Déjà-rêvé escrita por LyraCassie Star


Capítulo 2
Capitulo 2




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Severus Snape estava deitado no chão, respirando pesadamente, sentindo uma de suas costelas machucada, se não estivesse quebrada. O homem alto de cabelos pretos estava carregando um dos filhos de Lily, por um instante ele pensou que era Black, que o vira lata tinha traído seus amigos e estava levando um dos filhos, mas logo ele percebeu seu engano e ergueu a varinha para atordoar o sequestrador. Não foram mais do que segundos depois, ele foi agarrado por varias linhas, feitas de sombras. Ele se sentiu frio, o aperto sufocando, seu corpo parecia que ia ser partido, ele sentiu seus ossos estalarem e então ele ouviu a voz grave do homem. Ele parecia estar falando com a criança, mas ele não pensou muito com a dor sentida em seu corpo. Então depois do que pareceu eras, mas foram apenas alguns segundos a dor desapareceu e ele conseguia respirar novamente. Ele deu longas pausas entre suas respirações, lutando contra a dor. Sua cabeça virou lentamente e ele olhou em direção ao homem, mas o que ele viu foi um par de olhos turquesa brilhando. Sua expressão dizia tedio, como se ele fosse um incomodo. Não era possível que uma criança de quinze meses tivesse esse tipo de olhar em seu rosto, o que ele poderia admitir foi o que o aterrorizou mais que tudo.

Logo eles dois desapareceram em uma nuvem de fumaça e Severus ficou ali olhando para onde eles estavam anteriormente. Ele respirou profundamente varias vezes e se obrigou a levantar. Ele olhou ao redor para achar onde sua varinha havia caído. Após pegar e segurar firme, ele andou mancando ate a casa. A porta foi explodida das dobradiças e haviam moveis quebrados. Potter estava deitado de costas perto das escadas e de forma surpreendente ainda respirava apesar de todo o sangue vazando de seu corpo.

Severus se abaixou para examinar os ferimentos quando uma mão agarrou seu pescoço apertando firme. Potter estava segurando seu corpo no chão olhando para ele com uma fúria não vista antes.

“ONDE ELE ESTA?! ONDE ESTÁ MEU FILHO? ONDE ELE ESTÁ?” Potter gritou mesmo parecendo que levava muito dele mesmo para se mover.

“Potter, olhe pra mim, não estou com Adrian, não fui eu que o peguei!” Severus disse irritado.

Potter finalmente o soltou depois de perceber quem era. Snape nunca seria um amigo, mas depois de alguns anos e muitas surras, tanto verbais quanto físicas, que Lily lhes deu, eles pediram desculpas e começaram a se tratar pelo menos cordialmente. Severus era padrinho de Adrian depois que Lily exigiu e Tiago escolheu Sirius e Remus como padrinhos de Harrison.

“Potter onde estão Lily e Harrison?” Snape perguntou de forma ansiosa. Potter pensou por um instante quando ouviu o choro de seu outro filho e os gritos de sua esposa no berçário. Ele disse isso a Snape oque fez com que o outro se levantasse rapidamente e caminhasse em direção ao quarto. Tiago foi atras, se movendo de forma lenta para chegar ate sua esposa e filho. Seu coração estava batendo tão rápido que ele pensou que fosse partir. Ele já havia perdido um filho hoje, não ia perder outro.

Ele chegou ao quarto e viu Snape remover um pedaço de madeira do teto de cima de sua esposa, ele correu para seu lado e tocou seu rosto machucado gentilmente. Ela estava inconsciente, mas viva. Ele chamou seu nome em breves sussurros, esperando que ela abrisse os olhos, mas ela permaneceu inconsciente.

Snape se ajoelhou ao seu lado e começou a sussurrar feitiços de diagnostico nela. Sua perna estava quebrada, seu corpo tinha passado por algumas rodadas do Cruciatus, mas no geral ela estava inteira.

Ele começou a olhar ao redor procurando por seu outro filho e o encontrou em seu berço, sua cabeça sangrando profundamente. O corte descia por sua bochecha, passando por seu olho e parte da bochecha. A quantidade de magia residual no quarto era quase sufocante. Ele pegou Harrison do berço e apertou contra seu peito sentindo a vida ainda em seu filho, agradecendo a todos os Deuses existentes por seu filho ainda estar vivo.

