A Família Olimpiano e suas nações - Parte 3 escrita por Anne Claksa


Capítulo 23
Segunda Guerra- Antes de Delayoh, Polyana.


Notas iniciais do capítulo

Olá!
Este capítulo é o começo do final da segunda guerra. Seria um capítulo só, mas o capítulo ficou enorme, então, decidi postar dois capítulos, o outro chegará em alguns dias.
Nessa primeira parte, teremos o tão aguardado resgate de Polyana, mas será que os aliados chegaram a tempo de evitar algo pior?
Boa leitura!!!



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Antes de enfrentarem Delayoh, havia algo mais urgente a ser feito, resgatar Polyana. Sentada na poltrona, Sarah observava, apreensiva, os outros deuses traçando planos, discutindo uma possível localização da prisão da deusa polonesa, apertava os lábios de nervoso por temer a reação de Elisabeth, Francine e Stanley.

— Delayoh deve ter colocado a bolha, próxima às cidades de Cracóvia e Varsóvia. — Disse Elisabeth. — Pois as duas cidades possuíam os maiores guetos, seria perfeito, a deusa polonesa presa próxima ao local onde estão presos os judeus poloneses.

— Pode até ser, Delayoh é orgulhosa e pode ter feito isso mesmo. — Observou Stanley. — Só resta saber em qual das duas cidades, a Polyana está.

— O gueto de Cracóvia é menos famoso que o gueto de Varsóvia, Delayoh deve ter colocado a bolha próxima ao gueto de Cracóvia, já que era o menos movimentado e não iria chamar tanta atenção. — Disse Francine.

Sarah permanecia quieta e relembrava as palavras que Demeter lhe disse: “Sarah, você sabe onde a Polyana está, fale com Francine, Elisabeth e Stanley. Salve-a, pois Héstia está sofrendo muito e se ela perder a Polyana, não suportará de tristeza. E você ficará com peso na consciência de não ter falado. ” Com um rompante, Sarah se levantou.

— Estão errados! — Exclamou Sarah, chamando a atenção dos três deuses. — A Polyana não está em Varsóvia, muito menos em Cracóvia, tenho certeza disso. Eu sei onde ela está.

— Isso é ótimo, Sarah. Assim, a encontraremos mais rápido. — Disse Stanley, empolgado.

— Mas... eu sei disso, desde o início da guerra. Naquela época eu ainda tinha o acordo com a Delayoh e já estive no local. E mesmo depois de romper com ela, eu não contei a ninguém onde a Polyana estava. — Continuou Sarah, com a cabeça baixa. — Eu sempre soube.

Stanley, Francine e Elisabeth mudaram as expressões, ficaram mais sérios.

— Está me dizendo que mesmo se juntando a nós, você não contou onde a Polyana estava? Você sabia desde o início e não falou nada? E ainda ficou nos vendo quebrar a cabeça para encontrá-la e mesmo assim, preferiu guardar segredo? — Perguntou Elisabeth. — Agora está explicado porque toda vez que falávamos em salvar a Polyana, inventava uma desculpa, dizia que o país estava sitiado, que deveríamos resgatá-la depois. Já sei, quis levar os méritos sozinha, não é, Sarah? Ser a deusa salvadora, para que todos a aplaudissem e fizessem reverencias somente a você.

— Eu não menti, a Polônia estava realmente sitiada pelo exército alemão, seria muito difícil fazer o resgate de Polyana naquele momento. — Rebateu Sarah. — Saber de um segredo tão grande mexeu comigo, quis ser a deusa salvadora, ganhar todas as honras, por ter salvado uma deusa tão jovem.

— Você agiu por egoísmo, Sarah. Pensou só em si. Bem que dizem que os soviéticos fazem qualquer coisa para levar vantagem, você queria se sobressair a nós, salvando a Polyana primeiro, levando toda a glória para si e nos deixando com cara de bobo. — Disse Stanley.

