Sol da meia-noite: Midnight Sun escrita por Alina Black


Capítulo 2
T1(Nessie)- Inconsequente


Notas iniciais do capítulo

Essa Nessie é um pouco diferente de todas as versões que já escrevi, parece que Jake terá trabalho com ela kkkkk



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        – Eu já estou ficando bêbada!

Eu disse para Becky (a quem eu chamava carinhosamente de Bey) enquanto levava a garrafinha de bebida a boca tomando o restante do forte liquido de uma única vez, minha melhor amiga riu baixinho e eu apenas movi meu corpo da cintura para cima de um lado para o outro tentando acompanhar o ritmo da musica que tocava alto.

— Você vai realmente viajar? Perguntou Bey em um tom alto de Voz.

Eu fiz uma careta e neguei com a cabeça – Minha meia irmã se casar em poucos dias, mas eu não vou para aquele fim de mundo.

— Você não vai ao casamento de sua irmã? Perguntou Bey surpresa me entregando uma garrafinha cheia.

Novamente eu neguei – para ser sincera eu não quero ir – respondi – Meu pai disse que não vai me obrigar a ir e minha mãe ficou furiosa.

— Credo Renesmee – reclamou Bey em um tom e reprovação – Eu achei que gostasse de Bella.

Rodei a tampinha da garrafa com a ponta dos dedos e levei a boca tomando um gole – Eu amo a Bella, só não quero ir para Forks, tirando Charlie eu não conheço ninguém lá, vou me sentir um peixe fora d’água.

—Faz sentindo – disse Bey.

— Que tal mudarmos de assunto – sugeri, eu havia passado as ultimas semanas tendo discursões com meus pais sobre o fato de me negar viajar para o casamento e Bella, não queria debater com minha amiga também sobre isso.

Bey riu – Nosso assunto está ali – Apontou ela para o bar onde dois garotos conversavam sem tirar os olhos de nós duas.

— A noite vai acabar bem melhor do que eu esperava – Disse olhando para os garotos que ao perceberem nossos olhares caminharam até a nossa mesa, um era alto com o corpo atlético e a pele bronzeada, e o outro tinha os cabelos ruivos e um físico um pouco menor que o do moreno.

Nos divertimos por algumas horas, eu ignorei meu celular vibrando dentro da minha bolsa enquanto terminávamos a decima rodada de vodca – Eu acho melhor nos irmos! Sugeri a Becky ao perceber que tínhamos bebido demais.

— Querem uma carona? Perguntou o deus grego moreno.

Balancei a cabeça em negativa – meu pai disse que não posso aceitar caronas de estranho.

Bey gargalhou deixando sua garrafa sob a mesa – Ela está certa! Disse ela em meio aos seus risos – Perdão rapazes mas precisamos ir.

Becky levantou com dificuldades usando a mesa para se apoiar e eu ri enquanto também me levantava, nos despedimos dos garotos e caminhamos de mãos dadas cortando a pista de dança movendo nossos corpos no ritmo da musica, rimos juntas e saímos da boate cambaleando para os lados até o estacionamento.

— Eu acho melhor eu dirigir – sugeri ao perceber que ela não estava conseguindo nem colocar a chave no carro.

— Está insinuando que estou bêbada? Perguntou ela unindo as sobrancelhas e com a voz arrastada.

—Estou afirmando! Disse puxando a chave da mão dela.

— E você não está?

— Estou um pouco menos bêbada do que você – Afirmei abrindo a porta do veiculo para que ela entrasse.

Bey rolou os olhos e entrou, eu sabia que não estava em uma situação diferente da dela mas eu conseguia ver as coisas ao meu redor um pouco desfocado mas melhor do que ela.

Após entrar no carro dei partida no veiculo saindo do estacionamento e pegando a estrada que seguia para o Orange Park, Bey ligou o som do carro e deixou no volume máximo e juntas cantarolamos enquanto eu dirigia.

Ao menos aquilo nos manteria acordadas.

Peguei a Callaham seguindo para Hilliard,   o plano era deixar minha amiga bêbada em casa e seguir para a minha antes que Phil Dwyer colocasse a policia atrás de mim.

Tinha que admitir que eu estava cansada, percebi que meus olhos começaram a pesar enquanto eu matinha meus olhos fixos na estrada, então o baque forte acordou Bey de seu pequeno cochilo e o carro derrapou.

Bey gritou.

O carro girou três vezes antes e bater em uma pequena mureta e ouvimos um novo som, novamente nossos corpos foram jogados para frente sendo segurados no banco pelo cinto de segurança.

Finalmente tínhamos parado, mas aquilo não foi um alivio para nós duas, dois homens de uniforme deram a volta em torno do carro e apareceram em ambas as janelas.

— Senhoritas peço que saiam do veiculo agora! Disse o policial.
Eu olhei para frente e tínhamos batido na viatura.

Becky e eu estávamos bem encrencadas.

