Nebulosa escrita por Camélia Bardon


Capítulo 16
XV — Trying to tell me everything's fine




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“Limpe as lágrimas da sua bochecha

Sim, este homem deve libertar você

Mas não funcionou para mim

Eu estava enchendo minha cabeça com aquelas mentiras

Tentando me dizer que está tudo bem

Eu quero amar você, eu quero isso com certeza”

(Not How It’s Supposed to Go — Ashe)

 ★

Miami, Flórida — outubro de 1969

Valerie viu que sua teoria de que ainda menstruava foi desmentida com o tempo. Todas as vezes que ia ao banheiro – e, por Deus, não eram poucas –, sua calcinha continuava limpa. O ritual de fechar os olhos, prender o fôlego e engolir em seco com a permanência de seu estado era sagrado. De vez em quando, um corrimento dava as caras, mas nada da enxurrada de sangue que tanto lhe incomodava antes.

Victoria havia dito que os três primeiros meses eram cruciais na formação do bebê. Então, passado isso, ela poderia considerar-se oficialmente grávida.

Valerie não se importava com as idas frequentes ao banheiro, uma vez que eram bem mais bem-vindas do que aqueles enjoos do mês anterior. Elas reduziram sua carga horária de trabalho, se parasse para pensar. Para poder ter o que escusar, Valerie mantinha junto à mesa uma garrafa d’água e bebia dela frequentemente – unindo o útil ao agradável –, trocou os sapatos de salto por sapatilhas baixas e permaneceu ainda mais quieta do que de costume. Ela se perguntava quando teria que afrouxar as roupas, ou simplesmente sumir daquele emprego. 

Sumir daquela cidade.

Valerie sentia que o coração explodiria a qualquer momento. Não tinha cometido nenhum crime, mas a sensação de esconder um bebê mimetizava com perfeição o que ela imaginava que fosse. Valerie não tinha seguido as regras básicas de relacionamento, então… Ao menos aos olhos da sociedade, era sim bastante indícios de ela estar grávida.

Daquela vez, foi Valerie quem o procurou. Frank ergueu os olhos para ela, um sorriso nascendo no canto dos lábios. Ele tinha os lábios naturalmente repuxados para cima, o que dava a impressão de sempre estar contente. Contente ou desdenhando do corpo jurídico do interesse oposto. 

— Boa tarde — ela trocou o peso dos pés, sentindo o coração disparar. Sentia-se desonesta. Como se estivesse traindo o próprio coração. Mas o que é que ele faria a respeito para se vingar? Daria a ela um infarto sem motivo? — Como vai hoje? 

— Que formal — Frank replicou, apoiando os cotovelos na mesa. — Eu vou bem, e a senhorita? 

— Muito bem, obrigada. Papelada?

— Infelizmente, querida. Vou deixar sobre a sua mesa. Só me dê um minuto, sim?

— Que bela perspectiva para a próxima semana! Eu posso esperar até dois. 

Frank gargalhou, exibindo as covinhas. O coração dela doeu. Ainda parecia injusto divertir-se quando a vida estava no olho do furacão. Porém, uma vez que já estava ali, Valerie não iria retroceder. Não era covarde, não iria decepcionar mais a mãe. 

— E então, o que você acha de uma bebida hoje? — ela sorriu de lado, com as bochechas queimando. — Cerveja preta para mim. E você tem cara de quem aprecia um bom conhaque.

— Você já ouviu falar de Cuba-libre? 

— O nome parece agradável! Mas, definitivamente, não é conhaque!

Frank negou com a cabeça, entregando a ela um volume do inquérito. Em tempos difíceis, estenotipistas também eram secretárias quando conveniente. 

— Vai rum. É o que eu estarei bebendo hoje. Alguma comemoração especial, Valerie?

— Uma bela sexta-feira de outubro é uma ocasião especial o suficiente? — ela sorriu, oferecendo o braço a ele. Arqueando uma sobrancelha, Frank aceitou o braço. Os músculos dele eram sobressalentes, muito firmes para alguém que trabalhava apenas com papéis. O que é que ele fazia no tempo livre? — Porque é este o caso. 

— Sendo assim, eu aceito. Vou levá-la para conhecer a minha casita, tenho certeza de que vai gostar.

Quase que automaticamente, Frank corou com as próprias palavras. Valerie não tinha escutado nada de maldoso na frase, porém ao repassá-la mentalmente, entendeu o constrangimento dele. Com um pigarro, ela apressou-se em disfarçar: 

— Tudo bem, eu espero você lá fora. É minha vez de te dar uma carona, pode deixar o carro descansando debaixo de uma árvore. 

— Tenho certeza de que ele vai aproveitar bem a estadia!

