Identidade Bieber escrita por Selena Cullen


Capítulo 17
Família.


Notas iniciais do capítulo

Bem, não me matem!
Aqui está o último capítulo =/
Boa leitura!



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 Por Lorenna.

3 anos depois.

Eu nunca soube o significado felicidade, pelo contrário, felicidade para mim sempre pareceu algo que eu nunca iria alcançar, mas eu nunca perdi minhas esperanças, nem quando eu perdi minha mãe, nem quando eu saí do país com pessoas que eu não conhecia, nem quando Justin começou a me ignorar, nem quando eu e Justin nos separamos, nem quando fui seqüestrada. Não perdi a esperança nem por um segundo e com isso aprendi muitas coisas, mas a mais importante foi que você pode sim ser feliz, não importa o quanto pareça difícil ou que ás vezes a vontade de desistir seja imensa, você pode conquistar todos os seus sonhos, basta seguir sempre em frente, sempre.

Eu continuo seguindo, por mais que esteja feliz e realizada com o que tenho agora, sei que a minha caminhada ainda não acabou, pois só acaba quando fechamos os olhos e entramos na eternidade. E todo dia quando acordo e ao meu lado vejo meu Justin, ressonando tranqüilamente, vejo que tudo valeu à pena e sempre vai valer.

Também tinha meu pequeno Raymond, meu bebê. Justin dizia que eu mimava muito ele, mas na verdade quem fazia isso era ele.
   Quando Raymond nasceu, ele ficou mais nervoso do quê eu. Ele quase desmaiou quando eu disse que estava em trabalho de parto, ele me mandava respirar fundo, mas mesmo com dor, eu ria das caretas de nervosismo que ele fazia. Ele não soltou minha mão nem por um segundo enquanto eu estava no parto e quando finalmente meu pequeno veio ao mundo, eu pude ver lágrimas nos olhos de Justin.

Justin que escolheu o nome Raymond, foi uma homenagem a Usher, o homem mais corajoso que ele conhecia, ele queria que nosso pequeno fosse assim também, corajoso, brincalhão, honesto...

Bem, eu estava com 19 anos agora, Justin tinha 20. Eu havia terminado o terceiro ano do ensino médio e fazia planos para uma faculdade de Letras, mas enquanto eu estava fazendo um cursinho preparatório.

Justin havia feito um sucesso surpreendente como cantor, não podia evitar chorar quando ele subia no palco e cantava, era evidente que ele fazia isso com o coração e com a alma, mas também tinha o lado ruim, eu ficava com muitos ciúmes das fãs deles, era tanto agarramento, porém ao mesmo tempo ficava feliz pelo sucesso dele.

- Mamãe, mamãe – fui tirada de meus devaneios com uma miniatura loirinha pulando em cima de mim. – Mamãe acorda!
- Estou acordada!
- Então porque não respondeu?
- Porque estava distraída! – sorri para ele – O que você quer pequenininho?
- Não sou pequenininho, sou um homem bem forte – Ele ficou em pé em cima da cama com as mãos na cintura e fazendo cara de mal, eu sorri, era inevitável não notar a semelhança que ele tinha com Justin, ás vezes achava que ele não era nem um pouco parecido comigo, o que era uma injustiça, afinal quem sentiu as dores do parto foi eu! Justin dizia que o próximo seria parecido comigo, mas eu ainda não tinha planos de ter outro filho, por enquanto um já dava trabalho o suficiente!
- Mamãe, mamãe, ficou distaída de novo?
- Se fala distraída, e você ainda não me disse o que quer!
- Estou com fome!
- Então vamos preparar algo para essa sua barriguinha- puxei-o para meu colo e fiz cosquinhas em sua barriguinha, ele soltava gargalhadas altas e gostosas. Desci as escadas com Raymond em meus braços e fui em direção a cozinha. Justin havia comprado uma casa no Canadá, perto da casa de Pattie, nossa casa não tinha grandes luxos, até porque eu fiz questão de ter um ambiente familiar dentro de casa, não algo Hollywoodiano, só deixei Justin exagerar nos lustres.

Observei Raymond se lambuzar com o mingau que fiz para ele.

- Estou com saudades do papai, mamãe- ele disse quando acabou o mingau. Eu também estava. Justin estava em turnê há um mês, apesar de me ligar todos os dias, eu sentia falta dele, do seu abraço, do seu beijo, do calor do corpo dele...
- Também estou meu amor, mas hoje ele volta!
- Vou dar um abraço desse tamanho nele- ele disse enquanto abria o máximo que podia seus pequenos bracinhos.
- E em mim? – disse fazendo biquinho.
- Ah mamãe, eu te abraço todo dia, você até me esmaga com seus abraços!

Eu ri enquanto pegava em sua mão para levá-lo ao banho, afinal ele mais se sujou de mingau do quê comeu. Enchi a banheira para Raymond e me afastei para observar o modo como ele brincava com a espuma e com seu patinho de borracha amarelo. Eu queria poder paralisar esse momento, queria poder falar para ele nunca crescer, queria proteger ele de tudo e todos. Só agora eu entendo o que é amor materno.

