A Viúva Negra e o Soldado Invernal escrita por Lia_S
Notas iniciais do capítulo
Olá pessoal ! Aqui está o segundo capitulo ! Espero que gostem !
Natasha conhecia muito bem aquilo. Ele estava a enrolando para que ela pudesse se explicar antes mesmo de que dissesse algo.
Após ele colocar as sacolas com comida chinesa sobre a mesa, ele enfiou a mão direita no bolso de sua calça jeans e retirou um pequeno botão e depositou, próximo a Natasha, que virou a cabeça.
— Acho que deixou cair isso umas seis semanas atrás, enquanto visitava a Louisiana – Ele disse se assentando ao seu lado pegando uma das caixas e comendo o conteúdo que havia dentro.
Foi então que ele começou a abrir todas as caixinhas com comida para que ambos pudessem comer.
Ao se aproximar, Natasha reconheceu o que era aquele botão: Sua insígnia de assinatura. Todas as garotas da Sala Vermelha ganhavam uma, quando começavam a ter suas próprias missões para que a autoria fosse comprovada.
- Olha ... Essa pode até ser minha marca... Mas não vejo uma dessas a décadas – Ela comentou observando a pintura e os detalhes, tentando achar algo estranho ou diferente do design original.
— Romanoff, não minta para mim – Ele disse parando de comer e dando um soco na mesa, que balançou com a força de seu punho de metal. Aquilo não assustou Natasha, mas a deixou séria- Você estava na Lousiana. Seis semanas atrás. Eu te vi no cais.
— Seis semanas atrás eu estava aqui, visitei um antigo amigo em Hell’s Kitchen e depois fomos tomar alguns drinks – Ela disse certa do que tinha feito.
Bucky se levantou e a agarrou pelo pescoço com sua mão metálica, à prendendo contra a parede. Ela sabia que aquilo era um dos protocolos que a programação de Barnes seguia para conseguir informação alguém.
— Está mentindo! – Ele disse olhando nos olhos de Natasha que mesmo sufocando não perdia a expressão séria, como se aquilo não a incomodasse.
—Olhe o recibo: Eu fiquei no Belvedere da 48ª. Julia Volkova foi o nome que escolhi – Ela respondeu com dificuldade enquanto suas pernas se entrelaçavam na cintura do homem e sua mão segurava o punho que a suspendia do chão- Nunca mentiria pra você, Barnes.
— Porquê não mentiria pra mim? Você está fingindo estar morta para todos – Ele disse sério a olhando nos olhos – Você não me conhece.
— Confie em mim – Ela repetiu o olhando nos olhos azuis dele.
Ela notou que ele retornava o olhar como se algo houvesse despertado em sua mente, pois sua feição foi de brava para uma mistura de surpresa e espanto em questão de alguns segundos.
— Barnes ... O que foi? – Ela perguntou enquanto o punho dele se afrouxava entorno de seu pescoço, e seu corpo voltava para o chão suavemente.
— Está tudo bem... – Ele voltou ao seu lugar e pegou sua refeição e voltou a comê-la em silencio.
— Não está nada bem – Ela disse o olhando antes de sentar -se ao lado – Um segundo você estava bravo e do nada simplesmente ficou quieto...
— Você vai achar loucura ... – Ele suspirou profundamente, coçado o pescoço com sua mão normal enquanto ela olhava séria, mas sem caçoar da situação – Está bem: Desde que comecei a passar com a psicóloga e melhorar as vezes tenho flashes ... Imagens aparecendo na minha cabeça, mas nada muito específico.
— Tipo sonhos ou devaneios? – ela questionou pegando um par de hashis, um pouco pensativa com aquilo.
- Não. Imagens mesmo - Ele a olhou depois de morder o lábio inferior procurando por uma resposta.
— O que exatamente foi a imagem que viu? – Ela perguntou o olhando com as sobrancelhas unidas como se tentasse adivinhar o que havia em sua mente.
— Isso pode soar idiota, mas foi você – Ele disse calmamente, como se analisasse a imagem- Quero dizer... eu estava te sufocando contra uma parede. Você era só uma criança e eu estava quase te matando...
Natasha se reclinou na cadeira fechando os olhos, antes de dar um suspiro e voltar a olhá-lo, após formular como contar a história do que aconteceu.
— Olha ... isso foi... real – Ela limpou a boca com as costas de sua mão antes de voltar a história – Há muito tempo, A Academia e a HYDRA juntaram forças. Eles mandaram pra Sala Vermelha a melhor de suas armas, nesse caso você, para treinar garotinhas tiradas de suas famílias. So..
— E você era uma delas não é? – Ele perguntou pegando uma cenoura com o hashi.
— Sim. Uns 90% das coisas que sei, foi você que me ensinou – Ela deixou um suspiro escapar de seus lábios – Das 35 garotas que começaram, acho que umas 4 sobreviveram até o fim.
— Você foi uma delas. Bem acho que minha época de professor rendeu. Você é a melhor espiã que já conheci – Ele brincou dando um meio sorriso olhando para que retribuiu.
Após um breve momento de silêncio, o celular de Bucky tocou e ele checou o visor e ignorou: Era Sam, provavelmente preocupado por não achar o homem em seu pequeno apartamento.
— Não vao atender? – Ela o questionou notando Bucky olhando o visor.
— Não – Bucky resmungou - Acho que temos dois problemas para resolver: Quem está se passando por você e porquê das imagens começarem aparecer agora em minha cabeça.
— Vou ver o que consigo fazer. Tenho contatos... Talvez saibam de algo – Ela respondeu profissionalmente.
— Ótimo. Vou pra casa do Sam – Ele se levantou levando consigo um guioza – Se tiver novidades, sabe me achar
— Se tiver mais imagens aparecendo, você também – Ela tirou um cartão com mais um pseudônimo e deu para ele.
Ela o acompanhou até a porta, dessa vez notando que ele já meio que se sentia em casa.
— Foi bom te ver, Barnes – Ela brincou dando um pequeno sorriso a ele.
— Não foi tão ruim saber que está viva – Ele retrucou antes de dar meia -volta, e sumir no elevador em frente ao seu apartamento.
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