A Minha Maneira escrita por angelicola


Capítulo 18
Careful


Notas iniciais do capítulo

DEIXEM REVIEWS NO FIM DE TODO CAPÍTULO, POR FAVOR. QUERO SABER SE VOCÊS TÃO GOSTANDO E TAMBÉM TER NOÇÃO DE QUANTAS PESSOAS ANDAM ACOMPANHANDO A HISTÓRIA.
BEIJOS E OBRIGADA!!



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Minha mãe demorou décadas pra atender seu celular, e quando finalmente atendeu, estava com uma voz cansada e um pouco trêmula.

 

— Alô?

— Mãe?

— Déborah? Aonde você tá, garota?

— Eu tô bem e é isso o que importa.

— Sua maluca. Fiquei preocupada com você, filha. Mais um pouco sem dar notícias eu já ía na polícia. Já liguei pra casa de suas amigas...

Eu tô no Rodrigo... - falei logo de uma vez - Mas não vem me procurar e nem manda esse Gustavo vir me buscar, entendeu?

— Como é que você tá na casa do Rodrigo depois do que ele fez contigo?

— O Rodrigo não fez nada comigo. Esse seu namoradinho quem é um mentiroso... fica de olho nele.

— Você sabe de alguma coisa que eu não sei?

Ai, mãe... só digo uma coisa: enquanto esse otário tiver aí em casa, eu não volto!

— Por quê você tá falando assim, filha? Sou eu que tô preocupada com você... ai, pára. - fez uns sons estranhos. — Pára com isso...

— Mãe? O que tá acontecendo? - perguntei incrédula.

— Nada, Déborah. É que eu tava meio ocupada!

Sei esse seu ocupada... nossa, mãe. Não acredito nisso. Mas o que eu tinha pra falar, falei. eu te amo, beijos...

— Não desliga essa ligação, Déborah.

— O que é?

— Eu quero você aqui em casa amanhã mesmo. De preferência bem cedinho, entendeu?

— Nem louca!

— É o Rodrigo quem tá fazendo a sua cabeça, é?

— Ai, mãe. Isso não tem nada à ver. E não vem me procurar. Tchau!

 

Desliguei a ligação na cara dela. Pois a ligação estava meio ruim também, por conta do pouco sinal e o temporal.

Sentei-me na cama de Rodrigo, agarrando minhas pernas e quase lágrimas começaram a correr em meu rosto.

 

— Tive tanto medo de contar pra ela... medo do que ele pudesse fazer com ela e... principalmente dela não acreditar em mim. - pausei - Nossa, eles tavam transando, tenho certeza... - Rodrigo sentou-se ao meu lado, voltando o braço em meus ombros e o abracei rapidamente - Quero aquele miserável fora de casa, longe da minha vida e também longe da minha mãe...

— Não pense nessas coisas... vai ser melhor pra você, Débby. A gente arruma alguma maneira de... desmascará-lo e tudo vai ficar bem!

— Me ajuda isso a fazer isso? - olhei para ele levantando uma das sobrancelhas - A desmascará-lo?

— Claro, claro. Só preciso pensar com mais calma nisso. Mas agora... é melhor a gente ir dormir... Amanhã a gente tem aula.

— Tudo bem!

 

Beijei seu nariz e deitei-me em sua cama, depois ele deitou-se comigo, abraçando-me por trás, de conchinha.

 

...

 

Na sexta, de noite, enquanto voltávamos de um lanchonete por volta das 20 horas, avistei um carro igual ao de Gustavo aproximando-se da gente. Uma mistura de pânico - ou medo - e ódio, começou a tomar conta de mim quando justamente Gustavo saiu do carro, vindo em nossa direção... Puta que pariu!

 

— Achou que ía fugir de mim, meu anjo? Eu sabia que você tava com ele... cedo ou tarde eu ía te achar.

— Não se aproxima dela! - Rodrigo o encarou, fechando seus punhos.

— Porquê? Vai tentar me impedir defendendo a namoradinha, pirralho?

— Se for possível.

 

Rodrigo foi pra cima de Gustavo, mirando seu punho na cara do infeliz para dar-lhe um soco, mas o desgraçado - nossa, como essa palavra combina com ele! - desviou dando um murro no estômago do meu namorado e logo um soco na cara dele. Assim que Rodrigo caiu no chão, o covarde deu-lhe mais um golpe no estômago, com um chute. Eu nem conseguia assistir mais aquilo e pulei em suas costas. Mas eu nem imaginei que ele era tão forte assim, à ponto de me jogar no chão. Logo ele pegou-me pelos braços e levou-me até o seu carro, empurrando-me para os bancos de trás. Tentei abrir as portas, mas já estavam travadas.

Olhei para fora do carro, e as ruas estavam desertas e somente Rodrigo jogado lá fora, no chão. Caralho, o que aconteceu com o povo dessa Ilhabela, porra?! Tudo bem que pelo caminho que Rodrigo e eu passávamos era meio escuro e deserto, mas pelo menos uma pessoa só passando no momento, já ajudava.

 

— Pra onde você vai me levar?

— Relaxa, minha gatinha. Vou te levar pra casa. Sua mãe vai ficar feliz se você tiver lá, quando ela chegar do cabeleireiro.

— E desde quando você liga pra felicidade dela?

— Shiiii... Fica quietinha! - ele falou, ligando o motor do carro olhando-me, maliciosamente.

— E você precisava bater no meu namorado?

— Ele quem queria se achar o todo poderoso.... - ele entrou em algumas ruas que eu NUNCA passei e parou seu carro, fitando meu corpo.

— Por quê parou aqui?

— Enquanto a sua não chega... - ele pulou para o banco de trás, prensando-me no banco, com seu próprio corpo e segurou minha coxa firmemente - Não dê um pio...

— Eu vou te denunciar, seu canalha.

— Quanta bobagem, meu anjo. Só tenta pra ver o que acontece com a sua mãe...

 

Detesto quando ele me chama assim, por mim eu seria uma capeta na vida desse desgraçado infeliz.

 

— Sai de perto de mim...

— Shiiii. Caladinha, vai.

 

Ele começou a beijar-me ferozmente explorando cada canto de minha boca. Um beijo seco e nada bom. Parecia que ele ía me engolir, e com o calor de seu corpo e o ar abafado do carro - mesmo estando de noite e o clima úmido -, me deixou sufocada num instante. Lógico que eu queria sair logo dali e mordi sua língua fortemente - eu deveria tirar sangue, isso sim! - o empurrando. Ele conseguiu agarrar-me de volta mas arrumei uma força do nada de soltar-me com velocidade.

Na primeira chance que tive, pulei para o banco do motorista abrindo a porta que, por sorte, estava destravada e saí. Que burro! Acho que Deus estava comigo e ajudou-me nessa hora tão desesperada! Minha respiração ainda estava mais do que afobada quando eu corria para despista-lo, mas me dei conta de que Gustavo não veio atrás de mim.

Depois de alguns minutos, meio perdida, conseguir voltar ao local em que Rodrigo deveria estar, ele não estava e quase surtei. No meio do caminho para sua casa, o encontrei e parecia bem.

 

(...)


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Notas finais do capítulo

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