Fique Acordado escrita por Heart


Capítulo 4
Capítulo 3 - Brincadeiras de palhaço


Notas iniciais do capítulo

espero que gostem amores *--*
AH' eu estou aberta à sugestões ,se quiserem me ajudar -q



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                                                          Capítulo 3

 

Brincadeiras de palhaço

 

 

Round we go, the world is spinning
When it stops, it's just beginning
Sun comes up, we laugh and we cry
Sun goes down, and then we all die

Tradução:
Nós vamos rodando, o mundo está girando
Quando ele pára, é só o começo
O sol se levanta, nós rimos e nós choramos
O sol se põe, e então nós todos morremos.

Andei alguns metros e comecei a ouvir músicas e risadas de crianças e homens gritando. Isso me assustou, pois eram risadas de maldade e músicas assustadoras. Andei devagar para não fazer nenhum barulho, mas no meio do caminho havia um galho seco e sem querer eu pisei partindo-o ao meio, fazendo um barulho maior do que o normal. Tudo ficou em silêncio e a porta do corredor se abriu.


Sombras apareceram por toda a parte.

 

- Vamos brincar? – uma voz de criança falou.

 

- Você é tão bonita... – outra criança falou mexendo no meu cabelo, quando eu virei não tinha ninguém ali. – tão bonita que quero sua beleza para mim! – a voz completou e então pedras começaram a ser jogadas em mim.

 

- Parem! Por favor... – eu gritei tapando meu rosto.

 

- Shh! Eles vão nos ouvir. – uma voz atrás de mim disse.

 

- É, não queremos que ele nos ouça, senão ficaremos de castigo. – outra menina completou.

 

- E você também não vai querer encontrá-los. – outra menina falou.

 

 

- Quem são eles? – perguntei olhando para todos os lados tentando ver onde as meninas estavam, mas eu só via sombras.

 

- Eles são nossos papais e pelo jeito seus papais também. Você é nossa irmã? – a voz perguntou.

 

- Irmã de vocês? Não! – falei.

 

- Ah, então é nossa mamãe, por isso soubemos que eles estão atrás de você.

 

- Mãe de vocês? Não tenho filhos, tenho só dezoito anos. – falei, ainda procurando as meninas.

 

- Mas nós nunca tivemos mamãe, na outra fase tivemos somente pessoas do mal. Seja nossa

mãe, por favor, você é tão linda.

 

- Pessoas do Mal?

 

- É, nós as matamos.

 

 

- Quantos anos vocês tem ?

 

 

- Eu tenho sete- uma falou

 

 

- Eu tenho cinco, sou a caçula.- uma outra menina disse.

 

 

- Eu tenho seis –outra completou

 

 

- E vocês mataram quando tinham essa idade ? –perguntei assustada

 

 

- Não,matamos quando tínhamos a sua idade, nossos pais abusavam de nós,nos

espancavam todos os dias ...

 

 

- Não nos dava comida e ainda quebravam nossos brinquedos – a caçula falou

 

 

- Mas por que estão com essa idade agora ? –perguntei curiosa

 

 

- Na outra fase,ou seja,na outra vida,nós começamos a pensar coisas ruins com essa

idade, começamos a matar animais, bater em outras crianças...

 

 

- É quando nós viemos pra cá ,viemos com a idade em que a maldade começou e

vamos viver sempre assim .

 

 

- Isso é o inferno –perguntei e todas riram – Qual a graça ?

 

 

- Nenhuma mamãe– a menorzinha falou.

 

 

- Aqui é pior que o inferno – a mais velha disse.

 

 

- Venha, vamos mostrar todas as crianças... – as três meninas apareceram e pegaram na minha mão

 

 

 

- Não, esperem. Eu tenho que ajudar um amigo meu que está encrencado. – me abaixei olhando nos olhos dela.

 

- Mas você vai voltar não é mamãe? – a menininha de cinco anos me abraçou.

 

- Qual o nome de vocês? – perguntei – para achá-las eu preciso saber o nome de vocês.

 

- Jully – a mais velha falou.

