Amor Perfeito XV escrita por Lola


Capítulo 6
Visita surpresa


Notas iniciais do capítulo

Olá Olá
Um pequeno aviso :)
Segundo minha linda Bruninha eu errei no cap anterior onde coloquei "orientação sexual", afinal ngm é orientado, foi um erro primário (estou sem dormir, então estou sem pensar kkkkk) e é fato que a nomenclatura muda sempre! Primeiro peço desculpa pelo erro, mas para um homossexual isso é o menor dos problemas. Mas, devido a isso eu fiz uma breve reflexão e como também devem haver vários outros erros nesse sentido eu acabei deletando as temporadas anteriores :) Brubszinha te amo viu ♥
E de antemão peço desculpas também se houver algum erro, estou tentando solucionar a minha insônia, só quando eu dormir bem vou voltar a escrever direito (:
Boa Leitura ♥



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Alice Narrando

Estava no meio de uma guerra de travesseiros com Kevin quando o telefone dele começou a tocar. Ele foi correndo atender. Agora era assim. Ele vivia tenso, olhava seu celular o tempo todo e fazia ligações estranhas. Algo estava acontecendo.

— Vamos esse fim de semana a Torres. – avisou assim que voltou. Se deitou ainda recuperando o fôlego.

— Estamos indo quase todo fim de semana, qual a novidade?

— Eu estava pensando em não ir. Mas daí lembrei que já vai ser abril e é meu aniversário de namoro... – nos olhamos.

— Você já pensou em uma forma de viver que não seja em função do Rafael? – me encarou com a testa enrugada.

— E você já cogitou ser um pouquinho só menos ciumenta?

— Eu não tive nenhuma ideia. O que vai dar a ele?

— Uma viagem para ele o pai. – continuei o encarando. – O que foi?

— Você é ridículo. O aniversário de namoro é de VOCÊS. Qual é o sentido dar um presente pra ele e o pai dele? – ele não disse nada, apenas continuou me olhando. – Eu já sei. – afirmei calmamente. – Você tá aprontando alguma coisa. E precisa dele fora da cidade.

— Passou longe. Ele recebeu uma ligação da mãe dele e isso o deixou abalado. Acho que agora Rafael precisa passar esse tempo com o pai.

— Você é ou não é o namorado perfeito? – sorriu.

— Pergunte ao seu irmão. – não aguentei e ri.

— Ah – me levantei e peguei meu celular. – Sua brincadeirinha vai sair caro. – liguei para Murilo. Ele me encarava incrédulo.

“Oi meu amor.”— ele atendeu e eu sorri.

— Muh pode me tirar uma pequena dúvida?

“Claro. Manda.”— olhei para Kevin e ele estava perdendo a cor. Dei uma risada bem alta.

— Tem alguém que está dizendo que é um namorado perfeito e eu estou duvidando um pouco disso... Você pode confirmar essa informação? – meu irmão me olhou como se eu fosse louca.

“Infelizmente vou ficar te devendo essa resposta.”— bati os cílios sem entender. – “Eu tive apenas uma pequena amostra e não uma experiência completa. Seria um julgamento errado da minha parte.”

— Maduro. – olhei Kevin de novo. – Podemos notar o quanto ele é imbecil já que foi o mesmo que sugeriu que você poderia confirmar essa resposta. – ri enquanto o fazia ficar ainda mais pálido.

— E você é uma idiota de me levar a sério. – respondeu baixo, mas Murilo ouviu. – Aliás o seu irmão também é um idiota. Ele sabe que eu sou sim um namorado perfeito.

— Ahhh! Agora recuperou seu brilho e reagiu? Você estava quase falecendo aí.

— Tudo isso porque você tem ciúme do Rafael. Tá indo longe demais Alice. – saiu do quarto me deixando surpresa.

“Por que você tá com ciúme do namorado dele?”— olhei meu irmão.

— Ele só pensa nele Murilo. As coisas que eu digo não tem importância. Kevin leva em consideração apenas Rafael e o relacionamento.

