A Família Olimpiano e suas nações - Parte 3 escrita por Anne Claksa


Capítulo 11
Segunda Guerra: Elisabeth x Delayoh


Notas iniciais do capítulo

Olá!
Aqui teremos o tão aguardado confronto: Elisabeth Angélica Silverstone Olimpiano contra Delayoh Alexandra Venandre.
Boa leitura!!!



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A Grécia foi invadida, além disso, Helena estava desaparecida. Tudo isso entristecia Têmis, ela só faz chorar, se pergunta onde sua filha poderia estar. Nesse momento, queria ter Zeus por perto, um abraço para a confortar, mas ele também está desaparecido. O que resta para a antiga rainha do Olimpo é se deixar envolver pela tristeza e chorar.

Irene fica com o coração apertado com o sofrimento da mãe. Queria poder fazer algo para animar a sua mãe, mas não sabia como, ela também está sofrendo. A campainha toca e Irene vai atender à porta, ela seca uma lágrima que está por vir, abre a porta e se surpreende:

— Ivana?

— Posso entrar, Irene? — Perguntou Ivana.

Irene a deixou entrar e foi correndo para o quarto de Têmis. Quando chegou e viu a mãe deitada na cama, completamente cabisbaixa, a chamou dizendo que Ivana estava na sala. Com um ato repentino, Têmis levantou a cabeça e disse:

— Ela deve ter notícias da Helena.

Têmis saiu em disparada do quarto, Irene a seguiu. Ao chegarem na sala, se depararam com Ivana, Têmis sentiu uma esperança acender dentro dela.

— Venho comunicar que o meu exército estará controlando a Grécia, ou melhor dizendo, pelo tempo que o exército alemão ficará fora. — Disse Ivana.

— E a Helena? Onde ela está, Ivana? — Perguntou Irene.

— A Helena está presa, mas fiquem tranquilos, ela está bem e consciente.

— Consciente?  O que quer dizer com isso, Ivana?

— Apenas digo que Helena está bem, até melhor do que muitos outros deuses que tiveram os países invadidos. Entretanto, não direi onde Helena está, ela é minha prisioneira e permanecerá assim por um bom tempo. Vejo o sofrimento de vocês, mas não posso dizer. Sobre a Grécia. O que posso fazer é aliviar um pouco esse domínio.

O desanimo estava estampado no rosto de Têmis, mais uma vez, não veria sua filha. Mas ela não desistiu e se aproximou de Ivana.

— Ivana. — Têmis segurou as mãos de deusa Italiana. — Sei que não pode dizer onde a Helena está, o que me deixa muito triste. Mas quando se encontrar com ela, pode dizer que sinto saudades dela e estou mandando um abraço para ela?

“ Se eu pudesse te levaria até Helena, Têmis. Mas se eu fizer isso, arrumarei problemas com a Delayoh”. Dizia mentalmente Ivana. Saindo de seus pensamentos, ela falou que faria isso e deu um abraço em Têmis, que chorava, o seu sofrimento iria continuar.

...

Elisabeth lutava sozinha, sua principal aliada, Francine tinha sido feita prisioneira. Mas isso não a desanimou, Beth continuou lutando com seu exército, defendo seu país e combatendo Delayoh como podia, pois, a deusa alemã ficava mais forte a cada embate entre as duas. Depois de mais uma derrota, Delayoh provocou Elisabeth.

— Ô prima querida, por que tu não te rendes de uma vez e deixa que eu possua o seu país? Está desgastante duelarmos e você perder para mim, a rendição será o melhor para você. — Disse Delayoh.

— Nunca! A Inglaterra e Reino Unido nunca serão posses da Alemanha. Irei lutar com todas as minhas forças para que isso nunca aconteça, ouviu Delayoh? Não vai fazer de mim sua prisioneira. — Disse Elisabeth.

— Hm, está me dizendo que prefere uma batalha? Está bem, Elisabeth, eu lhe dei uma oportunidade de se render e juntar o seu país as minhas posses de forma pacífica, mas prefere se desgastar com uma batalha, que assim seja. Mas já lhe digo, arrasarei Londres e a prenderei, como fiz com as outras que ousaram me desafiar.

