como pensa.

 

- Como assim? O que não é simples? – começei a chorar – Pelo amor de Deus, eu não tenho nada haver com isso.

 

- Não tinha, agora tem. Podemos conversar?

 

- Tenho escolha? – perguntei parando de chorar.

 

- Não – ele sorriu, e que sorriso!

 

- Eles querem você, vão te procurar, eu não sei o que eles querem com você, talvez seja mais uma tentativa.

 

- Quem são eles? Tentativa de quê? Quem são vocês afinal?

 

- Olha, é tudo por causa disso. – ele tirou uma bolinha de metal do bolso.

 

- TUDO POR CAUSA DESSA BOLINHA? – gritei.

 

- Não é uma simples bolinha, aqui dentro – ele abriu a bolinha, dentro da bolinha, tinha duas esferas, - essas esferas tem um poder de destruição incrível, eu ainda não sei a capacidade, mas é muito grande! Tem no total oito espalhadas pelo mundo, já temos duas, falta seis.

 

- E quem quer essas coisas?

 

- Traficantes Russos.

 

-Foi um desses traficantes que estava lutando com você no cemitério?

 

- Sim, eu achei a segunda esfera, que estava em Londres, primeiro e ele estava tentando pega-la de mim.

 

- Você está lutando sozinho contra traficantes Russos?

 

- Não, tem eu e mais dois, somos poucos, mas somos habilidosos!

 

- Hãm – eu disse – Porque não me deixa ir? Eu não contarei nada a ninguém e também não sou habilidosa. Me deixa ir?

 

-Não – informou ele – Você agora fica com a gente!

 

- Como assim?

 

-Lorenna, você sabe demais!

 

Fiquei quieta.

 

- Desculpa, nem eu previ isso, sei que você não queria entrar nisso, ninguém queria, mas depois que você se envolve não dá mais para sair!

 

Ele ia saindo, mas quando estava com a mão na maçaneta, se virou para mim e disse:

 

- Amanhã vamos para Toronto pela manhã. Desculpe novamente.

 

- Bons sonhos Lorenna – E assim ele saiu.


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Notas finais do capítulo

Bem, acho que agora, tudo ficou mais claro!
espero que gostem!
Beijos flores....



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