A Família Olimpiano e suas nações - Parte 3 escrita por Anne Claksa


Capítulo 24
Segunda Guerra- A queda de Delayoh.


Notas iniciais do capítulo

Olá!
O cofronto final entre os deuses aliados e Delayoh chegou, e com ele o fim da guerra na europa. O final será bem diferente do que aconteceu realmente. Deu um certo trabalho, o bichinho (o capítulo) ficou grande.
Boa leitura!!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/808398/chapter/24

Hefesto apareceu de surpresa na casa de Delayoh, porém, não foi uma boa ideia. Ela não gosta dele, o rejeita de todas as formas, o humilha, mas isso não faz diferença para Hefesto, mesmo rejeitado, ele insiste em ficar perto daquela a quem considera como irmã.

— Delayoh. — Disse Hefesto ao entrar no quarto de Delayoh.

— O que faz aqui? — Perguntou Delayoh. — Eu já não lhe disse que não o quero por perto?

— Eu vim conversar com você.

— Não irei ouvir uma palavra sua, retire-se de minha casa imediatamente.

— Elisabeth, Sarah, Francine e Stanley resgataram a Polyana e agora estão vindo até Berlim, atrás de você.

— Já esperava por isso. Que eles venham, não tenho medo.

Hefesto tentou se aproximar de Delayoh, mas ela se afastou.

— Delayoh, acabe logo com isso, essa guerra não tem futuro, é melhor se entregar, não há mais nada que você ou exército alemão possam fazer. O que estava acontecendo com os judeus, foi descoberto. Os deuses que manteve presos, já foram libertados, o mundo está condenando os alemães e você. Por favor, se entregue, será melhor cumprir a pena ao invés de lutar por algo que não tem solução. — Disse Hefesto. — Sei que fez isso por raiva e por ódio, mas pense em quanto os seus alemães estão sofrendo com essa guerra, pense neles e se entregue.

— Ah não! Mais um que quer que eu me entregue. Mais um que quer me ver como uma deusa fracassada, algo que não sou. Por mais que queiram, eu não vou me entregar, nunca. E o que você sabe sobre os meus alemães? Eles sofreram muito por causa de seus amigos. Essa guerra foi para fazer todos aqueles que provocaram aquela grave crise econômica, pagarem por tudo que causaram ao povo alemão. Eu queria que eles vivessem em uma nação poderosa, respeitada, vivessem bem. — Disse Delayoh.

— Agora, a Alemanha e principalmente você, são mal vistas pelo mundo, até mais do que na época da primeira guerra, não entendo como chegou a esse ponto de loucura, matar inocentes, por causa de algo que aconteceu anos atrás.

— E não tem que entender mesmo. Fui eu quem foi atacada por aqueles judeus e eu era quem tinha que resolver, era uma questão minha. Agora, se já terminou o seu discurso patético, retire-se da minha casa, não o quero mais aqui.

— Você está precisando de ajuda para enxergar os fatos, minha irmã...

Se tem algo que irrita Delayoh profundamente, é ser chamada de irmã por Hefesto. Ela se virou para ele, o olhou com raiva e berrou:

— EU NÃO SOU SUA IRMÃ!

Delayoh se aproximava de Hefesto, mas ele se assustou com o berro e se afastava dela. Delayoh continuou.

— A deficiência na perna, deve ter afetado a sua capacidade de compreender, então, eu vou lhe explicar. Eu não fui, não sou e nunca serei irmã de um deus fraco como você, um deus de quem todo mundo tem pena, é isso mesmo, Hefesto, você é digno de pena. Acha que Zeus, Hebe, Francine, Stanley ou qualquer outro da família, gosta de você? Não, eles só falam com você por pena. Zeus e Meine Mutter o adotaram por dó. Afrodite foi obrigada a se casar com você, ela não suportava a sua presença, sentia asco. Sua atual esposa só está com você por pena, mas, no fundo, ela deve estar louca para te deixar, não deve estar suportando olhar para um deus horroroso como você. Eles devem ter pensado assim: “coitadinho do Hefesto, foi abandonado, tem uma perna manca, coxo, não é bonito, vamos nos aproximar dele, para que ele não fique sozinho, coitado”. Ninguém quer um deus digno de pena por perto, nem seus pais biológicos o queriam, pois, tinham certeza de você seria um fracasso. Quanto a mim, não preciso da compaixão de ninguém, sou uma deusa poderosa, perfeita, belíssima e essa é a diferença entre nós, então, espero que tenha compreendido, eu nunca serei a sua irmã. — Delayoh notou as lágrimas nos olhos de Hefesto e riu. — Ah! Está chorando, é? Então, isso significa que tudo o que eu disse é verdade.

