Os Cavaleiros do Zodíaco: A Lenda de Seiya escrita por Masei


Capítulo 28
Melancias e Sementes


Notas iniciais do capítulo

A curiosa garota com os cabelos amarrados em um rabo de cavalo e o distante garoto com polainas de neve na praia.



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As vagas do oceano noturno e algumas estrelas no céu. Grupelhos de jovens ao longe, muita risada e bobagem. Sozinha e mais perto do mar, ela chorava. Os pés na areia. 

Ele não sabia o que fazer e, ao longe, o bando de mochilas já mal podia ser visto.

Hyoga olhou para ela, que limpava as lágrimas no rosto. Ele queria pedir desculpas, talvez.

— Meu nome não é Alexei. — disse um pouco distante e extremamente desconfortável.

Ela virou o rosto e viu um jovem no escuro. Demorou a reconhecê-lo, mas, ao medí-lo da cabeça aos pés, viu em suas canelas aquelas polainas ridículas. Deixou escapar uma risada, interrompendo sua tristeza.

— Eu tenho muito azar mesmo. — falou ela pra si.

Hyoga continuou ali, na mesma distância, sem saber muito bem o que fazer com suas mãos. Olhou para o oceano. Era noite, portanto ele pouco podia ver a não ser a espuma das ondas mais próximas.

— E qual seu nome, então? — perguntou ela, chamando sua atenção.

Ele olhou para ela e ela limpava o nariz na manga.

— Hyoga.

Ela riu.

— Você tá mentindo de novo.

— Não, meu nome... é Hyoga. — repetiu ele, contrariado.

Ela finalmente acreditou.

— E vai ficar aí de pé, Hyoga?

Ele sentou. Ainda um pouco longe dela.

— As pessoas de onde você vem vão à praia assim? — disse ela apontando para aquelas polainas.

— Não temos praia.

— E de onde você vem, afinal?

— Da Sibéria.

— Sibéria?! — perguntou ela, surpresa, finalmente virando-se totalmente para ele. Ele confirmou.

— E o que está fazendo aqui? — perguntou ela, realmente interessada, e ele apenas lhe devolveu um olhar desconfiado.

— Estou em uma missão.

— Que misterioso.

Era mesmo um mistério e ele estava muito longe de resolvê-lo. Lembrou-se que estava sentado ali por outro tipo de mistério: o da culpa.

— Desculpa pelo que eu disse no estádio. — falou ele, muito torto.

Ela deu de ombros.

— Não. Você tinha razão. Eu estava mesmo fugindo. — disse ela, afundando um pouco os pés na areia. — Minha melhor amiga só queria que eu esquecesse um pouco essa situação toda. Mas ela… — hesitou a garota. — Ela é tão animada que tudo que ela faz me faz lembrar que estou triste. E porque estou triste.

— Sua irmã ainda não voltou? — perguntou ele, direto.

— Não. — respondeu ela, cabisbaixa. — Mas eu vou atrás dela.

— Sabe onde ela está? — animou-se Hyoga.

— Não, mas… — e ela hesitou, olhando para o céu. — Não sei explicar, mas eu posso sentir. Sei que ela está perto.

Hyoga olhou para o céu e viu que havia uma estrela de brilho muito fraco, mas também diferente das demais; tinha um tom avermelhado sutil. Ele teve um calafrio.

— Viu a luta de hoje? — perguntou ela.

— Sim.

— Até o Andrômeda apareceu. — comentou ela.

— É verdade. — disse ele. — O que você acha dessas lutas? — perguntou Hyoga, honestamente.

— É tudo um grande espetáculo. — falou ela. — Mas é super bem feito. Pode parecer idiota, mas… o garoto de Pégaso não desiste nunca. E antes dele ser levado para dentro eu sei que ele me viu e me fez um sinal. Eu o encontrei ontem perto da ponte.

— Pégaso? 

— Sim. Seu nome é Seiya. — falou a garota. — Tem a nossa idade. Ele disse que também havia perdido sua irmã. E que iria ser forte para poder reencontrá-la.

Hyoga não esboçou muita reação, mas em seu íntimo lembrou da intensidade com que o garoto lutou naquela Arena.