 

- Olivia. – a do meio disse.

 

- Carol. – a caçula completou.

 

- Ok. Preciso ir! – falei me afastando.

 

- Você vai morrer se for procurar por seu protetor. – Jully disse olhando para seus brinquedos.

 

– logo vi que você não merecia estar aqui.

 

- Você sabe onde o Protetor está? – me virei pegando na mão dela.

 

- Ele está com eles. Ele não podia ter te ajudado mamãe... – Carol falou – ele vai morrer por sua culpa, mamãe. – e então todas começaram a rir.

 

- NÃO SOU A MÃE DE VOCÊS! E vocês vão ver, eu vou salvá-lo. – saí e todas começaram a cantar novamente, e os gritos recomeçaram

 

 

Andei por alguns minutos e comecei a sentir cheiro de carne podre, aquilo me incomodava muito então tapei o nariz. Cheguei a um lugar onde havia duas direções para seguir, resolvi ir para a esquerda, foi ai que eu descobri de onde vinha aquele cheiro horrível.
Havia uma sala onde tinha uma montanha de corpos, tanto de pessoas como de monstros e alguns corpos estavam sendo queimados. De repente de trás da gigante montanha de mortos, uma criatura viva aparece e vem correndo na minha direção.

 

 

 

Corri para me esconder e tentar despistá-lo de alguma maneira, mas parece que ele sentia o meu cheiro e me encontrava em qualquer canto daquele lugar.

 

- Então, você é a protegida? – o cara que me perseguia perguntou, ele estava vestido de palhaço, mas era um palhaço um tanto quanto assustador.

 

- Não sou protegida de ninguém.

 

- E o que está fazendo aqui? Quer fazer parte da minha montanha? – ele perguntou andando a minha volta.

 

- Não, quero ajudar um amigo.

 

- Ah, sinto muito, mas ninguém passa por mim... – ele falou se aproximando – e você é uma bela moça para ficar na minha sala. – ele falou pulando em cima de mim.

 

Comecei a me debater no chão, tentando tirá-lo de cima de mim, mas ele era muito forte e me segurava com extrema facilidade. O palhaço me deu um soco no rosto, forte o bastante para me deixar tonta e não conseguir me mexer direito. Ele então me puxou pelos cabelos até uma sala escura.

 

Quando dei por mim, eu estava amarrada em uma cadeira perto daquela montanha de pessoas mortas.

 

- Antes de tudo, eu quero brincar um pouco com você... – ele trouxe uma mesa coberta com um lençol branco sujo de sangue. – e trouxe os nossos brinquedinhos.

 

Ele tirou o lençol de cima da mesa e eu tentei me soltar de qualquer maneira, mas não adiantava, os nós estavam muito apertados. Aquelas coisas em cima da mesa me aterrorizavam, tinham facas, serras automáticas, marcadores de boi, maçaricos, tesouras e até coroas de espinho.

 

- Shhhhh! Você não quer que ‘eles’ atrapalhem nossa brincadeira antes do final. – e o palhaço começou a rir.

 

 

Eu comecei a suar frio quando o palhaço pegou a faca e a aproximou do meu rosto.

 

- Que graça tem brincar sem trilha sonora? – e então cortou a minha mordaça, e eu cuspi na cara dele. – Hum, uma mulher de atitude, gostei. – e então ele pegou o maçarico. – Sabe, quando sua pele é queimada muito rápido, a sua primeira sensação é frio no local onde foi queimado, ouve o barulho da sua carne fritando, logo depois você sente o cheiro da sua pele queimando – o palhaço acendeu o maçarico – e por fim, você vai sentir uma dor lancinante. – e ele se abaixou na minha frente. – não é divertido sentir essas sensações? Hahaha.

 

- Não, por favor, não faça isso. Eu faço qualquer coisa, mas não faça isso comigo... – eu falei implorando e chorando.

 

- Oh querida, vai ser divertido, eu prometo. – ele aproximou o maçarico e eu comecei a gritar desesperadamente.

