Escolhas escrita por naathy


Capítulo 4
3. Máscara e verdadeira face.


Notas iniciais do capítulo

Em primeiro lugar, quero pedir desculpas pela edição do capítulo.
Justifiquei, mas pelo que parece o nyah! não quer meu texto justificado, de repente ele ache mais bonito assim bagunçado! haha
Brincadeira, mas hoje o nyah não tá colaborando cmg.
Desculpem.
E muiiito obrigada pelos reviews lindos e motivadores que eu recebi e recebo!
Vcs são demais!
Muito obrigada pelo carinho.
Espero que gostem do capítulo.
Beijo ;*



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  Tranquei a porta do meu quarto e parei em frente ao espelho, meus olhos ainda estavam avermelhados, fruto do que fizera a poucas horas atrás. "É só de vez enquando, isso não irá me viciar!". Suspirei com esse pensamento e fui até o banheiro. Acabei tomando um banho demorado, pois a sensação da água morma tocando o meu corpo e relaxando-o era maravilhosa. Não demorou muito tempo para que o efeito da droga começasse a passar e o remorso por ter falado daquela forma com a minha mãe preencheu meus pensamentos. Desliguei o chuveiro, enrolei-me na toalha, coloquei uma roupa qualquer, destranquei a porta, abrindo-a e desci correndo as escadas em seguida. Mamãe não estava na sala, em seu lugar estava Sônia, nossa empregada mais antiga, limpando o local.

  - Onde está a minha mãe, Sônia?

  - A dona Marcela está no jardim.

  Agradeci e corri em direção a porta dos fundos, ao chegar naquele ponto, avistei mamãe próxima à piscina, sentada em uma das cadeiras. Ela segurava em uma das mãos uma taça, com uma bebida que deveria ser martini. Parei de correr e comecei a caminhar em sua direção.

  - Mãe? - chamei-a.

  Ela virou-se na minha direção, seus olhos estavam vermelhos e inchados, mas não pelo mesmo motivo que os meus estavam daquele jeito a pouco tempo atrás. Estava claro que ela havia chorado, e eu era o motivo doseu choro. Meu coração se apertou, a culpa estava me atormentando. Me aproximei dela e a abracei.

  - Me desculpa mamãe, por favor! - disse ainda abraçada a ela.

  - Te desculpo, Gabi. - ela fez um carinho gostoso nas minhas costas. O mesmo carinho que sempre fazia quando eu estava com medo, ou triste, desde que eu era criança - Como eu gostaria de entender e saber o que anda acontecendo com você, minha filha. - Sua voz embargada, denunciando que, provavelmente, ela estava quase chorando, eu não estava em melhor estado que ela. Afastei meu rosto, apenas para olhá-la. E lá estava a confirmação: seus olhos estavam cheios d'água. Fiz um carinho em seu rosto e ela fechou os olhos, permitindo que uma lágrima solitária corresse por sua face. Sequei-a com um de meus dedos.

  - Eu te amo, mãe! Desculpa, eu não queria te magoar. - Ela abriu os olhos e me encarou, esboçou um sorriso e foi, então, a sua vez de acariciar o meu rosto.

  - Eu também te amo, filha! Você é a coisa mais importante da minha vida. - Sorri abertamente e abracei-a fortemente.

  Ficamos conversando por um bom tempo. E ao decorrer de nossa conversa, disse a ela que convidaria o Edu para jantar. Ela respondeu que era melhor que fosse o quanto antes, pois tanto ela quanto meu pai estavam ansiosos para conhecê-lo. Concordei.

  Marquei o jantar com ele para uma quinta-feira.

  A noite do tão aguardado jantar, estava perfeita: céu estrelado, lua cheia e temperatura agradável. No horário marcado, Eduardo chegou em minha casa. Quando a campainha soou, corri para atender a porta, passando na frente de todos os empregados. Ao abrí-la, me deparei com ele, que estava lindo como sempre e com um sorriso brincando em seus lábios.

  - Boa noite! - disse ele sedutoramente, pegando uma de minhas mãos, levando-a até seus lábios e depositando um beijo no local. Eu sorri. Ele olhou para o meu rosto e sorriu também, o beijei rapidamente nos lábios e o convidei para entrar.

