Amethyst no Hana - A Flor de Ametista Original escrita por YuukiHisashi


Capítulo 12
Capítulo 13 - Double Date 2




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Shi-Shitagi?!” Exclamava Miyagi por dentro, amedrontada. Com Shizue era a mesma coisa.

“Essa não… e agora, o que a gente faz?” Pensou. Estava sob pressão, até que Akane teve uma ideia.

— A-ainda bem que eu não preciso… tenho várias em casa… – Jogou a isca, dando uma sensação de alívio para a alaranjada.

— Eh? Mas a gente vai comprar umas pra usar também na praia, não só pra usar diariamente. – O tiro saiu pela culatra. Aquela resposta era algo que a morena não queria e não esperava ouvir. Nakajima tornou a ficar apavorada por dentro.

— Q-Que tal a gente deixar isso pra um outro dia? Não estaríamos levando bolsas demais? – Proferiu, no meio de tanto medo.

— Somos cinco pessoas, e dado que podemos carregar em volta de três a quatro bolsas por mão, não acho que seja muita bagagem. – Satori lhe respondeu, e naquele instante, a ruiva captou algo.

— Oya… vocês estão escondendo alguma coisa da gente? – Com um sorriso maldoso, Hijiri as questionou, olhando para as duas. – Esse comportamento, com certeza, não é muito normal. Vamos, o que estão nos escondendo? Vem aqui! – Taniguchi atacou Miyagi que de toda forma tentou se livrar, sem sucesso. Nakajima a pedia para que parasse com aquilo, mas fora em vão, já que a pequena não queria saber.

Entre pedidos e esforços para se livrar, um curto, porém notável gemido saiu da jovem, que chamou a atenção de Hijiri. Não somente isso, mas sobre seu joelho e entre as pernas da menina, algo suave, que era diferente do que estava acostumada a sentir naquele lugar. Com a vergonha, Akane despertou sua reação de “luta ou fuga” ao folgar dos braços da ruiva.

— Espere aí… – Com mão forte, ela segurou o pulso da morena. – Agora você vai ter que vir com a gente, queira você ou não. E você. – Olhou para Shizue. – Nem uma palavra a favor dela. Você também vai ficar. Vamos, garotas. – Ordenou enquanto arrastavam elas para a loja de roupas íntimas.

Enquanto isso, na cafeteria, o jovem era confrontado com uma pergunta da loira que o encarava, interessada.

— Iya… é que… sabe, se você… for um garoto… – Respondia ele sem jeito, antes de interromper sua resposta ao pensar em Akane, a deixando um pouco mais curiosa.

— Continue, por favor… – O fitou nos olhos com um sorriso terno, fazendo o garoto perder levemente sua compostura.

— N-Não é nada…

— Você acha que é errado? – Pegou ele de surpresa, fazendo-o se arrepiar levemente. – Se for isso, olha, eu até te entendo. Você só está preso a antigos ideais. Pode parecer um tanto absurdo eu estar te falando isso, mas sendo honesta, você só precisa parar de pensar dessa forma. Homem, mulher, tanto faz. Elas não são pessoas, assim como você? – As palavras de Megumi fizeram ele refletir e concordar com ela. – Então pronto. Só pare de olhar para o exterior, e olhe para aonde realmente importa: aqui. – Disse, apontando para seu coração.

— O coração… – Lembrou-se das palavras de Akane, sobre sentimentos.

