Pontes Quebrando escrita por CM Winchester
Entramos no Três Vassouras e nos sentamos em uma mesa mais afastada. Vitor pegou duas cervejas amanteigadas para nós. Deu 5 autógrafos no percurso ate a mesa. Agora isso não me incomodava tanto. Claro não gostava quando elas passavam a mão no peito ou braços dele.
— Se elas descerem a mão abaixo da sua barriga vai ter briga. - Resmunguei e ele sorriu.
— Não se preocupe.
— Eu me preocupo sim. - Ele se aproximou e beijou meus lábios.
— Fica linda quando esta com ciúmes.
— Estou sempre com ciúmes. - Riu bebendo um pouco da cerveja amanteigada.
— Por isso esta sempre linda.
— Um maldito conquistador.
— Assim me ofende.
— Vitor, você pode ter a garota que quiser aos seus pés.
— Não quero nenhuma garota além de você. - Sorri me esticando para beija-lo. - O que vai fazer no natal?
— Acho que passar com a Serena. Mais provavelmente iremos para a Toca.
— Ela deixaria você ir jantar com a minha família.
— Sim, mas eu teria que passar a noite lá?
— Não se não quiser.
Encarei seus olhos.
— Acho que esta na hora de termos aquela conversa.
— Qual conversa?
— A conversa em que damos um passo no nosso relacionamento.
— Não podemos ter essa conversa aqui. - Olhou em volta.
— Podemos sim. Ou você não quer?
— Eu quero. Mas quero saber se é isso que você quer. É um passo importante a dar.
— Você sabe que nunca fiz isso com ninguém. - Assentiu. - E sei que você já fez isso com algumas garotas. - Pressionou os lábios. - Não minta.
— Não mentirei. Mas não quero falar sobre isso com você.
— Acredite não quero escutar tambem. Mas... Quero dar esse passo com você. Você é o cara certo para isso, Vitor. Cada dia que passa tenho certeza disso. Se estiver tudo bem podemos fazer isso na sua casa no Natal.
— Quando chegar perto do Natal conversaremos melhor sobre isso.
— Esta tão conservador.
— Seus sentimentos são importantes para mim, odiaria magoa-la ou fazer algo que se arrependa depois.
— Estou certa do que quero, Vitor. - Beijei seus lábios.
— É melhor não dizer essas coisas e me beijar em publico. - Murmurou se afastando enquanto arrumava a roupa.
Sorri.
— Algo te incomoda?
— No momento o lugar, as pessoas, essa calça. - Murmurou e eu gargalhei.
— Eu te amo, Krum.
— Amo você, Potter.
Harry, Hermione, Rony e Charlotte apareceram algum tempo depois e foram sentar mais afastados.
Mudamos de assunto enquanto bebíamos nossa cerveja amanteigada.
— Eu preciso ir. - Vitor falou depois de consultar o relógio. - Vou leva-la ate a escola antes.
— Passou tão rápido. - Assentiu antes de levantar.
Saímos caminhando em direção a escola, ouvimos gritos desesperados.
— Nossa. - Falei. - Que gritos são esses?
— Alguma coisa aconteceu. - Vitor se apressou pelo caminho em direção a escola onde o grito parecia se afastar.
Encontramos com Harry, Hermione, Rony, Charlotte e uma garota parados em volta de um embrulho no chão.
— O que aconteceu? - Perguntei.
— Katia foi enfeitiçada. - Charlotte respondeu. - Foi horrível de ver.
— Você é Liane não é? - Hermione perguntou abraçando a garota que estava chorando, ela assentiu concordando. - Aconteceu de repente ou...
— Foi quando aquele embrulhou rasgou. - Liane soluçou apontando para o embrulho no chão.
Rony foi toca-lo, mas Harry o segurou.
— Não mexe nisso!
— Um colar de opalas? - Perguntei.
— Já vi esse colar antes. - Harry falou. - Esteve exposto na Borgin e Burkkes há séculos. Estava escrito na etiqueta que era amaldiçoado. Katia deve ter tocado nele. - Encarou Liane. - Como foi que Katia arranjou isso?
— Bem era por isso que estávamos discutindo. Ela voltou do banheiro do Três Vassouras trazendo o colar disse que era uma surpresa para alguém em Hogwarts que precisava entregar. Estava muito esquisita quando falou isso... Ah não, ah não, aposto como foi amaldiçoada com a Imperium e eu nem percebi.
— Não foi sua culpa. - Charlotte falou.
— Ela não contou quem tinha lhe dado o embrulho Liane? - Hermione perguntou dando uns tapinhas nas costas da garota que continuava chorando.
— Não... Não quis me contar... E eu disse que estava sendo burra, que levasse aquilo para a escola, mas ela não quis me escutar então tentei tirar o embrulho da mão dela e... - Gritou desesperada.
Lancei um olhar para Vitor.
— Eu fico com eles e você pode ir.
— Não sei se é uma boa ideia. Acho melhor acompanha-la.
— Vou ficar bem. Nos vemos nos natal. - Beijei seus lábios e me afastei.
— Ate mais. - Falou antes de aparatar.
— É melhor irmos para a escola. - Hermione falou. - Poderemos saber como ela esta. Vamos.
Harry tirou seu cachecol e cobriu o colar antes de agarra-lo.
— Precisaremos mostrar isso a Madame Pomfrey.
Hermione e Liane seguiram na frente.
— Malfoy conhece esse colar. - Harry comentou no meio do caminho. - Estava em um estojo na Borkin e Burkes há quatro anos, vi Malfoy dando uma olhada no colar enquanto eu estava escondido dele e do pai. Era isso que ele estava comprando aquele dia em que o seguimos! Ele se lembrou do colar e voltou para busca-lo.
