A Maravilhosa Loja de Argoluli — O Terrível escrita por Félix de Souza
Notas iniciais do capítulo
Olá, senhoras e senhores. Se ainda tiver alguém aí.
Depois de um hiato de exatamente um mês, estamos de volta.
nesse prazo sofri um acidente e outros percalços, mas não se preocupem, está tudo bem agora.
Então estamos de volta.
As visualizações aumentaram monstruosamente, o feedback estagnou.
Triste, hein?
Para autores independentes, saber o que os leitores acharam do seu trabalho, é importante. Então dê aquela forcinha.
Pode criticar, apontar os erros. O que gostaram ou não, mas não me deixem no escuro.
Um "gostei" já é um mundo de apoio.
E se você está lendo e gostando, recomende aos amiguinhos.
Ás vezes você não sabe o que dizer, mas ele sabe.
Muito obrigado á quem acompanha e para quem está chegando, bem vindo a Maravilhosa Loja de Argoluli.
— A Gerencia.
Argoluli estava fascinado, por vários motivos.
Dentro de sua maravilhosa loja, ele se sentia imbatível, mas descontraiu por um minuto e lá estava ela. A personificação da lei do retorno, bloqueando sua entrada.
Léia Língua D’prata.
Toda vingança e triunfo.
Não estava de todo surpreso, afinal, lidar com um membro da Casa Gnoses, traria consequências cedo ou tarde. Foi mais cedo do que esperava, mas esse nem era o ápice.
O surpreendente mesmo é que ele não conseguiu prever a emboscada e isso exigia alguma explicação à sua mente.
— Impressionante, incrível, fantástico. _ Foi o que conseguiu dizer afinal. — Deve haver uma bela narrativa por trás desse retorno triunfal. Não é nenhum um qualquer que se recupera tão rápido das visões de Giactutru e ainda consegue me pegar aparentemente desprevenido.
Léia se permitiu sorrir. Na sua mente, o pequeno porco arrogante, era assim que ela o via, não queria admitir que foi encurralado. A palavra "aparentemente" não passou despercebida. Entretanto, seu sorriso também se devia a lembrança de como finalmente chegará até ali.
As lembranças fluíram na sua mente como um trovão.
Foi quando ela sentiu uma mão sobre seu ombro.
A mão tinha um toque reconfortante, a voz que a seguiu, nem tanto.
— Foi um fantasma, certo?
Era a voz de Argoluli.
Sobressaltada ela se virou abruptamente para olhar. Era realmente ele. No entanto, sua imagem lentamente se desfez diante dos seus olhos e outro Argoluli começou a se materializar a cinco metros dela, na loja em frente aos clientes, que observavam sem entender o espetáculo.
Léia se voltou para observar novamente a rua e se amaldiçoou ao perceber que o Argoluli que estava de pé na rua desaparecerá.
Foi então que entendeu e como se lesse sua mente, ela já não duvidava de mais nada, ele, o Argoluli na loja indagou.
— Já compreendeu?
Ela entendera. Ele deixou uma ressalva para casos de emergências como esse.
Uma ilusão perfeita, que afetasse os sentidos, até mesmo o tato, surpreenderia alguém que o encurralasse do lado de fora, dando tempo do Argoluli real se materializar do lado de dentro. Ilusão e teleporte.
Não só isso, mas uma mente ardilosa o suficiente para prever uma situação como essa, se precaver e combinar duas artes mágicas tão diversas.
Do que aquele homem era capaz? Quanta experiência tinha?
— Suponho que você entenda que não terá essa oportunidade agora. _ Disse Argoluli com seu sorriso mais simpático.
— Suponho que você entenda que o "fantasma" está por perto e isso ainda não acabou.
Era verdade, estavam num impasse. Não podia prever de onde viria o ataque do fantasma mesmo na sua loja. O feiticeiro odiava impasses.
Os "fantasmas" tinham a irritante habilidade de burlar suas artes divinatórias. Uma aberração mágica, que surgiu desde a queda da lua.
— A loja está fechada. Todos para fora. _ Anunciou.
Houve tímidos protestos, mas no geral, sua ordem foi acatada. Ficando só ele e Léia na loja à vista, e em algum lugar o tal fantasma.
— Realmente impressionante. O simples fato de você e seu amigo conseguirem enxergar minha loja e entrar indica que tenho que ter mais cuidado a quem distribuo convites. Adoraria ouvir essa história.
Falando e se aproximando da bancada, o feiticeiro se posicionou como se tivesse atendendo mais um cliente. Sacou uma flanela e se pôs a polir um balcão já polido.
— Então a Casa Gnoses se aliou a Armada Fantasma só para me confrontar? Ao que devo essa honra?
— Eu gostaria de enfiar uma faca na sua costela, duende, por favor. _ Retrucou Léia com gentileza fria e dissimulada. Fervia por dentro.
— Uma moça com gostos requintados, aprecio isso. _ Respondeu o feiticeiro. — Todavia é preciso esclarecer que, primeiro, eu não sou um duende. Segundo, você não tem o que é preciso para pagar por era requisição, tenho certeza.
— já chega! _ Uma voz irrompeu de todos os lados. — Estamos perdendo um tempo precioso.
Argoluli perscrutou os arredores sem sucesso.
— Os truques mais impressionantes são aqueles que não envolvem magia. Esse, por exemplo, de projetar a voz em ambientes fechados usando a acústica do lugar. Um treinamento da Armada Fantasma, caçadores de magos. _ Virou seu olhar na direção de Léia. — Você não deveria estar na mira dele?
— Eles só caçam os maus conjuradores, como você.
Argoluli se permitiu rir, mas nada disse. — Bom, já passou tempo o bastante para entender se quisessem me matar, já estariam tentando. Então do que se trata?
— Queremos saber o que você pensa que sabe, o que fez com a informação que arrancou de mim, e a que ponto você já nos causou estragos, seu arrogantíssimo porco falante.
— Esses modos não condizem com um bardo de renome.
— Você estuprou minha mente, seu merda.
— Não. Tsc, tsc. Negativo. Eu só usei um recurso, o palco que a obrigou a falar e você subiu nele por vontade própria. Aquela coisa deveria ser proibida, mas o dono é um sádico abastado que criou um palco para que bardos não se safassem com histórias criadas na hora e não passassem vergonha diante do público quando não soubessem o que dizer. Eu só usei o palco ao meu favor.
— Diga. _ A voz do fantasma escondido ressoou.
— Por quê? O que eu ganho com isso?
Foi Léia que respondeu.
— Bastardo presunçoso. Você não conhece toda a história e saiu de lá antes de terminar. Estava com medo de ser afetado também? Isso agora não importa mais. _ A barda disse todas essas coisas quase que num folego só. — É sobre Madal.
— O Patriarca dos Najima, na história? O que tem?
— Não! É sobre como ele e o arauto da Lástima Final são a mesma figura e como Madal e o espinho se tornaram um só.
Argoluli sentou-se ereto na baqueta atrás do balcão. Sentado ele demonstrava uma ligeira protuberância no abdômen onde cruzou as mãos e olhou solene e seriamente pela primeira vez para Léia. Depois desviou os olhos para esquerda e para o alto, absorvendo a informação.
— Porque você não me disse antes? _ Indagou fleumático. — Estou à disposição de vocês para responder a qualquer pergunta.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Por fim, eu deixo esse espaço para perguntar, se vocês querem saber algo sobre o cenário, sobre os personagens ou criaturas citadas.
Se não for spoiler e eu puder responder a gente interage,
Até a próxima, pessoal.
Eu sei que vocês estão lendo, mas falem comigo, por favor. ^.^'