A Família Olimpiano e suas nações - Parte 3 escrita por Anne Claksa


Capítulo 1
Stanley e Delayoh


Notas iniciais do capítulo

Olá
Sejam bem-vindos a última história da primeira fase das minhas histórias de mitologia grega de um jeito diferente!
Esta história será bem movimentada, pois, além das fundações de mais algumas nações, teremos os eventos que aconteceram durante as guerras mundiais.
Neste primeiro capítulo, teremos o início do meu casal principal, Stanley e Delayoh.
Boa leitura!!!



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Os cabelos negros, os cristais azuis, o sorriso, a voz. Não havia como negar, Stanley estava encantado por Delayoh. Quando a viu sentiu seu coração bater mais forte, seus olhos azuis elétricos brilhavam, e quando ouviu o seu nome, não conteve o sorriso. Encontrou o amor de sua vida 113 anos depois.

Porém, não vai se declarar logo, a deusa alemã é reservada e discreta, não gosta de atos repentinos e ela poderia se assustar ou achar que era uma afronta. Então, o deus americano decidiu que a melhor forma de se aproximar de Delayoh era conversando. E foi isso que fez.

Um dia foi até a casa dela em Berlim, ele foi recebido por Hera.

— Stanley, que surpresa meu sobrinho. Qual o motivo de sua honrosa visita? — Perguntou Hera.

— Olá, tia Hera. — Cumprimentou Stanley. — Vim conversar com Delayoh e a convidar, claro se ela quiser, para um passeio.

Nesse instante, Stanley notou uma música que tocava e perguntou que música era aquela. Hera respondeu que a vinha do andar de cima, pois, sua filha estava dançando ballet, o que deixou Stanley mais encantado. Ela disse que iria falar com a filha e pediu para ele aguardar.

Em um quarto grande, Delayoh fazia alguns passos de ballet, a cada passo que fazia, parecia flutuar; seus longos e negros cabelos estavam soltos e acompanhavam cada movimento. Hera ficava admirada ao ver a filha dançar e também admirava a sua beleza, como ela é belíssima. Gerou sozinha a filha perfeita.

Mutter. A quanto tempo está aí? — Perguntou Delayoh, assim que parou de dançar.

— Não faz muito tempo, meine totcher. — Respondeu Hera. — Eu estava vendo e ficando maravilhada com a sua dança. Tens talento.

Danke. Mas não vieste aqui apenas para me elogiar.

— Eu vim aqui para dizer que o Stanley está na sala, ele veio te convidar para um passeio.

— O Stanley está aqui e quer me convidar para um passeio? Por qual motivo ele quer fazer isso?

— Eu desconfio que ele gosta de você, posso dizer até que ele está apaixonado por você, meine totcher.

— Apaixonado por mim? Ora, mutter, é apenas impressão sua. Afinal, eu e Stanley nos vimos apenas uma vez na minha coroação, não tem como ele estar apaixonado por mim.

— Devo discordar, pois, é isso que vejo nele, quando falou de você, os olhos dele brilharam e mal conseguia disfarçar o sorriso. Também reparei que tu gostaste dele, via seu sorriso, os dois dançando. Estavam se dando muito bem. Então, vai aceitar o convite dele?

Com o que Hera falou, Delayoh sentiu as bochechas ruborizarem e sorriu. Ela disse para avisar Stanley que ela aceitava o convite, só iria trocar de roupa e já ia descer. Hera avisou ao deus americano, que ficou aguardando. Depois de algum tempo, Delayoh surgiu altiva, ela usava um vestido rosa reto, decorado com uma fita de seda e uma flor. Enquanto ela descia a escada, Stanley estava fascinado, seu coração batia mais forte.

Guten tag, Stanley. É um prazer o receber aqui e também será um prazer o acompanhar nesse passeio. — Disse Delayoh.

— Oi, Delayoh. — Disse Stanley. — Também será um prazer fazer esse passeio com você. Então, vamos?

— Vamos. Ah, mutter. Se alguma notícia vier das colônias alemãs na África, você pode as receber e depois passar para mim?

— Claro, totcher. Aproveite o seu passeio. — Disse Hera.

Os dois saíram e deram uma volta na praça. Conversaram muito, sobre diversos assuntos, seus países, seus pais, suas manias e jeitos de ser. Sorrisos eram trocados, risos eram dados. Estavam mais próximos. Stanley tirou uma folha que havia caído no cabelo de Delayoh, se olharam nos olhos, como se sentissem a ligação entre eles.

...

Já havia anoitecido, Delayoh estava em seu quarto, penteando seus cabelos e Stanley estava em seus pensamentos. Como gostou de estar na companhia dele, das risadas que deram juntos, de como foi atencioso ao tirar a folha do seu cabelo. Ela pode até não admitir, mas começava a sentir algo pelo deus americano.

...

