Amethyst no Hana - A Flor de Ametista Original escrita por YuukiHisashi


Capítulo 16
Capítulo 17 - A Ousadia de Kishima




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A chuva começava a apertar mais e mais, ao ponto que Megumi teve de abrir seu guarda-chuva, e como o moreno não estava com o seu, foi obrigado a andar junto do loiro, como se fossem um casal. Sem dizer uma palavra, Kishima observou sua inerente hesitação para com o mesmo e dando um passo adiante, o abraçou pela cintura, o que gerou uma reação de espanto, surpresa por parte do rapaz. Ao fitar sua face, viu no semblante do loiro um sorriso que este queria muito jurar ser algo inocente, todavia não conseguia.

Chegaram então ao local aonde geralmente se separavam e pararam ali por um momento.

— E então… o que vamos fazer? – Megumi questionou-lhe, a lhe encarar. – Quer que eu te leve em casa, senpai? – O rapaz ficou reflexivo, apesar de que não aparentava ter muita saída. Um breve momento de silêncio, quebrado somente pelo som da chuva que caía ao redor deles, e de alguns poucos e ocasionais carros que passavam pela rua. Atento como só ele, do instante que Yuuki estava para decidir, tomou sua mão e o puxou, novamente o quebrando daquela indecisão.

— Ei! Mas você nem me escutou.

— Não diga nada, só vem comigo.

— E pra onde você tá me levando? Pra sua casa?

— Pouco importa para onde estou te levando. Pergunte menos e ande mais, vamos.

O jovem estava decidido, a qual seu ímpeto o fazia mover. Todavia, o moreno largou de sua mão, fazendo o loiro estranhar.

— Yuuki-senpai? – Kishima parou e virou-se para fita-lo. O garoto estava basicamente se ensopando debaixo da chuva, a olhar o chão molhado sob seus pés. – Nani yatten no? – Questionou-o, em um tom baixo. A chuva estava bem espessa, e o castigava sem dó. – Nani yatten no?! Sore wa okashii wa yo! – Reclamou ele, retornando para o moreno e tornando a abraçar-lhe. Este teve o intuito de lhe empurrar, contudo, mesmo que o fizesse, Megumi não se afastaria.

No dormitório, Miyagi estava deitada em sua cama, trancada em seu quarto. Lembrou-se da cena anterior, além do que o loiro havia dito. Um vazio preenchia sua mente, que tanto viajava que não notou o celular a tocar, até lentamente voltar a si e notar o incessante som de seu ringtone, e o atendeu.

— Akanecchi? É a Shizue.

— Ah, Shizu-chan…

Do outro lado da linha, Shizue notava nela um tom de voz um tanto quanto vago.

— Tá tudo bem?

— Hã? Ah, tá sim.

— De verdade? – Duvidou a de pele escura.

— Sim, tá tudo bem sim. É só que eu tô com sono.

— Ah… bom, se você diz. Desculpa atrapalhar. Bom descanso.

Shizue havia desligado. Ainda assim, estava suspeitando da voz da garota estar vaga do outro lado da linha. Cogitava certamente ser ele o motivo de tudo aquilo.

Na rua, abraçado com Yuuki, Kishima repousava seu rosto nos peitos do jovem.

— Yuuki-senpai… – Chamou-lhe ele, fazendo com que o mesmo o olhasse. Seus olhos se encontraram, o moreno acabou por corar ao fitar Megumi. – Olha… se você quiser, eu te levo até o dormitório… – Sugeriu ela, mas o garoto estava com a tal da questão mencionada no refeitório. – Desculpa eu ter te puxado e te forçado daquela maneira…

— Eu aceito. – Nada entendeu a loira. – Eu aceito… ir um dia para a sua casa… – A tal resposta surpreendeu ela de tal maneira que esta corou.

— M-Mas senpai… você sabe que a Akane tá com ciumes…

— Eu sei… mas eu não quero passar essa oportunidade… por favor. – Retrucava ele, a deixando cada vez mais sem jeito. Hesitante, ela perguntou mais uma vez e ele tornou a afirmar, e então, Yuuki a acompanhou durante o percurso.

Fuan?

— Eh? Ah, bem, como é minha primeira vez na sua casa… é… estou um pouco…

— Entendo… a primeira vez é sempre a mais difícil, né… – O moreno concordou com sua atestação. – Eu também estou, admito, apesar de saber como minha mãe vai reagir… – Contestou ela, olhando para baixo por um momento.

Não demorou muito, e logo, ambos estavam em frente a casa de Kishima.

— Mãe, cheguei! Trouxe um colega hoje, ele vai passar a noite. Tem algum problema?

— Bem vindo de volta, Tsuki. Aliás, um colega? – A mulher questionou ao ver o moreno a surgir por detrás dela.