— Posso ser manco e feio, mas eu nunca matei inocentes por puro ódio. Você é perfeita e belíssima por fora, mas por dentro, é um monstro horrendo. — Disse Hefesto chorando.

Delayoh empurrou Hefesto com força e o derrubou o chão.

— Não se aguenta em pé e ainda quer me dar lição de moral. — Disse Delayoh, antes de sair.

Hefesto, com muita dificuldade, se levantou, após essa conversa, ele percebeu que não havia salvação para Delayoh, tinha que fazer algo para a guerra acabar.

— Brandon, me encontre em Berlim. — Disse Hefesto em uma mensagem austral. — Preciso de sua ajuda.

...

Francine, com um forte tufão, abriu o caminho para que ela, Elisabeth, Sarah e Stanley entrassem em Berlim. Já dentro da cidade, eles procuravam por Delayoh.

— Onde essa maluca se escondeu? — Perguntava Elisabeth. — Ela e seu exército, devem estar atrás dessa nevasca.

Sarah recebeu a notícia de que o exército soviético, depois de libertarem a Polônia e ir para a Alemanha, conseguiu avançar um pouco e estavam em conflito com os soldados alemães.

— A Delayoh está com o exército alemão, ela está dando força a eles com a nevasca. — Disse Sarah.

— O que faremos agora? Com essa nevasca, não tem como saber onde estão. — Disse Francine.

— Não se preocupe, Francine. Meu exército está em outro ponto da cidade e eu estou bem próxima aonde estão, mais próxima do que imaginam.

Reconheceram a voz de Delayoh, olharam para o céu e viram os olhos dela, entre os flocos de neve que caíam. Quando menos esperavam, ela surgiu no meio da nevasca, vestindo uma túnica com decote longo negra com detalhes em ouro e mangas longas e soltas, e sapato de salto. Os cabelos negros dela estavam soltos e o rosto era realçado por uma maquiagem escura.

— Decidiu parar de se esconder atrás da nevasca, Delayoh? — Perguntou Elisabeth.

— Eu? Me escondendo? Há, nunca. Ainda mais de vocês. Estou impressionada, mesmo eu criando um ambiente, que dificultaria vossas entradas, vocês tiveram a coragem de entrar em Berlim para me enfrentar. E olha só, vieram os quatro, quer dizer, três, pois se vieram me enfrentar, não contem com o Stanley. — Disse Delayoh de forma sarcástica.

— Não conte com isso, Delayoh Alexandra. — Disse Stanley. Ele lançou uma rajada de vento e a deusa alemã, que não esperava esse ataque, foi atingida. — Nunca vi, um deus chegar a esse ponto de loucura. Formar um exército, invadir países, manter deuses protetores reféns, sendo que alguns deles eram da nossa família. Polyana está no hospital, lutando para sobreviver. E o pior de tudo, causar um assassinato em massa de mortais inocentes, tudo isso por vingança. Você acha que irá escapar de uma punição severa? Ou que a sua Alemanha não sofrerá novas punições? Delayoh, quando houver o julgamento, você, sua nação e seu povo, sofrerão punições muito piores do que aquelas da primeira guerra. Aliás, se você não sabe, eu tentei aliviar para vocês, tentei fazer com que não aplicassem aquelas penas tão severas.

