A Jornada Para o Último Céu escrita por Kamihate


Capítulo 47
Capítulo 45 - Entrando no Vespeiro




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“Eu podia confessar, até que gostei de dormir com esse rapaz, aquilo me deixou extremamente enojada, no entanto, eu havia simpatizado com aquele grupo e não queria ter que recorrer a esse método, mas depois de toda trilha de sangue que fiz até aqui, eu não podia mais voltar atrás.”

Quando Hiang-Lin se levantou, ainda nua, ela encarou o corpo estirado de Huo-Lei e vomitou em cima da cama ao lado do cadáver.

“Por quê isso terminou assim...?”

A garota segurou com suas mãos a fronha da cama a rasgando.

— Esse odor...

Hiang-Lin começou a sentir um aroma forte ao seu redor, ela sabia que aquilo não podia ser do corpo de Huo-Lei, quando verificou, ela estava ouvindo um riso baixo e maligno.

— Mocinha, e pensar que você podia ser tão safada assim, eu fiquei toda molhada apenas ao espiar, você vai me pagar por ter tirado um pedaço do MEU hospedeiro.

Hiang-Lin pegou seu punhal e olhou para trás desferindo um golpe nas sombras.

— Não pode ser...

A garota abriu a porta imediatamente mas em sua frente viu o mesmo quarto que ela estava.

— Tsc.

Ela estralou sua língua e ao olhar para cama, Huo-Lei não estava mais lá.

— Ok, me diga o que você quer?

— O que eu quero? Hahaha, querida, o que eu poderia querer de uma VAGABUNDA?

Yi-Fang começou a rir em voz alta.

— Eu sei como desfazer a sua merda de ilusão.

Hiang-Lin pegou sua adaga e cravou em sua testa com toda força, segundos depois ela acordou mas ao tentar se mover, ela estava presa na cama com suas mãos amarradas na cabeceira.

— Isso...

— Você gosta de um sadomasoquismo né, piranha?

Yi-Fang estava em sua frente, Huo-Lei estava nu parado imóvel com seus olhos cheios de fúria e rancor.

— Ei Huo-Huo, melhor se cobrir, eu vou acabar ficando excitada assim.

— Saia do quarto.

Huo-Lei disse de maneira ríspida para Yi-Fang que abriu sua boca com certo frio na espinha.

— Se você falar assim comigo, vou ficar mesmo.

— Você sabe que eu não estou brincando agora, né?

Huo-Lei havia pego sua espada que estava encostada na parede.

— AH não mesmo! Se você vai tortura-la eu quero assistir e ajudar!

— Muito bem, eu deixo isso com você então, acho que você consegue ser mais cruel do que eu.

— A suas ordens mestre!!!

Yi-Fang saltitou como uma criança que havia acabado de ganhar um doce.

— QUE PORRA É ESSA? COMO VOCÊ FEZ ISSO?

— Ei vadia, quem te deu permissão pra falar?

Yi-Fang se aproximou de Hiang e começou a pisotear sua barriga e pressionar seu pé contra seu estômago, a garota cuspiu sangue e saliva gritando de dor.

— Você só consegue fazer isso?

Huo-Lei olhou friamente para Yi-Fang que corou.

— N-não! Precisamos primeiro saber onde está sua irmã, não?

— Ela vai contar, querendo ou não.

O rapaz pegou sua espada e se aproximando de Hiang-Lin, perfurou um de seus ombros, a ponta da espada cortou o nervo da garota fazendo sangue esparramar pela cantoneira, a garota gritou enquanto lágrimas escorriam dos seus olhos.

— Você matou a Jia-Li?

Enquanto afundava a espada, Huo-Lei perguntava com raiva em sua voz.

— NÃO, NÃO MATEI!

Hiang-Lin respondeu sem rodeios, ela olhava para Huo-Lei como se clamasse por piedade.

— Quer saber como você foi tão burra, é?

Yi-Fang criou uma estaca de gelo na palma de sua mão e a direcionou até a vagina de Hiang-Lin.

— NÃO POR FAVOR!

— Olha, você enganou o Huo-Huo por completo e até trepou com ele, que desgraçada mesquinha, eu queria te torturar de mil maneiras possível, por mais que eu também não goste muito da irmã Jia, mas ela nunca ao menos havia tentado dormir com o Huo-Huo, você além de se passar por ela, ainda quis dar pra ele? SUA IMUNDA!

Yi-Fang enfiou a estaca de gelo pontiaguda na vagina de Hiang-Lin que gritou mas Huo-Lei imediatamente colocou o cabo de sua espada em sua boca.

— Você vai dizer agora onde minha irmã está e como você... virou ela.

Huo-Lei tirou o cabo e deu um soco na cara de Hiang fazendo seu nariz sangrar.

— Como você fez isso...

