A Família Olimpiano e suas nações - Parte 3 escrita por Anne Claksa


Capítulo 28
Um ato de amor por Hera: Cingapura


Notas iniciais do capítulo

Olá!
Acompanhe a fundação da última nação, e o nascimento do deus protetor de Cingapura, Ciano.
* Para quem não se lembra, Germano e Germana são os gemeos que a Hera teve com o Zeus.
Boa leitura!!!



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Após o julgamento, se passaram 13 anos. Com Delayoh presa por tempo indeterminado, Hera se entristeceu. Chorava de saudades da filha, seu coração estava fechado, mergulhado em profunda tristeza. Não tinha forças nem para cuidar da Alemanha, ela diz que não adiantaria lutar ou reclamar, teria que aceitar qualquer condição dos aliados, então, só restava para ela, ficar com a sua solidão. Germano sofre ao ver a mãe neste estado, ele estava fazendo uma visita e não gostou do que viu.

— Estou ficando preocupado com a mamãe, Ares. Não gosto de vê-la assim, triste. — Disse Germano.

— Eu também, Germano, está assim por causa de Delayoh, tenho medo de nossa mãe não suportar essa tristeza. — Disse Ares. — Silvik está lá no quarto com ela, quem sabe ela não consegue animar a mamãe um pouco?

Silvik sai o quarto, porém, sua expressão não era animadora.

— Ela não quer sair, convidei para ir a Ásgard, mas ela não quis. Ivy está muito triste, só quer ficar deitada na cama. — Disse Silvik.

Ixião chegou nesse instante, querendo saber de Hera, Ares lhe disse que continua a mesma, triste e sem ânimo. Mas Ixião decidiu falar com Hera mesmo assim, foi até o quarto, a encontrou deitada na cama, lendo um livro. Ixião pensava “Não é nem de longe a deusa poderosa por quem me apaixonei, mas vou a trazer de volta. ”

— Hera, com licença, posso entrar? — Perguntou Ixião.

— Ixião. — Disse Hera deixando o livro sobre a cama e sorrindo. — Claro, entre.

— Como está?

— Tentando conviver com essa tristeza em meu coração pela ausência de Delayoh, só de pensar nisso já começo a chorar.

— Não pense, não chore, você é muito bonita para ficar chorando. — Ixião fez um carinho no rosto de Hera. — Você é forte, guerreira e vai conseguir reerguer a Alemanha, quem sabe até do lado da nossa Delayoh, a pena dela é por tempo indeterminado, pode ser que daqui a cinco, dez ou vinte anos, ela seja solta.

— Não ouviu o juiz, Ixião? Delayoh não sairá tão cedo da prisão. Desde aquela sentença minha vida acabou, perdi a minha filha outra vez. Não tenho mais ânimo para nada, nem para reerguer a Alemanha, por isso pedi para Ares cuidar da nação. Pois, só sinto tristeza.

— Percebo isso, então, tive uma ideia, quero te tirar da Alemanha por um tempo, para melhorar o seu humor. Tem uma ilha no sudeste da Ásia, tem várias paisagens naturais, é um lugar muito bonito, me interessei e quero fundar uma nação lá, chama Singapore. Mas não tenho experiência em fundar uma nação, por isso quero te convidar para vir comigo e me ajudar a fundar Singapore.

— Eu?

— Sim, você é uma deusa forte, construiu a China, reestruturou a Alemanha, é capaz de fazer algo incrível. Hera você é inteligente e determinada, poderá transformar o lugar em uma nação, também será bom, vai voltar mais animada e poderá reerguer a Alemanha.

— Não sei Ixião, será que é uma boa ideia?

— É uma ótima ideia, quando te vi deitada na cama, triste, prometi para mim, vou trazer aquela deusa forte de volta, aquela que por quem me apaixonei e que um dia quis te tirar de Zeus.

Hera deu um sorriso.

— Estou conseguindo, deu até um sorriso. Eu te amo Hera, não quero ver você triste. Então, aceita a minha proposta?