— Você deve estar achando ridículo, mas… vê-lo vencer hoje foi importante pra mim. — disse ela. — Eu sei que vou encontrar minha irmã.

Ela sorriu, mas seu rosto ainda estava úmido de suas lágrimas. Talvez ela se sentisse muito só, pensou Hyoga.

— Você também não me disse seu nome de verdade. — comentou ele de volta.

A garota se levantou e limpou a areia que tinha em sua roupa.

— Eu me chamo Shoko.

 

—/-

 

Levantaram-se os dois e Shoko obrigou Hyoga a caminhar pela praia, próximo do mar, onde a areia era mais fria e úmida. Conversavam na medida do possível, pois Hyoga era péssimo. Ela até achava engraçada a falta de jeito do garoto, mas ainda não se conformava que o tonto andava na praia com suas polainas da neve. 

Falaram sobre a Sibéria, pois ela queria saber tudo sobre o sol da meia-noite, que Hyoga disse não existir no vilarejo em que morava. Ele não acertava uma. 

— E a aurora boreal? — perguntou ela, tentando encontrar qualquer coisa.

Hyoga não respondeu imediatamente, pois a aurora boreal lhe trazia imensa tristeza.

— Sim. Ela ocorre bastante de onde eu venho. — falou ele.

— E ela é linda como dizem?

— Mais do que tudo. — falou ele, com saudades.

— Nossa…

Shoko não sabia se estava impressionada com a possibilidade dessa enorme beleza de uma aurora boreal ou pelo carinho que sentiu na voz de Hyoga, tão fechado e direto.

Depois de caminharem por alguns minutos, Shoko parou e Hyoga olhou ao redor.

— Eu moro nessa rua. — anunciou ela o fim da noite.

Hyoga olhou por sobre seu ombro e viu uma rua estreita se afundar, sinuosa, atravessando a grande avenida. Era iluminada, mas estava tarde.

— Posso te acompanhar. — disse ele.

— Eu sei me defender. — brincou ela.

Ele ficou calado olhando para a rua.

— Mas pode me acompanhar.

— Se acontecer algo, não devo te defender, então? — perguntou ele.

— Tonto. — riu ela. — Aqui não acontecem essas coisas. — comentou.

Saíram da faixa de areia para a calçada da orla; Shoko bateu seus sapatinhos e os calçou. Atravessaram a grande avenida e entraram pela rua estreita sinuosa bem iluminada, mas muito deserta. Alguns carros estacionados em cima da calçada, casas arborizadas e próximas umas das outras. Desciam levemente conversando sobre o Torneio, sobre cada um dos participantes. Ela tirou um panfleto de sua bolsa com a lista de todos os participants para Hyoga, que ia em todas as lutas, mas não conhecia ninguém.

Então chegaram.

— Amanhã não tem Torneio. — comentou ela, e ele ficou imediatamente corado.

Engoliu a língua.

— Não vou conseguir te encontrar em corredores onde não deveria estar. — comentou ela com um sorriso. — Mas amanhã tem feira no píer.

— Tem algum corredor proibido nessa feira? — perguntou ele.

Ela riu e sabia que o veria novamente. Fechou a porta pouco depois de lhe dar um simpático tchauzinho.

Hyoga voltou pela rua sinuosa até a grande avenida em direção ao pequeno lugar em que estava instalado na cidade. No minúsculo quarto-banheiro em que se hospedava, sempre tudo pago, sempre com alguns víveres, ele deixou a luz acesa para ler o panfleto dado pela garota.

Listava os 10 garotos e garotas que lutavam naquele Torneio e tinha um perfil de cada um deles. Leu com atenção o trecho que falava de Pégaso.

— Seiya. — repetiu ele na escuridão.

Treinou na Grécia, no berço dos Cavaleiros, dizia o panfleto, e Hyoga ficou confuso por um instante. Ao lado estava a foto de Shiryu, a Cavaleira de Dragão.

— China.

Notou como cada um aparentemente vinha de um lugar distante. Inclusive Andrômeda.

 

—/-

 

Muito cedo ele chegou e encontrou o lugar ainda montando a feira que aconteceria mais tarde. Tinha consigo o panfleto e com ele ficou na ponta do píer olhando para o mar, debruçado em um parapeito. O próximo evento seria dali a alguns dias e, ao que tudo indicava, era uma luta de Andrômeda.

