Amethyst no Hana - A Flor de Ametista Original escrita por YuukiHisashi


Capítulo 18
Disputa




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— Senpai! Tudo bem se eu me juntar a vocês?

A voz levemente estridente de Kishima pouco fora o suficiente para incomodar a garota. Foi somente ela se aproximar do garoto e começar a puxar uma cadeira que esta quase que instantaneamente se levantou e puxou o moreno de sua cadeira, a lhe acompanhar. Vendo a oportunidade, atacou.

Are? Alguém parece estar com ciúmes.

Ela somente ignorou, levando consigo o moreno escadas acima até o terraço, a qual parou em frente a grade.

— Akane… você… está mesmo com ciúmes? -- O rosto da menina se corou, e a mesma se pôs com um semblante irritado.

— Vo-Você se sente no direito de me perguntar isso?! Você dormiu com aquele… aquele… moleque. E ainda deve ter feito sabe-se lá o que mais com ele…

— Então está mesmo com ciúmes--

— Eu não gosto dele com você, só isso. – Ela disse com as bochechas inchadas em seu rosto corado, desviando o olhar. – Além do mais, tem a nossa promessa… – A mesma disse baixinho, e ele não tendo escutado, a perguntou sobre o que ela havia dito. Mascarou que não era nada. Na porta do terraço, escondidos estavam Kishima, Shizue e Emiko, que os espiavam.

— Ei, não empurrem… – Sussurrou a mais alta.

— Não dá pra ver nada daqui. – A loira disse, quietamente.

— Dá para ver sim, Kishima-kun, pare com isso.

Os avisos de nada serviram, pois os três pouco depois haviam caído, chamando a atenção de todos, especialmente da morena, e do garoto, que caminharam até os mesmos.

— Vocês estavam espiando a gente? – Questionou ela, com o semblante ainda bravo.

— Desculpa, Akanecchi. A minha curiosidade me puxou, e o Kishima-kun também.

— Tinha que ser você. Até quando você vai continuar com isso hein?

— Do jeito que está falando comigo, parece que o que te falei abalou você direitinho… – Esta respondeu, se levantando, junto com as outras duas.

— Se eu estiver ou não com ciúme, o que isso tem a ver com você? – Exclamou Miyagi, face a face, peito a peito com Megumi, que sentiu seu leve ar de hostilidade.

— Está com medo de perder ele para mim?

— Você tem muita confiança nesse seu taco, hein, garoto. Mas deixa eu adiantar que o Yuuki-kun gosta de meninas. Me-ni-nas. De meninos como você ele quer distância, entendeu? Não adianta dar em cima dele que você não vai conseguir o que quer!

— Epa epa epa! Vamos parar de briga por aqui. – Protestou Shizue, separando os dois. – Se vocês se engalfinharem um no outro, mesmo aqui no terraço, uma hora vão chamar os diretores e professores para poder separar vocês dois, e é capaz de que sejam suspensos. Se quiserem brigar pelo Yuuki, façam isso longe da escola, entenderam?

— Poderiam competir em uma olimpíada também, já que é interclasse. – Sugihara enfatizou, com as mãos na cintura.

— É uma ótima ideia, Emi. E que boa hora que veio, porque é capaz de que comecem a trabalhar nas mesmas.

Pensativa ficou Akane sobre o assunto, e Kishima havia dito que não tinha necessidade de ter de passar por aquilo, pois sabia que venceria. Sua estratégia de pôr lenha na fogueira aparentemente funcionou, já que conseguiu puxar reação da morena, que ficou mais uma vez peito a peito contra ela. Novamente, Nakajima interviu e as separou, acalmando os ânimos de ambas, e o sinal então tocou, indicando o final do intervalo.

— Vamos, Yuuki-kun. A professora vai se irritar se a gente se atrasar para a aula. – Disse, tomando ele pela mão ao qual seu toque suave ainda surpreendera. Megumi não hesitou e pegou a outra mão do menino que lhe fitou aos olhos, esta estando com um semblante determinado.

— Prometo que vou fazer o meu melhor pra você, senpai.

Com um olhar de desprezo, a morena também encarou a loira de tal forma a cortar o mal pela raiz.

— Não prometa o que não pode cumprir. Vamos. – E assim puxou o garoto junto de si, descendo as escadas e retornando a sua classe, junto com as meninas.

Horas se passam, as classes enfim terminam, e os alunos começam a arrumar suas bolsas. Shizue então se aproxima de Akane e a questiona se ela iria estar ocupada, a qual esta lhe respondeu que tinha planos para aquele dia. Rapidamente a moça entendeu o que ela quis dizer, e lhe desejou boa sorte, sem dizer mais nada. Saíram do prédio escolar, e seguiram o caminho tradicional, ou pelo menos era o que esperavam que acontecessem.

Enquanto iam pelo mesmo percurso, em um momento, o moreno sentiu algo lhe impedir de seguir a frente, como se lhe puxasse. Ao olhar, era Akane, que a seu ver, estava tomando um desvio.

— Mas aqui é o caminho que a gente sempre toma… – Queixou-se e Nakajima tratou de seguir com os outros dois pelo trecho que sempre iam, lhes pedindo para não olharem para trás.

— O que está dizendo? Hoje nós vamos por aqui. E não se fala mais nisso. – Comentou ela sem se importar muito com o que ele havia dito, puxando-o então por sua gravata para próximo de si, ficando cara a cara. – Até porque… Kyō, anta wa atashi ni sore o oginau... Ne?— Perguntou com seus rostos próximos, o chantageando com um sedutor sorriso ao qual ele acenou positivamente, ainda que bastante corado e sem jeito. – Ī ko. Sabia que podia contar com você. Agora vamos. – Se afastou deste e então o puxou enquanto caminhavam por aquela trilha a qual o menino desconhecia.