Delayoh havia percebido que Stanley estava apaixonado por ela e que queria se declarar. Com o tempo, o mesmo sentimento crescia dentro dela, mas não falou diretamente, primeiro ela precisava ter certeza do que estava sentindo. Foi então que foi surpreendida, Stanley mandou uma mensagem austral, a convidando para um passeio, pois, precisava falar com ela. Delayoh sugeriu que se encontrassem na floresta negra. Se encontraram e Stanley era pura ansiedade.

— Então, você disse que queria me falar algo? — Perguntou Delayoh.

— Sim, mas não sei se vou conseguir falar, estou muito nervoso. — Disse Stanley.

— Pode falar, não tenha medo.

— Eu estou completamente apaixonado por você, Delayoh.

Was?

— Achei que era um sentimento passageiro, mas esse amor foi crescendo, crescendo e tomou conta do meu coração, não tem um dia que passe sem pensar em seus cabelos negros, longos e sedosos, do seu perfume de rosas, em sua boca, nos seus olhos que são como cristais, tudo isso me encanta em você e estou perdidamente apaixonado, suspiro até em ouvir seu nome, Delayoh.

— Nossa, eu não esperava receber uma declaração dessas. — Delayoh estava sem reação diante de Stanley. — Confesso que no início, eu não estava segura sobre o que eu estava sentindo. Mas agora que tenho certeza, estou começando a sentir algo por você.

— Isso é sério, Delayoh? E o que seria? — Stanley perguntou esperançoso e um pouco receoso da resposta dela.

Delayoh caminhou com passos lentos até uma árvore, se apoiou nela e disse com uma voz baixa, quase não dando para escutar.

— Estou começando a sentir amor por você.

— Não ouvi, poderia repetir?

Delayoh respirou fundo, se virou para Stanley e disse:

— Eu disse que estou começando a sentir um amor por você.

Stanley abriu um sorriso largo, se ela começava a ter sentimentos por ele, significava que seria correspondido. Ele tentou fazer uma ousadia, se aproximou dela e tentou beija-la, mas Delayoh virou o rosto, o deixando confuso.

— Sei que está apaixonado por mim, mas sinto que se ficarmos juntos teremos problemas. — Disse Delayoh com um certo receio.

— Que problemas?

— Primeiro: Estados Unidos fica do outro lado do Atlântico, não vai ser sempre que vou te ver. E os nossos pais. Sua mãe não gosta nem um pouco da minha, minha mãe também o mesmo, as duas vivem se estranhando. E o nosso pai não vai gostar nenhum pouco se ficarmos juntos. Sabe que ele tem essa paranoia de romance entre irmãos e de algum jeito, nós somos irmãos.

— Não há barreiras para o amor, pensa bem, meu pai e sua mãe são irmãos, eles nunca poderiam se relacionar, mas se apaixonaram, casaram, tiveram filhos, se amaram muito, mesmo sendo irmãos. — Stanley abriu o coração e ficou reparando em Delayoh, esperando que ela falasse algo, mas a deusa permaneceu quieta. — Pela sua reação não gosta de mim, só disse aquilo porque ficou com pena de mim, declarando o meu amor por você, pelo menos tentei.

— Ô exagero, eu disse que não gostava de você? Não disse que estava começando a sentir um amor por você? E não falei por pena, o que sinto ou o que estou começando a sentir, é a mais pura verdade.

— Está dizendo que me ama?

— Ainda pergunta, Stanley?

— Então posso te fazer uma pergunta, que venho ensaiando a um tempo, quer ser a minha namorada?

— Hum... Vou pensar no seu caso.

— Delayoh!

Delayoh ri e diz:

— Estou brincando, eu aceito ser sua namorada.

Stanley sorriu e deu um beijo romântico em Delayoh. Depois contaram para a família que estavam namorando, Métis, Hera e Zeus ficaram surpresos.

— Você vai namorar a Delayoh? — Perguntou Métis.

— Sim, mãe, eu estou apaixonado por ela e quero ficar junto dela. — Stanley olhou com carinho para Delayoh.

— Filho, posso falar com você? — Disse Zeus.

— Claro, pai.

Hera também aproveitou e conversou com a filha.

Mutter, eu sei que deve estar brava comigo, mas é que aconteceu, me apaixonei pelo Stanley e não há como controlar esse sentimento. — Disse Delayoh.

— Mas não estou brava. — Disse Hera.

— Não?

— Não. Eu já percebido os olhares do Stanley para você e dos seus olhares para ele. Parecia tanto com os olhares que eu e Zeus trocávamos quando nos conhecemos.

— É mesmo?

— Sim. Ali nosso amor estava nascendo. Um lindo amor. Uma pena que não deu certo. Mas com você e o Stanley, sinto que esse amor é verdadeiro, sincero e que dará certo. Quero viva esse amor e seja muito feliz, meine totcher.