— Eu fui egoísta e percebo que foi errado esconder de vocês que eu sabia da localização de Polyana, peço desculpas por isso. Mas estou aqui agora contando para vocês. Minha avó Demeter, me alertou que eu poderia ficar com remorso de não ter contado caso acontecesse algo com a Polyana. Para amenizar a minha situação com vocês, eu pedi para o exército soviético ir para a Polônia e libertar o país.

— Se acontecer algo com Polyana? Já pode estar acontecendo, ela já pode estar entrando em inércia. Só tem vinte anos, não irá resistir a uma bolha de sono. — Disse Francine, indignada. — Você tem noção do que fez, Sarah? Desde que se juntou a Elisabeth, você poderia ter contado onde a Polyana estava e poderiam ter a resgatado a mais tempo. Poderia ter feito o resgate dela, enquanto fazia o resgaste dos outros deuses. Mas preferiu guardar segredo e a Polyana pode entrar em inércia, por sua causa.

O clima estava tenso entre os quatro, mais tenso do que quando foi realizado o ataque a Dresden e os aliados foram acusados de causar destruição. Sarah, se sentou novamente na poltrona de couro verde, ela apenas olhava para o chão, se sentia envergonhada pelo que fez. Francine e Elisabeth estavam bravas e murmuravam algumas palavras. Stanley, se lembra de todas as chamadas de atenção que levou de Sarah durante a guerra, seria o momento perfeito para devolver tudo, dizer que pelo menos ele não colocou a vida de outro deus em risco. Mas ele preferiu se concentrar em algo mais importante e de forma rígida, Stanley falou:

— Agora é tarde para ficarmos apontando o dedo para a Sarah. Ela errou em não ter contado antes? Errou. Mas agora temos que focar no resgate, antes que seja tarde demais. Então, Sarah, nos diga, a localização da bolha onde a Polyana está presa. E ter pedido para o seu exército libertar a Polônia, foi o mínimo que poderia ter feito.

— Próxima à União Soviética, na fronteira entre Polônia e União Soviética. — Disse Sarah, ainda de cabeça baixa.

— Vamos para lá imediatamente. — Ordenou Francine.

Francine, Stanley e Elisabeth pediam para seus exércitos se encaminhassem para a Alemanha. Quando caminhavam para fora, ouviram Sarah perguntar.

— Vocês vão me perdoar?

— Talvez. — Respondeu Elisabeth. — Vai depender se encontrarmos a Polyana com vida. E pode ir se levantando dessa poltrona e vir conosco, você sabe a localização melhor do que nós, pode nos mostrar onde é, afinal de contas, já até esteve no local.

...

Berlim estremeceu com um berro de Delayoh. Tudo que havia planejado, ruiu. Os exércitos aliados estavam se aproximando da Alemanha e atacando o país. Seus alemães estavam morrendo. Parte de seu exército foi capturado e preso. Os países que invadiu, foram tirados de seus domínios. Os deuses que prendeu estavam a salvo. O que fazia com os judeus foi descoberto e os campos foram libertos. Para piorar, Delayoh soube de algo que a deixou irritadíssima, ela andava com passos pesados, enquanto fazia xingamentos em alemão. O cerco se fechava se mais, mas a deusa alemã tinha uma única certeza, não iria se entregar. Por isso, pediu para Ares, Hera e outros deuses asgardianos para irem para outras cidades alemãs, ela ficaria em Berlim para proteger a cidade.

— Você vai ficar sozinha aqui? Delayoh... — Disse Hera, com uma expressão preocupada. — Posso pedir para os deuses de Ásgard virem aqui te ajudar, assim que terminarem de proteger as outras cidades.

— Não será necessário, mutter, eu vou ficar bem. Posso muito bem cuidar daqueles quatro. — Disse Delayoh com uma voz suave para acalmar a mãe.

— Tem certeza, Delayoh? Ou então posso ficar aqui com você.

Mutter... — Delayoh deu um beijo no rosto da mãe. — Sei que está preocupada comigo, mas não precisa ficar assim, eu posso proteger Berlim e duelar contra os aliados, mas outras cidades da Alemanha estarão desprotegidas, por isso, pedi para a senhora, Ares e os outros deuses asgardianos protegerem as populações dessas cidades.

