Identidade Bieber escrita por Selena Cullen


Capítulo 16
Nossos Sonhos.


Notas iniciais do capítulo

Oiii, amores, tudo bem com vocês?
Boa leitura ^.^



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Por Justin.

As paredes brancas, as flores de plástico da sala de espera, a passagem interminável de médicos em um vai e vem sistemático... Era só isso que meus olhos cansados captavam e isso me incomodava tanto a ponto de me fazer querer gritar, porém, no fundo eu sabia que a falta de notícias sobre Lorenna e meu filho me deixavam tenso... Eu realmente não tinha idéia do quê poderia acontecer.

Apenas me concentrava em fechar os olhos e rezar.

A mão de Scooter em meu ombro era reconfortante, mas eu sabia que ele sofria também, não só por Lorenna, mas por Usher. Eu ainda evitava pensar sobre os últimos acontecimentos, para falar a verdade, eu não fazia a mínima idéia do que fazer. Pela primeira vez, me permiti ser um adolescente confuso entre tantos caminhos a seguir.

- Justin Bieber? – um senhor já com idade aparente e jaleco branco me chamou. Eu levantei automaticamente. Scooter levantou junto.

- Como ela está doutor? – Scooter falou por mim. Provavelmente ele percebeu que as palavras não conseguiam sair da minha boca.

- O bebê está bem e estamos estabilizando o quadro da paciente que perdeu muito sangue, porém estão os dois fora de perigo de vida.

Foi como se o peso do mundo tivesse sido tirado de minhas costas.

- Quando poderei vê-la? – disse enfim. Minha voz estava muito grossa.
- Logo. Vamos primeiro esperar ela acordar. Com licença.

- Sempre soube que aquela menina era forte! – Scooter disse depois que o médico sumiu de nossa visão.
- Sim. – concordei. – Ela é muito forte.

                                 *                                       *

Quando adentrei o quarto branco hospitalar, meu coração falhou uma batida. Ela estava deitada no leito com uma aparência tão frágil...
O cabelo estava preso em um coque mal feito, a sonda intravenosa e o barulho irritante do monitor cardíaco.

Seus olhos estavam semi-abertos. Ela esboçou um sorriso que exigiu certo esforço da parte dela.

Eu sorri de volta. Andei até ela, sentei ao seu lado e começei um leve carinho na sua mão direita que estava posta ao lado de seu corpo.

- Você conseguiu... – eu sussurrei. Ela sorriu novamente. – Amo você.
- Eu também. – ela falou fraca.
- Não faça esforço amor. Dormi um pouquinho. Está tudo bem agora.

Ela foi fechando os olhos lentamente.


                               *                                                 *

Passou-se cinco dias desde que Lorenna estava no hospital, ela já estava bem. O médico disse que já tinha previsão de alta.

- Justin? – Lorenna me chamou curiosa. Eu olhei para ela. – Como você soube do sequestro?
- Hilton queria as esferas. Ele uniu o útil ao agradável. Ele sabia que eu faria qualquer coisa por você.
- E Usher? – meu coração apertou. Eu ainda evitava pensar nele.
- O enterro já aconteceu. Ele morreu como herói.

Ela suspirou.

- Como vai ser de agora em diante? – ela fez a pergunta que eu mais temia.
- Você sabe que eu sou um agente do FBI, né?

Ela assentiu.

- Isso sempre foi minha vida, sabe? Eu sempre fui focado no que faço, era assim que eu espantava meus medos e aflições, mas aí você apareceu. E do mesmo jeito que sua vida virou de ponta a cabeça, a minha também.
Eu não queria admitir para mim mesmo que estava apaixonado, eu não podia estar. Mas o destino é crucial. Eu tentei fugir, tentei me enganar, mas no final tudo que eu consegui foi sofrer, te fazer sofrer e te amar mais ainda. – suspirei – Não vou mentir dizendo que vai ser fácil, pois não será, mas eu acho que o que importa no final e estarmos juntos, entende?

- Sempre juntos. – Ela disse sorrindo. – Como uma família.
- É isso que somos agora, certo? – sorri – Uma família.

- Ah, eu tomei uma decisão importante. – falei.
- Qual é?
- Eu pedi para Scooter obter informações da minha mãe, ele conseguiu. Quero que você vá lá comigo.
- Ah Justin, fico tão feliz – ela disse com lágrimas nos olhos.
- Você é uma verdadeira manteiga derretida.

                                         *                                        *

Finalmente Lorenna havia recebido alta do hospital. Por enquanto eu, Scooter e ela estávamos hospedados em um hotel.

Eu e Lorenna partiremos para o Canadá daqui a dois dias. Eu iria atrás da minha mãe. Finalmente.

Lorenna repousava, ela ainda estava fraca. Eu e Scooter conversávamos sobre coisas banais na suíte dele.

