Nem é preciso dizer como foi o resto da noite... Maravilhoso.

Era sem dúvida o melhor dia da minha vida/existência.

Acordei no dia seguinte quase saltitando de felicidade, nem mesmo o fato de ter aula diminuiu meu bom-humor.

– Bom dia, amor da minha vida! – Eu disse para Damon, que tinha acabado de acordar também e já estava feliz.

– Bom dia pra você também, amor!- Disse me abraçando. – E então, tem planos para hoje?

– Eu não sei; eu meio que queria ir na escola pelo menos mais uma semana antes de sumir de lá, sabe como é... Mas a tentação de passar o dia aqui com você é tão grande! – Eu disse fazendo beicinho. Ele riu.

– Você é que sabe. Mas por mim, você ficaria bem aqui – Disse ele me apertando em seus braços. – Para sempre, e que se dane a escola; você já é super inteligente, não tem nada de novo para aprender naquele lugar. – Disse Damon com desdém.

– Mas e meus amigos? Eu tenho que passar um tempinho com eles antes do casamento. – Fiquei toda animadinha só de dizer a palavra “casamento”. Me dava uma sensação tão boa!

– Tudo bem, pode ir pra escola, desde que volte o mais rápido possível.

– Ok! – Eu disse olhando satisfeita para minha aliança.

– Lizzie, amor? – Disse Damon cobrando minha atenção.

– Sim Dam..? – Disse ainda distraída com o anel. Estava imaginando a expressão das garotas (na verdade a de Caroline) ao vê-lo. Era tão lindo e brilhante!

– Você sabe que vai ter que tirar a aliança para ir à escola, não sabe? – Disse ele cauteloso. Meu queixo caiu.

– Tá doido?! Porque diabos eu tiraria minha aliança? - Eu disse meio irada. De onde ele tirava essas idéias doidas??

– Bom, acontece que “tecnicamente” você ainda tem dezesseis anos, então não pode se casar ainda. É contra a lei. – O que?! Eu ia ter que tirar minha aliança de diamante e ficar calada sobre meu noivado?? Lá se vai o bom-humor.

– Mas Damon, isso é injusto! E olha, eu posso só usar a aliança linda e não dizer a ninguém sobre o casamento! Por favor? – Eu fiz aquela carinha pidona.

Ele negou com a cabeça.

– Sinto muito, meu amor, nas as coisas são assim e pronto. Ou você fica em casa e curte seu anel novo ou vai pra escola e tira ele. Se você quiser eu guardo ele pra você até a hora de ir te buscar; o que acha? – Disse ele tentando me animar.

– Ah! Aí você fica em casa à toa, fica com meu anel, e eu? Eu não fico com nada, o dia inteiro! – Eu disse cruzando os braços e bufando.

Meu lado racional dizia que eu estava dando um piti, e sendo meio infantil; já o outro lado mandava o primeiro calar a boca, e dizia que nenhuma “lei estúpida” tinha o direito de estragar meu dia.

– Está muito enganada – Respondeu ele. – Você fica com meu coração, que já é seu a muito tempo. – Completou passando a mão em meu cabelo. Eu amoleci com aquilo.

Não chore Elizabeth, seja forte; eu dizia a mim mesma.

– Tudo bem, eu vou. – Eu disse sorrindo. – Aqui, guarde com carinho, hein! Eu pretendo usa-la pra sempre! – Completei entregando a aliança para ele.

– Pode deixar! Agora vai trocar de roupa para não chegar atrasada.

Eu pulei da cama e fui até o closet. Escolhi uma roupa (http://www.polyvore.com/cgi/set?id=23720072) e arrumei o cabelo. Passei uma maquiagem leve e descemos pro carro.

– Seu aniversário já está quase chegando.. O que você vai querer de presente esse ano? – Perguntou Damon a caminho da escola.

– Não precisa se preocupar, já tenho tudo o que eu poderia querer. – Eu disse me recostando em seu ombro. Ele passou um braço À minha volta.

– Tem certeza de que não vai escolher nada? – Insistiu ele.

– Tenho, não precisa comprar presente. Olha quantos aniversários eu já fiz! – Disse rindo.

– Tudo bem então... Vai ser surpresa! – Disse ele sorrindo.

Eu revirei os olhos. Ele não tinha jeito.

Ele parou no estacionamento e eu me despedi dele com um beijo.

– Te busco no fim da aula, ok amor?