— Está bem, aceito ir para Singapore com você, obrigada pelo o que está fazendo por mim Ixião.

— Só quero te ver feliz.

A porta do quarto se abriu, Ares, Germana, Silvik e Germano ficaram felizes em ver Hera de pé.

— Mãe, que bom que levantou da cama, estou tão feliz. — Disse Germana. — Muito obrigada, Ixião.

— Tenho uma novidade para vocês filhos, estou indo para Singapore com o Ixião e ficarei um tempo, depois retomo o controle da Alemanha. — Disse Hera.

— Que bom, vai se melhor para a senhora, eu prometo que vou cuidar da Alemanha — Disse Ares.

No dia seguinte, Hera e Ixião foram para Singapore. Hera estava um pouco receosa, e se não gostassem dela? Saberia se comunicar lá? Daria conta de construir uma nação? Hera parou no meio do caminho, Ixião perguntou se estava tudo bem.

— Não dá, Ixião. Vou voltar para a Alemanha ou ficar na China, não vou conseguir fazer o que está me pedindo, desculpe. — Hera disse com uma expressão assustada e se afastou de Ixião.

— O que houve? Você já tinha se animado com a minha ideia, por que está insegura agora?

— Posso não conseguir construir Singapore, não sei se vou ter forças para isso.

— Mas é claro que terá, Hera não está sozinha, eu ficarei do seu lado, te ajudando, te dando força e ânimo.

— E se os cidadãos não gostarem de mim?

— Eles já gostam de você, ficaram sabendo da sua fama de deusa poderosa que construiu a China, mesmo sendo no deserto e que o país deu certo e a melhor de todas, a Alemanha, que você reergueu, conseguiu unificar e tornou uma potência logo nos primeiros anos do país. Eles querem uma deusa forte, como você, para fundar Singapore.

— E como vamos nos comunicar?

— Eles falam mandarim, não tem com o que se preocupar, vem.

Ixião estendeu a mão para Hera e ela segurou a mão dele. Ao chegarem a um vilarejo, foram recebidos pelos cidadãos e ficaram muito felizes ao vê-los.

— Vejam! Os deuses que vão nos dar a nossa Singapore. — Disse um homem.

— Obrigado, vocês podem ter certeza de que transformaremos Singapore em uma grande nação. — Disse Ixião.

Hera se animou e disse:

— Começaremos a construir, depois vamos elaborar projetos para que Singapore seja uma nação moderna e próspera.

As palavras de Hera fizeram os cidadãos se animarem. No dia seguinte, Singapore começou a ser construída, Hera e Ixião trabalhavam juntos, construíam, projetavam e ajudavam os moradores.

Os dias passaram e Hera já se sentia um pouco mais animada, tinha voltado a sorrir e isso deixou Ixião muito feliz. Um dia foram nadar em uma cachoeira e aproveitaram ao máximo, nadaram, namoraram e se beijavam, depois ficaram sentados na beira do lago, olhando a cachoeira.

— Você tinha razão, Ixião, vir para Singapore me fez bem, me sinto mais calma relaxada, voltei a sorrir. — Disse Hera.

— Não te disse? Às vezes, precisamos de momentos assim para deixar os problemas de lado e relaxar um pouco. Estou feliz que esse sorriso lindo tenha voltado para o seu rosto. — Disse Ixião.

— Mas ainda penso em Delayoh, não sei como ela está, não consigo vê-la, estive lá várias vezes e nunca me deixaram visitar a minha filha, sinto saudades dela.

— Isso é estranho, tudo bem, ela está presa, mas tem direito de receber visitas, principalmente, da mãe.

— Tenho esperança que ela esteja bem. Mas meu coração me diz que ela não está, o que o deixa apertado.

— Como? — Ixião se sentou próximo dela.

— Não sei. Mas não vamos falar sobre isso, não quero te deixar preocupado, vamos aproveitar um pouco mais essa cachoeira.