✽✽✽

Após sermos atendidas por um médico Becky e eu esperamos sentada naquele corredor, em silêncio observávamos o movimento dos homens de uniforme passando a nossa frente, olhei para a porta e havia uma mulher de uniforme encostada com os braços cruzados, seus olhos estavam fixos em nós duas e um pouco mais a frente a outra mulher conversava com o chefe.

Os pais de Becky chegaram antes dos meus, ela deu um sorriso tímido mas não se despediu, os olhos da senhora Davis sobre mim eram de acusação, como se eu tivesse colocado a filha em uma camisa de força a arrastado para a balada, eu suprirei e observei em silencio minha melhor amiga ser arrastada pelos seus pais.

Fiquei imaginando como seria quando chegasse a minha vez.

Eu encostei minhas costas na cadeira e fechei os olhos soltando um suspiro, olhei para o relógio e eu estava a exatas duas horas sentada naquele corredor e a mulher parecia não se sentir nem um pouco cansada, me perguntei que horas meus pais viriam, ou eles pretendiam me deixar ali?

A mulher se aproximou com um copo descartável em uma das mãos e me entregou – Toma, vai ajudar a curar o porre – disse ela com um tom de voz amigável porém firme.

Peguei o copo da mão dela e agradeci tomando um gole do liquido escuro e quente, fazendo uma careta logo em seguida – Nada como um café amargo – disse a mulher sorrindo.

Dei um tímido sorriso voltando a tomar um gole do café, a mulher se afastou e eu a segui com meus olhos, porém minha atenção se desviou para meus pais que conversavam com o Chefe de policia e em seguida olharam para mim.

Definitivamente eu estava ferrada.

Renee e Phil cumprimentaram o homem e então olharam novamente na minha direção, ao perceber que meu pai havia puxando a respiração antes de começar a caminhar  me preparei para o pior, eu conhecia bem meu pai, ele sempre respirava profundamente quando estava irritado.

— Pai eu...

— Vamos para casa! Disse ele me interrompendo, Mamãe cobriu meus ombros com seu casaco e passou um dos braços em volta dos meus braços, papai nada disse apenas caminhou a minha frente.

— Você está bem? Perguntou Reneé antes de entrarmos no carro.

—Estou – Respondi entrando no carro e sentando no banco de trás, Phil me olhou pelo espelho retrovisor mais eu estava envergonhada demais para encara-lo.

Os minutos de estrada de volta para casa foram crucificante, meus pais não disseram nenhuma palavra, e quando finalmente chegamos em casa o silêncio se propagou.

— Pai – eu disse assim que o vi dar as costas e caminhar na direção do quarto.

—Vamos dormir.

Foi a única resposta que eu tive dele.

Eu olhei para mamãe que me deu um beijo na testa e então seguiu o papai, o efeito do álcool começava a passar e então eu comecei a sentir o resultado do pequeno acidente, fui para o meu quarto e após tomar um banho me joguei na cama.

Em questão de segundos eu adormeci.

— Acorde!

O som da voz de Phil parecia distante, mas pouco a pouco se tornou mais alto, eu movi meus olhos e fiz uma careta ao sentir os raios e sol em meu rosto, lentamente eu me sentei na cama e Phil me observava em silêncio sentando em minha poltrona.

—Bom dia pai – eu murmurei ainda sonolenta.

Meu pai sorriu – Isso não será um bom dia, não para você.

—Pai eu...

— Isso não tem explicação – disse ele me interrompendo.

—Eu sei mas...

— Eu ainda não terminei!

Eu balancei a cabeça concordando e ele se levantou e começou a caminhar pelo quarto.

— Eu me sinto culpado – Disse ele – Eu sempre faço tudo que você quer e sempre dou a você tudo o que deseja, Renesmee qual o seu problema filha? Você tem me dado muitos problemas nos últimos meses.

— Eu sinto muito...

— Não você não sente, se sentisse não continuaria sendo tão inconsequente, então eu tomei uma decisão.

Eu ergui meu olhar em sua direção – Do que está falando?

— Você está de férias e nos próximos dias você não vai sair de casa a não ser comigo e com sua mãe, eu quero seu celular e seu notebook, nada de amigos, nada de cinema, nada de festas.

Eu pulei da cama ao ouvir o que ele havia dito – Pai! Eu disse em um tom mais elevado – Você não pode...

—Eu posso! Ele novamente me interrompeu – E quando sua mãe for para Forks você irá com ela.

—Como é que é?

—Isso é tudo Renesmee Dwyer, a partir de hoje sou eu quem dita as regras – Ele finalizou caminhando até a porta do meu quarto e após sair a fechou sem olhar para trás.

Furiosa eu joguei a primeira coisa que vi na minha frente na porta e o som o quebrar ecoou pelo meu quarto.

Novamente me joguei na cama e suspirei olhando para o teto.

E foi assim que fui sentenciada ao meu exílio em Forks.


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