A herdeira escrita por KayallaCullen, Miss Clarke


Capítulo 8
Prenúncio do caos


Notas iniciais do capítulo

Sejam bem vindos a mais um capitulo de A herdeira, que prometi deixar muita gente chocada e pensando em varias teorias, para explicar esse capitulo.
Desde já, quero informar que na próxima semana a fic entrará na reta final, como todos sabem essa história só teria 10 capítulos, mas pensei melhor e dei 2 capítulos de bônus para vocês.
Espero que tenham se divertido durante cada capitulo e agradeço o carinho e amor de todos por me acompanharem em mais uma jornada.
Sem mais delongas, fiquem com o capitulo de hoje.
Beijos e boa leitura.

Imagem do capitulo:
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Depois da noite que confessamos nossos sentimentos e Dante me pediu em namoro, parecia que tudo havia se encaixado perfeitamente e nunca havia sido tão feliz, como estava sendo nos últimos dias em que estávamos namorando. Era impressionante como apesar de nos conhecermos apenas a algumas semanas, nos entendíamos perfeitamente, Dante conhecia cada olhar ou expressão minha, possuíamos uma sintonia tão profundada e verdadeira que me perguntava como consegui viver tanto tempo sem tê-lo ao meu lado.

Mesmo tralhando o dia todo sempre jantávamos juntos no meu apartamento, aproveitando também para namoramos um pouco, antes de Dante ir para a sua casa sempre que as coisas entre nós começavam a ficar perigosas na opinião dele, me deixando extremamente frustrada.

—Tenho um presente para você. -disse de repente enxugando as louças que havíamos usado no jantar, enquanto Dante as lavava.

—Um presente? - ele questionou surpreso, desviando sua atenção das louças que lavava para me ver.

—Sim, um presente. Por favor, não me diga que você é uma daquelas pessoas que odeiam presentes?!- implorei deixando as louças de lado, enquanto olhava em seus olhos e Dante sorriu amoroso para mim.

—Pra sua sorte, sou daquelas que adoram presentes. - Dante segredou e respirei aliviada fazendo-o rir, enquanto ele deixava as louças e enxugava suas mãos no pano de prato que estava ao seu lado, me puxando em seguida para os seus braços. -Você sabe que não precisa me dar presente algum, Kyra. O maior presente que poderia ganhar nessa vida foi você.

—Bom...Será meio difícil superar esse presente. - brinquei e ele sorriu concordando, antes de me beijar com carinho e nos separamos para terminarmos de lavar as louças.

Depois que terminamos pedi que Dante me esperasse na sala, enquanto ia até o meu quarto pegar a caixa de couro marrom com laço azul, que havia deixado em cima da minha escrivaninha, voltando em seguida para a sala e me sentando ao seu lado.

—Sobre o presente...É só um costume que minha família possui, de presentearmos as pessoas que amamos e são extremamente especiais para nós. Foi algo que vi e pensei em você, para que pudesse se lembrar de mim quando estivéssemos longe, espero sinceramente que goste, Dante. - disse entregando a caixa em suas mãos, ansiosa para ver a sua reação.

— Só quero que saiba, que não importa o conteúdo dessa caixa, Kyra. Vou continuar te amando da mesma forma. - Dante disse sincero e concordei, antes de incentivá-lo a abrir a caixa.

Com cuidado meu namorado abriu a caixa de couro marrom com laço azul, revelando um lindo relógio prata possuindo detalhes em preto no visor, que além de marcar as horas possuía uma bússola interna sendo também próprio para mergulho, o que definitivamente me fez comprá-lo para Dante, que havia me contado que amava mergulhar.

—Kyra, ele é lindo...Mas...- Dante disse sem palavras e fiquei receosa de que pudesse não ter gostado do presente, diante do seu receio.

—Não se preocupe, porque ele é muito mais que beleza. A vendedora me garantiu que o relógio é extremamente funcional, possuindo uma bússola interna além de ser próprio para mergulho, o que é muito bom, já que me contou que ama mergulhar. - disse nervosa tentando convencê-lo a aceitar meu presente, mostrando os benefícios do mesmo.

—Sim, seria muito útil. Essa marca fábrica relógios excelentes, mas que custam uma verdadeira fortuna. Obrigado pelo presente, mas não posso aceitá-lo, Kyra. - Dante disse sério e fechou a caixa do relógio me deixando surpresa por sua reação.

—Porque não pode aceita-lo? É só um presente, Dante. -disse sem entender o motivo da sua recusa.