Ixião e Hera estavam mais próximos, o amor entre os dois aumentava a cada dia e Hera se sentia apaixonada por ele, não era um amor do tipo paixão, é como se fosse uma forma de agradece-lo pelo o que fez por ela.

...

Os dias se passaram, Singapore foi construída e já começava a se desenvolver, uma noite Ixião e Hera já estavam deitados conversando na cama.

— Viu como Singapore está crescendo? — Disse Ixião.

— Vi, está se tornando uma grande nação, graças a você. — Disse Hera.

— E a você.

Ixião beijou Hera.

— Sabe Ixião, eu tenho que te agradecer e muito, sua preocupação, seu cuidado, sua atenção e sua insistência em me trazer para Singapore, me fizeram melhorar, hoje me sinto feliz e devo isso a você.

— Faço qualquer coisa para te ver feliz, cuidei de você porque te amo, desde a primeira vez que a vi no Olimpo, altiva, elegante, linda, me apaixonei na hora e o meu objetivo é ser parte da sua felicidade.

Hera beijou Ixião, os dois namoravam carinhosamente e entre carinhos e beijos, os dois se amaram.

...

Dias depois, Hera chama Ixião para um passeio, ele aceita e os dois andam, de mãos dadas, por um campo com a grama e algumas plantas com orvalho da noite passada. Hera para e diz que tem algo importante para contar, Ixião a olha com curiosidade.

— Já te disse que estou muito feliz em estar aqui em Singapore e que te agradeço muito. — Disse Hera.

— Já me disse isso várias vezes e não canso de olhar para seu sorriso. — Disse Ixião, se aproximando dela.

— Então, por todo carinho que teve por mim, você será recompensado.

— Como assim?

Hera olhou para Ixião, passou a mão em sua barriga e sorriu para ele, Ixião percebe e abre um sorriso, terá mais um filho com Hera, ele a beija e beija sua barriga.

...

Khayna ficou muito feliz com a notícia de que vai ganhar um irmão e alguns meses depois, viaja com Réia para Singapore, Hera já estava com 6 meses de gravidez.

— Mãe, que saudades. — Khayna deu um abraço em Hera. — A senhora está linda grávida.

— É cresceu mesmo, daqui a três meses está nascendo. — Disse Hera.

— E será um lindo menino. Oh não! Contei o segredo. — Disse Réia.

— Que alegria, serei pai de um menino. Estou indo Hera. — Disse Ixião.

— Está bem, vá lá cuidar de Singapore. — Hera beijou Ixião.

...

Três meses se passaram e nasceu Ciano, de cabelos negros e os olhos escuros, é parecido com Ixião. Hera sorria para o filho e dizia:

— Meu menino, meu pequeno Ciano.

Ixião e Khayna entraram no quarto, Ixião mal se aguentava de tanta felicidade.

— Nosso menino é tão lindo. — Disse Ixião.

Ixião deu um beijo na testa de Hera, pegou Ciano no colo, com cuidado, e o levou até Khayna.

— Como meu irmãozinho é lindo. — Disse Khayna, encantada.

 Hera e Ixião conversavam.

— Você me deu um belo presente, Hera.

— Foi você quem me deu um presente, Ixião. — Disse Hera, sorrindo. — Tenha a certeza, ele trará a alegria de volta para o meu coração. Nós dois, juntos, vamos cuidar do nosso Ciano.

— Juntos. Eu te amo, Hera.

— Eu te amo, Ixião.

Ixião e Hera se beijaram e Khayna sorria com o irmão no colo.

...

A festa de apresentação de Ciano foi feita no palácio de Atlas, mas o próprio não apareceu, um assistente dele realizou a cerimônia. Aliás, quase ninguém da família Olimpiano apareceu, apenas Réia, Chronos, Ares, Ilítia e os deuses ásgardianos.

Hera se arrumava para a festa, quando Réia apareceu para conversar com a filha.

— Está se formando uma linda festa. Uma pena que seus irmãos não quiseram vir. — Lamentou Réia.

