Amor Perfeito XV escrita por Lola


Capítulo 18
Família


Notas iniciais do capítulo

Boa Leitura ♥



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Alice Narrando

Aquele dia havia chegado. O fatídico dia em que eu teria que lidar com questões que com certeza me machucariam. Kevin fixou os olhos em mim enquanto eu me ajeitava no sofá. Esperei que ele começasse a dizer algo.

— Preciso te pedir perdão. – Rejeitei qualquer contato físico. – Eu te feri, te insultei... Fui um idiota.

— Não Kevin. Você não foi só um idiota, foi um babaca, ridículo e imbecil. – Cuspi as palavras com fúria. – E quer saber? Eu disse que amava sua versão boazinha, mas nem sei se amo mais.

— Alice...

— E eu não concordo com isso de você estar com meu irmão. Vai fazê-lo penar e não vai dar o devido valor porque sabemos que ainda não esqueceu Rafael!

— Lógico que esqueci. Esqueci no momento que soube da traição. O seu irmão é tipo... Um imã pra mim. Eu nunca consegui me desligar totalmente dele.

— Não acredito em você Kevin.

— Como eu te faço acreditar? – parei pra pensar no quanto meu irmão ficaria chateado ao saber daquela conversa.

— Não faça, isso não é da minha conta. – Ele veio até a mim e pensei que se ajoelharia visto seu olhar de desespero.

— As coisas já são muito difíceis. Sem seu apoio se tornarão impossíveis. Precisamos de você. Nós dois.

— Está me procurando por interesse?

— Não Alice. Você e eu... Não consegue sentir falta da nossa amizade?

— Antes de você destruir tudo? – quase gritei. Murilo chegou e ficou nos olhando.

— Ei, por que vocês estão brigando? – não respondi. – Seja o que for podem parar. Vocês se amam muito, tenho que lembrar isso?

— Ah Murilo, me poupe. – Subi e logo meu irmão estava lá, lamuriando e reclamando que Kevin havia ido embora.

A explicação dele sobre como o “namorado” estava estranho me fez ter conclusões que eu não consegui não compartilhar com ele.

— Você acha mesmo que ele não esqueceu Rafael? – vi seu olhar mudar ganhando um toque de tristeza.

— Muh... – dei um suspiro longo. – O namoro deles não foi um caso qualquer, eles ficaram dois anos juntos e Kevin era louco por ele.

— Conhecemos o Kevin antes desse namoro e sabemos o quanto ter sido fruto de uma traição foi um gatilho pra ele a vida toda. A partir do momento que Rafael escolheu ativar esse gatilho dentro dele, o sentimento se dissipou.

— Você... – fui cortada.

— Sei que está pensando isso porque conviveu com eles e viu de perto o tamanho do amor que sentiam. Cheguei a ver também. Mas ter me amado tanto não impediu que ele amasse Rafael, assim como não impede de voltar a me amar. Entende?

— Talvez Rafael sempre esteve certo... No fundo ele nunca te esqueceu.

— Aí já é com ele. Sei que estou certo do que ele sente. – Finalizamos aquela conversa sem sentido.

Mais tarde naquele mesmo dia, Otávia apareceu lá em casa e despejou em cima de mim o quanto estava infeliz e sentia falta das investidas de Ryan. Dei uma risada do seu desespero.

— Ele acha que tá te protegendo. Ele pensa que não merece alguém como você. Que você é boa demais pra ele.

— Não. Ele pensa que sou uma grossa idiota.

— É... Talvez isso tenha passado pela cabeça dele por alguns segundos. – Ri. – Porém, você sempre deixou claro o quanto era demais pra ele, até ele mesmo acreditar nisso.

— E agora nunca mais ele vai me dar uma chance. – dei outra risada.

— Não seja idiota. É só estalar os dedos que ele vai correndo. Mas... Mesmo que ele seja louco por esses seus cachinhos e suas sardinhas, ainda merece um pedido de desculpas.