— Disse bem, tentou. Essa guerra é ilustração perfeita de sua falha. Eu fiquei presa durante dez anos, por causa de vocês. Voltei, encontrei a Alemanha afundada em uma crise, tendo que pagar indenizações absurdas, meu povo passava por dificuldades e ninguém os ajudou, tantos os judeus ricos e bem de vida, aliás, foi algo que me irritou bastante e sabem que isso até ajudou em meus planos? Quanto países, que só apontavam e diziam: “Aquela nação é louca, a deusa deles é pior ainda, não vamos ajudar, eles não podem fazer nada mesmo”. Pois, nessa guerra eu mostrei, para o mundo todo ver, quem é a deusa louca e o que acontece quando se tem raiva, determinação e sede de vingança. Quer saber, Stanley? Cansei de falar, estou querendo agir agora.

Com o cabelo, Delayoh agarrou Stanley e o jogou para longe, o fazendo cair desacordado.

— STANLEY! — Gritou Elisabeth em desespero.

— Como eu disse, apenas vocês três irão me enfrentar. — Disse Delayoh, com uma risada maléfica.

Ao ver Stanley caído, Elisabeth se enraiveceu e lançou um forte jato de água sobre Delayoh, mas com um sopro, ela congelou o ataque e fez com que os fractais de gelo fossem em direção de Elisabeth, que desviou. Sarah lançou uma rajada de fogo, que foi defendida por outra mais forte. Francine levitou e jogou um funil de vento, mas Delayoh conseguiu prendê-lo com o cabelo e derruba-lo no chão. Cada uma das três, tentava um ataque diferente, mas nenhum deles funcionou, a deusa alemã era bem mais forte, a intensidade de seus ataques praticamente anulava qualquer ataque inimigo e Delayoh contava ainda com o clima invernal que criou, a deixava mais forte. A deusa alemã ergue grandes e afiados espinhos de gelo na tentativa de acertar suas inimigas.

— Cuidado com os espinhos! — Alertou Elisabeth. Ela e Francine voaram para fugir do ataque. Sarah se afastou.

— ESSA GUERRA ACABA AGORA, DELAYOH! EU VOU TE DERROTAR! — Gritava Sarah.

— É mesmo? E como pretende fazer isso, semideusa? — Perguntou Delayoh, em tom de desdém.

— Pare de me chamar de semideusa. — Sarah se irritou. — Eu sou uma deusa. Ouviu, Delayoh? DEUSA! Sou a deusa protetora da poderosa União Soviética e irei encerrar essa guerra te derrotando.

Novamente, Sarah utilizou o poder da terra, fez raízes brotarem e irem em direção de Delayoh. A deusa alemã pegou sua foice, enquanto andava, girava a foice e quebrava todas as raízes. Logo em seguida, Delayoh girou a foice e fez um corte no braço no braço de Sarah, que a deixou em choque, enquanto a alemã ria.

— Olha só! Que líquido vermelho é esse escorrendo em seu braço? Será que é isso mesmo que eu estou vendo? É sangue? Sim, é sangue. — Delayoh debochava de Sarah. — Está sangrando como os mortais, Sarah. Podes ser filha de uma deusa, mas não és uma. És uma SEMIDEUSA. — Delayoh empurrou sua foice para trás, derrubando Elisabeth, que se aproximava. — Oh, Elisabeth. Estava aí? Não tinha te visto.

Francine voou na direção de Delayoh, mas a deusa alemã desapareceu em uma fumaça preta.

— Sarah, você está bem? — Perguntou Elisabeth.

— Eu estava me enganando o tempo todo. Nunca fui uma deusa poderosa, sempre fui uma semideusa com poderes de deusa, mas não sou uma. Não posso combater a Delayoh, pois, eu não sou uma deusa. — Disse Sarah, enquanto olhava para o sangue que escorria de seu braço.

— Sarah, não deixe que isso te abale. Tu derrotaste a Delayoh uma vez, lembra? Podes fazer isso agora, nos ajudando.