—Não é um simples presente, Kyra. É um presente que custa dois ou três salário no mínimo, por isso não posso aceitá-lo. - ele disse severo, devolvendo a caixa nas minhas mãos e senti meu coração se quebrando com seu gesto.

—É só um presente, Dante...Você nem o olhou direito...-disse magoada olhando em seus olhos, tentando entender o que havia feito de errado ao lhe dar um simples presente.

—Não preciso de presentes caros, Kyra. Não sei como eram seus relacionamentos anteriores, mas não preciso que me encha de coisas caras para comprar o meu afeto. - Dante disse severo e o olhei sem entender o porque dele estar sendo tão cruel comigo.

—Eu jamais quis insinuar isso, Dante...Me perdoe se o magoei com o meu gesto...Eu só queria... Me perdoe. -sussurrei tentando segurar minhas lágrimas o que não surtiu muito efeito, por isso corri para o meu quarto e tranquei a porta, antes de me jogar na cama chorando sem parar. Sem entender como meu gesto de carinho, havia sido capaz de ofender o homem que amava quando tudo que queria era apenas presenteá-lo, com algo que o fizesse se lembrar de mim, sempre que estivéssemos longe.

Fiquei no meu quarto chorando sem parar no meu travesseiro pelo que pareceram horas, antes de ouvir uma batida suave na porta e escutar a voz de Dante do outro lado.

—Kyra, me perdoa...Deus...Eu fui um completo idiota. Não devia ter dito nada daquilo para você, eu entendi tudo errado, querida. Por favor, amor, abre a porta pra mim e vamos conversar, não quero ficar brigado com você. Eu te amo, Kyra, por favor, me perdoa. -Dante implorou culpado do outro lado da porta e ignorei seus pedidos, enquanto continuava a chorar magoada com a sua atitude. -Amor, por favor, não chora...Não suporto saber que está chorando por minha causa, me perdoa, meu bem. Deus...Eu nunca quis fazê-la chorar, Kyra...Tudo que sempre quis desde que a conheci, foi fazê-la feliz e saber que a magoei, como sei que fiz horas atrás, parte meu coração. Por favor, me deixe entrar e vamos conversar.

Em vez de abrir a porta para Dante atendendo assim o seu pedido, continuei deitada na minha cama chorando sem parar, enquanto ouvia meu namorado chorar do outro lado, sabendo que havia me magoado. Apesar de todos os meus instintos pedirem para que abrisse a porta, continuei deitada em minha cama, sofrendo por minha própria dor e por ouvir meu imprinting chorando do outro lado da porta. Ficamos naquela situação torturante por horas, até que adormeci de cansaço depois de tanto chorar.

Abri os olhos confusa, me sentando em seguida na cama e olhei para o relógio que havia na minha cabeceira, o qual indicava que passava das duas da manhã. Com sede, me levantei e senti meu corpo protestar, por ter dormido de mal jeito e segui em direção a porta do meu quarto abrindo-a, planejando ir até a cozinha tomar um copo de água antes de voltar a dormir, mas parei na porta assim que vi Dante sentado no chão do meu apartamento, encostado na parede que ficava perto da porta do meu quarto.

—O que faz aqui, Dante? Achei que tivesse entendido quando não quis abrir a porta, que não queria falar com você. - disse séria cruzando meus braços, enquanto ele se levantava do chão e notei que seus olhos estavam vermelhos e levemente inchados, como os meus deviam estar depois de ter chorado por horas.

—Sei disso Kyra, mas precisava ter certeza que estava bem, depois de tudo...Ouvi-la chorar por minha causa, sem poder pedir perdão ou consolá-la, foi a pior tortura que já passei na vida. - Dante disse com a voz abalada, como se relembrasse algo que lhe causasse sofrimento.

—Acha que também não sofri? Que não queria abrir a porta e te perdoar? É claro que eu queria mas não podia fazer isso, porque apesar de te amar com todas as minhas forças, você me magoou profundamente, quando tudo que queria era te fazer um carinho...Te dar um presente que o fizesse lembrar de mim...Mas não...Você preferiu me acusar de querer comprá-lo, do que olhar para o presente que lhe dei ou ao menos tentar entender porque fiz isso.- disse magoada por sua atitude e Dante balançou a cabeça concordando.

—Você tem toda a razão, fui um tremendo idiota...Eu devia...- Dante começou a falar arrependido e o interrompi, cansada demais para discutir com ele.

— Quer saber de uma coisa? Não quero mais falar com você, só sai da minha casa, Dante. - exigi séria apontando a saída e ele me olhou desesperado.

