Saint Seiya: Hades - Saga do Submundo/Elisios 2.0! escrita por Drygo


Capítulo 5
5. A Possessão de Hades!


Notas iniciais do capítulo

Olá galera. Estão gostando da minha versão da fase Submundo? Hoje tem capítulo novo e espero que gostem.


Boa leitura ;)



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Shun olha fixamente para Pandora que citou que seu irmão a impediu de levá-lo com ela quando ele era um bebê. Pandora segue com os olhos fechados.

— Meu irmão? O Ikki? 

— Sim, seu irmão me impediu de me aproximar de você e eu o deixei aos cuidados dele colocando esse pingente em você para que pudéssemos te encontrar no momento oportuno. Naquele dia eu apaguei a memória de seu irmão e o fiz acreditar que esse pingente era de sua mãe. Você sempre esteve predestinado a se tornar o corpo e o sangue de nosso imperador, o deus do Submundo.  Finalmente chegou o momento, garoto. 

— Não, não pode ser! – Shun insistia em não acreditar no que estava acontecendo.

Naquele momento, a cortina de frente ao trono se abre com a imagem de Hades trajando sua túnica de Imperador. A imagem de uma galáxia se mostrava enfim o mesmo rosto que o de Shun, o assustando. Pandora se afastou de Shun entendendo que naquele momento a alma de Hades se aproximava do corpo de Shun para se fundirem.  Shun se desespera tentando a todo custo se livrar do poder de Minos que impedia seus movimentos enquanto a alma de Hades se aproximava. Shun sentia lentamente perder seus sentidos e ser dominado por um poder divino que jamais havia sentido. Imediatamente Shun concentrou todo o seu cosmo que ainda restava em sua armadura de Andrômeda, pois ele acreditava que parte da alma de um cavaleiro poderia se concentrar na sua armadura. As correntes de Andrômeda são lançadas longe. Sendo totalmente dominado, Shun como seu último suspiro da um grito:

— Ikki!

O poder divino adentra o corpo de Shun. Pandora e Minos olham com atenção. Os cabelos verdes de Shun começam a ficar avermelhados. Shun abre os olhos com um olhar totalmente diferente.

 

SÉTIMA PRISÃO DO SUBMUNDO

OITAVO FOSSO

 

Ikki está completamente inconsciente e sendo dominado pelas chamas do fosso. A corrente de Andrômeda atendeu o último pedido de Shun e alcançou Ikki chegando no fundo do oitavo fosso da sétima prisão. Naquele instante Ikki recordava em sua memória como se tivesse acabado de sonhar. Ele se lembrava do dia que Pandora tentou capturar Shun quando ainda era um bebê e ele a impediu. Ainda sem entender o que aquelas lembranças significavam, Ikki apenas conseguia compreender que seu irmão estava em perigo. Ele desperta ao sentir a energia da corrente de Andrômeda.

— Shun!

Ikki avista as correntes de Andrômeda no fosso ao lado dele. Ele agarra a corrente.

— Irmão, eu irei ajudá-lo assim como você está me ajudando agora enviando suas correntes.

Ikki arremessa a corrente de Andrômeda que o obedece. A corrente circular envolve seu corpo e as chamas param de envolver seu corpo. Elevando seu cosmo, o fogo presente no fosso fez com que a armadura de Fênix se fortalecesse ainda mais.

 

GIUDECCA

 

No Palácio de Hades, Minos liberta o corpo de Shun já possuído por Hades.

— Parece que a possessão já ocorreu, senhora Pandora. – Diz o juíz do Submundo.

Shun/Hades tira a armadura de Andrômeda de seu corpo e veste a túnica do Imperador do Submundo. Pandora olha para as partes da armadura de Bronze caídas no chão.

— Minos, por favor, livre-se disso. Não quero mais nenhuma lembrança desse cavaleiro presente diante do nosso Imperador Hades.

— Farei isso senhora Pandora.

Minos pega a armadura e se retira. Pandora se aproximou de Shun/Hades e percebeu que havia alguns ferimentos nos braços do corpo do Imperador devido a combates anteriores do ex-cavaleiro e tomou o cuidado de enfaixá-los enquanto ele descansava no trono.

 

SEGUNDA PRISÃO DO SUBMUNDO

 

Em uma das celas da prisão, Daidaros desperta e sente o cosmo de seu discípulo desaparecer e também sente a presença de Hades.

