Amethyst no Hana - A Flor de Ametista Original escrita por YuukiHisashi


Capítulo 13
Capítulo 14 - Expectativas




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— Ah… eu só quero voltar pra casa, depois disso tudo… - Suspirava Miyagi, já exausta.

— Me desculpe por elas… especialmente a Guchi.

— Se fosse só ela… mas também, o que as outras fizeram comigo… – Comentou a jovem a olhar para baixo, como se observasse seu corpo.

— Akane-chan, você é você, independente do que façam ou digam. Não vai ser isso que a vai fazê-la menos mulher, não é? – Shizue falou, notando a aparente insegurança da moça. – Sabe, se estiver insegura sobre isso, pode falar comigo. Sabe que te apoio no que quer que seja.

— Eu sempre me olho no espelho e fico pensando sobre isso…

— Não deveria se importar com isso agora, sabia? Você é uma mulher incrível, não se preocupe com esses pequenos detalhes. Só viva normalmente como deveria! – Akane se sentiu um pouco mais motivada por conta daquilo, e retornava para o dormitório de bom humor.

Enquanto isso, não muito longe dali, Megumi ainda estava acompanhado de Yuuki quando ambos interromperam seus passos.

— Bom, é aqui que eu sigo. Até segunda, Yuuki-senpai. – Acenou com um sorriso em seu rosto.

— Até segunda. – Ele retribuiu o gesto, o vendo ir embora. Pouco depois também voltou ao dormitório. Em frente ao dormitório, encontrou-se com Akane, que estava com algumas bolsas. – Boa tarde, Akane.

— Boa tarde, Yuuki-kun. – Ela então notou que ele estava arrumado. – Are? Yuuki-kun, você saiu também? – Aquela pergunta deixou o menino um pouco apreensivo.

— Ah sim, eu aproveitei para dar um passeio também. Seria muito chato se eu ficasse no dormitório sem fazer nada. – O rapaz disse, esperando que sua jogada colasse.

— Com o Tsukishima, suponho? – Questionou, seguindo sua intuição.

— Hã? Não, eu sai sozinho, agora a pouco para ir em uma loja de conveniência…

— ...E de coincidência, encontrou o Tsukishima no caminho, não foi?

— Não, eu nem me encontrei com a Megumi hoje-- – Ela nem o permitiu terminar sua frase e se aproximou, o deixando vermelho enquanto ela o cheirava.

— Sabe, Yuuki-kun… – Ela então empurrou uma das bochechas do garoto com seu indicador. – ...você é bem péssimo com mentiras, não acha? Você claramente está com um perfume diferente, e feminino ainda por cima. Está bem óbvio que você se encontrou com o Tsukishima. – Concluiu, tirando o dedo do rosto dele, quebrando assim sua farsa, fazendo-o suspirar.

— Desculpa, Akane… sim, eu me encontrei com a Megumi…

— E pelo visto não foi “agora a pouco”, como você me disse, não é? Ou vai tentar mentir para mim de novo? – Disse com um sorriso sarcástico em seu rosto.

— Não… não foi agora a pouco… foi por volta do início da tarde… – Retrucou, desapontado.

— Hmm… entendi… viu como ser honesto não dói? – Falou, passando por ele e parando em frente a porta do dormitório. – Não vou negar que estou sim um pouco chateada… mas você também tem que ter sua parcela de amigos… não posso simplesmente te prender junto de mim o tempo inteiro… – Expressou, com um sorriso enquanto olhava para o mesmo antes de enfim entrar. Yuuki ficou um pouco confuso com aquilo, todavia, como ela havia relevado, ele somente deixou passar e entrou.

Foi até seu quarto e guardou as roupas que estavam nas bolsas. Pegou em seu guarda-roupas uma vestimenta mais leve e casual, e desceu as escadas, indo até o banheiro. Lá, trancou a porta e se despiu, e ao entrar no chuveiro, olhou novamente para si. As palavras de Shizue então voltaram a ecoar em sua mente, e ela então tornou a olhar para frente, com um sorriso em seu rosto. Sua insegurança quanto a tudo aquilo pouco a pouco ia se dissipando, alimentando a esperança de que ele a aceitasse do jeito que ela era.

Vestiu-se então após o banho e ao sair, se deparou com o menino, que aguardava sua vez de se banhar. Do mínimo contato visual, desviaram os olhares, corados. Ela, contudo, portava um sorriso em seu rosto, e ainda que breve, ele notou o mesmo, antes de enfim entrar.

Aquela noite se passou, e o raiar do sol assim invadia o quarto de seus moradores em Nozomi-sou. A morena se espreguiçava em sua cama, a se levantar, bocejando. Com cara de sono, desceu as escadas e lavou seu rosto antes do desjejum. Após aquilo, escovou seus dentes e aproveitou para tomar um banho matinal para despertar com mais energia. Retornou para seu quarto somente para pegar algumas coisas e então saiu do dormitório.

Passou por alguns restaurantes familiares e cafeterias, em busca de arranjar um emprego. Muitos a negaram por conta de não haver mais vagas, outros precisavam de experiência, o que a ela lhe faltava. Estava quase a ponto de desistir e visitou uma última cafeteria. Sem esperanças, ela foi até o balcão e entregou seu currículo, já esperando ser rejeitada novamente. Saiu dali um pouco cabisbaixa, a voltar para o dormitório. Entretanto, não poderia demonstrar tal desânimo, e tratou de sorrir, a fim de mascarar sua frustração.

Ela então almoçou, e ajudou a lavar as louças, antes de retornar para seu quarto. Enquanto estudava durante a tarde, seu celular tocou, chamando sua atenção. Era um numero desconhecido para ela, ainda assim, ela o atendeu.

Moshi Moshi

— Boa tarde, eu falo com Miyagi Akane? – Questionava a voz de uma mulher.

— Ah, sim, é ela.

— É da cafeteria Nami’s Matcha. É em relação ao seu currículo. Nós nos interessamos por ele. Você estaria disponível para uma entrevista na terça, às 14:30? – A jovem ficou um pouco entusiasmada por dentro.

— Ah, claro, estou disponível sim.

— Certo, então estaremos aguardando sua participação. Uma boa tarde. – Se despediu, desligando. Akane estava feliz pois havia sido enfim selecionada para uma entrevista de emprego. Todos do dormitório então jantaram horas depois e enfim se puseram a dormir.

Em seu sonho, a jovem se via linda, trajada em um lindo vestido de noiva, véu, e a segurar um buquê. Ao seu lado, seu marido, Yuuki, portando um elegante terno. Ambos mais velhos, saindo de seu casamento enquanto convidados jogavam grãos de arroz ao alto. Antes de entrarem no carro que os levaria para a lua de mel, decidiram partilhar de mais um beijo, e então tudo se clareou. Quando viu, já era de manhã, e o despertador estava a tocar. Ainda sonolenta, ela o desativou, bocejando e se espreguiçando.

— Nossa, passou tão rápido… – Reclamou ela, antes de um sorriso bobo preencher seu rosto. – ...ai mas aquilo foi lindo, hein… eu vestida de noiva, ele com aquele terno… e aquele beijo… quem sabe, né… ai ai… – Comentou, com seu rosto corado, levantando e indo até seu guarda-roupa a buscar seu uniforme para então iniciar mais um dia de aula.


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Notas finais do capítulo

Tradução de termos em Japonês:

JP: Moshi Moshi
BR: Alô.



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