Regressiva Contagem escrita por Razi


Capítulo 3
Cidade x Bombas


Notas iniciais do capítulo

Passados os prologos e tudo mais.
Vamos ao que interessa.



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Hirako terminava de fazer o backup de um arquivo quando ouvi um pequeno som. Estranha, mas prefere não dar bola. Continua a fazer seu trabalho, mas o som continua.

Irritado, decide ver de onde vinha tal barulho.

Fica surpreso ao notar que vinha de um volumoso envelope amarelo queimado. Então o pega, pois havia apenas uma palavra em vermelho sem qualquer outra indicação. Urgente.

Abri-o, deparando-se com um mini celular e um cartão. Lê o que está escrito, fica preocupado.

O celular não parava de tocar.

O coloca na orelha e diz:

-Atender.

-Depois de muitas tentativas, Hirako Oshida atende o celular – diz a voz na outra linha com alegria sarcástica.

-Quem está falando? – pergunta ele serio

-Traker – responde a voz solene – Prazer em conhecê-lo.

Hirako sente seu sangue gelar.

O terrorista mais procurado do mundo estava falando com ele de forma tão informal.

-Não fique preocupado ainda, quer dizer, não fiquem preocupados ainda – diz Traker com um riso na voz.

-Do que está falando? – pergunta Hirako confuso

-Não estão conversando sozinhos – responde Traker serio – Temos ouvintes.

-Humf – grunhi uma voz feminina – O que significa isso?

-Significa minha pequena Daphe – responde Traker – Que estão agora sobre meu domínio e controle.

-E o que te faz pensar em algo assim? – indaga uma voz tremula

-Não quer que sua família se reduza, não é? – retorqui Traker – Penso realmente que não quer envolvê-los, Kurt.

-Por mim – diz ele dando de ombros – Não me faz diferença.

-É mesmo? – indaga Traker enfático – Então não tem problema algum, eu cuidar de sua irmã, não é?

Um silencio toma conta de tudo, mas rapidamente é quebrado pela risada estrondosa de Traker.

-Não estou brincando – diz ele sombrio – Tenho todas as peças no tabuleiro, e preciso movimentá-las, ou melhor, elas precisam se movimentar se quiserem viver é claro.

-E se... – diz uma nova voz masculina hesitante – E se não quisermos fazer isso?

-Bem, então vocês serão responsáveis por matar aproximadamente 965 milhões de pessoas. – diz Traker calmamente.

-O que temos que fazer? – pergunta Hirako tentando recobrar a calma

-Hmm – murmura Traker – Pra inicio de conversa, terão umas regras para cumprir, antes de se dar inicio ao jogo.

-Que jogo? – pergunta Kurt receoso

-O de desarmar bombas e salvar seus traseiros e de muitos outros – responde Traker rapidamente – Não me interrompa novamente.

-Continue então – pedi Daphe irritada

-Claro, minha pequena corça – diz Traker – Primeiramente, vocês nunca deverão tirar esses celulares do ouvido, em momento algum. Segundo, digamos que terão que rebolar muito para desarmarem as bombas em 72 horas.

-Ei! – protesta Kurt – O que é tudo isso? Por que nós?

-Porque eu decidi assim – responde Traker ríspido – Não há espaço para discussões, ou protestos. Querem que eu apresse o processo de detonação?

-Está bem – diz a outra voz masculina – Faremos isso.

-Não fale por todos – retorqui Kurt

-Acho que não se há escolha se não sacou ainda – diz a voz

-Sensato como sempre, Will – refleti Traker – Sugiro que no exato momento que eu desligar esse numero, estejam trabalhando no pequeno código que lhes mandarei agora. Peguei seus palm top’s.

Após pequenos segundos, Traker retorna a falar:

-Estou mandando um pequeno arquivo que contém o primeiro código que terão que decifrar trata-se da localização global de onde estão as bombas. Logo em seguida mandarei outro código, tendo novas instruções, mas só o mandarei depois de saber que conseguiram decifrar o primeiro, até lá nada feito.

-Como saberá se... – Kurt não termina de falar, Traker já se fora.

Agora eram só eles quatro, metidos em um jogo maluco.

Hirako deixa a cabeça pender para trás enquanto pensa, em como seu dia comum tivera mudando em tão poucos minutos.

Abri o arquivo deparando-se com uma seqüência de algoritmos que sequer sabia pra onde ia.

 

3 12 15 15

21 15 22 11

18 14 1 19

9 4 25 15

20 18 15

9 5 18

2 15 11

1 14 20

 

Hirako leva os dedos às têmporas e as massageia enquanto diz:

-Por favor, me diga que alguém entendeu isso.

-É mais provável que eu me jogue em frente á um carro, do que entender disso – debocha Kurt.

-Hmm – murmura Will – Acho que tenho uma vaga idéia do que se trata isso.

-Manda – diz Daphe

-Talvez devêssemos substituir esses números por letras – diz Will

-Substituição alfabética? – indaga Hirako confuso

-Possivelmente – diz Will – Penso que seje isso mesmo.

-Sim – diz Daphe – Façam, quero me livrar disso logo assim sendo, podemos apressar as coisas?

-Acalme-se – pedi Hirako – Ainda estou tentando entender o que está acontecendo, mas ficar impaciente não resolve nada.

-Temos um pequeno problema para resolver depois cuidamos desse detalhes – intromete-se Kurt.

-Sabia! – exclama Will – Substituam os números pelas letras do alfabeto pelos números seguindo a ordem que aparecem.

-Traduz por gentileza – pedi seca Daphe

-Cada numero indica a posição de uma letra – esclarece Hirako enquanto ele próprio fazia isso.

 

O resultado os deixará por um instante confusos.

 

CLOO

UOVK

RNAI

IDYO

TRO

IER

BSK

ANT

 

-Que merda é essa? – pergunta Kurt enfático

-Leiam da esquerda pra direita – instrui Hirako – Cima para baixo.

-Curitiba, Londres, Nova York e Tókio – declara Will.

-Senhores e senhorita, eu acho – diz Kurt – Lhes apresento Aldebaran.

 


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Notas finais do capítulo

Ultimo cap. do dia.
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