A brisa do oceano lhe batia no rosto e refrescava o calor que se levantava. Aos poucos as pessoas iam chegando para a feira, mas Hyoga pensava sobre sua sina.

Revoltosos descumpriram o lema de Cavaleiro e colocaram o segredo do Santuário em risco. Precisam ser punidos e dispensados.

Revoltosos, pensou ele, lembrando-se da carta de seu Mestre. Abriu o panfleto e viu as fotografias daqueles revoltosos. Mas, com mais curiosidade, ele leu a página inteira que se dedicava a falar sobre a organizadora do evento. A herdeira da Fundação Graad, Saori Kido. Uma garota mais velha que todos eles que assinava o evento e dava as regras.

— O que ela pretende com isso? — perguntou-se, tentando imaginar se ela tinha alguma ideia do que estava fazendo.

Hyoga estava confuso e também com medo. Sua missão era clara, mas também absurda. Matar dez jovens em uma cidade como aquela. Ele sentia que havia olhos de todos os lados sobre ele e por isso gostava do mar, pois à sua frente ninguém o espiava.

E havia mais. O que queriam os Cavaleiros Negros com a Armadura de Ouro? Será que os Cavaleiros Negros também haviam sido escolhidos para aquela missão? Assim fosse, ele poderia apenas aguardar que a punição fosse feita, como já havia sido para um deles.

Abriu novamente o panfleto e encontrou a vítima: Ichi. 

"Guerreiro da Hidra, Ichi treinou na Finlândia para voltar ao Torneio e tentar ser o mais forte entre os 10 Cavaleiros. Sua comida favorita é uma sopa quentinha de salmão."

Ele também gostava de sopa.

— Ei! — chamou alguém atrás dele.

Era Shoko.

Ele se virou e guardou o panfleto dobrado dentro da calça.

— Não acredito. — comentou ela, sorrindo. — Sem polainas?!

— Me disseram que não é muito usado por aqui.

A garota estava ao lado de outra menina, um pouco menor, seus cabelos presos em dois rabinhos laterais. As duas usando a mesma roupa, um uniforme escolar, pois haviam acabado de sair das aulas.

— Essa é a Eiri que te falei.

— Hm. Então você é o misterioso que fica roubando a minha amiga no Torneio?

Ele ficou super encabulado e não soube responder.

— Ai, Shoko, você não tinha dito que ele era tão gatinho!

— Rumi! Fica quieta!

A amiga largou de dar risada.

— Eu vou deixar os dois pombinhos sozinhos. Nos vemos amanhã, Sho! 

— Ai, tchau, Eiri. — comentou ela, vendo a amiga sumir na feira.

— Rumi? — perguntou ele.

— Ah, é como eu chamo ela quando fico brava. — e então pegou na mão de Hyoga e o puxou para a feira. — Vamos que eu tive uma ideia.

Entraram de volta para a feira que, naquele horário, não estava exatamente muito cheia, e Shoko levou Hyoga até uma tenda de frutas linda. Deu dinheiro à mulher que cuidava da tenda e compraram duas fatias geladas de melancia.

— Eu aposto que não tem essa na Sibéria. — comentou ela.

Levaram as fatias para a ponta do píer, mais vazia, e os dois se sentaram com o enorme oceano à frente deles. E ali comeram cada qual sua enorme fatia de melancia vermelha e geladinha. Hyoga realmente achou a fruta deliciosa.

— Ei. Num come a semente. — falou ela. — Faz assim, ó.

Shoko cuspiu uma das sementes o mais longe que podia no mar. Ele a olhou com o rosto todo sujo de fruta. Até semente no rosto o garoto tinha. Ela tirou uma das sementes pregadas em sua bochecha e com a mão mesmo jogou no oceano.

E assim ficaram comendo e cuspindo sementes no píer.

O resto da tarde passaram juntos, pois ela o obrigou a ir na pequena montanha-russa em que o corajoso Cavaleiro de Cisne deixou todas as suas emoções aflorarem, tamanho pavor que ficou das descidas.

