Regressiva Contagem escrita por Razi
Notas iniciais do capítulo
Passados os prologos e tudo mais.
Vamos ao que interessa.
Hirako terminava de fazer o backup de um arquivo quando ouvi um pequeno som. Estranha, mas prefere não dar bola. Continua a fazer seu trabalho, mas o som continua.
Irritado, decide ver de onde vinha tal barulho.
Fica surpreso ao notar que vinha de um volumoso envelope amarelo queimado. Então o pega, pois havia apenas uma palavra em vermelho sem qualquer outra indicação. Urgente.
Abri-o, deparando-se com um mini celular e um cartão. Lê o que está escrito, fica preocupado.
O celular não parava de tocar.
O coloca na orelha e diz:
-Atender.
-Depois de muitas tentativas, Hirako Oshida atende o celular – diz a voz na outra linha com alegria sarcástica.
-Quem está falando? – pergunta ele serio
-Traker – responde a voz solene – Prazer em conhecê-lo.
Hirako sente seu sangue gelar.
O terrorista mais procurado do mundo estava falando com ele de forma tão informal.
-Não fique preocupado ainda, quer dizer, não fiquem preocupados ainda – diz Traker com um riso na voz.
-Do que está falando? – pergunta Hirako confuso
-Não estão conversando sozinhos – responde Traker serio – Temos ouvintes.
-Humf – grunhi uma voz feminina – O que significa isso?
-Significa minha pequena Daphe – responde Traker – Que estão agora sobre meu domínio e controle.
-E o que te faz pensar em algo assim? – indaga uma voz tremula
-Não quer que sua família se reduza, não é? – retorqui Traker – Penso realmente que não quer envolvê-los, Kurt.
-Por mim – diz ele dando de ombros – Não me faz diferença.
-É mesmo? – indaga Traker enfático – Então não tem problema algum, eu cuidar de sua irmã, não é?
Um silencio toma conta de tudo, mas rapidamente é quebrado pela risada estrondosa de Traker.
-Não estou brincando – diz ele sombrio – Tenho todas as peças no tabuleiro, e preciso movimentá-las, ou melhor, elas precisam se movimentar se quiserem viver é claro.
-E se... – diz uma nova voz masculina hesitante – E se não quisermos fazer isso?
-Bem, então vocês serão responsáveis por matar aproximadamente 965 milhões de pessoas. – diz Traker calmamente.
-O que temos que fazer? – pergunta Hirako tentando recobrar a calma
-Hmm – murmura Traker – Pra inicio de conversa, terão umas regras para cumprir, antes de se dar inicio ao jogo.
-Que jogo? – pergunta Kurt receoso
-O de desarmar bombas e salvar seus traseiros e de muitos outros – responde Traker rapidamente – Não me interrompa novamente.
-Continue então – pedi Daphe irritada
-Claro, minha pequena corça – diz Traker – Primeiramente, vocês nunca deverão tirar esses celulares do ouvido, em momento algum. Segundo, digamos que terão que rebolar muito para desarmarem as bombas em 72 horas.
-Ei! – protesta Kurt – O que é tudo isso? Por que nós?
-Porque eu decidi assim – responde Traker ríspido – Não há espaço para discussões, ou protestos. Querem que eu apresse o processo de detonação?
-Está bem – diz a outra voz masculina – Faremos isso.
-Não fale por todos – retorqui Kurt
-Acho que não se há escolha se não sacou ainda – diz a voz
-Sensato como sempre, Will – refleti Traker – Sugiro que no exato momento que eu desligar esse numero, estejam trabalhando no pequeno código que lhes mandarei agora. Peguei seus palm top’s.
Após pequenos segundos, Traker retorna a falar:
-Estou mandando um pequeno arquivo que contém o primeiro código que terão que decifrar trata-se da localização global de onde estão as bombas. Logo em seguida mandarei outro código, tendo novas instruções, mas só o mandarei depois de saber que conseguiram decifrar o primeiro, até lá nada feito.
-Como saberá se... – Kurt não termina de falar, Traker já se fora.
Agora eram só eles quatro, metidos em um jogo maluco.
Hirako deixa a cabeça pender para trás enquanto pensa, em como seu dia comum tivera mudando em tão poucos minutos.
Abri o arquivo deparando-se com uma seqüência de algoritmos que sequer sabia pra onde ia.
3 12 15 15
21 15 22 11
18 14 1 19
9 4 25 15
20 18 15
9 5 18
2 15 11
1 14 20
Hirako leva os dedos às têmporas e as massageia enquanto diz:
-Por favor, me diga que alguém entendeu isso.
-É mais provável que eu me jogue em frente á um carro, do que entender disso – debocha Kurt.
-Hmm – murmura Will – Acho que tenho uma vaga idéia do que se trata isso.
-Manda – diz Daphe
-Talvez devêssemos substituir esses números por letras – diz Will
-Substituição alfabética? – indaga Hirako confuso
-Possivelmente – diz Will – Penso que seje isso mesmo.
-Sim – diz Daphe – Façam, quero me livrar disso logo assim sendo, podemos apressar as coisas?
-Acalme-se – pedi Hirako – Ainda estou tentando entender o que está acontecendo, mas ficar impaciente não resolve nada.
-Temos um pequeno problema para resolver depois cuidamos desse detalhes – intromete-se Kurt.
-Sabia! – exclama Will – Substituam os números pelas letras do alfabeto pelos números seguindo a ordem que aparecem.
-Traduz por gentileza – pedi seca Daphe
-Cada numero indica a posição de uma letra – esclarece Hirako enquanto ele próprio fazia isso.
O resultado os deixará por um instante confusos.
CLOO
UOVK
RNAI
IDYO
TRO
IER
BSK
ANT
-Que merda é essa? – pergunta Kurt enfático
-Leiam da esquerda pra direita – instrui Hirako – Cima para baixo.
-Curitiba, Londres, Nova York e Tókio – declara Will.
-Senhores e senhorita, eu acho – diz Kurt – Lhes apresento Aldebaran.
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Ultimo cap. do dia.
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