“Alice ele está na capital só por sua causa. Por ele já teria voltado pra casa, justamente pelo relacionamento dele. Você o fez ficar. Ele te escolheu, te colocou acima do namoro e acredite, eu sei que a vontade dele era estar lá. Para com isso. Deixa de ser infantil.”

— Ele é tudo o que eu tenho Muh. – olhei pra baixo. – E dividi-lo com Rafael é sacrificante.

“Alice! Ele não é seu. Para com isso. Já basta o namorado ter o sentimento de posse com ele.”

— Se você fosse o namorado dele será que não seria assim também?

“Jamais. Tive ciúme do ex dele e chegamos a discutir porque ele também tinha ciúme de mim, mas... Não era isso. Era normal. Eu o respeitava. Rafael o prende. E se você tentar prende-lo também, vai causar um mal enorme a ele. Promete que vai parar?”

— Tá bom. Prometo. – respondi emburrada.

“Eu te amo, vou desligar. A gente se fala depois."

Tudo o que eu podia fazer agora era cumprir a promessa que fiz ao meu irmão. Então já havíamos chegado a Torres e nesse tempo eu não tive mais nenhuma crise de ciúme.

— Por que o Yuri tá pra baixo daquele jeito? – perguntei ao chegarmos para almoçar na casa da vó Isa. Meus pais vieram me abraçar e minha tia querida Luna estava com eles. Detalhe: Ela ainda me detestava.

— Não estão sabendo? – ela perguntou e olhou meus pais e Kevin. – Sophia o traiu com alguém na faculdade.

— Ah o primeiro ano na faculdade é sempre tão divertido. – minha mãe afirmou fazendo meu pai encara-la com insatisfação. – Não que eu tenha aproveitado muito, já que vivia pra música. 

— Eu vou lá falar com ele. – dei um passo.

— E eu vou matá-la. – parei Kevin que era mais rápido que eu.

— Nem todos lidam com traição como você tá legal?! – olhei dentro dos seus olhos. O ódio era iminente. Isso porque nem mesmo era com ele. – E... Conhecemos bem o Yuri. Ele só precisa superar e vai perdoa-la. – conclui e bati em seus ombros. – Então cuide de sua vida e vá atrás do seu namorado que é o que você sabe fazer de melhor. – revirou os olhos e depois procurou Rafael pela sala demonstrando que iria fazer o que eu pedi.

— Por que você tá assim? – questionei chegando perto do meu primo.

— Aposto que você já sabe. – afirmou com desânimo.

— O que deu nela hein?! – observei Soph de longe.

— O mesmo que ter a primeira vez com Murilo, acidentalmente um filho comigo... Decisões erradas. A marca registrada de Sophia. Foi só mais uma delas.

— Você pretende passar por cima dessa mágoa? – olhei em seus olhos.

— Se um dia parar de doer. – soltou praticamente todo o ar que tinha dentro de si. -  Só que nesse momento eu não consigo nem mesmo olhar para ela.

— Caso queira desabafar eu estou aqui. – coloquei minha mão por cima da sua.

— Acho que eu sou a pessoa mais apropriada para estar ao lado dele agora, afinal eu entendo bem do que ele tá sentindo. – levantei os olhos e encarei Arthur.

— Não entendi. Isso por acaso é uma indireta pra mim?

— Jamais. Pra ser indireta teria que haver um fato oculto e eu estou afirmando algo.

— Eu nunca te trai Arthur. – minha voz saiu carregada de dor.

— Mas me trocou algumas vezes. Isso conta como traição. E se você soubesse como dói... – ficamos nos olhando. Yuri parecia assustado com aquela quase discussão.

— Console seu irmão. – me levantei. – E seja o babaca que está querendo ser. Devia ter deixado claro antes que não conseguiria nunca me perdoar.

— Você por algum momento chegou a me pedir perdão? – parou em minha frente e olhou no fundo dos meus olhos.

— Não achei mesmo que precisasse. Mas eu me desculpei sim, lembra?

— De um jeito um pouco despreocupado e até despretensioso eu diria.

— Acha que eu não me importo? – ficamos nos encarando com o que parecia ser algum tipo de raiva.

— Se vocês quiserem conversar eu posso sair. – direcionamos nosso olhar para Yuri.

