Escolhas escrita por naathy


Capítulo 3
2. início do meu fim.


Notas iniciais do capítulo

Oi!
Quero agradecer e dar as boas vindas a: Yokichan, Tatycosta, MarinaJonas e Katarina. Sejam muito bem vindas a escolhas e muito obrigada pelos reviews de vocês.
Beijo e boa leitura ;*



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Ele estava deitado sobre meus seios, o silêncio reinava no local. Meus olhos estavam fechados, talvez fosse o pior a se fazer, pois a consciência do que havia acabado de acontecer e o quanto eu havia sido fácil veio a tona.

 - Acredito que a prática leva a perfeição, princesa. - Olhei para ele confusa. Ele por sua vez ergueu sua cabeça para me olhar e sorriu. - Para um primeira vez você foi muito bem. - Corei. - Você está bem? - assenti.

- Estou um pouco dolorida, mas bem. - Ele se ergueu e beijou-me, sentando-se no banco em seguida. Pegou suas calças que estavam jogadas sobre o volante e a carteira com cigarros, retirou um de lá, abriu o vidro do carro e acendeu um cigarro.

- Você deve estar pensando que fez a maior burrada de sua vida... Princesa, burrada é deixar a vida passar, ignorar as oportunidades, os desejos e vontades mais profundas, por que a sociedade não acha isso certo. - Levou o seu cigarro a boca, tragando-o e soltando a fumaça janela a fora, aquela cena juntamente com as palavras que ele havia proferido, aumentou ainda mais a imagem que eu idealizava dele: Garoto problema. - Quantos anos você tem?

- Quinze e você?

- Dezenove. Hum... pedofilia. - Riu. - Posso ser preso por ter tirado a sua "virtude". - e riu novamente. Terminou o seu cigarro e voltou a me olhar, aproximou sua boca do meu ouvido e sussurrou: - Mas mesmo que isso viesse a  acontecer, teria valido a pena. - e mais uma mordida no lóbulo da minha orelha.

Eu não tinha reação, pois a incerteza do que aconteceria amanhã, junto com as novas sensações que ele tinha me proporcionado brigavam entre si. Razão e emoção duelavam novamente. Clichê, eu sei, mas era exatamente o que acontecia em minha mente, naquele momento.

- Nós continuaremos nos vendo, porém não te prometo te pedir em casamento, Gabi... - Eu quebrou o silêncio e, com uma mão, colocou uma mecha do meu cabelo atrás da minha orelha, virando meu rosto para encará-lo. - Mas também não sou tão cafajeste a ponto de ignorar o que aconteceu aqui. - Olhou meu corpo nu, senti vergonha daquela análise que ele fazia. - Não se envergonhe, você é linda! - sorriu torto - E voltando as suas inseguranças... Eu vou te ligar, eu vou te procurar... Não se preocupe, princesa! Não te achei uma qualquer, afinal, você era virgem. Digamos que você apenas esqueceu um pouco os outros e agiu pela sua vontade. E, sinceramente, adorei isso!

Conversamos mais um pouco, ele acabou me ajudando a me vestir e logo depois voltamos para a festa. Olhei o horário em meu celular, já passavam das quatro horas da manhã.

- Tenho que achar as minhas amigas. - disse me virando para sair do carro e procurá-las, mas ele me impediu, segurou o meu braço, me virou, sorriu e beijou minha boca novamente. Não posso negar que o que aconteceu aquela noite havia sido mágico. Ele foi muito cuidadoso e carinhoso comigo. E cada vez mais eu me encantava por aquele "garoto problema".

- Dê um toque para o seu celular. - disse retirando o seu celular do bolso e me entregando. - Uma garantia que não fugirei quando a manhã chegar. - sorriu. Fiz o que ele havia pedido e após isso fui em busca de minhas amigas. Achei-as rapidamente. Como previsto, elas me perguntaram por onde eu andava e eu apenas comentei que estava com o garoto dos meus sonhos e não dei mais detalhes. Elas eram minhas amigas e sabiam o quanto eu estava fascinada por ele, mas isso não impediria elas de me recriminacem por ter feito o que eu havia acabado de fazer. Era loucura, eu sabia disso. Ele podia ser um psicopata, maniaco, eu também sabia disso, mas eu estava ali, sã e salva e feliz.

No dia seguinte ele me ligou. Isso só aumentou ainda mais a minha felicidade. Eduardo havia cumprido a sua promessa: Não fugiu ou me abandonou. Eu era uma garota de sorte, pelo menos, era isso que eu achava até então.

Nós dois começamos a sair com frequência, ele muitas vezes ia à saída do colégio para me buscar. Sua ex-namorada, me encarava com um olhar mortal. Mas eu não ligava... Afinal, se o relacionamento deles não havia dado certo, a culpa não era minha e eu tinha o direito de buscar a minha felicidade, que naquele momento era ele.

Um mês depois daquela festa, onde tudo começou de fato. Conheci alguns amigos de Eduardo, aparentemente, eram garotos legais, porém ali, naquela lugar, mais precisamente na casa de um deles, descobri algo a mais sobre o meu "princípe": as drogas. Pois, foi ali, naquela casa, na companhia de seus amigos que o vi fumando maconha, pela primeira vez.

- A sensação é ótima, princesa... É relaxante. - todos os rapazes ali concordaram. - Quer experimentar? - Eu não gostava de drogas, assim como não gostava de cigarros e bebidas, no entanto, por ele eu estava mudando meus conceitos do que era certo ou errado, do que eu gostava ou não. Acabei aceitando. E essa havia sido a minha terceira mudança por ele: Comecei a usar drogas em sua companhia.

Naquele dia, quando cheguei em casa, coloquei meus olhos escuros, pois meus olhos estavam muito avermelhados. Entrei pela porta da frente quando já estava anoitecendo.

- Aonde a senhorita estava?

- Por aí. - respondi indo até a escadaria.

- Por aí, nada, mocinha! - Minha mãe segurou meu braço. - Pode me explicar por onde andava e com quem você estava!

- Por aí com o Edu.

- Quem é Edu? - perguntou ela brava.

- O homem da minha vida!

- Escuta aqui, Gabriela. Você só tem quinze anos, e está proibida de sair de casa sem avisar aonde vai. E a respeito desse "Edu", marque um jantar aqui em casa e traga ele. Eu e seu pai precisamos conhecê-lo, já que ele é o "homem da sua vida".

- Tudo bem! Mais alguma coisa? - Mamãe me olhou incrédula, pois eu nunca tinha falado com ela dessa forma. Ela balançou a cabeça em negativa, a expressão séria ainda estava ali, porém ela soltou o meu braço e eu subi correndo as escadas e me tranquei no meu quarto.

Continua...


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Não?Peço desculpas pelos prováveis erros de português não tive tempo de revisar. Se acharem, por favor me avisem.Bom, reviews me motivam e me deixam muito feliz. Beijo ;*Naathy



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