Amethyst no Hana - A Flor de Ametista Original escrita por YuukiHisashi


Capítulo 11
Capítulo 12 - Double Date 1




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Como era final de semana, Akane nem se importou em colocar o relógio para despertar, já que não haveria de levantar cedo. Ainda assim, seu relógio biológico a fez acordar cedinho de qualquer maneira. A fim de tirar aquela lerdeza de manhã, espreguiçou-se e desceu para o desjejum. Após comer, ficou para poder ajudar com as louças, e então saiu depois de tudo feito.

As horas passaram e Akane então recebeu uma mensagem em seu celular. “Vamos nos encontrar no Parque Tokiwa, algumas quadras a frente do Parque do Castelo.” era o que dizia. De banho tomado, avisou a professora que sairia para encontrar com uma colega. A sensei assim a permitiu e ela foi, arrumada, rumo ao local.

A moça até chegou ao parque, entretanto pelo lado da frente, quando a jovem de cabelos cor laranja chamou sua atenção. Pelo pouco que Miyagi conseguiu ver, ela aparentava mesmo estar acompanhada. Ao dar a volta pelo parque, se deparou com as quatro meninas, as quais exceto uma delas haviam uma característica em comum: peles escuras.

— Olha… bem pontual, hein. Meninas, essa é a Akane, que eu comentei antes com vocês. – Comentou, e Akane acenou para elas.

— Eh… então essa é a colega do qual você falou pra gente ontem… Hajimemashite. Me chamo Nakamatsu Mirano. – Disse a loira com um sorriso no rosto.

— E aí. O nome é Junko, Satori Junko. É um prazer. – Pronunciou-se a menina de cabelos escuros em um tom bem monótono. Seus ahoges eram algo que lhe chamava a atenção a primeira vista.

— Eu sou Taniguchi Hijiri-desu! Yoroshiku! — Proferiu a ruiva, que era a mais baixinha das três, além de ter a aparência de uma criança. –

— E então, aonde vamos?

— Aonde mais senão ao Shopping!

— Ah! O distrito de compras, não é?

— Quase, Akanecchi. Posso até dizer que é tão bom, ou até melhor do que um distrito comercial.— Miyagi ficou um pouco perplexa. Em sua cabeça, a única imagem que lhe vinha era do distrito de compras ao qual ela geralmente visitava quando era criança. Nada além disso. Não conseguia imaginar as maravilhas que lhe esperavam. As cinco então começaram a caminhar e a jogar conversa fora no meio do caminho, até chegarem ao local. – Aqui estamos. Shin-Shizuoka Cenova, ou só Cenova. Grande, não é? – A moça acenou, levemente impressionada. – Espere só até você ver como é lá dentro.

— Akane-chan, posso garantir a você que vai amar esse lugar.

— A gente vem aqui pelo menos uma vez ao mês, porque se pudéssemos, viríamos todos os dias das nossas vidas-kimasu!

— Quanto aos gastos, deixe isso por minha conta. – Proclamou a loira, sorrindo.

— E então, vamos entrar? – Nakajima fez a questão tentadora a ela, que acenou.

Ao passar pelas portas automáticas, seus olhos brilharam. Luzes por todos os lados, lojas espalhadas de uma extremidade a outra, tudo lhes chamavam a atenção. Acompanhando elas, seguiu até uma loja de roupas com modas femininas. Todas começaram a buscar roupas para montar alguns visuais. Akane foi a primeira a se trocar, e ao sair do provador, vestia uma blusa cor-de-rosa clara e shorts Jeans.

— Hmm… é bem a sua cara. – Falou Shizue enquanto Akane fazia algumas poses.

— Realmente, Akane-chan parece mesmo combinar com essas roupas. – Mirano concordou com a opinião da alaranjada.

Enquanto elas aproveitavam seu dia no shopping, Yuuki estava em uma loja de conveniência, a comprar alguns suprimentos para o dormitório. Ao passar pelo caixa, alguém chamou por seu nome com uma voz familiar aos ouvidos.