Ela se convenceu que deveria seguir meu conselho e começou a ensaiar como iria abordar Ryan, quais palavras usaria e até mesmo o tom de voz. Tentei não rir, pela nossa amizade. Só esperava que desse certo e os dois se acertassem.

Murilo Narrando

A noite passou sem que eu e Kevin nos víssemos. Chamei o pessoal para sair, mas estavam todos ocupados com preparativos com roupas e compromissos para a festa de bodas de ouro dos meus avós. Sai apenas com Adam. Pensei trezentas vezes em ligar para ele, mas eu não podia. Era melhor deixar o tempo passar. Alice decidiu perdoar nossos pais. Ela era muito mais compreensiva que eu. Talvez isso me ensine que eu devia pensar em perdoar Caleb, não sei.

Já era sábado à tarde Adam e eu saímos da piscina na casa da minha vó rindo, aquele idiota havia me vencido em uma corrida aquática.

— Estou morto. Até cortei meu dedo, olha só. - Mostrei o meu pé. Ele fingiu me enforcar com sua toalha e só então percebi que estavam todos em casa.

— Você prometeu fazer o almoço. - minha mãe disse me olhando.

— Estou indo tomar banho e vou fazer.

— Antes seu pai quer conversar contigo. - olhei o quanto Kevin estava sério.

— Que loucura é essa de você trazer um cara pra cá ontem?  - meu pai perguntou em um tom bem assisado. - Olha Murilo, faça o que quiser da sua vida e mesmo se fosse uma mulher não aceitaríamos.

— Ele trancou a chave dele dentro do carro ontem. Não tinha como deixa-lo na rua.

— Ele não tem casa? Ninguém para ligar? Não pensou em pedir um carro?

— Sim pai, ele tem casa, em Alela. Mora sozinho. Não tem ninguém para ligar. Tentou pedir um carro, mas não conseguiu motorista, grande novidade aqui né? Fico curioso porque o hotel vive cheio se a cidade é tão pequena.

—Negócios. - ele respondeu e continuou me encarando. - Por que não arrumou um jeito de ir pra casa?

— Andando? Até lá em cima? Nem fodendo.

— Olha a boca. E com arrumar um jeito eu não quis dizer ir andando.

— Iria te ligar as três da manhã?

— Sabia que esse cara podia ter inventado isso e te roubado? Roubado a casa da sua vó toda?

— É. Ele tinha muito jeito de ladrão mesmo. E eu sou o maior burro da história.

— Deixe-o subir, a bermuda dele está molhando a sala toda.

— Por que sua vó ouviu barulhos esquisitos? Tipo... Gemidos?

— Porque eu bati a porra do meu pé na cama. E gemi de dor. Ou para gemer tem que ser necessariamente de prazer?

— Murilo você acha mesmo que nasci ontem.

— Qual é pai. Não fiquei no mesmo quarto que ele. Deixei-o no quarto de hóspedes. Só que entrei no escuro no meu e bati a perna. Você só pode estar de brincadeira. Eu nunca faria isso.

— Já fez coisa pior.

— Mas eu já gostei de alguém? - ele ficou calado.

— Se gostasse de alguém não estaria em um bar e sim com a pessoa.

— Preciso explicar de novo que eu tive que digerir o fato do Caleb ter virado um santo?

— Ele não virou um santo. E não estamos falando disso. Você não vai ficar aprontando aqui tá ouvindo?

— Não aprontei nada. Sei que pensaria isso de mim, mas agora é diferente. Além do mais, nem se eu quisesse eu iria fazer algo. Pergunte ao Kevin e ele irá confirmar que eu estava fisicamente impossibilitado. Ele me destruiu a noite passada. - ele arregalou os olhos. - Vou tomar banho. - Saí do banho e vi meu namorado sentado na cama.

— Precisava ter falado aquilo?

— Não transei com aquele cara.

— Você não é mais o Murilo que pega todas as garotas, não pode mais levar amiguinhos pra casa. Os seus pais vão pensar besteira.

— Os meus pais são um saco.