— Eu que não fazia questão de ter a presença deles aqui. Depois de tudo que me falaram e falaram da minha filha, não quero vê-los e muitos me importar com o que fazem. — Disse Hera rispidamente, enquanto trançava os cabelos negros. — Eles acham que os filhos deles são santos, os bonzinhos e que a minha Delayoh é a malvada da história, que ela é quem causa todos os males do mundo. Mas se esquecem que os filhos deles fizeram muito pior, um exemplo é o Stanley, pagava de bom moço, integro, não comete erros. Então, ele joga duas bombas atômicas sobre o Japão, com o pretexto de acabar com a guerra. Ele diz que não imaginava que acabaria com a vida de tantas pessoas inocentes, pura enrolação. Então, eles deveriam pensar duas vezes antes de acusar a minha filha, pois, os filhos deles fizeram o mesmo.

— Vocês estavam com raiva, sangue fervendo, não mediam as palavras, se esqueceram que faziam parte de uma família. Fiquei triste ao saber disso, meus filhos brigados, com raiva uns dos outros. Eu tenho esperança de que um dia vocês voltem a se falar e esqueçam toda essa raiva.

Hera ajeitou a faixa roxa na cintura, dando caimento no vestido vermelho esvoaçante.

— Lamento mãe, mas isso não acontecerá tão cedo. Pois, primeiro, alguém deverá pedir desculpas e isso não vai acontecer.

— Por que não?

— Porque, isso será considerado como falsidade, mesmo pedindo desculpas, a raiva e o ressentimento continuam.

— Mesmo que demorem a fazerem as pazes, eu ainda acredito que vocês vão voltar a ficarem de bem.

...

— Está na quase na hora do anúncio, está pronta para anunciar Cingapura? — Perguntou Ixião.

— Eu não vou anunciar Cingapura, quem vai anunciar é você. — Respondeu Hera.

— Mas por qual motivo, seria eu?

— Você a descobriu, você teve a ideia de transformar aquela ilha em uma nação, então merece ser o deus fundador de Cingapura.

— Está bem, mas será uma nação metade minha e metade sua, você também faz parte desse projeto.

Ixião deu um beijo no rosto de Hera, o assistente de Atlas se aproximou e disse que já estava na hora do anúncio e Ixião foi para frente com Ciano nos braços, o assistente começou:

— Seu nome?

— Ixião Yong-Mao.

— Nome da criança?

— Ciano Venandre Yong- Mao.

— Nome original da nação?

— Singapore.

— Nome Real?

— CINGAPURA.

Em 1959, Cingapura foi fundada e muito comemorada, principalmente por Ixião e Hera, eles deram um beijo apaixonado e sorriram para o filho, Khayna também quis participar da comemoração e subiu no altar para abraçar os pais.

...

Quatro anos se passaram. Hera sentia mais feliz vivendo em Cingapura, se alegrava com Ciano, brincava com o pequeno, dava todo amor e carinho, e claro, vivia bem com Ixião, os dois se amavam, compartilhavam um imenso amor um pelo outro. Ciano e Hera se divertiam, nadavam na cachoeira, brincavam, estavam sempre juntos, ela não parava de sorrir.

— Te amo, mamãe. — Dizia Ciano, quase todos os dias.

Mas Hera precisou retornar para a Alemanha. Em 1961, recebeu uma mensagem austral de Ares e não gostou da notícia que teve, por isso, queria voltar ao país germânico, porém, Ciano era muito novo na época. Agora, seu filho tem quatro anos, então, poderia voltar para a Alemanha.

Hera iria levar Ciano com ela, os dois se despediram de Ixião, que desejou sorte para a deusa. E assim Hera retornou para a Alemanha, não seria fácil comandar o país, a saudade de Delayoh iria voltar, mas ela estava mais forte e segura para encarar qualquer desafio. Porém, ela nunca mais ficará triste, pois, graças a um ato de amor, Hera tem Ciano para trazer a alegria de volta para o seu coração.


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Notas finais do capítulo

O nome Ciano foi totalmente criado por mim, foi uma ideia que tive.



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