Sem muita escolha, a acompanhou por aquele caminho até chegar a uma cafeteria bem simples, e ao chegar, cumprimentou as colegas de trabalho, que ao vê-la segurando a mão do menino, já começaram a perguntar a respeito do mesmo, se ele era seu namorado, deixando a garota totalmente sem jeito, enquanto esta se negava sobre tal. Ela fez o garoto se sentar em uma das carteiras e lhe disse que poderia pedir do que quiser do café que ficaria por sua conta. O comportamento dela, mais uma vez, chamou atenção das meninas, que dessa vez nada disseram, e só observaram. Todas, exceto uma, a qual por ser um pouco diferente das outras meninas, fez com que Yuuki por um momento se focasse nela, após ter feito seu pedido a Akane. E ela também notou o comportamento do menino que trocava seu olhar entre ela e a jovem.

— O que houve, Yuuki-kun? Tem algo de errado com as meninas? Ou você está só…

— A-Ah… não é nada, juro.

— Não não não, pode ir me contando, o que tem elas?

— Iya, é que vocês todas tem cabelos morenos… só que uma só tem cabelo loiro… e isso me chamou a atenção. – Akane então brevemente olhou de volta para as meninas, e tornou a Yuuki.

— Ah, quer dizer a Yami-chan… Yami-chan, venha cá por favor.

A jovem de cabelos loiros e olhar âmbar então se aproximou da morena.

— Yami-chan, este é o Yuuki-kun. Yuuki-kun, essa é a Yami-chan.

— É um prazer… – Ele disse a menina, que sem muita expressão facial lhe encarava.

— Prazer… – Disse ela em uma voz quase que como um monótono sibilo. – Yami Hirai. – Completou, e o jovem sentiu seu tom gélido quase a arrepiar sua pele.

Outro cliente havia entrado a pouco, e ela assim foi atender, já que estava mais próxima. Akane tornou a questionar o menino sobre o que ele queria, e assim ele fez seu pedido. Tendo anotado, saiu dali em direção a cozinha para repassar a solicitação, que começava a ser preparada. Depois de um tempo, ela levou a bandeja de Yuuki até sua mesa, dispondo dos pratos.

Após ter comido, ele se levantou e estava pronto para ir para casa e se despedir de Akane, quando esta lhe chamou a atenção.

— Podemos nos encontrar no final do expediente, às 9 da noite?

A petição da garota levantou bandeiras de dúvidas na cabeça de Hisashi, que lhe olhava, incerto.

— Por que? Acha que pode ser perigoso se for sozinha de noi--

— Até parece que eu estou com medo. – Ela puxou a bochecha dele por conta de sua insensibilidade por sua parte. – Você pode, não pode? Ou vai me dizer que estará fazendo algo? – O garoto negou sobre estar ocupado enquanto esfregava de leve sua mão na bochecha pois estava sentindo dor. – Ótimo. Nove da noite então. Vê se não esquece, ou eu vou fazer mais do que só puxar suas bochechas. – Em tom levemente rígido mas ainda assim brincalhão disse, antes de dispensá-lo e pedir para que Yami lhe acompanhasse até certo ponto do trajeto, aonde ele assim retornaria pois saberia o caminho.

As horas assim voaram, e então chegou o momento de ele ir buscá-la. Retornando então para o local de trabalho da menina, esta lhe esperava, novamente vestida em seu uniforme escolar. Como de praxe, as colegas do trabalho brincavam com o fato dos dois, e quando este chegou perto dela, ela caminhou em sua direção e entrelaçou seu braço com o dele, chamando a atenção delas e o fazendo corar um pouco.

— Bom gente, então vamos indo. Mata ashita.— Despediu-se ela, com as outras também se despedindo de forma semelhante enquanto acenavam. Saindo dali, ele tentou se desvencilhar, sem muito sucesso, já que ele a devia pelo que fez, e ela não iria desistir tão fácil assim deste.

Chegando no dormitório, enfim ela largou do menino, indo para seu quarto e deixando seus pertences lá, retornando com um par de roupas frescas. Tomaram seus devidos banhos e jantaram, voltando para seus cômodos para então poderem estudar no resto das horas que faltavam antes de dormir.

Na calada da meia noite, quando todos já estavam dormindo, a morena se levanta de sua cama, e a passos leves e silenciosos saia de seu quarto, descendo as escadas e tomando todo o cuidado para não ser escutada por outros, bateu de leve à porta de Yuuki. Persistiu por um momento até que este lá de dentro acordou e fora lhe atender. Tendo ele mal aberto a porta, ela já fora lhe empurrando de leve, e fechando a mesma com ela dentro de tal forma que ninguém escutasse.

Akane? Mas o que você tá--

Shiu! Vão nos ouvir se você falar mais alto que isso.

Independente, o que você tá fazendo aqui?

O que você acha? Sussurrou ela com um sorriso, enquanto lentamente empurrava o menino para trás, com seu rosto colado ao dele, o fazendo avermelhar de forma intensa. – Lembra do que eu disse depois de sair do colégio? Pois é… agora você vai me compensar...


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Notas finais do capítulo

Tradução de termos em japonês

JP: Kyō, anta wa atashi ni sore o oginau... Ne?
BR: Hoje, você vai me compensar, não é?

JP: Ī ko
BR: Bom garoto.



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