Amethyst no Hana - A Flor de Ametista Original escrita por YuukiHisashi


Capítulo 15
Capítulo 16 - Educação Física




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Algum tempo depois, e mais uma vez o sol se raiava. Tocava o despertador que acordava a morena, ainda com cara de sono, como se realmente não quisesse sair daquela confortável cama. Espreguiçando-se, levantou e após um bom banho, se arrumou como de costume, conforme a rotina de anos atrás.

Pondo ela o pé para fora junto do jovem, notou que o sol aparentava estar mais quente, ainda que estivesse somente de manhã. A leve brisa não aparentava ajudar muito a refrescar.

— Nossa, logo de manhã e esse calor… acha que pode chover? – Questionou ela para o menino enquanto caminhavam juntos.

— Não sei… bem que seria uma boa, não?

— É, uma chuva seria uma boa pedida, Ou sei lá, um tempo nublado também seria muito bom.

Pouco tempo depois, passos apressados atrás deles se aproximava.

— Yuuki-senpai! Bom dia! – Era Tsukishima, que o surpreendera com um abraço por detrás, ao redor de seu pescoço.

— Megumi… larga, tá quente. - Yuuki reclamou o afastando, dado o desconforto pelo calor, sendo sua decisão respeitada pelo loiro. Pouco depois, se encontraram com as duas como de costume, que assim como eles, a mais velha reclamava do calor.

— Se a previsão do tempo estiver certo, final de tarde vai começar a chover. – Apontou Emiko, como se olhasse ao céu.

— Espero mesmo que esteja. Vai ser um alívio pra esse calor infernal. – Shizue disse. – Aah… vocês que tem o cabelo curto são tão sortudos… não sofrem tanto com o calor quanto a gente que tem cabelo longo… – Queixou-se ela, de mãos atrás na nuca.

— Você que acha. A sensação do sol no pescoço não é nada legal. – Sugihara retrucou, e Hisashi concordou com a opinião da menina.

— Aliás, hoje é aula de quê mesmo?

— E.F, História e Geografia. Hoje farão nosso checkup de desenvolvimento. – Shizue arrepiou dos pés a cabeça ao ouvir aquilo, e Akane também havera ficado um pouco apreensiva.

Isso quer dizer que eles vão nos medir…”— Pensou a garota, já começando a imaginar o cenário. Assim sendo, puxou um pouco a manga da camisa de Shizue, que se encurvou lateralmente para escutar a garota.

Ne… não tem com eu evitar esse check-up? — Sussurrou.

Só se você estivesse doente. E ainda assim, haveria de dar a justificativa por telefone… — Respondeu em igual tom, para o desespero da jovem, que já começou a imaginar cenas em sua cabeça.

Cena Hipotética A – Ala Feminina

A sensei finalizava de medir a garota que estava a sua frente, chegando assim a vez de Akane. Por conta de suas roupas íntimas, que por sua vez eram femininas, não era possível para ela esconder a saliência, ainda que pequena, mas que a sensei não deixou de notar o mesmo.

— Me perdoe a pergunta, mas você não é um garoto… é? – Tal pergunta havia deixado a morena sem saber se explicar direito, ao qual lhe fora dada uma réplica – Desculpe, mas a ala dos garotos é ao lado. Não poderei medir você. Ah, e aliás, vá a sala de professores depois para se explicar melhor e pegar seu uniforme.

Rumores se espalhariam daquele dia em diante, fazendo sua vida um verdadeiro inferno.

 

Cena Hipotética B – Ala Masculina

Comentários sobre ela surgiam, alguns sem acreditar, outros estranhamente desconfortáveis. A jovem em sí estava desconfortável por demais por estar ali em meio a tantos garotos, que a questionavam, ainda que não pessoalmente. Só queria ser medida para acabar com todo aquele sofrimento. E ao chegar a Sensei, ela ficaria um pouco surpresa por um “garoto” vestido em roupas intimas femininas surgir, mas não comentaria nada, somente a mediria. Apesar disso, Akane sabia que estaria sendo julgada por dentro, e certamente por suas costas.

Fim das Cenas Hipotéticas

 

Pouco a pouco, a fila de medição ficava cada vez menor, e a vez de Miyagi se aproximava, a deixando nervosa. Porém, após a sensei medir Shizue, esta se ofereceu para medir a próxima aluna. Certamente a professora achou a atitude estranha, e a Alaranjada tentou o que podia para tentar ajudar, sendo que de alguma forma, conseguiu convencer a sensei, e assim, seguramente mensurar busto, quadril e cintura da morena, antes de retornar a fita e saírem dali. Se não fosse a atitude de último momento da garota, esta estaria perdida já que um de seus cenários hipotéticos se tornaria real. Conseguiu, por um fio, evitar futuros rumores que certamente estragariam sua reputação como estudante. Akane mais uma vez a agradeceu por salvar sua pele.