Valerie sorriu, ainda que um tanto perdida. Girando nos calcanhares, ela teve a impressão de ouvi-lo xingar baixinho enquanto ela se afastava. Antes de ir para o pátio externo, Valerie passou no banheiro e jogou uma água no rosto. Agora, além da necessidade de água, seu corpo parecia sempre estar em combustão. Ou isso ou era a vergonha queimando-a de dentro para fora.

Quantas vezes tinha estado naquele banheiro, refletindo sobre a vida? Trabalhava na Corte há apenas dois anos, porém gostaria de estender o registro por mais dois anos? Se havia algo que a perturbava profundamente era a perspectiva de desempenhar o mesmo papel até a morte. Por vezes, Valerie sonhava com o barulho das teclas da máquina de escrever, escutava as palavras frequentes utilizadas pelos advogados – que o depoente afirma que, que o depoente nega que, a liminar do processo, o inquérito policial, o réu…—, com o mesmo caminho que percorria com o Pontiac dia após dia. Sua rotina era bem estruturada, saudável. Ainda assim, era uma rotina. 

Um bebê… Um bebê mudava tudo. Valerie levou uma mão ao ventre, por instinto. 

Ela faria de tudo por ele. Se isso significasse uma vida de incertezas ou de rotinas, não havia importância. Ele agora era a força motriz de seu coração. Após uma vida inteira se culpando por sentir demais, Valerie finalmente usaria isso a seu favor.

Manteria a cabeça erguida, por mais que precisasse quebrar o pescoço para isso.

Recostada em seu humilde Pontiac, Valerie verificou antes se não havia nada comprometedor nos bancos. A ideia era até um tanto ridícula, uma vez que o pior ali era a falta de estofado de um dos bancos. Suspirando, Valerie pôs-se a tamborilar a lataria.

Frank sorriu para ela ao descer as escadas, e seu sorriso intensificou-se ao entrar no carro. Mesmo com a cólica crescendo sobre o ventre, Valerie retribuiu-o. Agora que tinha arrumado um toca-discos para o carro, aproveitou a oportunidade para testar um novo disco.

— Ah, eu amo Beatles — Frank elogiou, girando a manivela da porta para abrir o vidro da janela. — Esse álbum ficou muito bom. Qual é a sua faixa favorita?

Ela hesitou. Alex tinha estado farto de Beatles, já Frank os amava. Imaginava que aquelas pequenas comparações a perseguiram para sempre. 

Here Comes the Sun. Ela traz esperança. 

— Está precisando de esperança, Valerie?

— Todos nós estamos — ela desconversou. — A guerra ainda está a plenos pulmões. E a sua favorita, qual é?

Frank aquiesceu. Tirando um maço de cigarros do bolso da camisa, ele ofereceu um a Valerie, porém ela recusou com um sorriso sem graça. Só de sentir o cheiro do fumo, Valerie sentia vontade de fugir para a privada mais próxima.

Something.

Something? Puxa, você deve estar mesmo apaixonado. 

— Livre para interpretações — Frank replicou, timidamente. — Todo mundo precisa de amor. Esse é um bom tema para uma música… Ah, é. All you Need is Love, não?

Valerie soprou um riso com aquela piada. Frank também sabia desconversar. 

— Você melhorou daquele mal-estar? — ele indagou, soprando a fumaça pela boca para fora do carro. — Fiquei preocupado. Faz tempo que não conversamos… 

— Ah, sim. Sim, estou melhor. Minha mãe disse que eu me descuidei com a água e o filtro solar. Então… 

— Bem, isso explica o galão d’água que você carrega para todo lado, agora — ele gargalhou, bateu o cigarro para deixar as cinzas queimadas caírem. — Eu confesso que é um pouco engraçado. O seu olhar de desespero quando não anunciam a pausa da sessão e a água já acabou. 

— Nossa, você repara nisso? 

— Eu sempre reparo em você, Valerie — ele sussurrou, fitando-a nos olhos. Se não estivesse parada no farol, Valerie provavelmente teria continuado e batido no cruzamento. — Intencionalmente ou não. Fazendo algo de relevante ou apenas existindo, é impossível ignorar que está ali. Discreta ou gritante, não acredito que consiga impedir que eu olhe para você. 

Valerie engoliu em seco, agarrando o volante com mais firmeza. Como um cachorro animado demais, ela se remexeu no banco. Porém, a animação tinha outro nome: desconforto. Mesmo assim, ela obrigou-se a sorrir com o flerte. 

— Melhor uma pedra no caminho do que uma no rim. 

— Valerie, você é única — em meio a gargalhadas, Frank jogou a bituca pela janela e apontou pelo caminho da esquerda.. — Aqui, você pega esse caminho. Cai direto na Calle Ocho. Já esteve lá? 