— Tente a sorte Delayoh Alexandra, pois lhe garanto que não será uma batalha fácil. Me vingarei por Francine e por todos aqueles que estão sofrendo em suas mãos.

Por um instante, uma dúvida passou sobre a cabeça de Delayoh. Será que Elisabeth sabe o que ela está fazendo? Mas logo essa dúvida desapareceu e ela apenas olhou para a prima e deu um sorriso cínico.

...

Elisabeth retornou para a sua casa em Londres, estava exausta, cansada, abatida, todos os adjetivos possíveis para demostrar o que seu rosto pálido dizia. Anfitrite se preocupou com a filha e foi até ela para conversarem e dar um colo de mãe.

— Beth, eu trouxe um chá com biscoitos amanteigados para você. Lembro que adorava quando era pequena, sempre que estava tristinha, me pedia esses biscoitos. Sinto que você está bem triste. — Disse Anfitrite deixando a bandeja em cima de uma mesinha e afagando o ombro da filha.

— Obrigada mãe. — Disse Elisabeth retribuindo o gesto da mãe ao acariciar sua mão. — Tenho tantos sentimentos dentro de mim, parece que o mundo desabou sobre mim e não tenho forças para levantar. Estamos lutando sozinhos, perdemos o nosso apoio, a França está sob controle da Alemanha, não tenho ideia de onde Francine está presa, não consigo derrotar Delayoh, países são invadidos pelo exército alemão e deuses são feitos de prisioneiros. Sinto vontade de gritar, berrar, chorar e também sinto medo, medo de quando a Delayoh invadir a Inglaterra, não conseguir impedi-la, de não conseguir proteger os meus ingleses daquela louca.

Anfitrite ouviu o desabafo de sua filha e percebeu que suas palavras estavam quase sendo acompanhadas por lágrimas seu coração de mãe apertou. Ela deu um abraço forte em Elisabeth, beijou a sua cabeça e disse:

— Você é forte Elisabeth Angélica Silverstone Olimpiano e vai sim dar conta e conseguir proteger a Inglaterra, os ingleses e o Reino Unido. Nesse momento, você pode chorar, desabafar, tirar o peso do seu coração, pois, isso lhe fortalecerá e dará novo ânimo para enfrentar e vencer qualquer desafio ou como o seu pai costuma dizer, enfrentar e vencer um mar revolto. Tudo ficará bem minha Bebeth.

— Obrigada pelas palavras, mãe, precisava ouvi-las, para ver se eu encontro um pouco de ânimo para seguir em frente. — Disse Elisabeth enquanto saía do abraço da mãe. — Não queria ter que fazer isso, mas vou ter que fazer.

— Por qual motivo tem que sair de meu abraço?

— Para comer esses biscoitos amanteigados deliciosos.

Elisabeth pegou um biscoito e comeu, ela riu quando este esfarelou. Anfitrite também riu e se lembrou da época em que Elisabeth era pequena e ficava com a boca suja de farelo. Pode parecer bobo, mas foi comendo biscoitos que Elisabeth teve um momento de alegria em sua vida.

Poseidon voltou para casa, ele viu Elisabeth e Anfitrite rindo e se divertindo.

— Pai! — Disse Elisabeth ao vê-lo e foi correndo para o abraçar. — Que cara é essa? Está sisudo.

— Não queria estragar a alegria de vocês, mas a Alemanha já invadiu boa parte da Europa e sinto que em breve chegará ao Reino Unido.

— Eu sei disso. — Disse Elisabeth com um suspiro. — Mas já estou reunindo forças para enfrentar a Delayoh. Eu andava desanimada, triste, porém, já está mais que na hora de levantar a cabeça e encarar a situação, na minha nação aquela louca não pisa, muito menos porá as mãos.

— Muito bem, Beth! — Disse Anfitrite batendo palmas. — Tenho a impressão de que loucura passa de mãe para filha, Delayoh é tão louca quanto Hera.

— Menos Anfitrite, até porque Hera nunca invadiu um país como a Delayoh está fazendo. — Disse Poseidon.