— Devia ter continuado me ignorando. – sai rapidamente.  Fui para perto de Kevin e Rafael.

— Vamos aproveitar que Arthur está distraído com Yuri e juntar todo mundo na área da piscina. – Kevin ordenou andando com o namorado ao lado. Estranhei bastante, mas fui seguindo seus passos.

— Tenho pouco tempo então vou ser rápido, prestem atenção. Meu irmão não tá bem, Arthur precisa da gente mais que nunca. Eu já estou com um plano em prática, mas eu não sei se vai dar certo, então preciso pensar em outra coisa e preciso de vocês pra isso.

— Plano em prática? Achei que o Ryan estive a frente de tudo.

— Achou que eu ia deixar Ryan no comando sem nenhum controle? – os dois se olharam. – Você é bom, mas não se compara a mim.

— Tá Kevin, você tá sem tempo, mas pra se gabar vale a pena perder alguns minutos.

— Por que ele não está bem?

— Está traumatizado. O sequestro e ter sido espancado... Ele não consegue superar. – Larissa respondeu me fazendo respirar fundo.

— Ele desabafa com você? – Rafael a questionou sendo respondido positivamente. – É algo a se considerar. Podemos usar isso. – encarou Kevin.

— Arthur está vindo. – Aline avisou e todos se calaram.

— Como são burros. – Soph reclamou. – E então eu afirmei mais uma vez que as coisas são como são. – ela disse e fechou a cara.

— Tá se defendendo? – ele a questionou com um péssimo humor.

— Eu não preciso de defesa. – passou por ele e foi pra dentro da casa.

— Vai ficar esse climão durante um bom tempo né? – Giovana fez uma pergunta que a resposta era óbvia. Fui caminhando com Kevin com os braços em volta do meu ombro e Arthur nos seguiu.

— Rafael você realmente não se incomoda? – parou na nossa frente.

— Você age como se Kevin a desejasse Arthur. Eles sempre foram assim, por que você tá incomodado agora?

— Não foi sempre da forma como tá agora, tá excessivo e eu sei que ele quer me punir. Só que ele sabe o que ele pode causar com isso. E quando isso acontecer, porque vai, você vai perder seu namorado, pois ela vai pedir pra ele escolher entre você e ela. Depois não diga que eu não avisei.

Ele passou de todos os limites. Eu nunca pediria isso ao Kevin. Até nas minhas crises de ciúme mais intensas eu não cheguei a pensar nisso. As coisas que Arthur dizia hoje em dia eram ridículas.

No outro dia todos combinamos uma tarde na piscina. Claro que só poderia acabar mal. Eu estava indo para fora quando dei de cara com Arthur entrando e quase trombamos um no outro. Kevin vinha comigo e acho que para provocar o irmão segurou meu queixo e selou nossos lábios.

— Estou te esperando. – foi até o pessoal e o loiro continuou parado me encarando.

— Isso é normal pra você? – não entendi muito bem qual era a intenção da sua pergunta.

— A partir do momento em que ele é declaradamente gay sim.

— E a parte em que você já foi louca por ele? – dei uma risada amarga.

— Louca? – cruzei os braços.

— Ah, qual é Alice, você se apaixonou perdidamente. Não queria estar perto de mim. Ficou atrás dele por um bom tempo.

— Você não acha que está inventando histórias ridículas na sua cabeça pra fugir do fato que dormir comigo e nunca mais me procurar te faz se sentir culpado? – ele claramente não esperava por aquilo. - E pior, você não consegue fazer nada a respeito.

— Oi. – Larissa parou do nosso lado. – Você vem comigo pra piscina? – passou a mão em sua cintura.

— Pode ir, eu já estou indo. – ela ficou me olhando.

— O que foi Larissa? – iriamos brigar, com certeza.

— Ele tá passando pelo pior momento da vida dele, acha que o confrontar agora é o certo?

— Tenho que esperar ele estar pronto? – quase ri.

— Essa é a santa Alice. – finalmente nos deixou sozinhos novamente.

— Eu vou quebrar a cara dela. – Arthur me segurou.

— Não vai fazer nada. – mandou todo sério. – Estou evitando ter essa conversa contigo, sabemos o motivo... Eu fiz a coisa errada. Eu não consigo mais ser aquele Arthur.