— Não pode ser... Shun! Eu falhei...

Daidaros avista Seiya que não tirava os olhos do guarda das celas. Seiya volta seu olhar para Daidaros. Os dois se encaram.

Nesse momento é mostrado Shaka e Saori, a deusa Athena, próximos a sétima prisão. Eles se olham compreendendo que Shun era o receptáculo de Hades naquela Era. Saori chora com o triste destino. O cosmo do deus do Submundo é sentido de forma muito intensa enquanto o cosmo de Shun desaparecia. Os dois ocultavam seus cosmos, pois não poderiam ainda ser notados.

De volta à segunda prisão, Seiya se levanta em sua cela e percebe que tinha perdido a força de seu cosmo. Ele volta a cair e também encara Daidaros na outra cela.

— Tenho que sair daqui de alguma forma! – Grita Seiya.

Vendo a movimentação dos dois prisioneiros, o homem com armadura de Prata se aproxima das celas.

— Cale-se rapaz. Você nada pode fazer. Nesse local você não vai conseguir nem queimar seu cosmo. Em breve você será enviado ao Cocytos.

— Mas quem é você? Essa armadura é uma armadura de Prata do exército de Athena. Como você segue Hades? – Questiona Seiya irritado.

Ouvindo o questionamento de Seiya, Daidaros se pronuncia da outra cela.

— Esse homem é Orpheu de Lira!

Seiya olha para Daidaros espantado.

— O que? Está dizendo que esse homem é o lendário Orpheu, que dizem ser um cavaleiro de Prata com poder similar a de um cavaleiro de Ouro?

— Exatamente. Eu também me surpreendi com ele aqui no Submundo. Ele sumiu de repente do Santuário faz alguns anos e pensaram que ele estava morto. Mas descobri aqui no Submundo que ele não morreu, veio para cá por vontade própria e aceitou servir Hades voluntariamente.

Seiya se revolta e olha em direção a Orpheu que está com sua lira nas mãos e com os olhos fechados.

— Você, um cavaleiro de Athena resolveu servir Hades mesmo estando vivo? Isso é verdade Orpheu?

Orpheu não responde Seiya, que se revolta. Daidaros tenta tranquilizá-lo.

— Acalme-se cavaleiro de Pégaso.

Orpheu olha para Daidaros.

— Você também será levado ao Cocytos por sua traição. Você nada conseguirá fazer, ninguém jamais conseguiu fugir da segunda prisão por ter o cosmo selado nesse lugar.

Daidaros abaixa a cabeça sabendo que isso é verdade. Seiya olha para Daidaros e questiona:

— Por que você está preso se você é um espectro? Que tipo de traição você cometeu? Se bem que sua sapuris parece uma armadura do exército de Athena...

— Eu sou Daidaros de Cefeu, um cavaleiro de Prata da Ilha de Andrômeda.

— O que? Então você é o mestre de Shun que foi morto por Afrodite? – Seiya se espanta.

Daidaros balança a cabeça positivamente confirmando o que Seiya havia questionado.

— Sim. Eu fui revivido por Hades com uma vida temporária assim como outros cavaleiros que foram para o Santuário. Porém minha missão era servi-lo aqui no Submundo. Quando descobri que Shun seria capturado para ser receptáculo de Hades, tentei impedir, mas fui preso pelo guardião dessa prisão, Faraó de Esfinge. Assim como todos os cavaleiros revividos, eu queria ajudar Athena contra os planos de Hades.

Seiya se agarra as celas da prisão e grita.

— Mas e agora Daidaros? Existe alguma forma de salvarmos Shun? E Athena?

— Cavaleiro de Pégaso, nunca podemos perder a esperança. O poder do cosmo é infinito, e embora nunca ninguém tenha conseguido fugir daqui, não podemos desistir.

Os dois cavaleiros presos encaram Orpheu, que segue com os olhos fechados.

Orpheu toca sua lira e os dois cavaleiros começam a se sentir tontos.

— Vocês falam demais: “Acorde noturno.”

— Aaaaaaaaaaaahhhhhh... – Os dois são lançados para o fundo de suas celas e perdem a consciência.

Pouco depois Seiya desperta. Ele avista Orpheu de longe e percebe a existência de um local florido ao lado de sua prisão onde se encontrava uma mulher petrificada com flores ao seu redor.

— Mas que mulher é essa que Orpheu está conversando?

