A Família Olimpiano e suas nações - Parte 3 escrita por Anne Claksa


Capítulo 19
Segunda Guerra: O Ataque desastroso.


Notas iniciais do capítulo

Olá
Elisabeth, Francine, Sarah e Stanley planejam um ataque a uma cidade da Alemanha, para fazer Delayoh e os alemães se renderem e a guerra terminar.
Traduções:
Pappa: Pai em norueguês.
Fetter: Prima em norueguês.
Boa leitura!!!



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 Norah fez uma visita para Delayoh, entretanto, não foi uma visita tranquila. A deusa norueguesa tem um temperamento forte e não aceitou ser presa por Delayoh, queria alguma explicação. As duas deusas começaram uma ferrenha discussão, que foi ouvida por Hera, Ares e Vili.

Norah afirmou que entregaria, sem nenhum problema, os judeus que viviam na Noruega para Delayoh, pois, as duas são primas, cooperam uma com a outra. Entretanto, a deusa norueguesa foi presa em uma bolha do sono, assim como os outros deuses e quando foi libertada, Norah estava furiosa com Delayoh e prometeu que assim que se recuperasse, iria ter uma conversa com a deusa alemã. E esse dia chegou.

Norah questionou Delayoh sobre o motivo de ter a prendido em uma bolha, mesmo sabendo que ela iria cumprir o que havia prometido. Delayoh argumentou que não seria justo com os outros deuses que prendeu se deixasse Norah livre, por isso, teve de prender a prima na bolha do sono. A deusa norueguesa se irritou com a explicação e afirmou que Beatrissa, deusa da Bélgica, Delayoh não prendeu, sendo que as duas não têm nenhuma ligação familiar. Foi quando Hera se manifestou e revelou que Beatrissa é sua filha com Frizioh, ela guardou essa informação, pois, quando Beatrissa nasceu, a Alemanha ainda não estava pronta para ser fundada, então, Frizoh criou a filha e fundou a Bélgica. Outra questão também foi que Hera pensou que a relação entre Beatrissa e Delayoh podia não ser amistosa e uma poderia tentar derrubar o país da outra, por isso, manteve esse segredo e criou as filhas separadas, sem uma ter conhecimento sobre a outra. Mas quando Delayoh invadiu a Bélgica e estava pronta para prende-la em uma bolha do sono, Hera a impediu e contou a verdade, elas eram irmãs. Delayoh, então fez apenas um pedido, já que Beatrissa era sua irmã, teria de colaborar com ela e entregar os judeus que viviam na Bélgica para ela, e isso foi cumprido.

Norah ainda não estava satisfeita e ainda fez uma ameaça ou quase uma.

— Sabe o que tenho mais vontade de fazer, Delayoh? Levar Elisabeth, Francine, Sarah e Stanley para dar um passeio. Mas não seria um passeio qualquer, iria leva-los naqueles lugares especiais, naqueles em que tu se firma como deusa da morte. Principalmente, no seu preferido. E mostrar a eles o que tem lá. Será que iriam gostar de descobrir o seu passatempo e de ver o que acontece nesses lugares? — Disse Norah, enquanto ajeitava uma mecha de seu ruivo cabelo atrás da orelha e encarava Delayoh com seus olhos azuis.

— Não vais fazer isso. — Disse Delayoh demonstrando raiva em sua voz.

— A vontade de mandar uma mensagem austral para eles, convidando para esse passeio, chega a me dar ansiedade. Imagina a cara de Elisabeth, quando descobrir que você...

— CALE-SE NORAH!

— Vili, controle sua filha. — Ordenou Hera.

— Norah ainda está bem ressentida com Delayoh, Ivy. Mas ela não irá entregar sua filha. Nós tivemos uma conversa e ela entendeu que por mais raiva que esteja sentindo, não deve agir com a cabeça quente, certo Norah? — Perguntou Vili.

— Certo, pappa. — Respondeu Norah. — Não irei te entregar, Delayoh, pois vais cair sozinha. Eu ficaria bem atenta, fetter, soube que Neverly foi resgatada e está se recuperando. E quando ela se recuperar, contará o seu segredo. E então, será tarde para ti, Delayoh.

Norah e Vili se despediram e partiram de volta para Oslo. Hera se retirou da sala em silêncio, não queria que seus filhos a vissem chorando. Quando chegou em seu quarto, desabou na cama aos prantos, sabia que se descobrissem o que Delayoh estava fazendo e por tudo que ela já fez na guerra, seria presa e condenada novamente, Hera não iria suportar ficar longe de sua filha outra vez. Ares e Delayoh entraram no quarto e abraçaram Hera.

— Não pense no pior, mãe, pois, tira-lhe o seu lindo sorriso. — Disse Ares.

— Eu tenho medo de perder Delayoh outra vez e sei que vou perde-la. — Disse Hera enquanto chorava.

Mutter... — Delayoh abraçou Hera. — A senhora não vai me perder, aconteça o que acontecer, eu sempre estarei ao seu lado.

...

1945, o ano em que Stanley, Francine, Elisabeth e Sarah determinaram para o fim da guerra. O resgate de Polyana era o mais importante, os deuses e a semideusa tiveram a ideia de fazer Delayoh ser derrotada e força-la a dizer onde Polyana estava. Escolheram a cidade de Dresden para realizarem o ataque, teria que ser algo que gerasse impacto e que todo mundo elogiasse.