— Você ainda os tem. Valorize isso. - Ele se levantou e eu fiquei confuso.

— Veio só me dizer isso?

— Sim. Não faça de novo. Invente qualquer desculpa, mas não apareça com caras desconhecidos.

— Isso é pelos meus pais ou por seu ciúme? Porque estou entendendo muito bem. - Ele chegou mais perto de mim.

— Sim, eu estou com ciúme. Muito. - nos olhamos. - E precisamos conversar. Depois do almoço você vem comigo para o hotel?

— Não estou gostando disso.

— Só diga que sim.

— Tá bom. - ele ia sair, mas eu o puxei e o abracei. Ele me empurrou de leve.

— Não somos como Arthur e Alice. As pessoas não estão preparadas para nos verem assim. E não estamos sozinhos agora. Se segura Murilo. - Puxei seu rosto e selei nossos lábios. - Você é doente?

— Uhum. - Sorri.

— Vai se vestir, vou descer. - Deixei-o ir. Quando apareci questionei o cardápio a minha mãe e assim que ela acabou de me falar o que a vovó queria comer, Alice entrou igual a um furacão em casa.

— Volta aqui. - Arthur ia atrás dela parecendo preocupado.

— SAI! NAO QUERO CONVERSAR AGORA. - Nunca tinha visto minha irmã tão brava.

— O que você fez? - segurei o braço dele.

— Uma mina estava me dando ideia e eu nem percebi e ela ficou louca.

— FIQUEI LOUCA? - ela voltou.

— Alice para de escândalo. - Nossa mãe mandou em um tom de voz muito sério.

— Você é igual ao seu pai! - ela exclamou o deixando completamente abismado. Ele e todos nós. - Não vou ser traída. - Ela subiu correndo.

— Você está dando motivos para ela desconfiar. Alice não é assim. - minha mãe falou continuando séria. - Vou lá tentar conversar com ela.

— Como ela pode me dizer essas coisas? Eu não fiz nada.

— Vou ir fazer almoço.

— Murilo! - ele veio atras de mim igual um bebê chorão. Adam apareceu com o cabelo molhado, tinha acabado de tomar banho.

— Sai. - falei tirando a mão dele da minha bermuda.

— Sempre fiz isso. É brincadeira.

— Agora eu namoro. - Olhei para Kevin sentado na sala. Dava para ele ouvir tudo. Dei um sorriso.

— Vou deixar de ser seu melhor amigo por isso?

— Não. Mas ele pode não gostar. Eu não ia gostar de um cara passando a mão nele.

— Foi isso! - Arthur bateu a mão no rosto. - A menina estava passando a mão em meu braço quando Alice chegou.

— Fo-deu! - falei e fiz careta.

— Me ajuda Murilo. Fala com ela, por favor. Sabe que eu nunca a trairia.

— Eu sei?

— Ah qual é?!

— Não é algo que eu possa afirmar com certeza. Não sou você. - Encarei Adam com raiva. - Já mandei tirar a mão de mim. - Ele fez uma expressão de insatisfeito.

— Até parece que você não me conhece. - Artur afirmou. Ele não desistira.

— Lava essas folhas pra mim. - Bati o pacote no peito dele. - Vou falar com ela, relaxa.

— Obrigado cunhado. - Ele sorriu e foi para a pia.

— Vocês são cunhados em dobro ne?

— Sim. Ah não ser que os dois terminem de alguma forma continuaremos sendo cunhados.

— Não vamos terminar. Nenhum de nós dois.

— Você entrou nisso de cabeça ne?

— Sabe quem dava conselhos para Alice bem no início quando ela descobriu que gostava de você? Eu. E sabe quem não vai errar nunca com a pessoa que gosto? Eu.

— Ele pode errar. Vocês podem não dar certo. Muita coisa pode acontecer. Quem sabe seu destino é o Adam? - ele perguntou e riu. Olhei o garoto ao meu lado.

— Deus não tinha uma coisinha melhor não? - perguntei olhando pra cima.

— Que absurdo. Sou gato. E você sabe disso.