— Ah, é um prazer, senhora Kishima. Me chamo Hisashi, Yuuki Hisashi. – O rapaz disse, se curvando educadamente perante ela.

— Seja bem-vindo, querido. É um prazer conhecê-lo. – Esta repetiu o gesto, cruzando seus braços logo em seguida – Deveria ter me avisado que iria trazer alguém. – Fez questão de puxar a orelha de Megumi, que retrucou a dizer que não sabia que tal incidente iria acontecer. A mulher não lhe acreditou, e durante a pequena discussão entre ambos, Yuuki não conseguiu segurar e acabou por soltar um espirro, o que chamou a atenção dos dois. – Ara… está resfriado?

— Eh? Ah, acho que sim… deve ter sido a chuva--

— Mas você também, hein, senpai. Por que que inventou de ficar tomando chuva lá?

— Tsuki, ao invés de fazer perguntas, vá buscar um par de roupas suas para poder emprestar a ele, por favor. Hisashi-san, creio que seria melhor você se banhar um pouco e trocar de roupa. – Sugeriu a mãe, o dando a direção do banheiro, que ficava atrás das escadas. Assim como ordenado, Kishima subiu as escadas e fora até seu quarto, a procurar por roupas para que Yuuki pudesse vestir.

Momentos após, descia com algumas vestimentas dobradas, as pondo na área de serviço. Enquanto isso, no chuveiro, o moreno se banhava e antes de se ensaboar, olhou com cuidado para o sabonete. “Esse sabonete… Ele passou pelo corpo da Megumi?!” – Pensou o rapaz, imaginando a figura nua da loira a ensaboar sua pele macia e delicada, até mesmo em partes as quais ele jamais poderia imaginar. Seu rosto avermelhou-se por inteiro por conta daquilo, o que não o impediu de usá-lo. Afinal, o jovem não ficaria limpo se não se ensaboasse.

Quando finalmente terminou e estava para se secar, novamente sua mente fez questão de lhe fazer viajar, com a imagem de Kishima a secar-se com ela. Como todo rapaz curioso, havia de cheirar a mesma para ver se havia o aroma da jovem.

— Se~n~pa~i… – Megumi abriu a porta lentamente, o pegando de surpresa, fazendo ele se cobrir com a toalha. Combinado com o que estava em sua mente, o fez avermelhar ainda mais. – Não me diga que estava curioso a respeito do meu cheiro? – Questionou, com seu semblante ficando um pouco mais travesso. – Uma pena, essa toalha foi lavada e secada recentemente. Não foi dessa vez, senpai. Boa sorte em uma próxima. – Comentou, rindo um pouco e saindo dali, fechando a porta. Frustrado e com expectativas quebradas, ele somente se secou e saiu dali.

Enquanto isso, no dormitório, Akane estava em seu quarto, deitada, a olhar para o teto após ter jantado, quando batidas foram escutadas em sua porta. Uma voz familiar lhe chamava pelo nome, enquanto a mesma levantava para poder atender.

— Akane, você sabe do Yuuki? Ele não apareceu aqui no dormitório até agora. Acha que ele pode ter se perdido? – Questionava a sensei após a morena ter aberto a porta.

— Não. Eu sei aonde que o Yuuki-kun está. Na casa do Kishima.

— Assim, de repente? E só avisou a você?

— Ele não me avisou nada.

— E como você sabe aonde ele está se ele não te avisou?

— Intuição. Se ele não estiver comigo, é quase que certo que ele vai estar acompanhado do Kishima.

— Então ele vai passar a noite lá, não é?

— Exato. Eu sei que nenhum dos dois serão malucos de vir nessa chuva pesada.

Na casa de Kishima, após o jantar, Yuuki subiu com a loira para o quarto dela. Não sabia o que esperar do ambiente, todavia, ao entrar, se deparou com um cômodo completamente comum, quebrando suas expectativas. Claro que ela não poderia deixar de tirar sarro com a cara do moreno, o deixando sem jeito.

— Ei, Megumi. E o meu Futon?

— Ah, quanto a isso… eu tenho um futon aqui mas… – Comentou, sentando-se a cama e batendo de leve ao lado. – ...quero que durma aqui, comigo. – Sua proposta fez o menino se avermelhar novamente, o que pôs um sorriso bobo no rosto dela.

— Eu não posso dormir ai com você…

— Por que não?

— É uma cama de solteiro, não vamos caber ai… e além do mais… – Ele se calou, atiçando a curiosidade da mesma, o deixando sem palavras.

— Sabe, senpai… você realmente fica bonitinho quando fica envergonhado desse jeito…

— Q-Quieto...


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Notas finais do capítulo

Tradução de Termos em japonês:

JP: Fuan
BR: Ansioso



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