Ela confirmou animadamente. Ah, tinha chegado a hora de dividir a história vergonhosa. 

— Me perdi lá uma vez. Confundi os bairros. 

— Por causa do Little? 

— Pois é. Foi ridículo. Chorei um dia inteiro. Fiquei esperando na frente do cinema. Devo ter aprendido mais espanhol num dia ali do que na escola. “¡Cálmate, chica, cálmate!”. E eu só conseguia dizer “si”.

Frank engasgou uma risada. 

— Coitada. Eu me perdi quando cheguei aqui também. Achava que Miami Beach e Miami eram o mesmo lugar. O pior é que o porto fica bem no meio da ponte, nem tinha como culpar a pessoa que me orientou. 

— Ao menos você viu as praias — Valerie sorriu, estacionando o carro. — Mais um pouco e chegava em Hollywood. 

— Com certeza. Eu tenho cara de galã de cinema? 

Ele exibiu um sorriso repleto de dentes brancos, com direito a uma covinha no queixo. Ah, sim, ela o imaginava como um perfeito cafajeste, cheio de tietes. O cabelo com uma tonelada de brilhantina, o cigarro pendurado no canto da boca… 

— Se mirar em tipos como Desi Arnaz, quem sabe — ela concluiu. 

— Curioso você dizer isso sendo ruiva… 

— Ah, mas eu e Lucille Ball somos água e óleo. Ela é belíssima e engraçada, eu pareço uma troglodita se não me controlar. 

Frank negou com a cabeça, colocando-a para fora do carro para verificar a baliza. Após um “joia” com a mão, Valerie desligou o carro e o rádio. Antes mesmo de qualquer uma das faixas favoritas se iniciarem. Os pés dela estavam meio dormentes.

— E, por falar em troglodita, você se importa se eu soltar o meu cabelo? Os grampos já estão me dando dor de cabeça…

— Que pergunta — ele riu. — Claro que não me importo. Por que você não usa ele solto na Corte? Não é mais fácil? 

Valerie deu de ombros, constrangida. Enquanto procurava por uma resposta decente, ela substituiu os sapatos de salto por um par de chinelos que agora deixava no carro. Os pés dela, empapados de suor, agradeceram ao acordar. Ela até suspirou de alívio. Em seguida, vinha o cabelo. Aquele sim era um ingrato. 

— As pessoas dizem que o volume as atrapalha de enxergar. Melhor prender — ela riu fraco, retirando grampo após grampo. — Além disso, ele é bem… Laranja. Desconcentra. Já pensei em pintá-lo de preto, mas tenho medo de que a cor fique esverdeada quando começar a desbotar. Minha mãe diz que pintar o cabelo é um caminho sem volta, e eu não sei se tenho paciência pra ficar pintando toda hora. 

— Ah… Entendi. Tem como alisar, não tem?

Valerie assentiu, respirando fundo. Ao invés de sentir-se liberta, foi como se os fios soltos estivessem planejando enforcá-la quando menos percebesse. Valerie acariciou o próprio pescoço, tensa. 

— Bem, eu… Obrigada, então — ela enfiou a mão no monte de cabelos, bagunçando-os para massagear o couro cabeludo. — O que vamos ver hoje?

— Nós vamos fazer com que o seu final de semana seja inesquecível! Mas depende do quanto você saiba dançar. 

Valerie esboçou um sorriso presunçoso. 

— Você pode me chamar de pé de valsa, doutor Ortiz.

E então, Frank ofereceu a mão para que ela a segurasse. Valerie analisou toda a cena, com o coração dividido. Por que é que ela hesitava, afinal de contas? Não havia ninguém a espiando e, mesmo que houvesse, ela não amava Frank. Não esperava viver em celibato para o resto da vida, esperava? Até para ela, aquilo parecia ridículo de se cogitar. Ela se recusava a ficar atada a uma promessa sem garantias. Não poderia tapar o buraco que Alex havia deixado de herança para ela, no entanto… Nada a impedia de tentar encaixar um molde parecido e preencher por si só os cantos vazios, não? 

Em seu primeiro ato de coragem, Valerie entrelaçou os dedos ao dele. Ela torceu para que Frank interpretasse seu estremecimento como nervosismo do primeiro encontro, e não com o que realmente a atormentava. 

— Perfeito! Acompanhe-me, señorita

Valerie sorriu, determinada a aproveitar ao menos um pouco. Há meses não se divertia. Mesmo que fosse apenas uma imitação barata, Valerie teria de dançar conforme a música.

E, por falar em dança, foi tarde demais que Valerie entendeu que mambo e salsa não eram a mesma coisa – após duas cervezas fuertes e muito pisar no pé dele, ambos saíram gargalhando do bar. Talvez ela tivesse bebido mais, se não soubesse o impacto que aquilo teria para o bebê e se não tivesse de dirigir depois. No entanto, duas doses para ela e três para ele foi o suficiente para provocar a comoção de quem bebeu um pouco demais. Talvez não no sentido literal, mas em seus corações.