Hiang, chorando, olhava para Yi-Fang querendo saber como ela ‘perdeu’.

— Bah, isso pra mim foi simples, na verdade, dou os méritos pra aquele monge careca. Ele me avisou no dia anterior quando saímos da sua casa que havia algo errado, eu também havia desconfiado, mas como ele não era discreto, me pediu pra ficar de olho.

Quando cheguei na pousada e vi você agindo feito idiota logo percebi que aquela não era a irmã Jia-Li, Huo-Lei poderia não saber mas eu sinto o cheiro do sangue das pessoas, eu sabia desde o começo que era você.

Yi-Fang começou a torcer os dedos de Hiang-Lin para trás enquanto ela gemia de dor.

— E mesmo sabendo, não podia fazer nada a não ser esperar e ver qual era seu movimento, eu fiquei de olho e quando foi até o quarto do Huo-Huo, já sabia quais suas intenções. Com sua carinha de vadia e com aquela roupa que comprei, não tinha outra, né? Eu queria me conter e não deixar o Huo-Huo te comer mas...

Yi-Fang olhou para baixo corada.

— Eu comecei a gostar daquilo! Ao ver e ouvir o Huo te bombando eu...

Huo-Lei, interrompendo o demônio do gelo segurando-a pelo braço, a fez parar.

— Quando eu percebi suas intenções, foi fácil te ‘pegar’, todos que recebem uma ferida por mim podem cair na minha ilusão. Felizmente eu percebi quando você pegou a adaga, e por mais que eu estivesse excitada, fiquei broxada na hora e já te mandei pra ilusão.

Yi-Fang olhou para o ombro direito de Hiang, a garota bateu o olho rapidamente e havia um sutil corte.

— Bastou apenas alguns segundos hehe, na pensão eu apenas me aproximei por trás de você e coloquei a mão em seus ombros te oferecendo um pouco de vinho, você nem sentiu porque o corpo da irmã Jia está cheio de feridas ainda, então suponho que você pode se transformar em algo exatamente igual à pessoa, o como, eu gostaria muito de saber, e quando você revelar a localização da irmã Jia, eu vou tirar isso de você da melhor MANEIRA.

O demônio do gelo lambeu seus lábios enquanto Hiang-Lin começou a implorar.

— Por favor, eu digo tudo! Não me matem...

— Diga logo.

Huo-Lei a segurou pelos cabelos com uma expressão sombria ainda.

— Ela está na saída sul da cidade próximo a uma pequena cachoeira perto de um celeiro, eu amarrei seu corpo...

— Sei que é inútil perguntar, mas por quê fez isso? O império te contratou?

— Meu pai tá sendo mantido como refém! Ele está nas mãos de Zao-Kung, se eu não te matasse ele iria mata-lo, e quando ele descobrir que eu falhei, ele vai fazer isso!

— E como você conhece Zao-Kung?

— Eu...vivia com meu pai naquele vilarejo também, nós estamos passando por algumas necessidades, depois que a seita do céu prateado foi varrida, meu pai, que era um dos comerciantes de lá ainda ficou sem dinheiro... Foi quando aquele diabo apareceu no vilarejo, meu pai era muito doente, eu não podia deixa-lo morrer, Zao-Kung sabia já da minha habilidade, nós somos da seita da névoa, eu tenho as técnicas herdadas da minha mãe de poder criar um clone perfeito em mim mesma de outra pessoa que eu tomar o sangue, mas isso dura apenas por um dia, Zao-Kung sabendo disso me usou... Ele me chantageou, primeiro disse que se eu matasse aquela menina e tomasse o lugar dela, eu podia viver no império da sombra com meu pai, e eu fiz! Mas mesmo assim ele levou meu pai ainda dizendo que eu precisava te matar, Hiang-Lin morava sozinha, de fato o que eu contei era verdade, as suas lembranças com ela também, eu fiz isso pelo meu pai, eu não tive escolha...

Hiang-Lin começou a chorar sem parar olhando para Huo-Lei.

— Você matou uma garota inocente e iria me matar, isso justifica alguma coisa?

— Meu pai vale mais do que isso! É MINHA ÚNICA FAMÍLIA! Você... Zao-Kung me disse que você trará o caos ao mundo! Eu sei que ele é um diabo mas acreditei nele ao ver que todo império queria sua cabeça!

— Se ele quer a mim, por que não vem até mim então? E como ele sabia de você e da Hiang?

— Aquele cara sabe de tudo! Ele deve ter espiões por todos os lados, ele sabia que Hiang era sua amiga de infância, ele veio até mim há uns 3 dias...

— Foi no momento que ficou preso na minha ilusão, Huo-Huo. Zao-Kung deve ter ficado desesperado e tomado várias medidas quando não te achou.

— Entendo. Eu vou buscar a Jia-Li, e você, Yi-Fang, faça o que quiser com essa desgraçada.


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