— Não está vendo, Elisabeth? — Sarah olhou raivosamente para a inglesa. — O que escorre de meu braço é sangue. E deuses não sangram. Minha mãe é uma deusa, eu sou apenas filha dela, não posso duelar contra Delayoh, que já mostrou é que muito forte, conseguiu anular todos os nossos ataques e se defendeu muito bem deles.

Francine se aproximou, com uma mágica, fez um curativo no braço de Sarah, que agradeceu. A deusa francesa completou com desanimo:

— Sarah tem razão. Por mais que nós continuemos atacando, nada derruba a Delayoh.

— Não podemos desistir, vamos lutar, vamos conseguir, não podemos deixar que todo o terror que Delayoh causou na Europa, se espalhe para outros lugares, pois é isso que vai acontecer se desistirmos. Eu acredito que nós podemos a derrotar e faze-la pagar por todo mal que causou. Eu irei lutar até o final e fazer o máximo para que a queda de Delayoh aconteça. — Elisabeth olhou para Sarah. — Sarah, eu sei que está chocada por descobrir que não é uma deusa, mas você é tão forte quanto uma. Eu vi você controlar a lava de um vulcão, liderar o seu exército, ser uma guia para nós aliados. Então, eu lhe digo, tu és forte e pode derrotar a Delayoh. Já imaginou a poderosa deusa da Alemanha, derrotada por uma semideusa? Que incrível isso seria? — Perguntou Elisabeth, fazendo Sarah e Francine rirem. — E Francine. Nós já lutamos juntas e vencemos, eu confio e acredito em você. — Elisabeth pegou nas mãos das outras duas, que fizeram o mesmo, e disse: — Acredito que nós três, juntas, vamos conseguir.

Francine e Sarah sorriram e concordaram com Elisabeth, mas...

— Que belo discurso, Elisabeth. Pena que ele não vai servir de nada. — Disse Delayoh flutuando e com o raio em punho.

Os olhos dela ficaram vermelhos e o raio se tornou vermelho, com sua voz tenebrosa disse:

— Acabou para vocês!

Quando Delayoh ia lançar o raio, algo aconteceu. Berlim foi descongelada, a nevasca desapareceu, o solo voltou ao normal, o feitiço foi desfeito através de um intenso jato quente lançado por... Brandon, deus do Brasil. Ele estava acompanhado de Hefesto.

— Eu descongelei Berlim? Que massa! Obrigada pela ajuda Hefesto, se você não tivesse me mostrado essa técnica, eu não conseguiria...ah não! — Disse o brasileiro ao ver que Delayoh o olhava com os olhos vermelhos. Com um pouco de medo, Brandon fez um tímido aceno e disse: — Oi, Delayoh.

— Para, Delayoh! Essa loucura tem que acabar. — Bradou Hefesto.

Enfurecida, Delayoh lançou o raio sobre Hefesto e Brandon, que foram mandados para longe e caíram desacordados.

Idiotas! — Gritou Delayoh.

Em seguida, ela formou outro raio vermelho e com um soco no solo, o disparou, atingindo Sarah, Elisabeth e Francine. Delayoh saiu dando sua risada tenebrosa.

— Eu gostei do seu entusiasmo, Elisabeth, mas a realidade nos mostra que essa luta será diferente e mais difícil do que imagina. — Disse Sarah, enquanto tentava se levantar.

— Eu sei, Sarah. Eu queria dar um pouco de ânimo, motiva-las a continuar, de que era possível acreditar, que é possível derrotar a Delayoh, mas me enganei, ela é muito forte, não há como a derrotar. — Lamentou Elisabeth.

Nesse momento, Stanley começa a acordar. Ele abre os olhos e se apoia no solo para levantar.

— Stanley. — Disse Francine.

— Stanley, você está bem? — Perguntou Elisabeth.

— Estou, apenas um pouco dolorido. — Disse Stanley. — O que foi que eu perdi? O que aconteceu com a nevasca? Onde está a Delayoh?