“TIAGO, LILIAN!!” Ele ouviu Sirius gritando escada abaixo. O barulho de passos rápidos subindo foi bastante alto no silencio ensurdecedor que estava ao redor da casa.

Sirius subiu as escadas de duas em duas, seu coração batendo tão rápido que tinha a sensação de que sairia do peito. Seu pior pesadelo parecia estar se tornando realidade. Ele correu até o topo da escada e viu a porta do berçário escancarada. Ele correu para dentro com a varinha na mão preparado para amaldiçoar qualquer desgraçado para o inferno e além por machucar sua família.

Ele chegou a porta e viu Lily deitada com Snape ajoelhado ao seu lado e se preparou pra amaldiçoar o desgraçado gorduroso quando ouviu a voz de seu melhor amigo chamando seu nome. Ele olhou pra cima e viu Tiago segurando um Harrison ferido em seu peito. Ele não sabia se sentia alivio ou desespero quando os viu. Tiago era um pedaço de carne sangrenta, cheio de cortes vazando, enquanto Harrison estava em seu peito com um corte sangrento descendo por seu rosto, Lilian estava inconsciente no chão e parecia ter sido atropelada por Hipogrifos.

Ele encostou no batente da porta tentando não chorar pela cena na sua frente enquanto Tiago caminhava até ele.

“O que em nome de Merlin aconteceu? Eu senti as proteções caírem e entrei em pânico!” Sirius disse olhando desolado para Tiago.

“Peter nos traiu. Foi isso que aconteceu.” Tiago sussurrou venenosamente. “A porra do Voldemort entrou na minha casa, me torturou, torturou minha esposa, tentou matar meu filho e então algum de seus desgraçados comensais de merda levou um dos meus bebes!” Ele não percebeu que estava gritando no final.

Sirius olhou desesperado ao redor como se pudesse por algum engano encontrar Adrian em qualquer lugar, mas não havia vestígios do pequeno. O filho de seu melhor amigo e sobrinho honorário foi sequestrado Merlin sabe por que.

“Não era um comensal da morte.” A voz de Snape preencheu o silencio momentaneamente. Ele não levantou a cabeça enquanto continuava seu trabalho de cura em Lilian. Junto com sua Maestria em poções e defesa ele tinha uma de cura (que era obrigatório com o curso por poções serem um assunto de extremo perigo), então estava apto a prestar socorro para seus ferimentos, tendo dado algumas poções de cura para começar o processo e usando alguns feitiços para curar o pior dos cortes, podendo apenas imobilizar sua perna, até que ela pudesse tomar SkelleGro para poder consertar seu osso corretamente.

Logo que ele levantou o olhar oferecendo uma poção de cura ao marido de sua melhor amiga ele encontrou um par de olhares incrédulos em sua pessoa.

“O que você quer dizer com não era um comensal da morte? É mais do que obvio que seria um de seus malditos seguidores, ou você acha que o maldito cara de cobra entregaria de bom grado um dos meninos a um completo estranho como se fossem amigos??” Tiago disse extremamente irritado.

Snape continuou com a poção na mão oferecendo ao homem, com apenas um olhar aborrecido em seu rosto. Depois que o homem bufou e tomou a poção em um só gole fazendo uma careta para o gosto ele se levantou e então começou a examinar Harrison nos braços de Tiago, preocupado com o corte profundo em seu rosto e se isso afetaria sua visão.

“É exatamente o que eu estou dizendo. Não era um comensal. Eu não tenho ideia de quem era. Quando o vi a primeira vez com Adrian em seus braços eu pensei que era seu vira lata de estimação, mas depois que olhei completamente percebi que estava enganado.” Ele disse contando o que viu aos dois homens.

“Quando peguei minha varinha para atordoar o estranho eu fui imobilizado. Não tenho ideia de como, já que o homem estava de costas e não tinha uma varinha em sua mão, mas eu sei que o que eu vi foi um feitiço muito escuro e muito potente. Fios de sombras me agarraram e apertaram e eu sinceramente pensei que ele fosse me partir ao meio.” Ele disse agora olhando diretamente para Potter. “Seja ele quem for, era muito poderoso, mais do que eu já senti em muitos anos e do pouco que ouvi de sua voz, não reconheci de nenhuma de suas reuniões, eu saberia afinal eu sou espião para a Ordem não é mesmo.” Ele disse com um pequeno toque de desdém em sua voz.

