Caminho das Centelhas escrita por Sir Rail Zeppelin


Capítulo 31
Sobre Torneio e o Passado parte 1 - Sword




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—Tenta se acalmar, concentra sua aura na ponta dos dedos... 

   Estava Fortus ensinando alguma técnica a Sword. Sword estava sentado de pernas cruzadas com às mãos estendidas para frente  

—Eu tô tentando Fortus, mas não tá dando, quando jogo a aura para às mãos, ela se espalha todinha. Não vai dar pra jogar apenas para às pontas dos dedos 
—Esvazia a mente e se concentra somente nisso, para de se importar em como vai fazer e só faça! 
—Essa é sua dica? Que ótimo mestre você é hein – diz Sword já estressado com o treinamento 
—Você vai ter que confiar em mim 
—Confiar no cara que matou meu amigo, tá certo. 
—Eu já disse, era só um trabalho, nada pessoal. 
—Aliás, como foi que você os evitou?  Sabe, eles tinham técnicas muito boas, mas a Luise disse que era como se não funcionavam por acaso do destino, como se a sua sorte fosse enorme. 

   Fortus fica um tempo quieto, pensando se iria responder Sword, mas no fim decide que iria contar sobre aquilo. 

—Não é como se minha sorte fosse enorme, ela só estava do meu lado naquele dia. Quando sua amiga Luise achou que havia me matado, eu ainda tinha um pouco dessa sorte, e foi isso que me manteve vivo. Senão eu realmente teria morrido ali, aquela garota vai se tornar uma grande cavaleira, o ponto é, quando eu preciso, a sorte me ajuda. 
—Como isso funciona? – indaga Sword 
—A sorte? Isso é um conceito muito avançado pra você 
—Tenta explicar ué, isso aqui não tá funcionando mesmo – diz Sword se colocando de pé 
—Tá bom, mas não ache que a sorte é algo simples 
—Sorte é sorte, o que tem de demais? 

—A sorte, bom a sorte é um estado, um estado de acontecimentos favoráveis, que se manifesta como uma energia imbuída de aleatoriedade e favorabilidade. Aqueles que podem a controlar, têm a capacidade de manipulá-lo e influenciar os resultados de eventos em sua vida. Por exemplo, Manipulação de probabilidade; podendo alterar as probabilidades e as chances de ocorrência de certos eventos. A capacidade de aumentar a probabilidade de resultados favoráveis e diminuir a probabilidade de resultados desfavoráveis. Essa manipulação pode variar de pequenas mudanças em eventos cotidianos a grandes alterações em acontecimentos importantes. 

—Entendi... então eu manipulo isso e fico invencível? 
—Não é bem assim 
—E se duas pessoas que usam a sorte se enfrentarem? 
—Deixa eu ver... bom aconteceria algo interessante 
—Interessante como? 
—Vamos criar um combate entre dois lutadores, ambos estão no auge de suas habilidades e ambos consegue utilizar da sorte. Se colocarmos em porcentagem, ambos têm 100% de chance de vencer, quem vence? A resposta é os dois e nenhum dos dois! 
—Só me deixou mais confuso – diz Sword coçando a cabeça 

—No cenário em que ambos os lutadores estão no auge de suas habilidades e têm 100% de chance de vencer, mesmo usando a sorte, é impossível determinar um vencedor definitivo. Dado que ambos os lutadores possuem o poder de manipular a sorte, eles têm a capacidade de influenciar os resultados a seu favor. Isso significa que qualquer tentativa de prever o resultado seria puramente especulativa, pois ambos têm a mesma probabilidade de sucesso. Nesse combate, pode-se esperar uma luta extremamente equilibrada e imprevisível. Os lutadores podem alternar momentos de vantagem e desvantagem, com a sorte desempenhando um papel crucial em cada troca. A batalha seria marcada por reviravoltas constantes e eventos imprevisíveis, já que ambos os lutadores têm o poder de manipular os resultados em seu benefício. 

—Cara... minha cabeça tá doendo 
—Ok, vamos criar esse combate. É bom que você descança pra poder continuar o treinamento melhor. 