— Enquanto tirava uma soneca, nós três sozinhas tentávamos derrotar a Delayoh. Não deu muito certo, sua querida é muito forte. Hefesto e Brandon acabaram com a nevasca, mas Delayoh os atingiu com o raio vermelho e os deixaram desacordados. Enquanto a sua amada, sumiu pelos seus céus dando uma risada histérica. E foi isso que aconteceu. — Contou Sarah. — Gostou do resumo?

— Eu não estava tirando uma soneca, eu estava desacordado, porque a Delayoh me atirou longe e eu bati com a cabeça. Você sabe muito bem disso, Sarah, não me venha com piadinha. Que curativo é esse em seu braço?

— Levei um corte de foice e descobri que não sou uma deusa. — Sarah falou com certo desinteresse. — Bobagem.

— Fico feliz que esteja bem, Stanley. Nós três atacamos de todas as formas e Delayoh rebateu todos os nossos ataques. Ela está mais forte do que antes, eu pensava que dava para a derrotar, mas depois dessa luta, é impossível vence-la. — Disse Elisabeth.

— Verdade, Stanley, todas nós tentamos. — Disse Francine.

— Eu ainda não tentei. — Disse Stanley.

— O quê? — Perguntou Elisabeth, em espanto. — Você vai enfrentar a Delayoh?

— Sim, eu vou a enfrentar.

— Há, essa eu quero só ver, eu duvido muito que Stanley tenha coragem de enfrentar a Delayoh. — Sarah caçoou. — Ele já me deixou na mão uma vez, por causa da paixão que sente por ela, e vai deixar de novo, só que agora o mundo é quem corre perigo, por causa dessa paixonite estúpida dele.

— Eu sei que não gosta do jeito que a Sarah fala, mas ela está certa. Você ama a Delayoh, não terá coragem de machuca-la. Tem certeza de que quer entrar em conflito contra ela, mesmo sabendo que isso vai ferir seu coração? — Perguntou Francine.

— Tenho. — Respondeu Stanley. — É verdade que eu amo Delayoh e que será muito doloroso enfrenta-la, meu coração irá doer de tristeza. Porém, essa que está aí, não é a Delayoh por quem me apaixonei, essa só tem ódio, raiva e sede de vingança. Eu vou a enfrentar para que esse mal, que ela causou, não se espalhe. Para que mais pessoas não sejam submetidas a um regime cruel. Por eles e por aqueles que não tiveram a sorte de escapar, vou passar por cima do amor que sinto, vou enfrentar e derrotar a Delayoh.

 

Stanley saiu voando em busca de Delayoh, Sarah ficou surpresa com a atitude dele, Elisabeth e Francine estavam aflitas e torciam para que nada de ruim acontecesse com Stanley. Nesse momento, Métis, Zeus, e os recompostos Hefesto e Brandon, surgiram querendo saber de notícias.

— Onde está o Stanley? — Perguntou Métis.

— Ele foi atrás da Delayoh...vai a enfrentar. — Respondeu Elisabeth.

— Sozinho? Ele foi enfrentar a Delayoh sozinho? Minha nossa, espero que não aconteça nada de mal com o meu filho.

— Calma, mãe. — Francine abraçou Métis. — O Stanley sabe o que está fazendo, ele ficará bem, não precisa se desesperar. Logo ele voltará aqui são e salvo.

...

Stanley voava pelos céus, procurando por Delayoh. De repente a encontrou, estava auxiliando o exército alemão, que estava perdendo forças ao enfrentar o exército soviético.

— Delayoh! — Gritou Stanley.

Delayoh o olhou e disse em tom de desdém:

Olha só quem acordou!

— Delayoh, você não percebe que acabou para você? Não adianta mais resistir e lutar, já perdeu essa guerra, se entregue logo. Com ódio e raiva, não conseguirá nada. — Disse Stanley.

Delayoh desativou os olhos vermelhos.