  Tirei meu pequeno da água e o enrolei em uma toalha felpuda, o abracei e senti seu cheirinho de bebê.

- Promete para mamãe que nunca vai deixá-la?
- Plometo mamãe. Mas e seu eu tiver uma namorada?
- Se fala prometo, e eu não vou te dividir com nenhuma namorada.

Ele gargalhou gostosamente, aquele riso de criança super verdadeiro.

Eu e Raymond passamos à tarde de sábado fazendo coisas totalmente fúteis e que engordam. Fizemos brigadeiro, vimos desenhos antigos totalmente largados no sofá, brincamos de aviãzinho e de carrinho.

Depois de, finalmente, conseguir fazer Raymond dormir um pouco, tomei meu banho e vesti uma blusa de Justin, era bom sentir o cheiro dele. Andei lentamente até o quintal, era final de tarde, já se podia ver o crepúsculo, a brisa estava fria, abracei meu próprio corpo.

- O que uma gatinha tão linda como você faz aqui sozinha? – sorri já sabendo quem era. Aquela voz rouca era inconfundível.
- Senti sua falta... – sussurrei.
- Eu também, mas do quê achei ser capaz. - ele sorriu- Toda vez que tenho que ficar longe de você, me descubro mais apaixonado ainda- ele abriu os braços para me receber. Corri até ele, o abracei sentindo a textura de sua pelo sobre o meu toque, beijei seus lábios até ficarmos ofegantes, me agarrei a ele como se minha vida dependesse disso, me entreguei aos beijos, aos carinhos, me entreguei a ele... Nossos corpos suados deslizaram um pelo outro, juras de amor foram refeitas, lágrimas de prazer, de saudade... Escaparam pelo meus olhos...

Quando novamente acordei em seus braços, me senti completa, acariciei o rosto dele para me certificar de quê não era mais um sonho. Ele abriu preguiçosamente seus olhos cor de mel.

- Nossa. Você acabou comigo. – ele disse bocejando. Eu corei. - Se todas ás vezes que eu viajar for recebido dessa maneira, vou querer viajar mais vezes.
- Você é um safado!
- Papai, papai – fomos interrompidos por um Raymond eufórico.
- Garotão. – Justin disse abrindo um sorriso- você se comportou direitinho?
- Sim papai- ele sorriu- tomei conta da casa e da mamãe.
Justin riu orgulhoso, Raymond era muito inteligente para a idade.

- Senti sua falta pequeno... - Justin puxou Raymond para seu colo.
- Eu também papai...

- Estou com ciúmes – reclamei por fim.

Eles riram juntos e me puxaram para um abraço triplo, uma cena clichê, porém só quem já sentiu sabe o verdadeiro significado.

Descemos todos juntos, eu preparei um café da manhã reforçado e comemos juntos, como uma verdadeira família deve fazer.

- O que vamos fazer nesse tempo... – espiei o tempo pela janela – nublado.
- Podemos passear pelo lago, o que acha? – Justin perguntou.
- Uma ótima idéia – Raymond disse.
- Mas você vai ficar com sua avó, vai só eu e sua mãe.
- Porque? – ele perguntou fazendo bico, mas esse bico só funcionava comigo.
- Porque eu preciso ter uma conversa de adulto com ela.
- Vai brincar de casinha com mamãe de novo papai? Já te disse que isso é brincadeira de menina!

Justin soltou uma sonora gargalhada e eu corei.

- Vai arrumar suas coisas Raymond e pare de ouvir as baboseiras que seu pai fica falando!

Ele me obedeceu e foi subindo lentamente as escadas.

- Então, o que me diz? – Justin perguntou.
- Sobre? – respondi começando a lavar a louça do desjejum.
- Vamos brincar de casinha?- corei.
- Cala a boca Justin!
- A gente já brincou de casinha tantas vezes e você ainda enrubesce? – ele perguntou segurando a risada.
- Fique quieto e venha secar a louça.

Ele gargalhou e veio me ajudar.

Depois de dar banho em Raymond e despistar o tarado do meu namorado, pude tomar banho. Arrumei-me com um vestido branco de tecido leve e um casaco de lã.
Esperei Justin se arrumar e acredite, ás vezes ele demorava mais que eu. Quando todos terminaram de se arrumar fomos para a garagem. Eu e Raymond tivemos que esperar Justin dizer para seu carro Range Rover o quanto sentiu falta dele.

 - Mamãe, porque papai fala com carros? – Raymond sussurrou.
- Porque ele é maluco!

Meu bebê sorriu.

Entramos todos no carro, afivelei o cinto da cadeirinha de Raymond e Justin dirigiu para a casa de sua mãe. Chegamos rápido a casa dela, pois não era longe, na verdade era bem pertinho, só que o lago que Justin queria ir era mais longe.

Depois de tirar Raymond de sua cadeirinha ele foi correndo em direção aos braços da avó que já esperava na porta e ela o recebeu sorrindo. Esses dois se adoravam, ela mimava demais o Raymond.