— Com esse ataque, até a Delayoh vai querer se render, nós vamos vencer. — Disse Sarah, confiante.

Dresden era conhecida por ser uma cidade cultural, sua estrutura barroca encantava os turistas, alguns a chamavam de “Florença do Elba”, entretanto, possuía fabricas de armamentos do exército alemão, por isso foi escolhida para ser alvo do bombardeio. Delayoh passou alguns dias em Ásgard com Hera, um tempo só mãe e filha, não tinha noção do que iria acontecer a uma de suas cidades. No dia 13 de fevereiro, Elisabeth e Stanley prepararam o ataque surpresa e no mesmo dia, ordenaram aos seus exércitos que o executassem. Porém, o ataque deu completamente errado. Durante dois dias, além das fábricas, Dresden foi massivamente bombardeada, praticamente toda munição britânica e americana foi utilizada e com muito exagero. Só se via um rastro de fogo e prédios destruídos pela cidade, a “Florença do Elba” estava no chão. O ataque matou pessoas inocentes, pessoas que estavam nos prédios, que fugiam do ataque e morreram nos incêndios, as mortes foram incontáveis. Depois que o ataque passou, foi noticiado o desastre. Francine e Sarah viram a notícia e imediatamente, questionaram Elisabeth e Stanley.

— O plano era apenas forçar os alemães a se renderem e não dar um motivo para saírem como vítimas, pois é assim como o mundo os enxerga agora, vítimas. Estão com pena deles e para nós, só sobram acusações pesadas. — Esbravejou Sarah. — O que tinham na cabeça para fazer um ataque desses? Descarregar uma munição inteira de bombas em cima de uma cidade, provocando destruição e mortes de milhares de civis? Isso vai ser considerado crime de guerra, nós seremos julgados e podemos perder a guerra, depois de tanto esforço que fizemos para mudar o cenário dela.

Stanley e Elisabeth permaneceram em silêncio, sabiam que estavam errados e não havia desculpa ou explicação que amenizasse a situação deles, eles pediram para o ataque ser realizado e usarem toda a munição de bombas. Mas a culpa também recairia sobre Francine e Sarah, que também fazem parte dos Aliados e permitiram que esse plano fosse executado. Stanley pensou em dizer que não fazia ideia de que o bombardeio iria fazer um estrago tão grande, mas olhando para as faces enraivecidas de Sarah e Francine, preferiu se calar.

— O mundo está nos condenando e com razão. Foi um exagero, não era preciso incendiar casas, igrejas e tantos outros lugares, era só destruir as fabricas de armas e não a cidade. Muitos daqueles civis estavam fugindo, se escondendo, se protegendo dos bombardeios. Nós tiramos os lares deles, tiramos as suas vidas, os corpos deles estão lá para quem quiser ver e quando Delayoh ver que fizemos um ataque que tirou a vida de milhares de alemães dela, ficará possessa. — Disse Francine com um tom de braveza.

— Foi bom você ter falado na Delayoh, Francine. Nós não temos nenhuma prova de que ela está fazendo algo de errado, mas Delayoh tem uma prova contra nós, tem jornais, fotos, corpos das vítimas que morreram, relatos de quem conseguiu sobreviver. Com esse ataque desastroso, a Delayoh sairá como inocente da guerra e nós quatro poderemos ser julgados e condenados. Parabéns Stanley e Elisabeth, vocês acabaram com a nossa chance de vencer a guerra. — Disse Sarah enquanto batia palmas de forma irônica.

...

Quando soube do ataque à Dresden, Delayoh foi enfurecida para a cidade, como ousaram atacar o seu país daquela forma? A deusa alemã estava determinada a punir quem fez o ataque e do pior jeito possível. Mas ao chegar em Dresden e ver toda a destruição e morte no lugar, mudou de ideia. Sua fase enraivecida, se entristeceu, tantos corpos, tantos alemães mortos, tantas vidas interrompidas, uma bela cidade destruída. Delayoh nunca chora, mas naquele momento, ela não conseguia conter as lágrimas, a deusa alemã se ajoelhou e chorou, Hera abraçou a filha e chorou junto com ela.

— Chore, meine totcher. Tire toda essa tristeza do seu coração. Não há mal nenhum em chorar quando se está triste. — Disse Hera, enquanto dava beijos na cabeça da filha.

— Não estou chorando de tristeza, mutter. Estou chorando de raiva. — Os olhos de Delayoh ficaram vermelhos. — Quem fez isso, irá pagar. E muito caro. Queriam chamar a minha atenção? Conseguiram! Eu irei atrás deles. As vidas perdidas dos meus alemães não ficarão impunes.

Delayoh se levantou e já ia atrás dos aliados, até havia preparado um raio vermelho, porém, foi interrompida por Ares, que lhe trouxe um jornal.

— Não se preocupe, irmãzinha, eles já estão pagando.

Delayoh desativou o raio, desfez os olhos vermelhos e pegou o jornal. Quando leu a notícia falando do bombardeio em Dresden, repudiando o ataque e condenando os deuses Aliados. Delayoh deu um leve sorriso malicioso, ninguém sabe o que ela faz com os judeus, mas todos sabem o que aconteceu em Dresden, naquele jornal estava a chance de sair ilesa da guerra.


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Notas finais do capítulo

Os dois próximos capítulos vão tratar de um assunto bem delicado, então, se preparem. Aí voces vão entender o porque de eu deixar essa história de molho.



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