— Não sei, Harry! - Rony murmurou. - Um monte de gente vai a Borgin e Burkes... E aquela garota não disse que Katia pegou o colar no banheiro?
— Ela disse que Katia voltou do banheiro trazendo o colar, o que não significa necessariamente que tenha apanhado o embrulho lá...
— McGonagall! - Rony falou.
Logo mais a frente a professora estava descendo os degraus de pedra da entrada.
— Hagrid diz que vocês quatro viram o que aconteceu com Katia Bell... Ele tinha falado quatro. - Ela me lançou um olhar.
— Eu cheguei quando ele tinha saído. - Expliquei.
— Já para a minha sala, por favor. Que é isso que você esta levando Potter?
— É a coisa que ela segurou.
— Santo Deus! - Pegou o colar de Harry. - Não, não Filch eles estão comigo. - O zelador estava se aproximando no saguão com o sensor de segredos. - Leve este colar para o professor Snape agora, mas tenha cuidado para não toca-lo, deixe-o embrulhado no cachecol. - Ele se afastou. - Senhorita Potter pode nos acompanhar tambem.
— Ok. - Murmurei os seguindo ate a sala dela.
— Então? Que aconteceu?
Liane contou tudo a professora Minerva tentando controlar o choro.
— Muito bem suba ate a ala hospitalar, por favor, Liane e peça a Madame Pomfrey para lhe dar alguma coisa para o choque. - A garota assentiu e saiu nos deixando sozinhos com a professora. - Que aconteceu quando Katia tocou o colar?
— Ela subiu no ar. - Harry respondeu. - Então começou a berrar.
— Nós a puxamos para o chão e seguramos seu corpo que estava se mexendo. - Charlotte explicou. - Fiquei com medo de que ela acabasse se machucando. Então perdeu os sentimentos.
— Agiu bem, senhorita Lancaster.
— Professora posso ver o professor Dumbledore, por favor? - Harry perguntou.
— O diretor estará ausente ate segunda-feira Potter.
— Fora?
— É Potter fora! Mas qualquer coisa que você tenha a dizer sobre este terrível incidente certamente poderá ser dito a mim!
Lancei um olhar a Harry desejando que ele fosse sensato, mas sensatez nunca combinou com os irmãos Potter eu já devia saber.
— Acho que Draco Malfoy deu o colar a Katia, professora.
— É uma acusação muito seria Potter. Você tem alguma prova?
— Não, mas... No verão encontrei com Malfoy e a mãe dele depois o vi caminhando sozinho, não queria ser seguido. Estava muito suspeito por isso o segui ate a Borgin e Burkes. Ele tinha um objeto que precisava ser concertado.
— Malfoy levou alguma coisa para concertar na Borgin e Burkes?
— Não, professora ele queria que Borgin o ajudasse a concertar alguma coisa que não tinha levado com ele. Mas isso não é o importante, o fato é que ele comprou alguma coisa naquela hora e acho que foi o colar...
— Você viu o Malfoy sair da loja com o embrulho igual?
— Não professora, ele mandou Borgin guardar a compra na loja.
— Mas Harry Borgin perguntou se ele queria levar com ele. - Hermione lembrou. - E Malfoy respondeu "não"...
— Por que não queria ser visto com o colar é obvio! - Harry retrucou.
— O que o Malfoy realmente disse foi: "Como é que ficaria carregando isso pela rua?". - Hermione falou.
Bufei. Ela sempre tinha que se intrometer.
— Bom ele iria parecer meio retardado levando um colar. - Rony falou.
— Ah Rony o colar estaria embrulhado para ele não precisar tocar e seria fácil esconder embaixo da capa e ninguém veria nada!
— Mas tem um ponto. - Charlotte falou lançando um olhar para Harry. - Harry falou que ele tinha deixado a mãe e saído escondido. Com certeza não queria que Narcisa visse o que ele tinha comprado. E mãe é mãe. Ela sempre sabe quando você esta escondendo algo. Se ele tivesse carregando o colar embaixo da capa, ela veria.
— Mas eu acho que o que ele tinha reservado na Borgin e Burkes era barulhento ou volumoso, alguma coisa que Malfoy sabia que chamaria atenção se saísse carregando pela rua e seja como for eu perguntei ao Borgin sobre o colar não se embora? - Hermione perguntou. - Quando entrei para tentar descobrir o que Malfoy tinha pedido para reservar, eu o vi. E Borgin só me disse quanto custava, não falou que já estava vendido nem nada...
— Ora você foi muito obvia, ele percebeu qual era a sua jogada em cinco segundos, claro que não ia lhe dizer, mas Malfoy poderia ter mandado buscar uma vez que...
— Já chega! - Minerva gritou quando viu que Hermione iria retrucar. - Potter eu agradeço ter me contado isso, mas não podemos acusar Malfoy simplesmente por que ele visitou a loja onde o colar poderia ser comprado. Isto provavelmente se aplicaria a centenas de pessoas...
— Foi o que falei. - Rony falou.
— E seja como for este ano implantamos medidas de segurança rigorosas na escola, não creio que o colar pudesse ter entrado sem nosso conhecimento...
— Mas...
— E além disso o senhor Malfoy não esteve em Hogsmeade hoje.
— Como é que a senhora sabe professora?
— Por que ele estava cumprindo uma detenção comigo. É a segunda vez que ele não termina os deveres de casa. Portanto obrigada por ter me contado suas suspeitas Potter. - Ela passou por nós. - Mas preciso ir a ala hospitalar me informar sobre Katia Bell. Bom dia ara vocês.
Nós passamos pela porta sendo seguidos por ela.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Não consegui postar ontem. Mas trouxe dois capítulos hoje. Espero que tenham gostado. Bjs CM.