Amethyst no Hana - A Flor de Ametista Original escrita por YuukiHisashi


Capítulo 17
Capítulo 18 - Perdição Dourada




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No dormitório, Akane se pôs a observar a chuva a cair do lado de fora pela janela. O tempo havia diminuído um pouco, os trovões não eram mais frequentes, não haviam clarões ao céu, somente o som dos mesmos a estrondar. Em seus olhos, um semblante de um imenso vazio e sem brilho algum. Por um momento ficou ali a fitar as gotas a caírem sem fim. Deitou-se então em sua cama, e tentou cair ao sono. Todavia, não importava o quanto tentasse, não conseguia pregar os olhos, virando-se de um lado a outro, e cobrindo-se como podia.

Na casa de Megumi, o loiro ainda estava se divertindo com as reações inusitadas do garoto até que se lembrou de algo.

— Senpai, você precisa ligar para a sensei do seu dormitório!

— Mas eu não tenho o número de lá…

— Mas eu tenho. Vamos, vem.

Tomou-o por sua mão e desceu as escadas, indo em direção ao telefone, discando o número do dormitório. Os toques que o telefone dava incrementavam a tensão do moreno, que imaginava que não iria ser atendido, até que uma voz soou do alto falante do aparelho.

— Dormitório Nozomi, boa noite.

— Ah, sensei. Boa noite. Desculpe não avisar, mas hoje eu vou ter de passar a noite na casa da Megumi, por conta da chuva. – Disse ele para a mulher, que ficou espantada com a precisão da moça que lhe havia dado as informações.

— Poderia ter ligado um pouco mais cedo para avisar, mas tudo bem. Pelo menos você ligou para cá e deu suas satisfações e isso já basta. Obrigado.

Ela então desliga o telefone e o jovem faz o mesmo, tornando a subir com o loiro para seu quarto, ao qual novamente fora tentado por este. Yuuki insistia em dormir em um futon, sem sucesso.

— E meu uniforme?

— Vai estar seco pela manhã, não se preocupe.

— Mas e minhas roupas? Eu vou ter que deixá-las aqui, não vou?

— Senpai, venha cá, por favor.

E do alto de sua inocência, o garoto foi em direção ao de olhos cor âmbar, e este o empurrou com um sorriso sedutor, fazendo ele cair na cama, enquanto caminhava em direção ao mesmo.

— Você pergunta coisas demais. – Sentou-se sobre o colchão e pos um de seus dedos no peitoral do jovem, deixando seus rostos moderadamente próximos um do outro, empurrando-o de volta a faze-lo deitar, caindo junto com ele com seu rosto ao lado do ouvido do moreno. – Vamos deixar isso para amanhã, sim? – Sussurrou ele. Yuuki se arrepiou não somente com sua voz sutil a percorrer seus ouvidos mas também com o respirar do mesmo que ali estava tão próximo.

Sem mais, o loiro então colocou uma de suas pernas sobre as do jovem, além de repousar sua mão em seu peitoral, deixando ele avermelhado. Tentou chamar sua atenção, mas de nada adiantou: Kishima já estava em sono profundo. Para Hisashi era inacreditável como dormira rápido e não obstante, estar naquela situação. Para piorar, em um relance, fitou seu rosto por um breve momento, fazendo seu coração acelerar gradativamente. Se via preso a olhar para o mesmo, ainda mais por seus lábios, o qual seu coração batia rapidamente. Negou-se a tal e virou-se para tentar dormir. Por um momento pensou ter livrado-se das garras de Megumi, antes dele então se aproximar e o abraçá-lo por trás. Seu coração tornou a palpitar novamente com certa intensidade. Não imaginava como poderia descansar naquela condição.

Na manhã seguinte, ao acordar, deu de cara com Kishima sobre si, que por conta de seu celular acabou também despertando, soltando um sonolento grunhido, como se não quisesse ter acordado.

— Bom dia, senpai…

Mal o loiro lhe cumprimentou, e Yuuki, assustado, pulou da cama.

— Mas o que raios aconteceu aqui? Como a gente terminou assim? – O raciocínio matinal do jovem estava lento, visto que ainda estava acordando e não entendeu nada daquilo.

— Aconteceu algo de errado?

“Então você não lembra de nada?” Pensava o moreno, um pouco amedrontado enquanto o loiro se assentava e espreguiçava. Se dispuseram a se banhar de forma alternada e assim saíram, uniformizados em direção a escola. Durante o caminho, trocaram conversas e pouco antes de chegarem aos portões do colégio, escutaram uma voz familiar.

— Ah, aí está você, seu cretino… - Dizia com um tom sonolento, e quando Yuuki olhou na direção de onde vinha o som, se deparou com uma Akane com alguns cabelos rebeldes, com olhar de sono e a voz um pouco arrastada, mas que vinha em sua direção com certa convicção e determinação, o agarrando pelo colarinho. – Por causa de você, eu mal consegui dormir ontem, sabia?! Enquanto você tava lá fazendo sabe-se lá o que com esse daí, eu fiquei por horas, literais HORAS acordada por sua culpa. – Reclamou, o sacudindo, até que as meninas vieram apartá-la dele.

— Akanecchi, você não está em um bom momento pra ficar de biquinho com o Yuuki.

— Parece que alguém ficou com tanto ciúmes que não conseguiu dormir direito. – Provocou o loiro, irritando a já sonolenta morena.

— Cala a boca, garoto.

— Kishima-kun, não implica com a Akane-chan.

— Vamos, Akanecchi. Fica tranquila que se você perder algo da aula, eu te empresto meu caderno pra você copiar.

Assim, os quatro então foram, cada um para suas devidas salas. Devido ao sono imenso que sentira, Akane acabou por dormir na metade da aula. Por sorte, a professora não a chamou para resolver os exercícios no quadro, assim livrando sua pele de uma possível bronca.

Após os quatro primeiros períodos, o sinal tocou, porém a morena estava em um sono profundo demais para poder acordar por si só. Acabou que Shizue lhe despertou de seu descanso e a chamou para lanchar com eles, a qual ela assim o fez, se juntando. Enquanto esta lanchava, a alaranjada aproveitava para arrumar e pentear seu cabelo bagunçado, deixando ela preocupada. “Não se preocupe” ela disse, confiante. Um curto tempo depois, a moça estava com seu cabelo arrumado novamente.

— Pronto. Está bonita de novo. Não é, Yuuki?

— Ah… é, sim…

Aquela pequena pausa foi o suficiente para chamar a atenção da morena, que se irritou com ele.

— Akanecchi, ele pode até não dizer, mas dá pra ver na cara dele que ele tá gamadinho em você.

— O que você tá falando, Nakajima? – Questionou ele, já que a moça disse aquilo em alto e bom tom com o intuito de provocá-lo. A menina, com indiferença, somente ignorou aquele pequeno bate-boca. Foi o abrir da porta entanto que lhe incomodou, e não fora a toa.

— Senpai! Tudo bem se eu me juntar a vocês?


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