—Na arena de combate, os dois lutadores se preparam para o embate épico. Ambos estão no auge de suas habilidades e possuem o poder de manipular a sorte. A tensão está no ar, enquanto o público aguarda ansiosamente para ver quem sairá vitorioso. À medida que a batalha avança, a sorte entra em jogo. Um dos lutadores parece ter um momento de vantagem, acertando golpes precisos e esquivando-se de ataques com facilidade desconcertante. O público acredita que ele está destinado a vencer. No entanto, seu oponente não se deixa abalar. 

O lutador que estava em desvantagem mostra uma incrível resiliência. Ele utiliza sua habilidade de manipular a sorte para criar reviravoltas surpreendentes. Golpes que inicialmente pareciam certeiros são desviados no último momento, enquanto ataques aparentemente fracos encontram seu alvo com precisão. A arena vibra com cada momento de virada. No final, depois de uma luta épica, o gongo soa uma última vez, anunciando o fim do confronto. Os dois lutadores se encaram, exaustos, mas orgulhosos de sua demonstração de habilidade e sorte. O árbitro levanta as mãos de ambos em um sinal de empate 

—Entendi, com estatísticas tão parelhas, a sorte de ambos só ajuda até certo ponto, o restante depende do usuário. 
—Exato! Que vença o mais preparado, a sorte favorece os corajosos, mas favorece ainda mais os preparados! 
—Se por acaso, um desses lutadores tivesse um pouco mais de habilidade que o outro, que seja um grão de insignificância a mais, os resultados seriam diferentes né? 
—Totalmente! 
—Legal... agora, me diz como você usou isso. 
—Você é bem irritante hein.  
—Você apenas me disse sobre a sorte, não me disse como a usou – diz Sword curioso 

—Bom, eu aprendi a usar a sorte de uma forma diferente, eu criei meus termos para que a sorte me favoreça mais do que aos outros! Eu criei algo que chamo de Straight Flush. O Straight Flush quando ativo desencadeia uma sequência de eventos repletos de sorte. No entanto, há uma peculiaridade crucial que precisa se levar em consideração ao ativar essa habilidade. A sequência consiste em cinco atos de extrema sorte, mas o sexto ato, independentemente do que seja, está destinado a falhar. 

—Então você sempre vai acertar cinco atos em sequência, não importa o que seja. Mas quando chegar ao sexto, vai falhar. Também não importando o que seja? 
—Exato! Mas, eu sempre crio brechas não importa onde 
—Você acabou de me dizer que vai acertar ou falhar, não importa como. Esse negócio de sorte tá muito confuso 
—Bom, se eu evitar o desastre da minha sexta ação, eu desbloqueio a última habilidade do Straight Flush, que eu gosto de chamar de Royal Flush! Mas, tem uma regra que não pode ser quebrada, se eu utilizar o Royal Flush, que seja por alguns segundos. O meu próximo dia vai ser uma maré de azar sem fim 
—É como se fosse uma troca, alguma força maior te concede a sorte, mas em troca você devolve essa mesma sorte e fica só com o azar, para agradar esse ser maior 
—Você tá começando a entender. 
—Mas e quanto a luta com a Luise, como você sobreviveu? 
—Essa é uma outra habilidade que desenvolvi com a sorte... Jackpot. Jackpot é uma habilidade que só pode ser ativada quando uma quantidade significativa de sorte está acumulada. Quanto maior a quantidade de sorte acumulada, melhores serão os resultados obtidos ao utilizar essa habilidade. No entanto, o Jackpot possui limitações e implicações. 

   Para ativar o Jackpot, o usuário precisa estar em um estado de alta sorte, que pode ser medido em uma escala de 1 a 10, sendo 10 o máximo. O usuário acumula sorte ao longo do tempo por meio de eventos positivos, coincidências favoráveis ou por influenciar a sorte a seu favor usando suas habilidades. Ao ativar o Jackpot, o usuário se beneficia de uma série de resultados favoráveis em diferentes áreas. Isso pode incluir, por exemplo, uma sequência de eventos positivos, um aumento de habilidades físicas ou mentais temporárias, a obtenção de recursos valiosos, oportunidades vantajosas ou até mesmo uma dose extra de sorte em situações futuras. A qualidade e a magnitude dos benefícios do Jackpot estão diretamente relacionadas à quantidade de sorte acumulada. Quanto mais sorte o usuário tiver acumulado, maiores serão os resultados positivos. Por outro lado, se a quantidade de sorte acumulada for baixa, os benefícios do Jackpot serão mais modestos ou até mesmo inexistentes. Após ativar o Jackpot, seus efeitos permanecem ativos por um período limitado de tempo, geralmente curto. Após esse período, a sorte acumulada é esgotada, e o usuário retorna ao seu nível normal de sorte. Além disso, utilizar o Jackpot consome uma parte significativa da sorte acumulada, diminuindo sua reserva para ocasiões futuras. 