— Mas não faz meu tipo.

— Seu tipo é aquele ali né? – ele virou meu pescoço em direção a sala. Fiz sinal positivo e abri um sorriso grande. – Você gosta de mistério. Nunca dá para saber o que ele está pensando. Esses tipos são cansativos.

— Não quando você é confiante e tem a certeza que ele está pensando em você.

— Você é um exibido do caralho mesmo. E tá se exibindo picando a cebola nessa velocidade. Ninguém aqui tá com pressa.

— Eu não reviso seus papéis e dou opinião no seu trabalho. - o olhei com tédio.

— Você vai se cortar Murilo. - Minha mãe chegou e avisou antes de beijar meu rosto. Ignorei e Adam começou a rir.

— Ela tá bem chateada. - Ela disse olhando para Arthur. - Dá um tempo a ela. É melhor. - Ele assentiu e ela saiu. Arthur ficou arrasado.

— Vai chorar na folha limpinha não.

— Para de fazer piada. Fazia tempo que a gente não brigava. - Ele secou a mão e ficou atras de mim. - Por que você põe isso congelado?

— Ele acha que fica mais cremoso.

— Tenho certeza. É questão de química e eu não vou nem explicar. - Olhei para a sala e depois para Arthur. - O que ele está fazendo no celular?

— Provavelmente resolvendo alguma coisa do hotel. E não sei se você lembra, mas ele tem quase poderes sobrenaturais, então ele ouviu você perguntar.

— O que tem?

— Não está namorando? Relacionamento é baseado em confiança.

— Não estou desconfiando. Só quero saber. EU ESTOU NAMORANDO! -gritei e ele se afastou.

— Dá pra deixar de ser imbecil só um pouco?

— Se continuar me ofendendo eu não vou conversar com minha irmã.

— Se continuar brincando com essa história de namoro vai acabar perdendo o namorado. Parece que o maluco é bravo.

— Se ele tivesse conhecido o Kevin na época.... Enfim... Ele iria morrer de medo.

— Vem cá. - Adam me puxou pela bermuda.

— Caralho qual seu problema? – ele me olhou sério.

— Qual época? Ele era gângster? Ele já matou alguém? Tem cara.

— Não adiantar perguntar baixo. Ele está ouvindo. E não faz mais isso, vai estragar minha bermuda.

— Ele não gostava de mim. - Arthur respondeu se sentando na bancada ao lado de Adam. - Na verdade ele não gostava de ninguém. E ele usava a Alice pra me atingir. Chegou até a conquistá-la.

— Mentira!

— Foi assim que eu e ele nos apaixonamos. Eu tive que intervir. Não podia ver minha irmã se iludindo.

— Aí você preferiu se iludir.

— Não é ilusão se você é correspondido.

— Você me contou de vocês muito por cima... Nunca perguntei porque sabia que era um assunto que te machucava. Mas agora que vocês estão bem conta aí... Como foi?

— Já éramos amigos porque eu curtia seu jeito debochado e aquele humor negro. Mas eu não tinha paciência para os dramas dele. Tudo girava em torno do pai preferir o irmão a ele. E quando vi que minha irmã estava sendo machucada eu me recarreguei de paciência e muita boa vontade e mostrei a ele o quanto errado isso era. Nesse processo ele meio que baixou a guarda e de alguma forma se abriu e se mostrou de outra forma. Desse dia em diante a gente não se afastou mais. Custei a acreditar quando percebi o que estava acontecendo, mas era tão real que não tinha como duvidar ou fugir. Só me entreguei. Até... Você já sabe.

— Você deve ser como um anjinho para ele. Que fofo.

— Faz sentido. - Arthur concordou. - Já parou pra pensar que se você não tivesse intervindo, as coisas poderiam ter sido tão piores e diferentes?

— Eu não costumo pensar nesse tipo de coisa. Enlouquece a gente.

— Sábio.

— Que cheirinho bom. - Minha mãe voltou e veio me abraçar. - Sinto muito a sua falta na cozinha de casa.