— Mesmo sendo diferente você poderia ter tentado. – ele desviou o olhar e depois voltou a me encarar.

— Vou sair da cidade. Ir para o litoral. Viajar um pouco. Preciso de um tempo. Sozinho. Se eu voltar e você não estiver apaixonada pelo meu irmão...

— Eu desanimo tanto apenas com o fato de você cogitar essa possibilidade.

— Sinto que isso vai acontecer.

— Ele te ama demais Arthur. Se ele sentisse que existe o mínimo risco de acontecer teria se afastado de mim. Sabemos que isso é impossível.

— Não é o que o meu coração me diz.

— O seu coração tem sérios problemas. – olhei em seus olhos. – E depois de anos eu posso afirmar com confiança que eu estou me cansando dele.

Percebi a tristeza em seu olhar. E mesmo assim segui o meu caminho. Talvez quando ele voltasse nós dois entendêssemos que não devíamos estar magoados. Que o melhor mesmo era mantermos essa separação.

Murilo Narrando

Lá estava eu saindo mais uma vez com aquele garoto que eu não suportava. Patrícia demonstrou que queria que eu fosse. O que eu poderia dizer? Ela conseguia qualquer coisa de mim, sem nem mesmo pedir.

Após a noite que ela me deixou sozinho e demonstrou que eu era apenas uma parte um tanto irrelevante na vida dela, eu passei a fazer ainda mais coisas para agrada-la. Agora eu me via na situação que era eu que queria ser levado a sério e não o contrário. Grande ironia do destino.

— Isso é bem irreverente. Ainda não me acostumei com os dois como um casal. – ele comentou e riu após beber um gole de sua dose. Fiquei olhando pra ele. – Se ofendeu?

— Se acostume Kevin. – ela respondeu e eu desviei o olhar. - Porque isso não vai mudar nem tão cedo.

— É bom cuidar bem dela. - me ameaçou sem tirar o sorriso cínico do rosto.

— Pra fazer isso bem eu deveria começar a tirando do seu lado. – devolvi o sorriso. - Estou só brincando.

— Não achei engraçado. – ficou ne olhando e eu acertei minha posição na cadeira. Iria mesmo ser difícil nossa convivência. Por mais que tentássemos. – Paty vamos pedir umas bebidas no balcão. – ela me deu um beijo e saiu com ele. Não gostar de Kevin e estar ali mais uma vez para agrada-la estava sugando minhas energias. Eu só queria ir embora. Olhei pra trás e não vi os dois. Fui ao banheiro e os vi no corredor. Parei antes ouvindo a conversa dos dois mais uma vez.

— Eu seria o primeiro a te dizer que aquele imbecil não está te levando a sério ou não sente nada. Você tá arriscando muito. Ele tá caidinho por você, já te disse isso. Basta ver o jeito que ele te olha e te trata.

— Mas ele é assim. Isso pode não significar tanto.

— Ele é o seu namorado. Tem que significar tanto. Você não se precaveu atoa. E sabe as respostas das suas perguntas. Caso contrário nem tinha aceitado o namoro. Para de ter medo de ser feliz Patrícia. – afinal ele não era tão detestável assim. Sai de lá antes que os dois me encontrassem. E nem preciso dizer que passei o resto da noite mais tranquilo e satisfeito.

Aquele mês de abril me deu um pouco de sossego em relação a Torres. Falava apenas com minha irmã e às vezes alguns dos meus amigos e amigas, mas não aconteceu nada que me tirasse do eixo. Até agora. Maio trouxe os assuntos que eu mais evitava.

“Murilo eu sei que você não quer que eu fale dele e eu não devo falar...”

— O que Kevin fez Alice? – tentei demonstrar o quanto não estava nem aí.

“Não adianta fingir. Eu sei o quanto ainda liga. E o seu namoro?”

— Eu já disse. Ela ainda me castiga por eu ter transado com o cara que por acaso é irmão do seu melhor amigo e você iria falar dele... Conta logo.