— Porque na época em foi rainha do Olimpo não existiam países. Se existissem, aposto que ela teria invadido vários.

— Vamos parar com essa com essa conversa, Anfitrite, está bem? — Disse Poseidon para Anfitrite, que deu de ombros. — Beth, fico muito feliz em saber que está determinada em defender a sua nação, mas você já luta sozinha um bom tempo, desde que a Francine foi feita prisioneira. Penso que quando for defender o Reino Unido, precisará da ajuda dos seus irmãos.

— Claro pai, falarei com Gálio. — Disse Elisabeth.

— Não só com o Gálio.

— Não me diga que quer que eu peça ajuda para Stela e Iris?

— Sim, são suas irmãs. Sei que alguns escoceses estão no exército, seria bom contar com a ajuda de Stela, pelo menos não iria passar por tantos apertos ao lutar contra Delayoh sozinha. E Iris pode ajudar também.

— Estais a brincar, não é, pai? — Perguntou Elisabeth, em tom de desdém. — A Stela é amiga da Delayoh, capaz dela abrir as fronteiras da Escócia, para o exército alemão passar.

— Elisabeth, não fale assim. Tu sabes que não gosto. Sei que você e Stela não se dão bem, mas ela é sua irmã, e o que eu exijo é, pelo menos, o respeito ao falar dela. — Poseidon esbravejou. — Digo o mesmo sobre Iris.

— Como ousa fazer essa proposta para nossa filha? Pedir ajuda para as filhas de Amimone? Poseidon, não sei se lembra, mas a Escócia é praticamente uma fazenda, se há algum escocês no exército britânico, é um erro, pois só sabem lidar com a terra. E o que falar de Iris? Ela é muito nova, tem só 19 anos, é muito inexperiente, pode mais atrapalhar do que ajudar Beth.

— Não sei se você se lembra, Anfitrite, mas Stela e Iris também são minhas filhas, Escócia e Irlanda do Norte fazem parte do Reino Unido. — Disse Poseidon. — E então Beth, vai falar com elas?

— E porque eu iria fazer isso? Na outra guerra, soube me virar muito bem sozinha, não precisei da ajuda de Stela. — Disse Elisabeth. — E não adianta me olhar com essa cara, pai, sei que estou lutando sozinha, mas estou dando o meu jeito, vou aguentando o quanto posso e um dia vou conseguir vencer pelo menos um embate. Não vou pedir ajuda para Stela e Iris, e ponto final.

Poseidon suspirou pesadamente, mas aceitou a decisão da filha, Anfitrite deu uma cutucada.

— Além da paixão pelos mares, Beth também puxou a sua teimosia, Poseidon.

...

Sons de aviões no céu. Os ingleses olhavam para cima e corriam para se protegerem, bombas caiam sobre Londres, era um aviso, a Alemanha chegou à Inglaterra. Elisabeth olhava pela janela e via os aviões sobrevoarem a cidade, mas algo lhe chamou a atenção, a presença de uma certa deusa, Elisabeth olhava uma, duas e até três vezes o céu para ter certeza e confirmou, Delayoh estava chegando em Londres. A deusa inglesa passou direto por seus pais e se encaminhou para a saída.

— Elisabeth, aonde pensa que está indo? — Perguntou Anfitrite.

— Os alemães estão invadindo Londres e a Delayoh veio junto. Estou indo defender a minha cidade, o meu país e o meu povo. — Disse Elisabeth.

— Vais enfrentar Delayoh? Você se sente pronta para isso? Pois, perdeste tantas batalhas para ela, tem certeza de que dessa vez conseguirá derrota-la?

— Certeza não tenho, mas que farei o possível e o impossível para impedir que a Inglaterra e o Reino Unido sejam posses da Alemanha, isso farei. Não entregarei minha nação de mão beijada para Delayoh, se ela quiser, que lute comigo.

— Então filha, só podemos lhe desejar boa sorte. — Disse Poseidon dando um abraço na filha.

— Boa sorte Beth e principalmente, tome cuidado. — Disse Anfitrite fazendo o mesmo.