Se o usuário tentar utilizar o Jackpot sem ter uma quantidade suficiente de sorte acumulada, há o risco de ocorrer o "falso jackpot". Nesse caso, em vez de resultados favoráveis, a habilidade pode resultar em efeitos negativos ou contraproducentes. 

—Basicamente foi assim que eu sobrevivi. Eu já tinha usado muito da minha sorte, mas ainda tinha uma quantidade significativa, eu joguei com a sorte, porque eu poderia ativar um falso jackpot ou um jackpot mesmo. E não é que ativei um jackpot – diz Fortus rindo 

—Você brincou com a própria sorte 
—Bem isso mesmo. Bom, agora que expliquei, de volta ao treinamento. 
—Eu não consigo fazer isso de aura concentrada em só um ponto, é difícil demais 
—Vamos fazer assim, se conseguir fazer isso, eu te ensino a manipular a sorte 
—É sério isso? 
—Sim 
—Ok 

  “O que estou ensinando a ele é um método que ajuda a circulação da aura. Ele pode não saber, mas vai fazer com que seus ataques e mobilidade melhore muito! Esse método é chamado de Kichiryo (Tratamento Fundamental). A concentração de chi para habilidades específicas do Kichiryo envolve o seguinte processo: 

Captação de Chi (Qi 氣): O praticante inicia o processo concentrando sua atenção no ambiente ao seu redor, absorvendo chi natural da natureza ou, em alguns casos, do próprio corpo. 

Circulação Interna: O praticante direciona o chi absorvido para o centro do corpo, geralmente o hara, onde ele é armazenado temporariamente. 

Focalização de Chi: O praticante então concentra o chi armazenado em áreas específicas do corpo ou em suas extremidades, como mãos, pés ou pernas. 

  Chi nada mais é que a Aura em seu estado mais sereno. Enquanto a Aura é turbulenta, volátil e incerta, o Chi sabe o que quer fazer e então faz. O Chi é o guia da Aura, e quando ele se der conta disso, concentrar aura em pontos específicos, vai ser tão fácil quanto respirar.” 

—Fortus? 
—O que foi? 
—Acho que eu consegui 
—O que? Tão rápido assim? Não pode ser 
—É sério, a sensação é como você me disse, é como se meu sangue fosse um rio turbulento que corre o mais forte possível para a direção onde eu indico, como nos meus dedos por exemplo. 
—Se realmente conseguiu, não vai ter dificuldade em fazer isso 

   Fortus concentra aura na ponta de seus dedos e então perfura uma arvore com as mãos 

—Sua vez Sword 
—Certo 

   Sword faz o mesmo, mas seus dedos se desgastam um pouco 

—Aí, doeu 
—Isso é normal no começo, seu corpo ainda vai se acostumar com grandes quantidades de aura atingindo pontos específicos do corpo, até lá, vai realmente doer um pouco. 

   

   Sword e Fortus ficaram treinando até um determinado horário, que foi quando Joana chegou para treinar a maestria de Sword com espadas. 

—Já terminaram de brincar de soquinhos? 
—Soquinhos não, uma arte de luta complexa, ok – responde Fortus – Mas, sim, terminamos. 
—Ok, então empunhe isso Sword 

   Joana arremessa um bastão de borracha para ele 

—Mas o que é isso? – indaga Sword 
—Sua espada! 
—Eu tenho uma espada 
—Essa ai é para você não se machucar 
—Eu sei usar uma espada 
—Não, você não sabe. Por isso estou aqui para te ensinar. 
—Sério isso? Tá bom – assente Sword meio decepcionado 
—Vou te ensinar algo para usar nesse tal torneio que vai disputar, eu demorei minha vida toda para criar essas técnicas e mesmo assim não as aperfeiçoei, você tem menos de 3 meses, então é bom prestar bastante atenção. A Dança do Dragão é composta por 13 formas; Dragão Nascente, Voo do Dragão, Dragão Crescente, Garras de Dragão, Dragão Incidente, Voracidade Draconica, Dragão Divergente, Mergulho do Dragão, Escamas de Dragão, Vontade Draconica da Espada, Dança do Dragão Forma Final 1 - Correntes do Dragão Ancião, Dança do Dragão Forma Final 2 - Libertação do Dragão Ancião e pôr fim a Dança do Dragão Forma Final 3 - Cataclisma Draconico. 