A sorte dela era que Frank a segurava firmemente, do contrário já teria se esborrachado no asfalto de tanta tontura. Do tanto que tinha girado, Valerie pediu licença duas vezes para colocar a bebida para fora – e ela suspeitava que foi isso que a salvou de embebedar de vez. Ainda assim, era bom ter alguém para segurá-la. 

Droga, beber deixava-a carente. Estava se virando muito bem sem aquilo. Tantas lembranças invadiram seu subconsciente. O pôr do sol, os cheiros, o suor colado ao corpo, a música… Quanto mais pensava ter enganado suas memórias, mais o cérebro fazia questão de apontar que ela estava equivocada. Sufocando o choro na garganta, Valerie mirou a lua brilhante acima de si. 

Se tudo que conhecesse acabasse, a Lua e as estrelas iriam perdurar. A Lua continuaria sustentando a Terra, regendo suas marés, protegendo-a contra ameaças. As estrelas, iluminando o céu por milhões e milhões de anos, contariam histórias que pouco a pouco os astrônomos adquiririam a sabedoria para interpretar. Em meio a uma imensidão de vida e morte, Valerie Bowman não passava de um grão de poeira.

Ela sequer sabia dizer se o pensamento que antes a confortava ainda lhe provocava o mesmo efeito ou havia passado a assombrá-la junto de suas lembranças mais felizes.

Com os olhos cheios d’água, ela recostou-se à porta do carro. Frank juntou-se a ela, então passaram a apreciar a lua em dupla. Cessadas as risadas, só sobrava o silêncio. Até que um sussurro fez cócegas em seus ouvidos: 

— Valerie? 

— Hum?

— Você acha que pode encontrar algum lugar para mim no seu coração?

Valerie olhou-o de soslaio, mordendo o lábio para conter-se. Antes que pudesse dar qualquer resposta, Frank prosseguiu: 

— Eu… Eu vejo que seu coração ainda está bastante ferido. Mas, agora que eu a encontrei, não posso deixar de perguntar… Eu posso criar esperanças para nós? 

A banda já não tocava mais o mambo, não muito distante de onde eles estavam. A música tinha sido substituída pelo ritmo pacífico da rumba. Vagalumes flutuavam pelo ar, enchendo a cidade de vida. Em outra ocasião, Valerie teria achado tudo aquilo muito romântico – um sinal de que estava caminhando pelas ruas certas e que, em breve, chegaria ao destino desconhecido. As aventuras de apaixonar-se queimavam, vívidas em todo o seu ser, mas era um fogo baixo e tímido. Valerie tinha errado a quantidade de álcool. Agora, a madeira tinha queimado demais. O fogo sobreviveria, por pouco, mas sem utilidade. Teria de arranjar outra fogueira.

— Pergunte-me de novo amanhã. Hoje não vim até aqui procurando por amor. 

Ele aquiesceu, permitindo que ela se acomodasse entre as pernas dele. Frank abraçou sua cintura, comprimindo seus corpos contra o carro. Ele tinha olhos abrasivos, diferentemente dos dela, que ficavam mais opacos a cada dia. Frank poderia ser a sua âncora, se Valerie se esforçasse o suficiente. Ele era uma boa pessoa, disposto a amá-la. Tinha um bom emprego, era responsável. Inteligente, engraçado. Uma variedade de qualidades que ela normalmente procuraria.  Isso tinha de ser o bastante.

Valerie apoiou as mãos no peito dele, magro e esguio. Com um sussurro, sentenciou:

— Acredito que eu possa ficar mais uma meia hora fora… 

Os lábios dele tremeram, exibindo um sorriso ansioso. Desejoso. Valerie não iria maltratá-lo por muito mais tempo. Erguendo um pouco os pés para poder alcançá-lo, ela o beijou com delicadeza. Frank não teve pressa; tomou tempo para acariciar os braços dela antes cobertos pelo terninho, a nuca, suas bochechas e todo o percurso das costas até as coxas. Valerie ofegou quando ele passou os beijos para o seu pescoço, sentindo-se febril. 

Frank era um homem atraente e o corpo dela concordava o suficiente para fazer o coração palpitar contra seu peito desgovernadamente. Portanto, quando ele a ofereceu estadia temporária em sua cama com um olhar, Valerie o seguiu de prontidão.

Naquela noite, não criaria outro arrependimento. Abraçaria sua âncora, por mais que afundar fosse tão certo quando a lua e todas as estrelas no céu.


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Notas finais do capítulo

É, pelo visto... agora esculhambou de vez.



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