– Tudo bem. Vou ficar com saudades até lá. – Eu disse soprando um beijo em sua direção.

– Boa aula.

E assim, ele foi embora.

Eu nem prestei atenção nas aulas, estava preocupada em manter minha boca fechada e não mencionar meu noivado, com ninguém. Para Stefan eu contaria mais tarde.

Por falar em Stefan, ele não apareceu em casa ontem. Não que eu tenha notado, pelo menos.

Hoje ele estava com Elena, e eles se olhavam de um jeito.. diferente. Meio estranho, na minha opinião. Aproveitei o intervalo para falar com eles. Assim que me aproximei, Elena se afastou um pouco, meio que involuntariamente; e Stefan a olhou cauteloso.

– Oi! Tudo bom? – Eu os cumprimentei. Estávamos na área do pátio, à céu aberto. Não havia ninguém próximo o bastante para nos ouvir. – Está tudo bem? Aconteceu alguma coisa? – Perguntei curiosa como sempre. Mas eu sentia que alguma coisa estava errada.

– Não exatamente. – Respondeu Stefan, ainda olhando para Elena. Ela estava alguns centímetros distante dele, e mais distante ainda de mim.

– Elena, você está bem? – Perguntei preocupada. Estiquei minha mão, e antes que meus dedos tocassem sua pele, ela puxou o braço para longe, parecia assustada.

– Stefan, o que aconteceu? – Porque ninguém estava me contando nada ali?

Ninguém me respondeu.

– Ela.. descobriu?? – Perguntei baixinho. Stefan fez que sim com a cabeça.

Não dava para acreditar. Elena sabia, sabia que somos vampiros.

– E porque você contou a ela? – Perguntei cautelosa e olhando para Elena.

– Eu tive que contar; ela viu meu rosto daquele jeito, Lizzie, na festa dos fundadores, nós fomos dar uma volta no bosque, e ouvimos um grito. Ao chegar perto vi que era uma criança, ele estava brincando no meio do bosque quando uma árvore antiga caiu em cima dele. Não tinha mais ninguém por perto, então eu tive que levantar a árvore sozinho. – Disse ele. – Ela notou a “super força” e já ficou desconfiada;ç a perna do garoto estava sangrando, e bom, você pode imaginar o que aconteceu no meu rosto; o que ela viu. Então eu contei tudo; não posso mentir pra ela Lizzie, eu realmente gosto dela. Ela merecia saber a verdade.

Eu acenti para Stefan.

– Elena, você sabe o que somos, certo? – Eu disse baixinho, me aproximando devagar. – E acredite em mim, não vamos te fazer mal nenhum. – Ela continuava desviando o olhar. – Mas você tem que prometer que não vai contar nada a ninguém, ok? – Eu disse esperando até que ela olhasse pra mim. – Promete? - Insisti.

Ela parecia meio receosa.

– Se você prometer não dizer nada a ninguém, eu te conto uma coisa muito legal. – Eu disse sorrindo e depois olhando para Stefan.

– O que? – Perguntaram os dois juntos. Ai,ai.. a bênção da curiosidade.

– Você promete não contar nada a ninguém? – Repeti para Elena.

– Prometo.

– Ótimo; e Stefan, promete que vai no mínimo se fingir de feliz? – Perguntei mais de brincadeira do que de verdade.

– Tudo bem. – Respondeu ele meio confuso.

– Lá vai.. Damon me pediu em casamento ontem! – Eu me segurei para falar baixinho. – Vamos nos casar!! – Eu disse toda feliz.

Os dois pareciam meio chocados. Eu me esforcei para levar o silêncio deles na esportiva. Sei lá, né... Eram as primeiras pessoas (e provavelmente as únicas) que ficaram sabendo do noivado, e nem pra dizer “Parabéns” ou “Que notícia ótima”.. nada de abraço, nem tapinha nas costas??

Sacanagem. (¬¬)

Por fim, (sério, demorou uns dois minutos) eles pareceram despertar.

– Que legal! – Disse Elena. Parecia meio confusa, mas não parecia falsidade.

– É.. que notícia boa, Lizzie. Parabéns! – Disse Stefan me dando um abraço. – E eu realmente espero que vocês sejam felizes. Damon parece melhorar quando está perto de você. – Disse ele com sinceridade.

Eu fiquei feliz de novo. E quem sabe, algum dia Elena poderia entrar para a família..? Seria legal.

Ai, ai.. que saudade do meu noivo, viu!