A Minha Maneira escrita por angelicola
Notas iniciais do capítulo
DEIXEM REVIEWS NO FIM DE TODO CAPÍTULO, POR FAVOR. QUERO SABER SE VOCÊS TÃO GOSTANDO E TAMBÉM TER NOÇÃO DE QUANTAS PESSOAS ANDAM ACOMPANHANDO A HISTÓRIA.
BEIJOS E OBRIGADA!!
Minha mãe demorou décadas pra atender seu celular, e quando finalmente atendeu, estava com uma voz cansada e um pouco trêmula.
— Alô?
— Mãe?
— Déborah? Aonde você tá, garota?
— Eu tô bem e é isso o que importa.
— Sua maluca. Fiquei preocupada com você, filha. Mais um pouco sem dar notícias eu já ía na polícia. Já liguei pra casa de suas amigas...
— Eu tô no Rodrigo... - falei logo de uma vez - Mas não vem me procurar e nem manda esse Gustavo vir me buscar, entendeu?
— Como é que você tá na casa do Rodrigo depois do que ele fez contigo?
— O Rodrigo não fez nada comigo. Esse seu namoradinho quem é um mentiroso... fica de olho nele.
— Você sabe de alguma coisa que eu não sei?
— Ai, mãe... só digo uma coisa: enquanto esse otário tiver aí em casa, eu não volto!
— Por quê você tá falando assim, filha? Sou eu que tô preocupada com você... ai, pára. - fez uns sons estranhos. — Pára com isso...
— Mãe? O que tá acontecendo? - perguntei incrédula.
— Nada, Déborah. É que eu tava meio ocupada!
— Sei esse seu ocupada... nossa, mãe. Não acredito nisso. Mas o que eu tinha pra falar, falei. eu te amo, beijos...
— Não desliga essa ligação, Déborah.
— O que é?
— Eu quero você aqui em casa amanhã mesmo. De preferência bem cedinho, entendeu?
— Nem louca!
— É o Rodrigo quem tá fazendo a sua cabeça, é?
— Ai, mãe. Isso não tem nada à ver. E não vem me procurar. Tchau!
Desliguei a ligação na cara dela. Pois a ligação estava meio ruim também, por conta do pouco sinal e o temporal.
Sentei-me na cama de Rodrigo, agarrando minhas pernas e quase lágrimas começaram a correr em meu rosto.
— Tive tanto medo de contar pra ela... medo do que ele pudesse fazer com ela e... principalmente dela não acreditar em mim. - pausei - Nossa, eles tavam transando, tenho certeza... - Rodrigo sentou-se ao meu lado, voltando o braço em meus ombros e o abracei rapidamente - Quero aquele miserável fora de casa, longe da minha vida e também longe da minha mãe...
— Não pense nessas coisas... vai ser melhor pra você, Débby. A gente arruma alguma maneira de... desmascará-lo e tudo vai ficar bem!
— Me ajuda isso a fazer isso? - olhei para ele levantando uma das sobrancelhas - A desmascará-lo?
— Claro, claro. Só preciso pensar com mais calma nisso. Mas agora... é melhor a gente ir dormir... Amanhã a gente tem aula.
— Tudo bem!
Beijei seu nariz e deitei-me em sua cama, depois ele deitou-se comigo, abraçando-me por trás, de conchinha.
...
Na sexta, de noite, enquanto voltávamos de um lanchonete por volta das 20 horas, avistei um carro igual ao de Gustavo aproximando-se da gente. Uma mistura de pânico - ou medo - e ódio, começou a tomar conta de mim quando justamente Gustavo saiu do carro, vindo em nossa direção... Puta que pariu!
— Achou que ía fugir de mim, meu anjo? Eu sabia que você tava com ele... cedo ou tarde eu ía te achar.
— Não se aproxima dela! - Rodrigo o encarou, fechando seus punhos.
— Porquê? Vai tentar me impedir defendendo a namoradinha, pirralho?
— Se for possível.
Rodrigo foi pra cima de Gustavo, mirando seu punho na cara do infeliz para dar-lhe um soco, mas o desgraçado - nossa, como essa palavra combina com ele! - desviou dando um murro no estômago do meu namorado e logo um soco na cara dele. Assim que Rodrigo caiu no chão, o covarde deu-lhe mais um golpe no estômago, com um chute. Eu nem conseguia assistir mais aquilo e pulei em suas costas. Mas eu nem imaginei que ele era tão forte assim, à ponto de me jogar no chão. Logo ele pegou-me pelos braços e levou-me até o seu carro, empurrando-me para os bancos de trás. Tentei abrir as portas, mas já estavam travadas.
Olhei para fora do carro, e as ruas estavam desertas e somente Rodrigo jogado lá fora, no chão. Caralho, o que aconteceu com o povo dessa Ilhabela, porra?! Tudo bem que pelo caminho que Rodrigo e eu passávamos era meio escuro e deserto, mas pelo menos uma pessoa só passando no momento, já ajudava.
— Pra onde você vai me levar?
— Relaxa, minha gatinha. Vou te levar pra casa. Sua mãe vai ficar feliz se você tiver lá, quando ela chegar do cabeleireiro.
— E desde quando você liga pra felicidade dela?
— Shiiii... Fica quietinha! - ele falou, ligando o motor do carro olhando-me, maliciosamente.
— E você precisava bater no meu namorado?
— Ele quem queria se achar o todo poderoso.... - ele entrou em algumas ruas que eu NUNCA passei e parou seu carro, fitando meu corpo.
— Por quê parou aqui?
— Enquanto a sua não chega... - ele pulou para o banco de trás, prensando-me no banco, com seu próprio corpo e segurou minha coxa firmemente - Não dê um pio...
— Eu vou te denunciar, seu canalha.
— Quanta bobagem, meu anjo. Só tenta pra ver o que acontece com a sua mãe...
Detesto quando ele me chama assim, por mim eu seria uma capeta na vida desse desgraçado infeliz.
— Sai de perto de mim...
— Shiiii. Caladinha, vai.
Ele começou a beijar-me ferozmente explorando cada canto de minha boca. Um beijo seco e nada bom. Parecia que ele ía me engolir, e com o calor de seu corpo e o ar abafado do carro - mesmo estando de noite e o clima úmido -, me deixou sufocada num instante. Lógico que eu queria sair logo dali e mordi sua língua fortemente - eu deveria tirar sangue, isso sim! - o empurrando. Ele conseguiu agarrar-me de volta mas arrumei uma força do nada de soltar-me com velocidade.
Na primeira chance que tive, pulei para o banco do motorista abrindo a porta que, por sorte, estava destravada e saí. Que burro! Acho que Deus estava comigo e ajudou-me nessa hora tão desesperada! Minha respiração ainda estava mais do que afobada quando eu corria para despista-lo, mas me dei conta de que Gustavo não veio atrás de mim.
Depois de alguns minutos, meio perdida, conseguir voltar ao local em que Rodrigo deveria estar, ele não estava e quase surtei. No meio do caminho para sua casa, o encontrei e parecia bem.
(...)
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