- Você vai continuar? – senti que a conversa ficou séria. – No FBI?
- Não. – fui sincero. – Não serei feliz se continuar. Foi ótimo trabalhar lá, prestar serviço ao mundo, mas agora quero estabilizar minha vida. Eu preciso disso. Eu vou fazer 18 anos semana que vem. Eu vou ter um filho.
- Eu entendo. – ele sorriu triste. - O que vai fazer então...

Estava preparado para responder um breve “não sei”, mas uma lembrança invadiu minha mente.

“-Quando eu era menor, ajudava minha mãe tocando músicas na rua, dava para ganhar uns trocados.

- Que fofo.

- Eu tinha vontade de ser cantor, eu escrevia músicas...

-Desistiu do sonho?

- As circunstâncias não foram favoráveis e era só um sonho de infância.”

- Eu acho que vou botar em prática um sonho de criança.
- Esses são os mais verdadeiros. Mas me diz, que sonho é esse?
- Cantar.
- Cantar?
- Sim, acho que poder levar ao mundo um pouco de amor através da música.
- Isso é muito bom. Muito verdadeiro. – ele deu um sorriso triste. – Se Usher estivesse aqui, ele teria muito orgulho de você.


Eu não disse nada. Apenas senti a saudade dele. Por muito tempo Usher foi minha única família.

- Eu sinto tanta a falta dele. – disse por fim.
- Ele sempre estará com você. Você sempre o levará em seu coração. – Scooter disse. – Sei que parece meio clichê, mas é a verdade. Aqueles que nos amam, nunca nos deixam.

Eu sorri. Scooter era um grande amigo. Um exemplo para muitos.

- Ah! – ele disse como se tivesse lembrado algo – Vou te ajudar a realizar seu sonho.
- O que quer dizer?
- Quero dizer que estamos juntos nessa.

Eu sorri. Corri até ele e lhe deu um abraço.


                                          *                                           *


Eu e Lorenna desembarcamos no Canadá, eu estava apreensivo, minhas mãos suavam e tremiam. Lorenna botou a mão em meu ombro enquanto eu dirigia o carro alugado pelas ruas de Stanford.

- Fica calmo. – ela disse serena. – Vai dar tudo certo!

Suas palavras me acalmaram por algum tempo, mas quando parei na frente da casa indicado nos relatórios de Scooter, o nervosismo voltou. Saí do carro. Lorenna ficou atrás de mim.

Me permite observar a casa antes de tocar a campainha. Ela havia mudado de casa, porém ainda era uma casa humilde, mas tinha mais conforto que a outra. Isso me trouxe satisfação pessoal, de alguma forma eu havia melhorado a vida da minha mãe.

Por fim, toquei a campainha.

Demorou aproximadamente quatro minutos até uma mulher de aparência cansada com um pano de prato em mãos atender. Era ela, minha mãe. Continuava a mesma de antes, só estava um pouco mais velha e tinha grandes olheiras.

Ela me observou por alguns minutos. Minutos esses que pareceram intermináveis.

- Justin? – disse apreensiva e sonhadora ao mesmo tempo.
- Mãe.
- Meu filho! – ela disse emocionada e me abraçando. – Filho...Filho – ela ficava repetindo como se fosse um sonho. – Sonhei tantas vezes com isso.

De repente ela me soltou. E olhou para mim.

- Aí meu Deus. – ela disse chorando. – Você está mesmo aqui.
- Estou aqui mamãe.
- Você já está um homem formado! – ela limpou as lágrimas. – Por que meu filho? Por que foi embora?
- Achei que seria melhor – eu chorava também.
- Foi tão difícil sem você. – ela soluçou. – Eu quis morrer quando você se foi.

Percebi que havia feito muito mal a minha mãe quando fui embora.

- Desculpe mamãe. – eu a abracei bem forte. – Eu te amo muito.
- Eu também... Meu filhinho.

   *                            *

Eu e Lorenna estávamos sentado no sofá vermelho da casa da minha mãe.
Ela me obrigou a contar toda história para ela. Desde quando eu havia ido embora, até agora.

A cada minuto que a história avançava. Ela chorava mais.

Mas quando ela descobriu que ia ser vovó, foi quase impossível segurar as lágrimas dela, que abraçava com força Lorenna, que também chorava.

Mulheres...Sempre sentimentais... Mas o que seria de mim sem essas duas?







                                                     Desde quê esteja comigo,
                                                   
sou capaz de enfrentar tudo.


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Notas finais do capítulo

Bem, esse é, infelizmente, o penúltimo capítulo..
É muito triste escrever isso, mas se despedia de Identidade Bieber é quase inaceitável!
Enfim, já estou chorando!


Gostaram? Reviews?

Poxa, ninguém me deixa uma recomendação! =/
haushaushaush'

Beijoooos!



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