—Não é muita coisa pra aprender não? 
—Vai ter que aprender... 

   Dias se passaram, até mesmo um mês se passou desde aquele dia. Sword não aprendia de forma alguma às técnicas que Joana ensinava. Enquanto ele estava aprendendo uma arte marcial com Fortus chamada Dasein Koryu perfeitamente, ele mal conseguia executar às técnicas de espada. 

—Não dá Joana, estamos a 1 mês nisso e eu não consigo 
—Joana? 
—Desculpa, Sensei Joana. 
—Ah sim, agora melhorou. Enfim, eu realmente não sei o que está te impedindo, você sabe os movimentos perfeitamente, está distribuindo a quantidade certa de aura, não sei por que às técnicas não saem... a não ser que. Você por acaso tem alguma energia estranha em você? 
—Como assim? 
—Bom, eu por exemplo quando criei a Dança do Dragão, fiz isso por causa do meu sangue familiar dos antigos Darc, que eram cavaleiros de dragão, mesmo que isso tenha acontecido a muito tempo, e o nossa linhagem tenha se perdido, ainda há pequenos resquícios disso no meu sangue. Um pequeno resquício como esse pode abalar o funcionamento da técnica, você tem algo assim? 
—Acho que não, eu sou um Knight como você bem sabe, minha família não tem algo assim. Espera, acho que tenho algo. 

   Por um momento Sword ficou com receio de contar, o cão. Aquela coisa que tanto atormenta ele em momentos de fraqueza, será possível que mesmo agora aquela coisa está impedindo-o de executar essas técnicas? 

—Eu chamo de o Cão. É como uma energia dentro de mim, que sempre desperta quando eu quero muito alguma coisa, mas não consigo alcançar porque sou fraco, esse cão se oferece como um método de força 

—E o que você acha que é isso Sword? 

—O conselho da minha academia diz que é um espírito de aura, do tipo animal. O cão. 
—Isso com toda certeza afetaria a técnica, vamos trabalhar nesse espírito de aura, se não dominar ele, ele quem vai te dominar. Mas se obtiver controle, mesmo que pouco, às técnicas vão funcionar, mas terão que ser alteradas para se adequar a você... bom, uma pena não ser mais a original, mas Dança do Dragão pode acabar virando Dança do Cão 
—E que tal Formas do Cão? 
—Que nome horrível. 
—Eu gostei  

   A partir do momento que Joana tomou conhecimento do Cão de Sword, às coisas mudaram. O treinamento foi melhor, dando margem para aprender mesmo outras coisas. O dia chegou e Sword teria que voltar para Aúdases, mas antes, a despedida. Ele retornou ao que seria o antigo castelo do clã Knight. Passava por reformas, Sword com o pouco que tinha havia contratado alguns trabalhadores para tal, na sala de reuniões, agora minimamente apresentável estavam aguardando-o, Shielda sua irmã mais velha, o pequeno Spear acompanhado e sempre guardado por Fortus, Scythe uma sobrevivente que Shielda havia mencionado e por fim Dagger, o outro sobrevivente mencionado. Joana chega junto de Sword. Após chegar, Sword retira o suporte da espada, com a espada ainda embainhada e a deixa no canto da sala, então se senta. Sua irmã, Shielda é a primeira a falar. 

—Então, como vai ser a partir de agora? Você tem que voltar, mas também tem que ficar. 
—Eu preciso ir – continua Sword – Vocês têm que me entender, Thunderbird é importante para os objetivos que temos 
—Já sabíamos que esse dia chegaria, apenas postergamos a discussão, não tem jeito – diz Scythe – Vocês estão criando tempestades sem necessidades. 