Daidaros desperta em sua cela e olha para Seiya. Ele o explica:

— Pégaso, essa mulher se chama Eurídice, ela é a amada de Orpheu que havia sido morta na Terra por uma picada de uma cobra. Soube recentemente aqui no Submundo que Orpheu veio ao mundo dos mortos para tentar salvá-la. Por algum motivo ela foi petrificada e Orpheu não conseguiu levá-la de volta para a Terra e por isso ele decidiu ficar a serviço de Hades para permanecer ao lado de sua amada abdicando da sua vida como cavaleiro de Athena.

Seiya olha fixamente para a mulher.

— Ela foi transformada em pedra. Essa moça de fato é muito linda.

Seiya percebe o carinho de Orpheu com ela e deduz.

— Agora para mim está claro. Orpheu deve ter sido enganado para permanecer no Inferno.  Já compreendi que Orpheu é uma boa pessoa, pois, ama verdadeiramente essa mulher e foi um respeitado cavaleiro de Prata.

Orpheu percebeu que Seiya estava desperto e falando e voltou a se aproximar dele.

— Você já despertou cavaleiro de Bronze?

— Orpheu você sabia que estamos em meio a uma guerra Santa onde Athena esta aqui no Inferno prestes a lutar contra Hades para salvar a Terra?  Você que é um cavaleiro de Prata, como pode ficar a serviço de Hades?  Não sabe que várias pessoas inocentes serão mortas se não fizermos nada? 

— Cale-se, eu não sou mais um cavaleiro de Athena! – Responde Orpheu de forma ríspida.

Seiya olha fixamente nos olhos de Orpheu, que agora está encarando Seiya.

— Você não é um espectro!  Você ainda é um ser humano que veio ao Submundo para salvar a mulher que ama.  Se você é capaz de amar alguém, como pode ficar sem agir em meio a essa guerra Santa? Não sabia que muitas pessoas assim como Eurídice serão sacrificadas?

— Já falei para você se calar. Não admito que fale de Euridice!

Seiya gritava em sua discussão com Orpheu e a petrificada Euridice escutou. Euridice começou a chorar chamando por Orpheu.

— Euridice! Não chore...

— Por favor, Orpheu, volte para a Terra e lute como um cavaleiro. Eu não sabia que estavamos no meio de uma guerra Santa. Você está aqui por minha causa! Eu prefiro morrer a vê-lo seguindo Hades dessa forma...

Orpheu chora dizendo que faria tudo para ficar ao lado de Euridice. Daidaros interrompe a conversa do casal.

— Sei que quando Euridice morreu você veio para cá disposto a morrer caso a alma de Euridice voltasse a Terra. Hades sentiu seu coração palpitar ao escutar a triste melodia que saia de sua lira. Ele disse que permitiria que Euridice voltasse a Terra, mas ela ficou petrificada aqui. Com certeza foi um plano de Hades que os prendeu aqui. Você está aqui sendo leal a Hades, mas na realidade ele te enganou!

Orpheu olha para Daidaros revoltado.

— Isso não é verdade! Graças a Hades que posso viver com Euridice nesse lugar! Para nós sairmos do inferno vivos não poderiamos olhar para trás enquanto não surgisse a luz do sol.  Quando passavamos pela segunda prisão eu tive a visão da luz do sol achando que havia chegado ao meu destino, mas foi apenas uma falsa impressão e minha amada ficou petrificada para sempre naquele lugar.

Seiya se lembrou de quando foi atacado pelo Faraó e ter visto uma luz do Sol refletida pelo seu espelho mágico. Seiya percebe que foi mesmo o Faraó de Esfinge que enganou Orpheu.

— Então foi isso!  Foi o Faraó de Esfinge que te enganou!  Foi ele que usou o espelho mágico para refletir a luz do sol e fazer você olhar pra trás

— Hades manteve Euridice no inferno e ainda te deixou aqui para servi-lo e para ouvir tocar sua lira que ele adora. Tem certeza que Hades cumpriu sua promessa? Ele te enganou com essa falsa luz do Sol emitida pelo espectro de Esfinge. – Conclui o cavaleiro de Cefeu.

Orpheu fica tenso com as revelações de Seiya e Daidaros. Ele percebe que tudo faz sentido.

— Faraó... Aquele maldito!