— Essa conversa de “se entrega, Delayoh” está me cansando. Você é que não percebeu ainda, eu não vou me entregar. Fui forçada a me entregar depois da primeira guerra e prometi que não deixaria isso acontecer novamente. Mas pelo que vejo, está disposto mesmo a me enfrentar e me fazer ficar presa outra vez. Pois bem, aceito o duelo, Stanley, entretanto, não usarei minha força máxima, posso o enfrentar e o derrotar sem muito esforço. — Disse Delayoh. — Ah, e tem mais, quando isso acabar, será um prazer invadir os Estados Unidos e mantê-lo como refém.

Delayoh deu uma risada histérica. Não havia saída para Stanley, agora, mais do que nunca ele precisava derrotar Delayoh, para que sua nação não corresse perigo. Os dois deuses duelavam, era uma batalha que valia o fim de uma guerra terrível. Rajadas de vento, luz, fogo e gelo eram trocadas, além dos embates com raios, o céu se iluminava a cada ataque, isso era percebido por quem estava no solo.

— Stanley encontrou a Delayoh. — Disse Francine.

— Espero que ele fique bem, tome cuidado, Stanley. — Disse Elisabeth, aflita.

O duelo com os raios era o mais impressionante, os dois tinham o controle do poder, faziam tempestades de raios, batiam um raio no outro, faziam todos os ataques possíveis para atingir o oponente. Stanley estava exausto, não conseguia mais pensar em ataques com o raio, do outro lado, Delayoh continuava a atacar e a lançar raios, ria quando via Stanley quase desistindo. Por um momento, ele teve uma ideia, lançou um feixe de luz sobre Delayoh a cegando, mas ela revidou e com o cabelo, o agarrou, o jogando no solo.

— Stanley! — Gritou Métis. — Ai, filho, você está bem? Que ideia maluca é essa de enfrentar a Delayoh? Ainda mais sozinho?

— É preciso, mãe, ou a Delayoh vai invadir os Estados Unidos, ou qualquer outro lugar e fazer o mesmo que fez na Europa. Mas está sendo difícil, ela é forte demais, é muito poderosa, todos os meus ataques foram revidados por ela. — Disse Stanley.

— O mesmo aconteceu conosco. — Disse Sarah. — E o que vai fazer agora?

— É, Stanley, você não pode desistir agora, lembre-se do que está em jogo. — Disse Elisabeth.

— Se houvesse alguma forma de parar a Delayoh, ajudaria bastante. Mas como fazer isso, se ela tem vários poderes? — Questionou Stanley.

— Eu conheço uma forma. — Disse Brandon.

— Ah, agora que você aparece, não é? Não fez nada durante a guerra inteira, só apareceu na Itália, quando nós já fomos embora e agora aparece dizendo que tem algo para parar a Delayoh. Então, Brandon, nos diga, o que tens aí, que pode nos ajudar? — Perguntou Sarah, de forma irônica.

— Sarah, por favor, não fale assim de meu irmão. — Reclamou Francine.

— Sim, Sarah, eu sei que não fiz muito nessa guerra, mas agora tenho a oportunidade de fazer algo para ajudar. — Disse Brandon. — Tenho aqui um pó mágico, vindo da região da Amazônia, é um pó que desativa os poderes de um deus, aquele que tem contato com esse pó, perde todos os poderes, menos o de voar, instantaneamente. Stanley, jogue isto na Delayoh e todos os poderes dela, irão sumir e será mais fácil derrota-la.

— Eu teria todos os meus poderes e Delayoh nenhum? Isso é covardia e injusto, não luto dessa forma. — Disse Stanley, firme. — Brandon, agradeço a sua ajuda, mas se for dessa forma, eu não aceito. Tem que haver outra maneira.

— Pobres alemães, estão exaustos, perdendo suas vidas e sofrendo. — Lamentou Zeus, ao ver a situação dos alemães.

Nessa hora, Stanley teve um estalo. Se lembrou de uma conversa que teve com Delayoh, da época em que eram namorados. “ Faço de tudo pelos meus alemães. Sou uma deusa centrada em fazer o bem para eles. Se os vejo sofrer, me descontrolo, não suporto os ver assim”. Stanley saiu voando, tinha uma ideia em mente. E essa ideia tinha que funcionar, ele se aproximou dela e disse:

— Tu não és uma boa deusa protetora.