Hera deu um abraço apertado na filha e Ares também fez o mesmo.

— Se cuida, irmãzinha, não queremos te perder de novo. — Disse Ares, provocando um pequeno sorriso em Delayoh, ele partiu em seguida para Hamburgo. Logo depois, Hera partiu para Colônia, com o coração apertado.

Delayoh conjurou um feitiço, que envolveu todas as casas de Berlim e seus moradores com uma barreira protetora. Depois, ela foi para uma praça e pisou com força no asfalto, congelando a cidade inteira e criando uma intensa nevasca. Os exércitos inimigos poderiam até tentar entrar em Berlim, mas teriam muita dificuldade e seus moradores estariam a salvo.

...

Na fronteira entre Polônia e União Soviética, Stanley, Elisabeth e Francine corriam contra o tempo. Sarah os guiou pelo caminho, até que ela falou:

— É aqui, está embaixo da terra.

— Então, se apresse, comece a fazer o buraco. — Ordenou Francine.

— Eu? — Perguntou Sarah em espanto.

— É, você sim. — Afirmou Elisabeth. — Ainda acha que tem condições de questionar algo, Sarah?

Sarah nem ousou fazer mais uma pergunta, ela usou o poder da terra que tem e abriu um buraco no solo. Quando o buraco ficou no tamanho ideal, os quatro entraram, caminharam e se depararam com uma enorme bolha. Elisabeth e Francine se aproximaram e estouraram a bolha, as duas ampararam Polyana, que caiu imediatamente.

— Polyana! Polyana! Diga algo, você está salva agora. Acorda. — Dizia Elisabeth tentando fazer a prima, que estava desmaiada, acordar.

— Beth... a respiração dela... — Francine notou que a respiração da deusa de cabelos cacheados, estava ficando mais curta.

— Está entrando em inércia, temos que ir imediatamente para o hospital de Apolo.

Stanley pegou a deusa polonesa nos braços e os quatro partiram para o hospital o mais rápido possível. Quando chegaram lá, Stanley entregou Polyana aos cuidados de Apolo, que se apressou para atender e salvar a vida da deusa polonesa. Elisabeth avisou Héstia e Atlas que haviam resgatado Polyana. Os dois chegaram o mais rápido que podiam no hospital.

— Onde está a Polyana? — Perguntou Héstia.

— A Polyana já está sendo cuidada, mas pode demorar um pouco mais de tempo, tia Héstia, pois quando a encontramos... ela estava entrando em inércia. — Disse Francine um pouco abatida.

Héstia desabou e Atlas a segurou, os dois choravam.

— Minha Polyana... minha pequena... não quero perder a nossa filha, Atlas. — Dizia Héstia aos prantos.

— E não vamos a perder, Héstia. Não vamos, nossa filha vai se salvar. — Disse Atlas, enquanto abraçava forte a deusa.

Sarah vendo a tristeza de Atlas e Héstia, pensou com remorso “A culpa é minha”. Stanley a chamou, pois, agora teriam algo difícil de ser feito, mais até do que libertar os campos de concentração.

— Não podemos fazer mais nada aqui, resgatamos a Polyana e vamos torcer para que ela sobreviva. Então, vamos para o desafio mais tenso e difícil que podíamos enfrentar. — Disse Elisabeth. — Delayoh. Chegou a hora de enfrenta-la, vamos fazer de tudo para a vencer e acabar com essa guerra.

— Será difícil, pois Delayoh não irá se entregar facilmente. Mas por tudo o que aconteceu na guerra e por tudo o que ela fez contra os judeus e outras etnias, vamos a enfrentar e derrota-la. — Disse Stanley.

Os quatro desejaram sorte para Héstia e Atlas e partiram para Berlim. Quando chegaram, perceberam que a missão seria mais difícil do que imaginavam, pois, a capital alemã estava toda congelada e envolta por intensos nevoeiros e tempestades de neve.


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