O Reino de Lotaria escrita por Anderson Ricardo Paublo


Capítulo 21
Capítulo 19 - Sob as Asas do Vento




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/812021/chapter/21

Ao romper do dia, o grande barco finalmente atraca no Porto de Zephyr, a principal entrada para a Ilha dos Ventos. O sol da manhã ilumina as ruas movimentadas da cidade, revelando um mercado vibrante que serve como o coração pulsante do porto. O aroma de especiarias exóticas e o som de comerciantes anunciando suas mercadorias preenchem o ar, criando uma tapeçaria de sensações que acolhe o grupo em sua chegada.

Julius, ainda ponderando os eventos da noite anterior, decide que a melhor maneira de avançar é garantir que o grupo esteja bem equipado para a jornada à frente. Ele os guia pelo mercado, onde uma descoberta peculiar capta a atenção de todos: um vendedor de Peco-Pecos.

"Estes são os nobres Peco-Pecos, as montarias escolhidas dos guerreiros da Ilha dos Ventos," anuncia o vendedor, um homem de meia-idade com um sorriso cativante. "Rápidos como o vento e mais leais que o mais fiel dos cães, eles levarão vocês por terra e areia sem jamais fraquejar."

Fascinado, o grupo se aproxima para examinar as criaturas. Com suas plumagens coloridas e olhares curiosos, os Peco-Pecos se assemelham a avestruzes, mas com uma graça e vigor que os distinguem. Anderson, recuperando um vislumbre de seu humor habitual, é o primeiro a se aproximar de um Peco-Peco, estendendo a mão para acariciar suas penas macias.

"É incrível," comenta Gabriel, impressionado. "Eles são muito maiores de perto!"

Aerelyn, sempre prática, questiona sobre os cuidados necessários. O vendedor, mais do que feliz em compartilhar seu conhecimento, explica: "Os Peco-Pecos são criaturas resistentes. Precisam de pouca água e comida, o que os torna perfeitos para longas jornadas pelas terras áridas da Ilha dos Ventos."

Decididos, eles adquirem um Peco-Peco para cada membro do grupo, um investimento na segurança e eficiência de sua missão. Com a ajuda do vendedor, cada um escolhe sua montaria, formando um vínculo instantâneo com esses nobres animais.

Enquanto se preparam para partir, Lolis observa: "Com esses Peco-Pecos, nossa jornada por terra será mais rápida e segura. É um bom presságio para o caminho à frente."

Um breve momento de descontração e risadas surgiu, cortesia de Gabriel. Com um brilho travesso nos olhos, ele olhou para Lolis e brincou: "Lolis, você não precisa de um Peco-Peco. Eu posso te carregar na minha cabeça!" Lolis, entrando na brincadeira, soltou uma risada, apreciando a leveza do momento. "Vamos fazer uma corrida até Tera?" Gabriel propôs, não conseguindo conter sua empolgação. A ideia pareceu infundir um espírito de leve competição e aventura no ar, aliviando as tensões e revigorando o grupo com uma sensação de camaradagem.

 

O humor alegre, no entanto, deu lugar à curiosidade quando Julius guiou o grupo até uma loja distintamente marcada por um grande banner "LogiaTech". Lá dentro, foram recebidos por um vendedor entusiasmado, pronto para introduzi-los à maravilha da tecnologia de Logia. "Esta é a energia infinita de Logia," começou ele, com um brilho nos olhos. "Uma única pedra pode iluminar uma cidade inteira por anos. E o melhor? Quando se esgota, simplesmente a recarregamos."

Aerelyn, com um aceno de cabeça, compartilhou sua própria experiência em Glatera, onde a tecnologia de Logia já era utilizada para iluminação. A conversa então avançou para o potencial de combate da tecnologia, com o vendedor descrevendo espadas energizadas capazes de emitir choques elétricos e pistolas que disparavam raios de energia pura de Logia. O grupo ficou fascinado, embora Gabriel rapidamente se desiludisse ao saber dos altos preços desses itens inovadores.

Julius, percebendo a utilidade dessas tecnologias avançadas, decidiu investir discretamente em alguns itens, mantendo suas aquisições ocultas do grupo. Este ato sugeria não apenas seu recurso financeiro substancial, mas também um planejamento estratégico para os desafios futuros.

Com um novo senso de propósito e agora montados em suas novas e exóticas montarias, o grupo se dirige para fora do porto, deixando para trás o burburinho da cidade. À frente, a Ilha dos Ventos se estende, um terreno de desafios e promessas, e eles estão prontos para enfrentar o que quer que venha a seguir.

Enquanto o vento sopra, levantando as plumas dos Peco-Pecos, há uma sensação de renovação no ar. Apesar dos desafios passados e das tensões latentes, o grupo avança unido, determinado a superar as adversidades e enfim chegar à Tera. 

 

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "O Reino de Lotaria" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.