   Scythe era uma garota bem focada, membro da casa secundária assim como Sword, dá pra dizer que são primos. Ela e Sword tem a mesma idade, ambos 15 anos. Scythe é o que podemos chamar de prodígio. Scythe é uma jovem notável, uma adolescente de 15 anos que irradia uma aura de maturidade que transcende sua idade. Seu cabelo, loiro quase branco, cai em longos fios sedosos que parecem capturar a luz do sol e refleti-la de volta ao mundo. Suas madeixas flutuam suavemente quando ela se move, dando-lhe uma aparência etérea e distinta. O traço mais marcante em seu rosto é sua heterocromia, o olho esquerdo é de um azul profundo, como o oceano em um dia de verão, enquanto o olho direito é um verde que lembra as folhas frescas da primavera. Durante os treinamentos que todos os membros restantes do clã que sobraram estão sendo submetidos, Scythe mostrou certa habilidade com a espada enquanto treinava com Sword, mas a arma que fazia todos ficarem boquiabertos quando ela pisava em arena era a foice! 
   Além disso, Scythe é uma Estrategista Nata; Sua maturidade não se limita apenas à sua aparência. Scythe tem uma mente afiada e é uma estrategista excepcional. Ela é capaz de analisar rapidamente situações de combate e criar estratégias inteligentes para superar seus oponentes.  

—Scythe está certa – diz Sword – Fora que assim que eu receber o acerta pela missão em Zetsuen, com certeza vou poder ajudar melhor as coisas aqui. 
—Bom, então é uma despedida – Diz Dagger se colocando de pé 

   Joana se ajeita, ela estava encostada reclinada na parede, agora se coloca reta e então diz o que já queria dizer a algum tempo 

—Bom, eu vou com Sword para Aúdases, para Revorant. O treinamento dele é de extrema importância para os objetivos de vocês, então tenho que completá-lo o quanto antes. Eu por já ter sido da guarda real, tenho livre acesso aqueles locais, fora que Thunderbird fornece auxílio aos mestres que possuem pupilos como alunos da academia. Eu chamaria Fortus para ir, mas ele é procurado, então não vai ser possível 

—Eu adoraria ir, mas minha vida de mercenário me fez um procurado como você mesmo disse, e eu tenho que fazer a guarda do pequeno Spear. 

—Pois bem, agora vamos falar sobre o prêmio do torneio que você irá disputar Sword – diz Shielda – Até onde sabemos, a caixa do milênio vai estar como prêmio certo? Assim como em todas as edições do Torneio Fronteira. 
—Com toda certeza vai estar, e eu já sei o que vou pedir caso ganhe. O ressurgimento do Grão-Ducado de Orchid vai ser fichinha perto do pedido que vou fazer. 

   Eles ficam conversando algumas coisas mais por um tempinho, até que finalmente todos se despedem de Sword. Joana e Sword seguem viagem então, rumo a Aúdases. 

 

2 semanas antes do Torneio Fronteira 
Estrada do Comercio Dourado – Rota para Aúdases 

 

—Muito bem, hora de tentar fazer aquilo novamente, você vai precisar acessar esse poder quando for executar suas formas de esgrima – Diz Joana montando acampamento 
—Certo, vou fazer 

   Fortus havia ensinado a Sword como controlar melhor a aura para poder usar livremente para fazer ataques não convencionais. Joana aproveitou disso, para fazer com que Sword, acessasse a aura do cão dentro dele para assim, melhorar suas formas de esgrima. 

   Sword fechou os olhos e começou a respirar profundamente, mergulhando em seu treinamento de Kichiryo. Ele concentrou sua mente e começou a sentir a aura ao seu redor. Era como se pudesse ver as correntes de energia escura que fluíam através de seu corpo, emanando do Cão. Enquanto Sword se concentrava, uma sombra escura surgiu diante dele. Era o Cão! 

—Você acha que pode me controlar, garoto? Eu sou o poder que você não pode conter – Diz o Cão rosnando 
—Eu vou aprender, Cão. Eu não posso deixar que você continue a causar destruição quando se apossa do meu corpo. 
—Você é fraco! Sua aura é patética! Simplesmente, você depende de mim para tudo! Nos esgotos, quem te salvou? EU! Em Port Seanesse, contra um membro do Pavão, quem te salvou? EU DENOVO! Você só está vivo, por minha causa, se acha mesmo que seu poder patético pode se sobrepor a minha aura, você está muito enganado! 