— Isso. Não veja as pessoas por fora, tampouco julgue elas do que quer que sejam. Do contrário, olhe para seu coração, o seu interior, porque é isso que importa. De nada adianta a pessoa ser bonita por fora, mas por dentro ela não valer a pena. – Explicou, enfim terminando seu café-au-lait. Se levantou, apoiando ambas as mãos na mesa. – Eu tenho uma proposta para você… quero te mostrar o que realmente sou, além do meu exterior. O que me diz? – O questionou, estendendo sua mão. Hisashi então olhou para a mão estendida de Megumi, passando a olhar também para seu rosto que mostrava um sorriso terno. Ainda que sua expressão fosse caridosa e convidativa, o menino estava hesitando. – Tudo bem se você não quiser. Não vou forçá-lo a nada. – Estava prestes a retrair sua mão quando o jovem a segurou após tanta incerteza. Ambos então olharam para suas mãos a se segurarem, Yuuki a sentir a maciez e suavidade da mesma sem mover um músculo, enquanto a outra a tocar a jovial pele do menino em seus dedos. Não foi preciso dizer nada, se separaram ali e após pagar as contas, ela o pediu que a acompanhasse.

Passaram por vários lugares, entre lojas de bijuteria, roupas e até jogos e estandes de fotos. Para Yuuki, Megumi em sua singularidade era como uma garota, mas uma única, sem nenhuma igual. Seus trejeitos pouco delicados, o sorriso em seu rosto, seu olhar e até mesmo sua voz o pareciam encantar. Se divertiram a beça pelos arredores por algumas horas. Ela então o fitou enquanto andavam lado a lado.

— Ei… – Ele lhe deu atenção. – … O que achou de hoje? Foi divertido, não foi?

— Ah… sim… eu juro que não esperava que fosse ser assim.

— Se surpreendeu, não foi? – O menino concordou. – Eu sabia que você não iria se arrepender. – Disse. Pouco depois, pegou o chaveiro que havia ganho na máquina de Gacha e o fitou, mostrando um sorriso com os dentes a mostra. – Isso combina muito com algo que você me daria, Yuuki-senpai. – Aquilo o fez corar, ficando sem jeito e sem palavras. – Mas mesmo que fosse algo diferente, ainda assim seria especial, porque seria um presente seu. Obrigado. – O coração do jovem pulou uma batida, e a timidez que sentia o fazia não conseguir olhar para ela.

Do outro lado, Akane estava prestes a enfrentar um temível julgamento. Já estavam na loja de Lingeries, em frente a um provador. A ruiva lhe vinha com um par de roupas íntimas em mãos, enquanto as outras duas a seguravam.

— Muito bem. Eu achei um modelo perfeito para você. Adoraríamos ver. Que tal vestir ele? – O medo só subia a cabeça. Para a sorte de Miyagi, Junko e Mirano estavam com as mãos levemente folgadas, o que em um esforço, ela conseguiu se livrar das mãos das duas e fugiu, assustando Hijiri.

— Vai, Akane!!! Só vai!!! – Exclamou enquanto a garota corria.

— O que?! Vocês duas! Vão! – E dada a ordem, ambas começaram a correr atrás da menina. – E você… você sabe de alguma coisa sobre essa sua colega, não sabe? Não a está acobertando a toa.

— Independente de eu saber ou não, eu não vou te contar, Guchi.

— Eh… então vai ser assim… muito bem… Se as respostas não vão vir a mim, então eu mesma vou atrás delas… ou melhor… já estou atrás delas… – Dizia, caminhando calmamente dali.

Ainda no Shopping, Akane fugia. Seu primeiro empecilho: as escadas rolantes. Tentou descê-las o mais rápido que pode, pedindo desculpas aos outros. Não havia tempo de se explicar. Nakamatsu e Junko faziam o mesmo. Os transeuntes do local não entendiam o porque daquele alvoroço. Tentou despistá-las dentre os corredores e planejou sua fuga nesse intervalo de tempo. Sabia que as entradas da frente do Shopping daria para ruas que certamente estariam movimentadas, então decidiu fugir pelas saídas de trás. E quando pensou ter despistado elas, as garotas novamente estavam atrás dela.

As portas da saída estavam a sua frente, porém ali também se encontravam guardas, que estavam prestando atenção na movimentação do Shopping. Para não chamar muita atenção, desacelerou um pouco e andou com passos apressados enquanto a porta abria.