Danke, mutter. — Delayoh abraçou a mãe.

Na outra sala, Zeus conversa com Stanley.

— Stanley, essa história de que está apaixonado pela Delayoh, é sério mesmo? — Pergunta Zeus.

— Sim, pai. Quando olhei para ela, senti um amor dentro mim, como se só ela importasse. — Respondeu Stanley convicto do amor que sentia por Delayoh.

— O mesmo aconteceu comigo, quando me apaixonei por Hera. Mas devo alertá-lo, Delayoh é igual à mãe, se você se interessar por outra mulher, enfrentará um ciúme monstruoso, igual eu enfrentei.

— Não se preocupe, não existe outra em meu coração, te prometo, farei sua Lilica muito feliz.

— Está bem, mas lembre-se do que te falei, quero que seja muito feliz, meu filho.

Thank you, father.

Os dois se abraçaram. Um tempo depois, Zeus e Stanley, Hera e Delayoh saíram das salas, mas antes de tudo Stanley pediu a opinião de Métis.

— Meu filho, eu, como mãe, devo pensar na sua felicidade, se está feliz ao lado de Delayoh, não vou encrencar com o namoro de vocês. — Métis foi sincera.

Stanley sorriu e abraçou a mãe, Delayoh também fez o mesmo.

— Então já que nossos pais aceitaram nosso namoro, já posso te chamar de namorada? — Perguntou Stanley ansioso pela resposta.

— Tudo bem... namorado. — Disse Delayoh.

Os dois se beijaram com amor. A notícia se espalhou e chegou até Elisabeth que ficou arrasada, mas ainda não desistiu de ter Stanley.

— Quero ver até quando vai durar esse namoro, a Alemanha fica a quilômetros dos Estados Unidos, eles mal vão se ver, não vai durar. — Disse Elisabeth com firmeza.

Mas Delayoh e Stanley davam o jeito deles, Delayoh ia para os Estados Unidos, Stanley ia para a Alemanha e em um desses encontros, aconteceu a primeira vez dos dois, eles foram para o castelo Von Venandre.

— A minha primeira casa, tenho tantas lembranças daqui. — Disse Delayoh emocionada. — Vivi aqui durante a minha infância até... o dia em que tentaram me colocar em inércia.

Stanley sentiu que Delayoh ficou triste, seu olhar ficou um pouco nebuloso, estava um pouco tensa.

— Não fique assim. — Stanley deu um beijo no rosto de Delayoh. — Sei que isso mexeu com você, mas agora você voltou, está bem e é isso que importa.

— É, você tem razão. — Delayoh desfez o rosto triste e se animou novamente. — Ah, quero te mostrar meu antigo quarto.

Delayoh levou Stanley até o seu quarto. O quarto era majestoso, cortinas de tecido grosso, móveis de estilo delicado, almofadas de veludo e o retrato de Delayoh com cinco anos de idade em uma moldura de ouro.

— Nossa, tia Hera caprichou, parece quarto de uma pequena rainha. — Stanley fez um gracejo.

— Pequena rainha não, pequena deusa. Mutter preparou esse quarto, cada detalhe, com todo o carinho e vou confessar, eu amava esse quarto. — Disse Delayoh suspirando.

Stanley e Delayoh estavam sozinhos, em um quarto, não demorou muito para surgir um clima entre eles, pensamentos rondavam a cabeça de Stanley, em um momento se beijaram, o desejo crescia entre os dois e Delayoh percebeu.

— Stanley, devemos ir com calma. Tem certeza de que quer isso? — Perguntou Delayoh.

— Perdão Delayoh, mas é que eu te amo tanto e nós dois aqui sozinhos, com esse clima de desejo no ar, senti vontade de te ter em meus braços, em beijá-la, em ama-la com todo o meu amor. — Respondeu Stanley. — Mas não tenho certeza se quer o mesmo que eu.

Delayoh beijou Stanley com fervor, e diz:

— Sinto o mesmo. Eu quero ser sua, Stanley.

Ele a deita na cama, entre sussurros, declarações de amor, no momento de amor, ela era a sua Alexandra. Delicadamente Stanley tirava as peças de roupa de Delayoh e ela também fazia o mesmo, estavam totalmente entregues um ao outro, a paixão dele aumentava ao sentir o corpo dela. Nesse clima de paixão e desejo, Delayoh e Stanley se amaram. Ao final, deram um beijo e fizeram uma promessa de não contar para ninguém o que fizeram, principalmente para os seus pais. Seria um segredo dos dois.


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Notas finais do capítulo

A música que Delayoh dança é a versão de Clair de Lune que toca na novela Alma Gêmea: https://www.youtube.com/watch?v=3a4b2uxw9Fg
A música romântica tema de Stanley e Delayoh: Forever by Your Side, The Manhattans: https://www.youtube.com/watch?v=Vf-wKBNUDH8



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