— Mas está em um grude comigo. O que é isso?

— Saudade Murilo. Você só fica longe.

— Ei! Cheguei. - Minha tia Luna veio toda animada da rua. Seu chapéu enorme e seus óculos escuros me fez rir.

— Qual é a graça? Sua sogra usa uns bem piores. - Arthur falou percebendo e fez com que eu parasse.

— Não está mais aqui quem riu.

— Por que meu filhinho está com essa carinha hein? – ela chegou perto dele o apertando. - Cadê Alice?

— Lá em cima. - Ele respondeu ficando ainda mais triste.

— Isso de namorar gente da mesma família é um problema meu filho, todo mundo vai saber das brigas, você vai ter que conviver com ela na hora que era melhor não estarem perto... É triste.

— Tá preparado Murilo? - minha mãe perguntou me encarando com seriedade.

— Nem aqui eu moro. - falei e pisquei.

— Moleque. - Ela me bateu com raiva.

— Vou lá em cima deixar minhas coisas. - Minha tia Luna falou voltando a pegar suas sacolas e bolsa. - Por que meu pai está conversando com Kevin?

—Mãe! - Arthur chamou sua atenção.

— Esse garoto é um problema. Eu não acredito que ele tenha mudado tanto assim. Ninguém é capaz.

— Não me faz jogar na sua cara que você era tão errada quanto o Caleb. Principalmente quando fez de tudo para me separar da Alice. Minha memória não é curta.

— Talvez se eu tivesse conseguido você não estaria tão chateado aí hoje.

— Gente para. - Minha mãe entrou no meio dos dois.

— Kevin sendo motivo de atrito como sempre. - ela saiu. Fiquei muito puto.

— Ele perdeu o pai. A mãe praticamente o abandonou. Ele não tem ninguém que não seja o Arthur e a mãe dele vai e faz isso?

— Ela nunca falou nada perto dele. Sabe o quanto é perigoso. Se ele comete um suicídio por causa dela eu a mato depois.

— Você ama seu irmão ne?

— Confesso que o odiei por causa de Alice, mas quando Murilo conseguiu resgatar o Kevin que o meu pai sufocava a todo custo, esse amor meio que dobrou.

— Eu estou muito apaixonado pela história de amor de vocês dois. - Adam disse e minha mãe me olhou.

— Tá tudo cozinhando. Só esperar. - sentei na bancada ao lado de Arthur. Assoviei e Kevin olhou do Sofá, eu o chamei com mão. Ele respirou fundo e veio parecendo que estava indo pra guerra. Chegou na porta e ficou me olhando.

— Está fazendo o que?

— Vendo televisão.

— Eu sou melhor que ela... Não?

— O que você quer Murilo?

— Só porque sua sogra tá aqui você está tímido. - Ele virou as costas e ia voltar pra sala. - Vem aqui Kevin! - ele voltou e chegou perto de mim. - Quanto antes eles se acostumarem com isso é melhor. - Eu o puxei e coloquei de costas para mim o abraçando e apoiando minha cabeça em seus ombros.

— Para com isso. - Ele tentou sair.

— Eu estou bem Kevin. - Minha mãe avisou. Seu tom não era carregado de absolutamente nada.

— Mas eu não. - Ele se soltou de mim e eu fiquei sem entender. - Já conversamos sobre isso Murilo. - Ele me olhou sério.

— Pode pelo menos ficar no mesmo ambiente que eu? Ou tem que manter tanta distância assim?

— Não estou preparada para ver meu filho tão intenso. Meu Deus. - Minha mãe disse e olhou Arthur. - E achamos que você e Alice eram o drama da família. - Eles riram e ela saiu.

— Tenho que pegar uma coisa no carro. - Kevin se foi e eu fiquei boquiaberto.

— Procura um cara que não seja da sua família. Talvez seja mais fácil. - Adam falou e deu um tapinha em minha perna. Mas eu sabia que isso não aconteceria nunca.


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Notas finais do capítulo

Até amanhã ou domingo ♥



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