 

 

Ele começou pelos meus pés e foi subindo, eu gritava o mais alto que podia, mas parecia que não era suficiente. A cada longo grito que eu dava o palhaço ria ainda mais. Eu sentia minha pele se soltando do meu corpo, a dor que eu sentia me deixava tonta. Minha perna esquerda estava doendo tanto que de alguma maneira meu cérebro bloqueou a dor, eu não a sentia mais, eu não conseguia mexe-la, então ele apagou o maçarico.

 

- Não foi divertido? Não se preocupe, tem mais de onde veio... – ele falou se virando para a mesa e escolhendo a próxima ferramenta de tortura e eu não parei de gritar nem um segundo.

 

 

– Ah, essa é uma boa escolha. – ele se virou cantando e mostrando a serra elétrica.

 

 

Quando eu ouvi o barulho da serra sendo ligada eu parei de gritar. Fiquei em choque simplesmente, mas quando ele aproximou a serra de mim comecei a gritar novamente.
Quando eu já estava sentindo o vento da serra perto do meu braço ouvi uma voz que me parecia a minha salvação.

 

- Sam! Calma eu vou te ajudar. – era o Protetor entrando na sala com uma arma calibre 12 – SAI DE PERTO DELA! – e o palhaço afastou a serra de mim.

 

- Hum, mais pessoas para brincar. Gosto disso... – logo que ele terminou ele foi correndo na direção do Protetor e ele deu um tiro no palhaço.

 

A arma é tão potente que a cabeça do palhaço ficou em pedaços, partes dele caíram em cima de mim e a serra caiu perto dos meus pés.

 

- Tira, tira, tira daqui! – gritei olhando para a serra de aproximando dos meus pés.

 

 

- Pronto, - disse o Protetor desligando a serra e afastando-a de mim. – Não grite mais, por favor... – ele falou me desamarrando a me pegando no colo.

Consegui ouvir umas vozes vindo de longe.

 

- Por aqui! Sinto o cheiro dela, vamos pegá-la...

 

- Quem são esses Protetor? Quem estão procurando? – falei baixo, chorando e abraçando-o.

 

- São eles, eles estão atrás de você, eles te ouviram... – ele falou pegando a faca que estava em cima da mesa e eu sai do colo dele.

 

- Protetor, o que é isso? – falei olhando e apontando para a faca, me afastando.

 

- Desculpa, isso é preciso, só quero te ajudar. – ele falou tentando se aproximar de mim lentamente.

 

- Não! – sai correndo mancando, mas quando saí de dentro daquela sala, dei de cara com uma criatura horripilante, me virei e o Protetor já estava atrás de mim.

 

- Desculpa, mas prometa para mim, FIQUE ACORDADA, ou eles irão te pagar. – o Protetor cortou meu pulso – ACOOOOORDA! – ele gritou.

 

Quando olhei para o meu pulso ensangüentado, tudo ficou escuro de repente.

 

 

 

 

 

- Você está me ouvindo? – falaram apertando o meu queixo e botando uma lanterna nos meus olhos. – Me diga qual o seu nome.

 

- Samantha. – olhei para a minha perna e meu pulso e comecei a gritar.

 

- Ok. Samantha, Samantha, sou eu, o Dr. Geller, calma. Como você fez tudo isso?

 

- EU NÃO FIZ, FOI AQUELE PALHAÇO! – falei gritando.

 

- Alguém me traz material para curativo e uma bolsa de sangue, ela cortou o próprio pulso e perdeu muito sangue. – o médico gritou olhando para a porta e logo depois olhou para mim. – Escute bem Samantha, ou você para, ou irei te amarrar e fazê-la dormir.

 

- Não, eu fico quieta.Só não me faça dormir.

 

 


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Notas finais do capítulo

aqui estamos em mais um fim do capitulo MUAHHAHA' avá nem notei u_u' -q
enfim espero que tenham gostado :B
AH' reviews não fazem o dedo de vocês cairem ,eu ACHO h_h
gente vocês preferem que continue capitulos com imagens ou sem imagens ? falem ai *--*