—Kyra, só me deixar explicar, por favor. Prometo que depois que me ouvir, vou embora da sua casa, se esse ainda for o seu desejo. - Dante implorou me olhando com desespero e balancei a cabeça concordando, porque apesar de estar magoada com ele não podia lhe negar a chance de se explicar como havia feito comigo.

—Você tem cinco minutos para se explicar e acho bom começar, porque já estou contando. - disse severa cruzando os braços, deixando claro que seria difícil me convencer e Dante concordou com a cabeça, antes de se aproximar de mim e o olhei séria deixando indicando que não o queria perto de mim e ele entendeu, parando de se aproximar.

—Me perdoe, por ter sido um idiota, Kyra, você não merecia ouvir tudo o que lhe disse. Eu a julguei sem ao menos lhe dar a chance de explicar porque queria tanto me dar um presente.

—E o que lhe fez mudar de ideia? Já que parecia bem convencido do que me acusou. - disse magoada e Dante respirou fundo, antes de levantar a manga do suéter azul escuro que estava usando, tirando o relógio que estava no seu pulso e virando-o para olhar a parte de trás, sorrindo ao passar o dedo indicador nele por alguns minutos e colocando-o novamente no braço, voltando sua atenção para mim.- Você só tem três minutos, Dante.

—Tudo bem. Sabe o que me fez mudar de ideia? Foi o seu presente. Ele me fez entender, o real sentindo do seu gesto, assim como o quanto a magoei por tê-la julgado, antes de entender a importância do seu presente. - Dante disse e só então percebi que o relógio que estava em seu braço, era o mesmo que havia lhe dado de presente horas atrás e havia sido rejeitado por ele, sem que tivesse tempo de perceber a gravação na parte de trás que havia mandado fazer.

—Você leu a gravação...- sussurrei olhando em seus olhos, compreendendo o que havia acontecido e ele concordou sorrindo amoroso para mim.

—Li, meu amor. - Dante disse com os olhos brilhando de emoção enquanto me olhava com amor.-Para que sempre possa encontrar o caminho de volta pra mim, meu amor. Da sua princesa.

Ouvir Dante falar em voz alta a gravação que havia mandado fazer, me fez chorar feliz por notar que ele havia não só gostado do presente como entendido o porquê de ter lhe dado. Sem dizer uma palavra dei um passo em sua direção e ele fez o mesmo, até estarmos perto um do outro e nos abraçarmos chorando sem parar, enquanto Dante me pedia perdão inúmeras vezes por ter me julgado e me feito sofrer com a sua atitude precipitada.

—Me perdoa, meu amor, fui um idiota precipitado, que entendeu errado o gesto de carinho da mulher que o ama. Sei que não é uma justificativa aceitável, mas não estou acostumado a receber esse tipo de demonstração de afeto, Kyra. Meus avôs são pessoas simples, que me criaram dessa forma, tudo que tenho hoje é graças ao meu próprio esforço e receber um presente tão caro assim de você...Apenas, pelo simples fato de que queria me agradar...Não foi algo que consegui entender de primeira, se não fosse pela gravação, jamais teria entendido a sua real intenção.- Dante disse sincero ainda me abraçando e me afastei do seu peito, para olhar seus olhos cor de avelã.- Sei que isso não apaga o sofrimento que lhe causei, mas por favor, me perdoe Kyra, juro que não fiz por mal, jamais quis te magoar ou te fazer chorar. Tudo que mais desejo nesse mundo é fazê-la feliz e amá-la, mas do que já pensou em ser amada.

Fiquei em silêncio olhando em seus olhos por alguns instantes, os quais me imploravam por perdão de forma desesperada e fechei os olhos respirando fundo, antes de abri-los e encarar aquele par de olhos cor de avelã que tanto amava.

—Eu perdoo você, amor. E você, me perdoa? Jamais quis te ofender ou insinuar algo, Dante, só queria te dar um presente para que lembrasse de mim. - expliquei sincera e meu namorado sorriu amoroso para mim.

—Eu perdoo, meu amor...E não preciso de nenhum lembrete, para não esquecê-la, Kyra. Você sempre está nos meus pensamentos e no meu coração, nem que viva mil anos, jamais a esquecerei. - ele disse sincero e sorri feliz por ouvir suas palavras, enquanto passava meus braços ao redor do seu pescoço, trazendo-o para mais perto de mim.

—Isso quer dizer, que gostou do presente? - questionei esperançosa, querendo confirmar as minhas suspeitas e meu namorado sorriu suave concordando, se inclinando para acariciar a ponta do seu nariz com o meu.