   Toda aquela cena não estava acontecendo de verdade, estava tudo na mente de Sword, o corpo que ele e seu espírito de aura, discutindo internamente  

—Você está certo, então, obrigado. 
—O que? 
—Obrigado, afinal foi você quem me salvou de tudo aquilo, sem isso eu não estaria vivo, não teria conhecido os outros membros do clã e nem teria reencontrada minha irmã. Então, obrigado Cão. 
—Você me dá nojo! 
—Mas eu preciso minimamente controlar seu poder para executar um objetivo, então poderia só me conceder ele? 
—É uma piada né? Me diz que não está falando sério. Eu jamais vou te dar poder de bom grado assim. E você já mais vai sobrepor minha aura, com essa sua aura patética. 
—Primeiro que nem aura você tem... o que você usa é NAM. Segundo, eu não estou sozinho! Nunca estive, só demorei um pouco pra perceber isso, não é mesmo Esperança? 

   A garotinha, Esperança, surge como um cristal reluzindo a luz que lhe é refletida. 

—Eu já te disse isso antes, sempre que precisar, eu vou estar aqui. 

   O cão começa a dispersar sua energia no ambiente. Sword tomou uma respiração profunda, canalizando a luz de Esperança. Grilhões surgem entre Sword e o Cão, a energia de Sword estava comum, e as do Cão vermelhas e negras. O esforço de cada um dos lados, fazia sua energia fluir através dos grilhões. Com um esforço hercúleo, ele começou a manipular a aura, buscando controlar a energia indomável do Cão. As correntes de energia escuras que fluíam através de seu corpo começaram a se acalmar, a se tornar mais maleáveis sob sua vontade. O Cão, por sua vez, rugia e rosnava em protesto, tentando resistir ao controle de Sword. Mas Sword não estava mais disposto a ser dominado! 
   Com um esforço final, Sword conseguiu uma vitória parcial sobre o Cão, o Cão não estava totalmente domado, mas o que Sword havia feito, permitirá com que ele pudesse executar às técnicas que vinha treinando a tanto tempo com Joana. A aura escura do Cão se misturou com a luz radiante de Esperança, criando uma energia única e equilibrada. Era uma representação da dualidade de Sword, a capacidade de conciliar o caos com a esperança. 
   Assim que Sword abre os olhos, o sol está nascendo 

—Ué, eu tenho certeza de que era noite 
—Quando você começou a meditar, sim. Agora já está na hora de irmos, estamos um dia atrasados –diz Joana arrumando às coisas – E então, conseguiu? 
—Acho que sim – diz Sword com um sorriso no rosto 

 

 

Tempos Atuais – Torneio Fronteira 
Capital Real de Aúdases Vinceres 

 

 

—Você realmente tem certeza disso que falou né?  – Indaga Kurosaki a Sword 
—Certeza só tenho da morte, mas essa com certeza é nossa maior chance 

   O time de Thunderbird está correndo por entre às vielas da capital, se direcionando para a Floresta de Vinceres, quando do céu um pássaro de pedra acerta o chão na frente deles, por pouco Sword não é atingido. Era um estudante da academia Yata, era Ixchel Kamanu um mago invocador de nível 3. 

—Já começaram os ataques? Eu jurava que demorariam um pouco mais – diz Sword desembainhando Bradamante  
—Então você é o tal Sword? O carinha que venceu em Zetsuen né? Vamos ver se realmente é forte 

   Ixchel diz invocando vários pássaros de pedra  

—Sword, guia o resto do time para aquele lugar, eu dou conta dele – Kurosaki diz tomando a frente 
—Tem certeza? 
—Tenho! 

   Sword apenas ascente com a cabeça e segue com os outros enfrente, Ixchel até tena impedir, mas Kurosaki o ataca diretamente com um soco no rosto. 

—Que porra você tá fazendo? Vai ficar para trás assim? Você deve ser um usuário de magia ou aura muito bom – diz Ixchel se recuperando do soco 
—Magia? Aura? Não me faça rir, o único poder que você vai ver vindo de mim, vai ser o dos punhos. VEM PRO PAU! 


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