- Vão entrar? – ela perguntou apara Justin e eu que estávamos parados em frente a ela.
- Não, a gente só veio perguntar se você pode ficar com Raymond por hoje. – Justin perguntou.

- Amanhã depois do cursinho eu venho pegá-lo.
- Claro que eu posso ficar com esse bebezão, né meu amor?
- Já sou um homem vovó!
- Claro que é!- ela sorriu.
- E você Justin, não vai dar um abraço na sua mãe?- Justin foi para os braços da mãe de bom gosto. – Estava com saudades. Eu via você pela televisão todo dia.
- Também estava com saudades mamãe.

Pattie sorriu. Ela era muito bonita, com certeza.

- Ah, Lorenna, se eu fosse você, dava uns corretivos nele, na televisão tinha um monte de menina agarrando ele.
- São minhas fãs mãe! – Justin disse em defesa.
- Mas até a mão na sua bunda elas passavam e olha que não era só na bunda não!
- Acho melhor a gente ir. – Justin disse apressado pegando em meu braço. – Tchau mãe, tchau filho!
- Você tem muito que se explicar Senhor Bieber! – eu disse enquanto me virava e me despedia da minha sogra e do meu bebê.

Entramos no carro e Justin deu partida. Virei a cara para a janela o ignorei.

- Está com ciúmes amor?

- Óbvio que não! – disse ríspida.
- Não precisa ficar assim... Eu sou só seu. Elas são minhas fãs e eu amo elas também, por que senão eu não estaria onde estou, mas eu também não posso controlar todas que passem a mão na minha bunda!
- Vou deixar passarem a mão na minha bunda também!
- Epa, aí é diferente!
- Diferente nada! Direitos iguais!- eu disse quase sorrindo.
- Vou ter que botar um segurança atrás de você?
- Como se já não tivesse!
- Eu posso falar para ele não ser mais discreto!
- E eu vou ter que botar um sistema de segurança em seu bumbum.

Ele riu e ligou o rádio, coincidentemente estava tocando uma música dele.

- Cara, esse cara canta muito, aposto que ele é lindo! – ele disse.
- Você nem tem um ego inflado, né?! – eu perguntei sorrindo.

Paramos em um sinal vermelho e ele me roubou um beijo.

Aproximadamente 20 minutos depois chegamos ao lago. Fomos caminhando pela orla de mãos dadas.

- Então? O que você queria me falar?

Justin parou e ficou sério.

- Sabe, eu só percebi o que era ter uma vida quando você apareceu. Por muito tempo eu fiquei perdido, eu não tinha objetivo, mas o pior de tudo eu não tinha sonhos e eu sei que um ser humano que não tem sonhos é apenas um robô.

Eu ia falar, mas ele colocou o indicador na minha boca.

- Depois que te conheci Lorenna, eu queria vencer, queria vencer para ficar do seu lado e te proteger de tudo e todos. Você me deu uma família novamente, me mostrou o significado de ser feliz, me mostrou a importância do amor, algo que eu já estava esquecendo.

Ele sorriu.


- Não demorou para eu querer passar o toda a minha vida ao seu lado, não demorou para eu imaginar nossos filhos, não demorou para eu me imaginar bem velhinho ao seu lado. Eu amo mais você do quê amo a mim mesmo.


Ele se ajoelhou e tirou uma pequena caixinha de veludo do bolso. Eu já chorava.

- Sim, eu quero me casar com você, não posso te prometer que seremos felizes para sempre, pois teremos nossas desavenças, porém posso te prometer que será para sempre. Enfim, Lorenna Maria, aceita se casar comigo?

Ele abriu a caixinha revelando um solitário de diamante.

- Sim, sim eu quero, sim, sim! – me ajoelhei em frente a ele e o beijei.

Separamos-nos ofegantes e ele botou o anel em mim.


Sabe, a vida tem muitos obstáculos e não tem um manual que nos diga como agir, mas no final, o importante mesmo é não desistir, continuar de cabeça erguida mesmo depois de quedas e acredite, algumas serão feias. Eu só tenho 19 anos, sei que ainda sofrerei, porém tenho certeza de quê se no futuro me perguntarem se conheci felicidade maior que essa que estou sentindo agora, certamente direi que não.












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Notas finais do capítulo

Amores meus,
Em primeiro lugar, desculpa de verdade, é que estou estudando tanto, segundo ano é maior dureza!Depois eu realmente não sabia como escrever, nada ficava bom, mas saiu no final...Desculpa meesmo!
Segundo lugar, obrigada por acompanhar a fic até o final, obrigada por todos os reviews e recomendações. Minha vida com certeza não seria mais a mesma sem vocês, pois aqui não tenho apenas leitoras, tenho amigas, fiz verdadeiras amigas aqui e levarei vocês sempre comigo (momentorestart).Enfim, amo cada uma de vocês e obrigada mesmoo!Já estou chorando aqui! Odeio despedidaas!
Espero de verdade que gostem.s
Adeus Girls. Até a próxima, fiquem com Deus!



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