—Mais do que possa imaginar meu amor. Muito obrigado, pelo presente e por seu gesto de carinho, Kyra. - Dante sussurrou com sua testa unida a minha e sorri feliz, antes de acariciar a ponta do seu nariz com o meu.

—De nada, meu amor, fico feliz que tenha gostado. Não sabia que era um homem tão difícil de agradar, Dante SantaHelena. - brinquei e ele sorriu doce para mim, acariciando a ponta do seu nariz com o meu e fechei os olhos, aproveitando para sentir seu calor e seu cheiro que tanto amava, mas não havia nada.

Era como se tivesse perdido o meu olfato o que me deixou preocupada, nervosa abri os olhos e me soltei de Dante sentindo meu corpo tremer de forma involuntária, sem saber o que estava havendo comigo me afastei do meu imprinting, com medo de machucá-lo se me transformasse, mas antes que pudesse chegar ao meu quarto minhas pernas falharam e meu namorado me segurou impedindo que caísse no chão, me deixando desesperada de estar tão perto dele enquanto estava descontrolada.

—Por favor...Me solta...Não quero te machucar...- implorei chorando de dor nos braços de Dante e senti seu corpo inteiro tremer, antes dele se sentar no chão me puxando para o seu colo permitindo que pudéssemos olhar nos olhos do outro.

—Kyra, olhe nos meus olhos, amor...- ele pediu angustiado olhando nos meus olhos e logo os seus se encheram de lágrimas, como se não acreditasse no que estava vendo. - Não...Isso não pode estar acontecendo de novo... Você estava se curando... Eu dei metade da minha força para que você sobrevivesse.... E estava funcionando...

—Dante...- sussurrei com dor sem entender do que ele estava falando, mas antes que pudesse questionar o que meu namorado queria dizer senti uma dor pressionar o meu peito me tirando o ar, como se meu coração estivesse sendo esmagado me fazendo perder o ar e a consciência nos braços do meu imprinting.

Abri os olhos e encarei o céu laranja a cima e senti uma fraca brisa fria passando por meu rosto, enquanto ouvia a respiração acelerada de alguém e percebi que estava sendo carregada com muita pressa para algum lugar.  Mesmo cansada consegui reconhecer os cheiros ao meu redor, assim como o local para onde Dante estava me levando, graças a fraca luz que surgia aos poucos no horizonte devido ao sol que estava nascendo, logo comecei a me lembrar de todas as vezes em que Dante parecia saber o meu segredo.

De todas as vezes, em que demonstrou que era muito mais que um mero humano, com palavras e com algumas ações, como quando tentei empurrá-lo para longe de Pietro e não consegui, mas estava tão envolvida nos meus próprios problemas e sentimentos na época, que não enxerguei a verdade que estava diante dos meus olhos todos esse tempo, antes que pudesse questionar quem de fato era Dante SantaHelena, um cheiro fraco e extremamente familiar atraiu minha atenção, me fazendo virar automaticamente para a frente e perdi a fala, assim que reconheci o homem parado na porta nos olhando de maneira confusa, como se não acreditasse que estávamos ali juntos.

—Vovô? - sussurrei baixo e com dor, sem acreditar que Dante havia me levando direto para a casa dos meus avôs em La Push.

— Dante? O que está acontecendo? Porque trouxe minha neta para a minha casa, no meio da madrugada?

—Por favor, Elliot, precisamos de ajuda. Não consigo mais manter a Kyra viva...Por favor, me ajude a salvar a minha fêmea. -Dante implorou desesperado ao meu avô que concordou, se afastando para que entrássemos em sua casa em silêncio e olhei nos olhos de Dante com mais atenção, percebendo finalmente quem de fato ele era. Foi como se um véu, que me impedia de enxergar saísse dos meus olhos, sem ele percebi o quanto Dante era extremamente forte e poderoso... E principalmente, igual a mim.

Um transfigurador...

Um legitimo defensor da tribo Quileute.


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Notas finais do capítulo

Finalmente descobrimos o segredo do Dante....E ai alguém acertou o palpite?
E o que será que está acontecendo com a Kyra, gente?
Deixe suas teorias nos comentários, pois estou curiosa para saber a opinião de vocês.
Depois desse capitulo bombástico, não mereço uma recomendação, gente?!
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Brincadeiras a parte, espero que tenha gostado do capitulo de hoje.
E amanhã não teremos atualização.
Beijos e até segunda.
Um bom final de semanas para todos.
❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️



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