  O jantar transcorreu da melhor forma, Eduardo foi extremamente educado e simpático com os meus pais. Uma conversa agradável, onde os mais diversos assuntos foram abordados e que Edu falou sobre todos eles com muita clareza, demonstrando muito conhecimento e interesse sobre as mais diversas áreas. Meus pais ficaram encantados com ele, e ao final do jantar, o convidaram para voltar sempre que quisesse, pois era muito bem vindo ali. Ao final da noite, o acompanhei até o portão.

  - Eles gostaram muito de você! - disse maravilhada.

  - Será que meus "sogros" iriam gostar tanto assim se soubessem o que eu fiz com a filhinha deles? - Riu - É, acho que não! - Respondeu divertido e eu corei com o seu comentário. - Adoro a forma como você fica envergonhada apenas com um insinuação. - Aproximou seu rosto da meu ouvido e sussurou. - Mas gosto muito mais quando realizamos essas insinuações. - Mordeu o lóbulo da minha orelha e uma de suas mãos parou na minha cintura, puxando-me para próximo do seu corpo e nos beijamos, de uma forma nada comportada. Encerrei o beijo e o empurrei suavemente.

  - Aqui não. - Disse olhando para os lados, ele ergueu as mãos em sinal de rendição e riu.

  - Claro, se os seus pais verem isso, acabou a imagem de ótimo partido para a sua filha. Mas amanhã nos vemos... Te busco no colégio e vamos para o meu apartamento para continuarmos da onde paramos. - Ele sorriu maliciosamente e eu corei novamente, assentindo em seguida. Eduardo, então, me puxou para um novo beijo, dessa vez tranquilo e comportado. - Te vejo amanhã, princesa. - Concordei e ele entrou em seu carro, ligou-o e partiu.

  As semanas passaram rapidamente, Eduardo havia retornado poucas vezes à minha casa, enquanto eu havia ido diversas vezes ao seu apartamento. Meu hábito de fumar maconha passou a ser constante, e aos poucos eu sentia mais e mais a necessidade daquela droga, vontade essa que só não era maior do que a de estar com ele.

  Com três meses de namoro, nossas brigas eram constantes, eu morria de ciúmes e ele não dava bola para isso. Saía sem mim, sem me avisar. Irritada e decepcionada com isso, acabava por descontar em meus pais. Que começaram a dizer que esse namoro não estivava me fazendo bem, que era melhor eu rever esse relacionamento. E quando eles sugeriam isso, eu gritava, brigava... Dizia que eles não sabiam de nada, que o Eduardo era o homem da minha vida. E na maioria das vezes que isso ocorria eu estava sob efeito das drogas.

  Agosto havia chegado juntamente com o meu aniversário. Meus pais prepararam uma grande festa de comemoração, meus amigos, ou o que restou deles, afinal, havia me afastado de muitos por conta do meu namoro, meus primos e demais familiares haviam sido convidados. Eduardo, chegou atrasado junto com seus amigos. Ele já havia bebido e pelo tom de vermelho de seus olhos, havia se drogado também. Eu estava conversando com um primo, quando ele me viu e veio em minha direção, sorri ao vê-lo, porém ele não sorriu, sua expressão era séria e transtornada. Me puxou pelo braço arrastando-me praticamente por todo o salão, todos os presentes viram aquela cena deplorável. E quando chegamos próximos ao banheiro, ele soltou meu braço e me prensou contra a parede, me deu um tapa, chamando-me de vadia. Fiquei sem reação, levei a minha mão ao meu rosto. E olhei-o incrédula. Meu pai, juntamente com alguns familiares meus, retiraram-o dali, expulsando-o da festa.

  Me tranquei no banheiro do salão e chorei por um longo tempo, o qual não saberia dizer ao certo se foram minutos, ou horas. Até que meu pai arrombou a porta, me pegou em seu colo e me colocou no banco traseiro do carro. Nem ele, nem minha mãe disseram nada mais naquela noite, eu chorava em silêncio e quando cheguei em casa corri para o meu quarto. Trancando-me novamente ali.

Continua...


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Não? =SOpiniões, críticas construtivas, elogios, comentários e sugestões. Tudo aqui é muito bem vindo e aceito.Beijo ;*Naathy



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