As outras aulas também prosseguiram como de costume, com o período do intervalo reservado para seus devidos descansos. Yuuki havia se levantado com o intuito de ir comprar seu lanche, se esbarrando em Megumi novamente, o que já não lhe era mais surpresa. Todavia, quando o moreno estava pronto para retornar para sua classe, a loira chamou sua atenção.

— Por que não fica aqui no refeitório e lancha comigo hoje? A gente mal passa esse tempo junto. – Comentou, segurando seu pulso, o fazendo ruborizar por conta do toque suave de suas mãos. Um pouco sem jeito, ele concordou, arrancando um sorriso dela enquanto a mesma lhe puxava para uma das mesas que estavam vazias. – Yuuki-senpai… afinal, o que a Akane-senpai é sua? – Questionou, enquanto comia.

— Ah, ela? Minha amiga de infância. Por quê?

— Nada, só curiosidade mesmo. - Respondeu, com um sorriso, até que sua expressão mudou para um semblante um pouco provocador. – Ainda está curioso? – Seu olhar já dava à Hisashi o significado daquela pergunta.

— Eh? Eu…

— Deixa eu te fazer uma proposta, senpai. Que tal um dia você vir me visitar e passar um dia comigo em casa?

— U-Um dia?! – O menino avermelhou-se por inteiro com a sugestão de Megumi.

— Isso mesmo. Vinte e quatro horas minhas com você ou o mais próximo disso possível. – Tal promessa deixara o jovem um pouco nervoso. – É bom se decidir logo, é uma chance única que estou te dando de desvendar um pouco mais minha intimidade com meu consentimento. O que me diz? – Ele ainda permanecia sem respostas para tal questão.

Enquanto isso, na sala do rapaz, Shizue e Sugihara estavam estranhando um pouco a demora do rapaz. A de cabelos arroxeados sugeriu que poderia ser a fila. Entretanto, como uma premonição ou até mesmo intuição, ela se levantou, fazendo as duas lhe encararem.

— Akanecchi, o que houve? – Sua pergunta não lhe fora respondia, e ela simplesmente se virou e saiu de sala, ainda sem dizer uma palavra. Por precaução, a alaranjada se levantou e então seguiu à distância.

— Shizu, o que aconteceu, por que estamos seguindo-- – A alaranjada a interrompeu enquanto a acompanhavam em secreto.

— Se o motivo for mesmo o que eu to pensando, o Yuuki que se prepare… – Sussurrou.

— Mas do que você tá falando? Não me diz que é do…

— É, ele mesmo. Não tinha como ser outra pessoa. – Respondia, enquanto a morena se dirigia ao local aonde o mesmo se encontrava.

— Bom, se não se sente confiante de me responder agora, tudo bem. Mas não demora muito, tá? Porque eu posso desistir disso tudo de uma hora para outra e aí que você vai ficar para sempre com esse mistério na mente. – A loira se levantava e notava que Akane estava os espiando, ainda que escondida, e que ao ser notada, tornou-se para trás da parede novamente. O sinal tocou, e ela se sentiu na obrigação de se retirar, assim como Megumi.

Ao chegar na sala, o jovem fora perfurado à distância pelo olhar da garota, que desviou seu olhar assim que ele tentou encará-la. Tratou de se sentar em seu lugar e seguir com as aulas. Na hora de ir embora, enquanto trocavam seus sapatos, a loira passou por detrás da menina, fazendo questão de provocá-la.

— Se você é melhor amiga, por quê briga tanto com ele? Não me diga que está com ciúmes? – Questionou, tornando a caminhar para fora do prédio. A moça ficou possessa com tal pergunta.

— O que eu faço ou deixo de fazer e sinto ou deixo de sentir não é da sua conta! – A atitude dela chamou a atenção do moreno, que viu na distância a raiz do problema. Fechou a porta de seu armário com certa força após trocar os sapatos e saiu marchando a frente. Não esperou por Shizue e nem Emiko, que também não acompanharam o rapaz. Este teve de ir sozinho, ou assim o queria, porém, havia de aturar por um curto período de tempo, e abaixo de uma fina garoa, a companhia da loira a qual ele sabia que traria desgosto para a jovem com quem partilhara o dormitório.


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