Regressiva Contagem escrita por Razi


Capítulo 2
Quatro pessoas.


Notas iniciais do capítulo

As presas.



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Não era ainda nem oito horas da manhã, mas para Will significa estar atrasado para seu primeiro emprego depois de dois anos parado.

Bebe rapidamente seu café amargo, tinha que ficar o mais rápido possível desperto.

Sai do seu apartamento tão rápido que esquece a chave na fechadura.

Sua vizinha, uma senhora por qual tem muito apreço pega a chave e entra em seu apartamento novamente.

Isso sempre acontecia.

Will pega um táxi.

Suava frio.

Seria sua primeira aula depois de tanto tempo.

 

                                     {...}

 

Daphe acorda sentindo suas coxas doloridas de tanto ficar dançando para aqueles homens porcos que estavam no clube ontem.

Ela é uma stripper á um ano. Não é um dos trabalhos mais aceitáveis, mas consegue uma boa grana para se manter e pagar seus próprios estudos.

Daphe caminha até a geladeira onde pega apenas uma caixa de leite.

Nisso a campainha toca e depois uma voz:

-Correspondência.

Daphe nada fala, apenas caminha até a porta e pega suas cartas não dando qualquer atenção ao homem que olhava boquiaberto para seu corpo inteiramente exposto.

Ela ergue seu olhar opaco pra ele e pergunta:

-Onde assino?        

O homem lhe entrega a prancheta lhe indicando onde deveria assinar.

Enquanto ela fazia isso, ele olhava suas curvas começando a se excitar.

Daphe olha-o e diz ríspida:

-Você não perdeu nada em mim.

O homem a olha e diz:

-Você aparecendo apenas de sutiã e calcinha acha que é bonito?

Ela o recrimina com o olhar, mas apenas bate a porta na cara dele.

Odiava esse tipo de comportamento.

Joga as cartas na mesa de centro e vai tomar um banho.

Logo depois do café, Daphe enfim pega as cartas para dar uma olhada.

Com certeza contas.

Mais fica surpresa ao notar um envelope amarelo queimado, sem qualquer remetente. Havia apenas uma palavra escrita em vermelho.

Urgente.

Ela o abri curiosa.

O que poderia ser?

Ao abri-lo depara-se com um pequeno cartão e um mini celular [n/a: não existe ainda, eu acho] que era a ultima aquisição em comunicação global.

Já que por ser mini, era acoplado na orelha através de um apoio, dando uma grande mobilidade para o usuário que apenas o controlava com a voz.

Ela ainda demora seu olhar no celular, depois encara o cartão que dizia:

Jogue ou morra.

 

Daphe franzi a testa intrigada com tal coisa. Só que preferi deixar pra lá.

Pensaria sobre isso numa outra hora, tinha que fazer compras.

 

                                              {...}

 

Tudo parecia ser a mesma coisa para Kurt.

Acordar, tomar banho e fazer o sacrifício de ir á escola.

Tudo que ele adorava fazer.

Olhou ao redor, vendo a bagunça reinante em seu pequenino quarto.

Mandaria alguém limpar depois.

Balança a cabeça, fazendo respingos d’água ficarem no espelho.

Pega sua mochila e sai do quarto encontrando na sala sua mãe e o gordo do seu padrasto já tomando café.

Ele apenas pega a chave do carro e sai, não se dando ao trabalho de dizer um “Bom-dia” á eles, queria na verdade que tivessem um mau-dia.

Não gostava do seu padrasto. Era tudo tão repulsivo ainda.

Seu pai mal descansara em seu caixão, e ela já havia posto um homem dentro de casa.

É incrível.

Abriu a porta do seu Opalla, conseguido por um baixo preço em um ferro-velho.

Nisso notou um envelope amarelo queimado sem qualquer informação além do seu próprio nome.

Intrigado, abri o envelope deparando-se com o mini celular e um cartão.

Ao ler o que havia inscrito solta uma risada de escárnio, pensa que fora uma brincadeira de seus amigos.

Mais é uma pena que não é.

 

                                                    {...}

 

 

Quando não se pode usar duas pernas, você fica limitado.

Para Hirako isso não era problema desde que perdera o movimento das suas em um acidente.

Ele quase nem notava que elas não se moviam, seu trabalho exigia apenas seu braços.

Eletrônica. Tecnologia de ultima geração.

Numa sala de sua casa, estava os melhores e mais potentes computadores existentes e deles é que se fazia seu trabalho.

Programar, criar e controlar toda uma rede de lojas que detinha em seu poder.

Com um pouco de esforço conseguiu passar da sua cama para a cadeira de rodas.

Sua acompanhante apenas chegaria depois das dez e ainda não passava das nove.

Ele bufa enquanto com um comando no painel que havia embutido no braço da cadeira move-se rumo a sala onde estava um pequeno trabalho seu.

Queria terminá-lo o quanto antes.

Tratava-se de uma nova formação de programas criptografados.

Queria segurança, e trabalhava seguindo essa meta sempre.

Ao chegar à porta, ouve a campainha ser tocada, depois uma voz alertando que a correspondência havia sido deixada.

Entra na sala, depois Sueko pegaria.

-Abrir – ordena Hirako enquanto caminhava para a mesa onde estava apenas um teclado.

Todas as telas ligam em sincronia enquanto Hirako verificava os últimos dados de seus testes.

Não tinham sido satisfatórios, mas já davam um gás em seu corpo.

Hirako boceja enquanto começa a mexer nos comandos.

Já era hora de tomar as rédeas das coisas.

 

 

 

 


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Notas finais do capítulo

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