Orpheu abre as celas de Seiya e Daidaros e os liberta. Eles percebem alguém adentrando a segunda prisão.

— Seiya! – Grita Shiryu que estava ao lado de Hyoga.

Shiryu e Hyoga sorriem ao ver Seiya.

— O que está acontecendo aqui? Orpheu como deixou esses vermes se aproximarem na minha ausência? – Quem surgiu era Faraó de Esfinge.

Faraó percebe que Orpheu libertou Seiya e Daidaros.

— O que significa isso Orpheu?

Orpheu encara Faraó com ódio. Seiya se aproxima de Shiryu e Hyoga.

— Amigos, esse é Daidaros de Cefeu, mestre de Shun.

— Incrível! Mas onde está o Shun? – Pergunta Hyoga.

Seiya conta para Shiryu e Hyoga o que aconteceu com Shun. Eles ficam pasmos.

Faraó mostra para os cavaleiros que está segurando a armadura de Athena.

— Quando te prendi peguei isso Pégaso. Não imaginava que estava em posse de algo tão precioso. E quanto a você Orpheu, ficará me olhando sem falar nada e não vai me explicar o que está acontecendo?

— Devolva isso já! – Grita Seiya.

Em um golpe rápido, Orpheu derruba a miniatura da estátua de Athena das mãos de Faraó.

— Quero saber uma coisa Faraó. Foi você quem eu vi aquela vez achando que foram raios de Sol?

Faraó sorri.

— Pode ser que sim, pode ser que não. Independente da resposta, o que você poderia fazer?

— Se foi você, essa segunda prisão será o local de sua morte.  – Avisa Orpheu.

— Disse que irá me matar aqui? Realmente está falando sério?

Seiya pega a miniatura da estátua de Athena no chão. Orpheu e Faraó se encaram. Seiya, Shiryu, Hyoga e Daidaros ficam logo atrás.

 

SAÍDA DA SEGUNDA PRISÃO

 

Próximo dali, Radamanthys segue tentando se desvencilhar do domínio mental de Kanon.

— Isso não durará muito cavaleiro. Eu vou me livrar disso.

— De fato. O golpe que você sofreu simplesmente estimulou seu sistema nervoso e o imobilizou por alguns minutos. A verdadeira ilusão maléfica virá agora.

Kanon mira seu dedo em direção a cabeça de Radamanthys para acertar seu cérebro. Ele dispara e o espectro grita. Vários espectros surgem atrapalhando Kanon e o cercando. Radamanthys os avista e os pergunta a quanto tempo estavam ali.

— A senhora Pandora mandou lhe informar que Orpheu de Lira acabou de nos trair aqui na segunda prisão. – Avisa um dos espectros.

— Agora não posso fazer nada. Estou ocupado detendo cavaleiros que invadiram nosso território. – Responde o juiz.

— Eu sei senhor. Mas Minos e Aiacos pediram para que você que está próximo tome atitudes quanto ao que ocorreu aqui na segunda prisão.

Radamanthys segue encarando Kanon.

— Sei que Orpheu é poderoso, mas lá tem o Faraó para defender a segunda prisão.

— Sim senhor, mas Pandora quer agir com prudência. O senhor pode ficar sossegado que só sairemos daqui quando nos livrarmos desse cavaleiro de Gêmeos. – Comenta um dos espectros.

Radamanthuys vira de costas a Kanon.

— Pois então irei para lá. Mas se afastem, nem uma centena de vocês seriam páreos para esse homem. Vamos suspender nosso combate Kanon, mas em breve ele terminará!

Radamanthys se retira do local. Os demais espectros rondam Kanon.

— E então cavaleiro de Athena, vai se render ou esperará que nós acabemos com você? – Questiona um dos espectros.

— Vão ignorar o que Radamanthys acabou de dizer? Vão embora se pretendem sobreviver, nem vocês todos juntos terão capacidade e nível para me derrotar.

Os espectros se revoltam com Kanon e partem para cima. Kanon eleva seu cosmo.

— Agora recebem o poder que vem das estrelas: “Explosão galáctica.”

— Aaaaaaaaaaaaaahhhhhhhhh...

Todos os espectros do local são derrotados.

Kanon caminha se afastando da saída da segunda prisão.


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Notas finais do capítulo

Próximo capítulo de Saint Seiya: Hades - A Saga do Submundo 2.0:

"Dohko e Orpheu Provam o Valor da Justiça."



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