— Eu não mato por prazer. – retruco, essa era à visão que a maioria dos vampiros tem de mim, mas fazer o quê se os vampiros ainda não são capazes de me ouvir, apenas se guiam pelo instinto violento.

Ela se aproxima de mim, sua mão toca meu peito de maneira sensual, e desce pela minha barriga, seguro sua mão detendo o avanço dela.

— Vai dizer que não sente esse prazer também?- me questiona irônica.

— O que quer com isso?

— Não está claro o que quero.

Analiso a minha volta.

— Não é você que gosta que se ajoelhem para você. – diz se ajoelhando e suas mãos “voam” para minha barguilha.

Tirei suas mãos bruscamente de mim, ela não estava interessada em mim dessa forma ela estava sendo uma isca.

— Espero que faça uma escolha inteligente agora.

E me movo rapidamente para uma área distante fazendo com que seja quantos vampiros estejam com ela me sigam e assim levando o confronto para longe dos humanos.

Cem vampiros dessa vez, apenas vinte aceitam a nova ordem. Notei que a vampira do beco não se juntou a eles e não estava em lugar algum próximo daqui.

Eliminei rapidamente os oitentas vampiros que não se submeteram a nova ordem e volto para casa torcendo para que não apareçam mais problemas por hoje.

Céus! Quanto tempo mais para eles serem capazes de ouvir e não recorrer à violência?

— Dia difícil?- minha mãe pergunta ao entrar em meu quarto.

— Sim.

— Não quer reconsiderar a nossa ajuda? – há setenta e seis anos que ela vive me fazendo essa pergunta.

— Podemos voltar a ajudá-lo filho, não tem que carregar esse fardo sozinho.

— Obrigada mãe, mas não precisam mais se arriscar por mim, já atingi o ápice do poder há quase oito décadas,  ninguém pode me derrotar mais, então não se preocupe.

— Eu sei, mas me preocupo com você mesmo assim e não só fisicamente, mas emocionalmente também. Eu sei o que matar nos custa filho.

— Eu sei que sabe mãe.

E infelizmente os demais da família também tiverem que matar vampiros naquela vez que enfrentamos 109 quando eu tinha apenas quatro anos, depois tivemos duas décadas de paz como tinha Alice previra e me tornei adulto e com isso atingi o ápice do poder. E decidi que minha família não tinha mais que lidar com o fardo do meu destino.

— Mas eu venho conseguindo lidar com isso tão bem quanto é possível. Então tranquilize seu coração de mãe, sim?

  — Difícil, mas vou tentar.  - ela vem até a mim e passa seus braços por meus ombros me abraçando.

— Quem é? – pergunta sobre o desenho que fiz de um vampira loira, alta e magra que estava sobre a escrivaninha.

— Uma vampira que armou uma emboscada hoje.

— Porque a desenhou?

— Para mostrar a vocês, algo me diz que ela nos causará problemas.

— Como assim?

— Os vampiros eles ou escolhem se submeter à nova ordem ou preferem a morte, mas ela fugiu. Isso é diferente, nunca aconteceu antes, há algo aí mãe, por isso preciso que todas da família tenham conhecimento de como ela é, ela pode tentar usar vocês como isca.

Ela assentiu em concordância.

Eu gostaria que o meu feeling estivesse errado, mas ele garante que não.