— Yuuki-senpai? – Olhando para o lado, se deparou com Megumi, a pessoa a qual fazia sua mente se revirar em confusão.— Chega a ser uma coincidência a gente se encontrar aqui, ainda mais final de semana. – Comentou com um terno sorriso em seu rosto, fazendo-o corar brevemente. Aos seus olhos, apesar de vestir shorts e uma blusa de manga, estava com uma aura predominantemente feminina. – E a Akane-chan? Aonde ela está?

— A-ah… bem, parece que ela saiu um pouco para passear…

— Hmm… entendi… Ei, se incomodaria se eu te convidasse para passar um dia comigo? – Tal questão fez o coração do jovem saltar uma batida, o surpreendendo e o deixando vermelho. Sem jeito, ele concordou, e ela fez questão de agarrar o braço do menino. Foi ali que ele conseguiu sentir o doce cheiro de sua fragrância que envolveu suas narinas, o trazendo a pensar:

“E-Ela cheira bem…”

Entretanto, lhe veio a mente o caso com Shizue, a qual o chamava de Tsukishima-kun, o considerando um menino, e de imediato se afastou com um pouco de medo.

— Algo de errado?

— Não, não. Nada de errado. – Mentia. Porém, se havia algo que ela possuía, era uma desconfiança dele naquele momento.

— Hmm… De verdade? – Parou em sua frente, ainda que de costas, virando um pouco sua cabeça na direção do jovem. Seu rosto com aquele sorriso novamente o fez ficar em dúvida novamente. O coração do jovem batia com certa intensidade.

— Sim, de verdade. – Continuou com a farsa. Para Megumi, estava mais que na cara de que ele estava mentindo, contudo, decidiu dançar conforme o ritmo para não deixar Yuuki aflito.

Ambos foram até o dormitório aonde o moreno estava morando, e enquanto estava lá fora aguardando, Tsukishima olhou com atenção ao prédio e os arredores. Pouco tempo depois, ele retornava lá de dentro da construção e foram conversando enquanto caminhavam juntos.

— Ei, me diz: eu fui muito invasiva com você quando agarrei seu braço?

— Eh?

— É que a gente não tem muita intimidade, e aí eu fiz aquilo por puro impulso…

— Ah, tudo bem. Eu fiquei um pouco assustado, devo admitir.

— Ainda assim, me desculpa por agir daquela maneira…

— Não precisa se desculpar, está tudo bem. Foi um impulso, como você disse.

— Mas se eu quisesse, por exemplo tipo agora, você me permitiria? – Mais uma vez ela acabou por abalar com o coração do pobre rapaz.

— B-Bem… se isso não for um incômodo…

— Para mim não vai ser incômodo nenhum, e contanto que isso também não seja um incomodo pra você… – Hisashi estava um tanto ruborizado enquanto caminhava e evitava olhar para Megumi. Para tentar se recompor, balançou sua cabeça de um lado para o outro, o que não passou despercebido por ela. – Não?

— Eh? Ah! N-Não… e-eu não… – Surpreso, mal conseguia falar, o que gerou um acesso de riso por conta da loira. Ele não entendeu bulhufas do porque daquilo. – Eu… disse algo errado?

— Não, não é que você disse algo de errado… é só que a sua reação… ela foi bem adorável… – Ao escutar aquilo, seu rosto foi da cor de sua pele à um vermelho bem notável, de zero a cem, bem rápido. Contrário do que ela havia dito, por segurança, decidiu não agarrar seu braço, e ao lado dele foi acompanhando-o.

Pararam em uma cafeteria com cadeiras ao ar livre, se sentando e ordenando dois cafe-au-lait. Não demorou muito e já foram servidos as xícaras. Megumi foi a primeira a tomar um bico, antes de notar que aquele estava quente demais para seu paladar, o assoprando. Dado o primeiro gole, pôs sua xícara a mesa, apoiou um de seus ombros sobre a mesma e com seu rosto recostado em sua mão, observou o jovem que também tomava sua xícara e a observava.

— Ei… por que se importa? – Hisashi não havia entendido a pergunta. – Quero dizer sobre o meu gênero… por que se importa?

Enquanto isso, as meninas aproveitavam seu tempo no Shopping. Estavam em uma rápida pausa para um lanche, suas bolsas do lado ao chão.