Shoko morria de dar risada ao ver seu amigo desesperado. Desceram e ela ficava imitando-o, suas caras, suas bocas, seus gritos. Jogaram dardos e Hyoga conseguiu acertar um alvo impossível que deixou Shoko boquiaberta, pois jamais havia visto alguém acertar. Mas, ao ver que Hyoga tinha segundas intenções naquele prêmio, decidiu intervir por si própria.

— Nem pense nisso. Se você tá pensando em me dar o prêmio, pode escolher outro, que eu não vou carregar esse urso enorme até em casa. — sorriu ela.

Ele olhou para as demais opções e deixou escapar um sorriso quando encontrou algo perfeito, algo que ele sequer precisava acertar o alvo mais difícil para conseguir.

Um pequeno cisne de cristal com as asas abertas.

Ela adorou.

— Tem muitos cisnes de onde você vem?

— Não. — respondeu ele. — Só um.

Ela não entendeu, mas Hyoga a puxou para voltarem à tenda de frutas.

Queria mais melancia.

A tarde se alongou e mal viram o tempo passar, pois Shoko obrigou o garoto a fazer uma segunda rodada de tudo. Ela riu bastante e flagrou alguns poucos sorrisos no rosto do menino; Shoko percebeu que seus momentos favoritos eram os que conseguia deixar o garoto desconcertado.

E quando a tarde começou a cair, o sol a desaparecer em um céu que se pintava de laranja, Hyoga e Shoko desceram as escadas do píer para caminhar na areia.

Leves.

Ela tinha o pequeno cisne nas mãos e olhava para o sol que se punha através dele, jogando um monte de luzes em seu próprio rosto.

— Dizem que faz mal olhar para o sol. — falou Hyoga.

Shoko guardou o cisne com cuidado em sua bolsa.

— Amanhã eu tenho aula o dia todo. — anunciou ela. — E depois também.

— Então te vejo nos corredores do Torneio. — falou ele e ela sorriu.

— A Eiri não vai dessa vez. — falou ela. — Que tal, ao invés de você ficar me procurando, a gente sentar junto?

Ele quase morreu de vergonha e ficou tão sem jeito que ela deu risada.

— Até lá, então. — disse ela, despedindo-se.

— Até.

Viu a garota distanciar-se pela avenida e entrar em sua rua estreita.

O estômago gelado. Percebeu que sorria sozinho e morreu de vergonha.

 

—/-

 

O enorme sucesso da primeira semifinal, na bombástica luta entre Pégaso e Dragão, fez com que a procura de ingressos para a segunda semifinal fosse muito maior. De modo que Hyoga viu-se cercado de uma multidão de pessoas entrando extremamente animadas no estádio. Lamentou não ter combinado algum lugar para encontrá-la e parou no parapeito de um dos andares fazendo o impossível: tentar encontrar um rabo de cavalo no meio da multidão que entrava. E haviam muitos, nunca o certo.

E, como sempre, ela o encontrou.

— Como você sempre me encontra? — perguntou ele.

— Você é o que mais tem cara de tonto. — falou ela. — Vamos.

Desceram juntos as escadas para uma fileira mais adiante e bem perto da Arena de batalha. Naquele dia, Hyoga decidiu que sua missão ficaria em segundo plano, afinal, qualquer que fosse a punição, talvez fosse melhor aplicar depois que acabasse aquele circo; exposição por exposição afinal de contas, o segredo já estava em risco.

— Parece que o Andrômeda é o favorito. — disse ele, apontando para um grupo de fãs com camisetas personalizadas com a foto do garoto de Andrômeda, pompons, músicas próprias e dancinhas para apoiar o favorito.

— É. — respondeu ela.

Hyoga percebeu como o sorriso dela havia sido educado, mas desconfortável. Shoko estalou os dedos, coisa que não lembrava ter visto.

— Aconteceu algo? — perguntou ele, sério.

Ela desmontou levemente e levou a mão ao pingente.

— Não. Eu só estou… com uma sensação estranha.

— Quer ir embora? Podemos só ficar na praia olhando o mar. — disse ele.