Elisabeth se encaminhou para a porta, respirou fundo e partiu para o seu embate, Poseidon e Anfitrite se deram as mãos e com as expressões aflitas, torciam para que nada de mal aconteça com sua filha.

Em uma praça de Londres, Elisabeth procurava por Delayoh, olhava para todos os cantos, mas não a encontrava.

— DELAYOH ALEXANDRA! APAREÇA! EU SEI QUE ESTÁ AQUI. PARE DE SE ESCONDER E VENHA ME ENFRENTAR! — Gritava Elisabeth.

Não demorou muito, Delayoh apareceu no parque, ela caminhou até a prima com um sorriso de canto bem cínico, Elisabeth respirava fundo e se preparava para o confronto.

— Estou aqui, Elisabeth. Nossa, é assim que me recebe? Com um rosto carrancudo como esse? — Perguntou Delayoh.

— E como queria que eu recebesse a invasora de meu país? Com bolos, chás, biscoitos e um grande abraço apertado? — Ironizou Elisabeth. — Ora Delayoh, tu já foste mais inteligente, estou aqui para defender os ingleses e tantos outros de você.

Delayoh preparava o pó que prenderia Elisabeth, porém, a inglesa foi mais esperta, bateu no braço da rival fazendo com que o feitiço se espalhasse pela grama, Elisabeth reconheceu a estratégia.

— Foi assim que prendeu os outros deuses, os prendeu em bolhas do sono. Mas não vou permitir que faça o mesmo comigo. — Disse Elisabeth.

Delayoh partiu para cima de Elisabeth, as duas travaram uma luta corporal, trocavam socos, tapas, chutes, a deusa inglesa tentou puxar o cabelo da outra, mas acabou tendo a mão presa pelos fios negros, enquanto Delayoh ria de satisfação, por sorte e várias tentativas, Elisabeth conseguiu soltar sua mão. As duas voaram e iniciaram um combate aéreo, perseguiam uma à outra, rajadas de fogo, gelo e água eram lançadas. Enquanto ria, Delayoh usou uma tempestade de raios para atingir Elisabeth, que se escondeu atrás das nuvens.

— Elisabeth, não adianta se esconder, eu vou te achar, apareça priminha. — Cantava Delayoh.

Elisabeth tentava recobrar as suas forças, precisava de um ataque rápido, ela olhou para o rio Tamisa e teve uma ideia. Voou até Delayoh, a deixou desnorteada com um soco e foi até o rio. Enquanto Elisabeth juntava todas as águas do rio para criar uma onda enorme, Delayoh tentava se recuperar do soco que recebeu.

—  Delayoh! — Disse Elisabeth sustentando uma onda enorme.

Sem demora ela soltou a onda em cima de Delayoh, que não teve tempo de reagir e acabou sendo atingida, o ataque de Elisabeth deu certo, não só isso, o exército britânico parou o exército alemão, Londres estava salva. No chão, Delayoh estava encharcada.

Ich habe verloren? Wie war das möglich? — Susurrou Delayoh, tentando entender o que havia acabado de acontecer.

— Eu disse que o meu país você não teria. — Disse Elisabeth sorrindo vitoriosa. — Agora vá embora e nunca mais ouse pisar aqui.

— Foi golpe de sorte. Pode ter ganho dessa vez, Elisabeth, mas isso ainda não acabou. — Disse Delayoh, furiosa.

Assim como o exército alemão, Delayoh se retirou da Inglaterra. Elisabeth sentou no chão, sentiu uma tonteira, pois, usou muita força para fazer a onda. Poseidon e Anfitrite abraçaram e beijaram a filha, os ingleses sorriam e comemoraram essa vitória, Elisabeth sorriu também, sorriu de alívio, nunca iria esquecer o dia em que a filha de Poseidon derrotou a filha de Hera.


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Notas finais do capítulo

- Em alemão: Ich habe verloren? Wie war das möglich? Significado: Eu perdi? Como isso foi possível?
Alguém conseguiu parar a Delayoh. A primeira derrota da deusa alemã e ela não ficou feliz com isso.



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