— Akane, você parecia um pouco mais preocupada com o visual quando fomos na loja de roupas. Não me diga que… – Com um sorriso jocoso, cogitava a ruiva. Contrariando suas expectativas, Akane aparentou ser mais forte do que elas esperavam.

— O que? Acham que aquilo tem a ver com algum menino? Sem chance. É sempre bom dar uma repaginada no visual. – Comentou. Elas, claro, não caíram em sua conversa.

— Ah vai, não precisa esconder o jogo assim. – Hijiri insistiu.

— Akane-chan, estamos só entre meninas, não tem com o que se preocupar. – Nakamatsu lhe assegurava, mas a jovem continuava na defensiva.

— Akanecchi, pode falar. Elas já sabem que tem.

— Tá bem na cara. – A garota de cabelos negros comentou, complementando Shizue. Miyagi queria se manter na defensiva, mas não viu outra saída.

— Tá bom, tem sim a ver com um menino… mas depois do que ele fez, não sei se ele merece.

— Vocês brigaram?

— Não foi bem uma briga, foi mais uma discussão. Mas não vamos entrar nesse assunto, tudo bem?

— Vocês se reconciliaram?

— Mais ou menos. Depende mais dele do que de mim.

A conversa continuou após a pausa para o lanche enquanto caminhavam pelo prédio. Entretanto, das compras que elas haviam feito até então, nada lhe preparava para o que estava por vir.

De início, foram para uma loja de cosméticos, aos quais Nakajima fez questão de atiçar Akane, dizendo para ela escolher os batons mais bonitos para que pudesse gastá-los com os lábios que os mereciam pois estes estavam lhe aguardando. O comentário a deixou completamente vermelha feito tomate. Todavia, para desespero de Akane, não bastasse sua vermelhidão, algo mais decidiu despertar, e de imediato, ela tratou de tentar esconder. Mirano, Hijiri e Satori nada entenderam.

— Tá tudo bem? – Junko questionou, e a jovem acenou positivamente.

— É-é que… – Shizue foi rápida em captar a mensagem de sua aflição, e por conta disto, decidiu agir.

— A-Ah, você tá apertada, é isso? – Mais uma vez a morena concordou. – Certo, posso te acompanhar só por segurança? Vocês três podem esperar aqui só um pouco? – Sem entenderem muito, somente concordaram com ela, enquanto a alaranjada corria com a jovem para o banheiro feminino.

— Essa foi por pouco…

— Quase hein… foi por um triz. Se eu não te resgato… Mas então, o que vamos fazer em relação a isso?

— Bom, não tem nada que fazer a não ser esperar um pouco que vai voltar ao normal.

— Entendi… aí, foi mal pelo comentário…

— Ah, não esquenta… isso foi uma reação comum… confesso que fiquei assustada quando senti, mas você veio ao meu resgate num piscar de olhos…

— E isso é um segredo nosso. Ninguém mais pode saber. Nem mesmo aquelas três.

Miyagi concordou. Após um tempinho, as meninas viram as duas retornarem com tudo sob controle. E então, ocorreu que ao chegarem ao primeiro andar, Hijiri fez questão de lembrar algo.

— Espera aí… a gente comprou um tanto de coisa… só que faltou uma coisa que pra gente não pode faltar… – Abordou a pequena ruiva. Naquele exato momento, Shizue e Akane pressentiram o perigo eminente, até a mesma abrir sua boca novamente. – Shitagi! — Exclamou, fazendo as duas ficarem um pouco aterrorizadas por dentro.


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Notas finais do capítulo

Tradução dos termos em japonês:

Hajimemashite: Prazer em conhece-lo.

Ahoge: Tradução Literal para Cabelo Idiota. Geralmente são fios rebeldes que se destacam acima da cabeça. Muitos chamam de antenas. Não confundir com Ahegao.

Desu: Esse termo não tem uma tradução exatamente, é utilizado para finalizar frases. Geralmente estrangeiros usam com frequencia, porém, neste caso, é utilizado como mania da personagem.

Yoroshiku: versão abreviada de "Prazer em conhecer". Seria como dizer "prazer", ao invés e "Prazer em conhece-lo".

Kimasu: Novamente, assim como o "Desu", não há tradução exata. Mania da personagem.

Shitagi: Roupa íntima feminina. Calcinha.



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