— Não. Vai passar. — falou ela, mas logo se arrependeu de se esconder e se abriu. — Na verdade, hoje é aniversário da minha irmã. Então eu estou me sentindo um pouco estranha. Mas… não é tristeza. É ansiedade. Como se eu fosse reencontrá-la e estivesse esperando acontecer.

— E o que vai dizer quando a reencontrar? — perguntou Hyoga, ingênuo.

A pergunta direta e inocente desmontou a insegurança de Shoko, pois era uma pergunta com a certeza de que aquilo aconteceria, e isso a deixou um pouco mais alegre.

— Eu vou dar uma bronca nela. Ela vai ver só. — falou Shoko, sorrindo.

As luzes diminuíram e a luta estava para começar, o alarido da multidão se levantou, assim como as pessoas ao seu redor. O clima no estádio era incrível. Os dois também se levantaram para poder ver a entrada e se contaminaram pela atmosfera. Hyoga viu que Andrômeda não usaria sua armadura e preocupou-se um pouco.

O primeiro round terminou com a vitória de Shun, para um alarde enorme na plateia.

Quando o segundo round terminou com a vitória de Unicórnio, todo mundo se levantou para entender melhor o que havia acontecido para Andrômeda cair da Arena. Menos Shoko.

Hyoga notou que ela tinha o rosto lívido e a mão em seu pingente alado.

— Você não está bem. — falou Hyoga.

— Eu sinto a minha irmã. — falou ela.

— Aqui? — disse ele, olhando para todos os lados.

— Não sei explicar.

Hyoga sentou e não sabia o que fazer, quando notou algo curioso na Arena: a Armadura de Andrômeda vestiu o corpo de Shun contra sua vontade, ao que tudo parecia. Ela tinha Correntes magníficas que estavam protegendo Shun de alguma coisa.

Preocupado, Hyoga olhou para os lados, para a cabine de transmissão, onde lembrava de terem estado os Cavaleiros Negros, e também para a Urna de Ouro, que sabia estar vazia.

Haviam sombras perto da Urna. Sombras suspeitas.

As Correntes de Andrômeda estavam tensas no meio da Arena e Hyoga viu como os guerreiros que haviam invadido o palco estavam discutindo entre si. Tinha alguma coisa acontecendo.

Tinha alguma coisa acontecendo ao seu lado.

— Hyoga. — chamou Shoko. — Hyoga…

— Shoko. O que foi?

— Eu sinto uma pressão em meu peito, eu não sei. Eu não sei o que fazer.

Hyoga ajoelhou-se na sua frente e segurou suas mãos.

— Escute. Respire. Olhe pra mim. — pediu ele. — Vai ficar tudo bem.

As luzes do estádio então se apagaram todas e a Urna dourada começou a se abrir lentamente. Os dois sequer viram a tudo isso, pois Hyoga estava segurando as mãos de Shoko, que fechava os olhos com força tentando manter dentro de si uma enorme angústia.

Quando as luzes retornaram, o grito da plateia se levantou em furor e assustou tanto Hyoga quanto Shoko, que viram a enorme Corrente de Andrômeda esticada da Arena até o punho de uma pessoa em cima da Urna de Ouro.

Ela atacou Andrômeda à distância.

Shoko levantou-se, sobressaltada, e pegou nas mãos de Hyoga. Seu peito batendo forte.

— Shun, você não mudou absolutamente nada. — disse a voz da misteriosa guerreira ecoando pelos alto-falantes. — Você continua chorando demais. Já estou cheia de suas lágrimas! Você será o primeiro a morrer, prepare-se!

E voou de onde estava para atingir Shun com uma voadora poderosa.

De mãos dadas com Shoko, Hyoga sentiu uma cosmo energia terrível e enorme.

Não era Fênix.

Mas a garota ao seu lado.


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Notas finais do capítulo

SOBRE O CAPÍTULO: Fazer de Hyoga e Shoko um casal foi muito divertido, pois a personalidade dos dois é bem diferente. Mas encaixa direitinho, pois Hyoga e Eiri (Éris do primeiro filme) também tinham um certo flerte, e eu aproveitei essa ideia, mas com Shoko no lugar da Eiri.

PRÓXIMO CAPÍTULO: SOB ESTRELAS MALIGNAS

O que é o estranho cosmo despertado em Shoko?



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