“Isso é o que você diz, eu particularmente penso que você não passa de um traidor gorduroso” disse Sirius com o máximo que poderia colocar de desprezo em sua voz.

Eles ouviram passos entrarem na casa abaixo novamente e os três ficaram tensos novamente.

“Tiago, Lilian.” Eles ouviram a voz de Dumbledore chamar seus nomes escada a baixo.  A tensão deixou seus corpos rapidamente fazendo com que três suspiros fossem ouvidos igualmente.

“Aqui em cima diretor.” Tiago respondeu cansado. Essa noite parecia que nunca iria terminar.

Dumbledore apareceu na porta alguns instantes depois segurando sua varinha apontando, enquanto examinava o quarto. A visão o fez arregalar os olhos e olhar em horror para o que via ao seu redor. Havia sangue, no chão e nas roupas, Lilian estava no chão com uma perna imobilizada, Tiago não estava muito melhor, suas roupas estavam em frangalhos, parecia que ele havia brigado e perdido e o pequeno Harrison em seus braços não estava em uma situação melhor.

“Adrian?” Ele perguntou com olhos cansado. Essa guerra já havia se estendido demais e ver crianças pagar o preço estava matando aos poucos sua alma velha e cansada.

“Ele foi levado. Não sabemos por quem nem por que, mas não foi Voldemort. Pra falar a verdade, desde o momento que ele entrou não o vi sair, nem uma sombra do velho cara de cobra.” Disse Tiago franzindo as sobrancelhas e olhando em volta como se esperasse ver o velho louco parado em algum canto.

Tudo que ele encontrou foi um manto negro perto do berço de Adrian. Todos olharam na mesma direção e Dumbledore tomou a dianteira para examinar a peça. Ele balançou a varinha e o manto se moveu, deixando uma pilha de cinzas para trás, junto com muito resíduo magico.

“Uma maldição da Morte foi lançada aqui.” Ele disse seriamente olhando de volta para os ocupantes da sala. Ele notou o corte no rosto de Harrison. Se aproximando, ele tentou examinar melhor o ferimento. Levantando a varinha e pedindo permissão silenciosamente para Tiago que acenou com a cabeça para o velho diretor e logo em seguida cantou um feitiço apontando para o pequeno adormecido.

“Há uma quantidade gigantesca de resíduo magico no pequeno Harrison, a maior parte tendo se infiltrando no corte em seu rosto.” Disse o diretor seriamente enquanto baixava a varinha novamente.

“O que isso significa afinal?” foi Sirius quem perguntou com as sobrancelhas franzidas olhando para o bebe desmaiado nos braços de seu melhor amigo.

“Uma maldição poderosa foi lançada aparentemente em sua direção e de alguma forma, por algum motivo, foi desviada de volta para seu lançador o que eu suspeito, tenha causado o corte em seu rosto.” Ele disse acenando com a cabeça como se fizesse sentido.

Todos olharam incrédulos para ele então de volta para o bebe dormindo nos braços do Lorde Potter. Desviar uma maldição com quinze meses era impossível, um feito magico beirando ao divino.

“Em todos os casos devemos nos concentrar no momento em encontrar o pequeno Adrian, não podemos deixar que seus sequestradores saiam impunes, e traze-lo de volta para casa.” Disse Dumbledore saindo novamente pela porta já pesando no que fazer e nas pessoas certas para confiar a busca do bebe perdido.

Os outros habitantes da casa logo começaram a se mover para terminar o que estavam fazendo, seja cuidar para transportar Lilian para St. Mungus, para tratar corretamente seus ferimentos, ou para recuperar o que precisavam para ir para um local seguro para pensar em seus próximos passos. Uma coisa todos tinham certeza, seria uma longa e cansativa noite.