“Ele e Arthur tem brigado muito. Por ciúme de mim.”— dei uma risada. – “Sim, não faz sentido. Nenhum, aliás. Primeiro porque ele não tem direito de ter nenhum tipo de ciúme.”

— Pelo menos não é algum problema com o namoro dele. Ou o Rafael também está com ciúme?

“Não. Ele está de boa. Os dois parecem estar bem... Mas eu nunca sei. Kevin está focado em ajudar Arthur, ele tem estado... instável.”

— Alice eu tenho que desligar. – olhei a pessoa a minha frente e me assustei. – O que está fazendo aqui? Como descobriu meu endereço? Quem deixou você entrar?

— Um carinha bem bonitinho, nem perguntou meu nome. Acho que ele estava com pressa... Estava saindo. – fiquei olhando nos olhos dele.

— Nicolas como você veio parar aqui?

— Não te contaram que o meu pai é rico? – respirei fundo.

— Eu sei muito bem quem é o seu pai.

— Não estou falando do Caleb. – franzi a testa. – O meu pai é... – ele olhou para os lados. – Você tem um remédio de dor de cabeça? Odeio voos longos, meu cérebro parece... – o cortei.

— Não quero saber quem é o seu pai, não quero saber o que acontece com a sua cabeça, só quero que me diga o que tá fazendo aqui.

— Estou apaixonado Murilo. – se sentou em minha cadeira. – Eu fiquei um mês inteiro pensando em como conseguir te esquecer. Não achei uma forma... Então estou aqui.

— Como conseguiu meu endereço?

— Todo mundo tem seu preço certo. Mesmo que o preço não seja em dinheiro.

— Se não contar eu vou te expulsar. – ameacei começando a ficar nervoso.

— Rafael. Ele conseguiu pra mim. Parece que o loirinho é corrompível. Confesso que eu o induzi... Sei que ele morre de ciúme de você, foi só dizer que ficando comigo você esqueceria Kevin.

— Mesmo você sabendo que eu não vou ficar com você.

— E nem vai esquecer meu irmão. – ficamos nos olhando. – Não vai negar né?

— Pra que? – seu olhar ficou sombrio.

— Por que aconteceu isso? Por que eu bati os olhos em você e fiquei dessa forma? Só me explica.

— Também não entendo. Era muito mais fácil você ter se apaixonado pelo Yuri, que é filho da Luna que é o verdadeiro amor do Caleb e já que você é igualzinho a ele... Faz muito mais sentido pra mim. Mesmo que ele seja seu meio irmão e fosse um amor proibido e igualmente não correspondido.

— Aquele idiota que só fica rindo? – revirou os olhos. Depois ficou me olhando – Você é tão lindo.

— Nicolas eu vou ir ver a minha namorada daqui a pouco, você pode, por favor, ir embora da minha casa?

— Murilo... – ele começou a falar olhando para o chão. – Eu estou fazendo coisas tolas por esse sentimento, todo dia eu me imagino ao seu lado e eu fico me lembrando do seu sorriso e dos poucos momentos que tivemos juntos. Já sei muito sobre você, sei que sou o que você mais detesta, lembro tudo o que você quer fugir, mas eu não sou ele. E eu posso mudar. Kevin mudou. Por sua causa. Eu preciso de você.

— Eu sou a clínica de reabilitação para os filhos do Caleb? – ele deu uma leve risada.

— Não. Você é a pessoa mais doce, divertida e afetuosa que conheci em toda minha vida.

— Nicolas...

— Não mente pra si mesmo. Você sabe que rolou um clima entre a gente desde o início. O seu instinto moral foi me afastar, eu sei, sou o irmão do seu ex, mas ele está lá com o namorado dele nem lembrando que você existe. Você merece ser feliz também.

— E claro que seria com você. – afirmei ironicamente.

— Você não imagina o quanto eu faria de tudo pra sua felicidade acontecer.

Hoje era o dia das surpresas. Patrícia entrou no quarto e pela expressão em seu rosto ela havia escutado a última frase de Nicolas. Agora além da visita indesejada, eu também iria ter que lidar com minha namorada desconfiada.


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Notas finais do capítulo

Não tenho dia certo pra postar, mas volto o mais rápido possível ♥



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