— Espera, Mirano. Se a gente correr, vão nos achar suspeitos.

— Mas não podemos deixar ela fugir.

— E não vamos… – Ela então ligou para a ruiva. – Ela saiu pela parte de trás do shopping.

— Ah.. Não se preocupe… – Respondia a ruiva, despreocupada, enquanto colocava um capacete. – Logo logo, eu alcanço ela. Podem deixar comigo. – Desligou, subindo em uma motoneta, e acelerando, saindo do estacionamento do Shopping e dando a volta.

Do lado de fora, por terem que andar para não chamarem atenção, acabaram a perdendo de vista, dado que ao mínimo passo do lado de fora, a jovem correu como se não houvesse o amanhã em direção a direita. Foi tudo que elas viram. Entre as vielas elas caminharam, com o intuito de encurralar a jovem. Vendo ela que estava aparentemente sozinha, pode respirar aliviada, antes de se assustar com a aparição repentina de Taniguchi.

— Será que a gente tem um garoto infiltrado no meio dessas meninas?! – Exclamou, a fazendo correr. A ruiva então corria atrás dela com o veículo, tendo uma clara vantagem e a alcançando com facilidade. As outras começavam a se aproximar também, inclusive Nakajima, que parecia frustrada. – Sabe, se esse era o caso, só bastava falar. Não precisava fazer todo esse alvoroço, Akane-chan! – Provocou. – Além do mais, eu acho que entendo você querer esconder isso da gente, mas você podia ter confiado na gente. Seria um segredo só nosso. – Concluiu.

— Então, a Akane-chan realmente é… – Mirano cogitou ao olhar a moça.

— Sim. Debaixo dessa saia aqui, a calcinha dela guarda um baita de um cachorro quente. – Respondeu Junko, abaixada, provocando Akane ao esfregar suas mãos em uma de suas coxas, a fazendo ficar extremamente vermelha.

— E que baita cachorrão quente que você deve ter, hein… – Tentou Hijiri ao também abaixar e acariciar a outra coxa que estava livre, com um sorriso jocoso em sua face, e como a cereja do bolo, lambeu os beiços, deixando Miyagi totalmente sem jeito.

— Vocês duas, parem com isso, ela está se sentindo totalmente desconfortável, não veem? – Shizue reclamou com elas, que imediatamente soltaram.

— Bem, como eu disse, vai ser um segredo nosso. E além do mais, não estamos entre garotas? Mesmo que você tenha esse seu brinquedinho aí, você ainda é uma de nós, não é? Então não há motivo pra eu dar em cima de você. – Taniguchi clarificou. Akane ainda estava sem jeito de antes. – Então, que tal deixarmos essas “compras especiais” para uma outra ocasião? – Sugeriu ela, e todos então concordaram, ainda que Nakamatsu parecesse um pouco chateada. Junko por outro lado não se importava.

— Ei, Akane. Traz seu namorado da próxima vez. – Comentou a de cabelos negros, com um tom monótono, fazendo o rosto dela corar.

— E-Ele não é meu namorado!!! – Reclamou.

— Ah, mas ele já tá na sua, não é? Então praticamente ele é seu namorado. Vocês só não se assumiram ainda. Traz ele da próxima vez. Vai ser mais divertido. – Hijiri comentou, novamente sentando em sua motoneta. – Até uma próxima, Akane-chan, Shizu! – Acenou, indo embora com a mesma. As outras também se despediram, e se desculparam antes pelo ocorrido. Akane estava desgastada. Tudo que mais queria, ainda que no momento estivesse ao lado de Nakajima, era voltar para casa e descansar de tudo aquilo.

Um pouco longe dali, estavam Mirano e Satori retornando juntas.

— Você acha que o namorado da Akane-chan sabe desse pepino?

— Se não souber, vai ter uma grande surpresa, seguida de um choque.


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