Delayoh se virou e o encarou.

— O que disse?

— Eu disse que tu não és uma boa deusa protetora.

— Como ousa me dizer isso?

— Veja você mesma. Que tipo de deusa deixa os habitantes de seu país, sofrerem dessa forma?

Delayoh se virou, olhou para baixo e viu os soldados alemães serem presos, alemães feridos, mortos, chorando por perderem seus lares.

Berlim estava em ruínas, Delayoh começou a se desesperar com o sofrimento dos alemães. Stanley continuava:

— Acabou, Delayoh! A guerra terminou e agora, o que resta para ti, é tentar reerguer a sua nação, enquanto sofre pelas suas perdas.

Meine Deutschen. — Sussurrou Delayoh. Sua respiração estava descompassada, ela colocou as mãos sobre a cabeça, se virou para Stanley e gritou: — ISSO É CULPA DE VOCÊS!

Sem ativar nenhum poder, Delayoh voou na direção de Stanley. Essa era a oportunidade, Stanley formou um raio e o lançou, acertando Delayoh, que gritava enquanto levava o choque. O coração dele doía ao ter que a machucar daquela forma, uma lágrima escorreu dos olhos de Stanley. Depois de um tempo, Delayoh desmaiou e caiu em direção ao solo, Stanley, imediatamente, voou na direção dela, quando a pegou nos braços, ele a levou até o solo.

— Me desculpa, meu amor. — Disse Stanley em lágrimas ao olhar para Delayoh desacordada.

Todos se aproximaram de Stanley, ele mostrou Delayoh desacordada.

— Você a derrotou? — Perguntou Elisabeth.

Stanley afirmou com a cabeça.

— A Delayoh foi derrotada. O exército soviético conseguiu vencer e prender o exército alemão, os outros exércitos também prenderam a outra parte do exército alemão. Acabou! Vencemos! — Disse Sarah, com empolgação.

— Ah! Minha filha, sinto tanto por teres chegado a esse ponto, podia ser tudo tão diferente. — Lamentou Zeus, ao olhar para Delayoh. — Chamei o Apolo para a levar.

Imediatamente, Apolo apareceu. Ele colocou todos os aparatos para que os poderes de Delayoh fossem bloqueados e a colocou na ambulância.

— Stanley, você vai ficar bem? — Perguntou Brandon.

— Vou sim. — Stanley respondeu com a voz um pouco embargada.

— Filho, não uma boa hora para mentir sobre os seus sentimentos. — Disse Zeus. — Dá para ver que não está bem, por mais que finja, não dá para esconder que está sofrendo.

Stanley chorou novamente.

— Eu machuquei a Delayoh, a feri, feri o meu amor, eu ainda a amo muito. Acerta-la com aquele raio, dilacerou meu coração. Estava disposto a enfrenta-la, sabia que se eu atacasse, iria ser uma dor para mim, mas não imaginei que ia doer tanto.

— Oh Stanley... — Métis consolou o filho com um abraço e o deixou chorar em seus braços.

De repente, Hera apareceu correndo e gritando:

— DELAYOH!

A porta da ambulância se fecha e Delayoh, aos poucos, desperta. Ela reconhece a ambulância e começa a tentar se soltar.

— Não, para lá não voltarei, me solta, me solta, não, não, eu não vou. — Dizia Delayoh, em desespero. — Mutter, me ajuda. Me solta, me solta, eu não vou, não, não. NÃÃÃÃÃÃÃOOOOO!

Hera voa na direção da ambulância, mas é tarde demais, a ambulância já havia passado pelo portal e ido embora. Hera cai de joelhos, chorando, ela grita:

— MEINE TOCHTER! DELAYOH!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Uma pequena observação; Meine Deutschen significa Meus alemães.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Família Olimpiano e suas nações - Parte 3" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.