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01 de outubro de 1996 – em algum lugar em Amsterdã

Passos rápidos foram ouvidos perto do canal, seja quem for, estava com pressa. Uma esquina depois um homem de estatura média, cabelos castanhos, olhos azuis escuros e uma expressão seria no rosto. Ele caminhava com um objetivo e logo chegou a uma porta alta com uma aldrava na qual ele bateu duas vezes.

Não demorou muito até que uma mulher com vestes servis abrisse a porta e se curvasse para que seu visitante adentrasse a casa.

Ele acebou com a cabeça sem dizer uma palavra e andou com proposito até a sala principal sabendo que seu objetivo estaria lá.

Logo que adentrou a sala sem sequer bater e viu Elijah de pé de costas para ele e olhando para a lareira.

Mo bhràthair é verdade o que me foi dito, você finalmente o encontrou?” ele perguntou com tanta emoção na voz quanto se permitia naquele momento.

Elijah não disse uma palavra, apenas se virou para que seu convidado pudesse ver a carga preciosa em seus braços. O bebe estava desperto e atento a seu redor e logo que percebeu o convidado na sala sua atenção foi totalmente para ele.

Alastair Vass era um servo devoto, um homem poderoso que servia como mão direita de seu senhor, sempre medindo seu temperamento e ajudando seu senhor a decidir por meio de muito raciocínio, ao contrario de Elijah que não media meios e simplesmente eliminava qualquer ameaça ou aborrecimento que atrapalhasse seu mestre. Como mão esquerda, Elijah era basicamente um executor e em outra medida um protetor para seu mestre, sem escrúpulos ou moral.

Naquele momento Alastair podia admitir fraqueza, quando pôs os olhos naquele mar verde ele quase caiu de joelhos em êxtase e alivio, sabendo que a agonia de seu vinculo com seu mestre seria finalmente aliviada. O bebe olhou para ele curiosamente e então esticou os braços, pedindo para ser pego. Ele foi para seu mestre em apenas dois passos o segurando com todo o cuidado que podia reunir.

Adrian sabia quem ele era, ele podia ver pelo olhar no rosto de seu pequeno mestre. Ele esticou as pequenas mãos gordinhas e segurou os lados de seu rosto, deixando seu poder infiltrar seu corpo. Alastair soltou um gemido quando sentiu todo aquele poder encher seu corpo novamente. Ele sentiu suas veias esquentarem e logo todo seu corpo acendeu como uma chama consumindo combustível. Foram apenas alguns segundos depois, seu poder se firmou novamente em seu corpo e a sensação parou, deixando um Alastair respirando pesadamente enquanto abraçava o bebe contra seu corpo e respirava o cheiro de seus cabelos.

“Obrigado mo Thighearna, Obrigado.” Ele sussurrou varias vezes para a criança enquanto a felicidade do vinculo com seu mestre retornava.

Ele se afastou para olhar nos olhos de seu mestre e viu ali apenas contentamento na criança. Seu coração inchou de orgulho por sua presença causar tal reação em seu mestre. Logo um bocejo escapou do pequeno e Elijah novamente tomou o bebe em seus braços.

“Está na hora de nosso lille herre descansar, foi uma noite longa e passar pelas sombras para chegar até aqui retirou mais dele do que previ. Seu quarto na mansão ainda está da maneira que deixou da última vez. Precisaremos rever todos os nossos planos com nosso mestre nos dias que seguirem então peço que não deixe a mansão até que nosso mestre diga novamente.” Disse Elijah olhando seriamente para Alastair.

O outro homem apenas olhou sem nenhuma expressão e então acenando com a cabeça. Ele não deixaria seu mestre novamente, nem mesmo para a morte. Ah essa nova vida estava se tornando realmente interessante, ele pensou enquanto sorria um sorriso cheio de dentes.


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Notas finais do capítulo

Estava com esse cap parcialmente escrito então ai está.
Alastair é escoces e costuma falar algumas coisas em Gaelico.
Elijah é dinamarques, segue o mesmo padrao com algumas palavras e frases em dinamarques.
como sempre se algum erro de tradução estiver ai, culpe o Google.

Mo bhràthair - Meu irmão
mo Thighearna - meu senhor
lille herre - pequeno senhor

obrigada pela leitura e se te interessou é por que estou fazendo algo certo.



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