O Cargo Amaldiçoado escrita por Jace Jane


Capítulo 5
Capítulo 5 - Tão perto, mas tão longe


Notas iniciais do capítulo

Aqui esta o novo capitulo saindo fresquinho para os meus leitores, sejam os que sempre deixam um comentário ♥ ou os fantasminhas.

Boa leitura.



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Estávamos hospedados em um hotel em Nova Orleans, passamos uma semana em festa, bem eu aproveitava cidade nova, festa todos os dias, diversão sempre, exceto o dia que Klaus chegou ao quarto, estava cego de raiva.

— Sua boca esta suja de sangue. – Falei fechando o livro que estava lendo. – Você me fez uma promessa, Niklaus. – O lembrei.

— Não é uma boa hora. – Reclamou indo para o banheiro se limpar. – Mesmo se eu tivesse os grimórios da minha mãe, não pode fazer magia aqui.

— Como é? – Levantei da cama e encarei sua face agora limpa.

— Bruxas são mortas se realizarem magia no Quartel. – Ele deixou essa grande revelação e foi embora.

— Parece que as regras do meu mundo deverão continuar a serem seguidas. – Revirei os olhos.

No dia seguinte nos mudamos para uma mansão branca, Conheci o irmão do Klaus, o Elijah e sua ex-amante grávida, Hayley. Klaus tinha sérios problemas de confiança, e parecia estar pronto para entrar em uma guerra. Pelo que pouco que ouvi da Hayley os vampiros dominavam o Quartel, as bruxas queriam sua liberdade de volta e estavam a usando junto do Klaus, o que fazia total sentido ele esta com raiva, mas eu não queria me envolver nisso, eu queria ser livre da minha maldição e voltar para casa, onde eu estaria mais segura.

Então quanto Klaus conversava com seu irmão eu voltei a cidade e fui procurar as bruxas, fui direto em uma loja onde vendia ervas.

— Boa tarde, como posso ajuda-la? – Perguntou a senhora de pele escura, vestia um vestido azul, e seus braços estavam cheios de pulseiras que faziam barulho a cada movimento.

— Estou procurando bruxas, não às fajutas que vi lá fora, mas as que realizam magia sem isso – Mostrei minha varinha e os olhos da mulher arregalaram, correu até a mim me forçando a esconder a varinha na jaqueta.

— Ninguém pode ver isso, essa cidade não é boa para as bruxas! – Falou preocupada.

— Eu soube, mas vocês é a única esperança para me livrar da maldição que eu carrego, se me ensinarem como me libertar eu posso fazer o feitiço fora da cidade. – Falei ansiosa.

— Você não usa magia ancestral, você é diferente. – Falou a mulher intrigada.

— A maldição que eu carrego me fará um dia ser uma cobra para sempre, e eu nunca poderei voltar a forma humana novamente, se me ajudar ficarei em divida com você! – Se eu me livrasse da minha condição, poderia usar o artefato e ir para outro lugar.

Uma amiga dessa senhora me levou até o cemitério da cidade e me apresentou ao coven das bruxas, o principio da magia que eles seguiam eram bem diferentes da minha, tudo o que me falava eu anotava no meu próprio grimório, para quando eu pudesse sair da cidade e colocar tudo o que estava sendo me ensinado em pratica.

Niklaus podia não me ajudar, mas elas me ensinavam muito, me consideravam da família, achei tocante, como eram unidas, diferente da minha comunidade bruxa, éramos separados por castas, sangue-puro esta em primeiro lugar, os mais venerados e respeitados, e arrogantes, em segundo lugar vem os mestiços, nascidos de um bruxo e um trouxa, são relevados pelo sangue-puros, a escória são nascidos trouxas, aqueles que não vêm de uma família bruxa, mas nasceram com o dom da magia em seu sangue.

Nossas famílias perpetuam as diferenças e em nossas escolas somos separados em quatro casas, sempre rivais. A minha casa é a mais odiada, e o que desejamos é justamente o que o coven tem fazer parte de algo, como uma família.

Muita coisa acontece em alguns meses, mas no fim eu consegui todo o material que precisava e aprendi a me defender da compulsão dos vampiros, ingerindo verbena todos os dias. Klaus estava tão ocupado que nem se importou com a minha existência, acho que até tinha se esquecido, eu não causava problemas para ele, e isso já era o suficiente. Aprendi muita coisa, não só como desfazer minha maldição, mas sobre os aparelhos trouxas, como celulares, era bem melhores que enviar cartas por corujas. Pedi um taxi para fora da cidade, Klaus tinha me dado dinheiro então pude bancar minha saída e pagar alguns dias em um Hotel de beira de estrada.

Era uma espelunca, mas precisava de um lugar para praticar, foi à primeira coisa que eu fiz quando peguei a chave do quarto e conheci o lugar que passaria a noite, gostava de mais luxo, mas era o que tinha. Antes de eu realizar o que eu realmente queria, precisava obter pratica.

Eu não podia usar a magia ancestral deles, até porque o cemitério da minha família estava em outra realidade, mas como eu não precisava canalizar magia vinda de outro lugar, realizar alguns feitiços usando meu próprio núcleo me mostrou novos horizontes na magia. Os primeiros dias foram os mais difíceis, usar magia sem varinha era inédito para mim, e requeria um árduo treinamento, então eu dei tudo de mim. As mudanças de minutos para horas se passaram voando como um balaço. Só fui perceber que estava na hora de dar uma pausa quando meu estomago começou a roncar.

Fechei meu grimório e soltei um suspiro.

— Eu mataria um para comer a comida de Hogwarts agora. – Diminui o grimório e guardei no meu bolso.

Ouvi o barulho da chave sendo aberta, me coloquei de pé imediatamente apontando minha varinha para porta. Ladrões? Invasores? Meus feitiços de segurança deveriam ser capazes de impedir qualquer um de entrar.

— Para sua sorte eu não sou qualquer um. – Aquele que abriu a porta sem um pingo de delicadeza e sutileza foi à pessoa que eu menos esperava encontrar.

— Professor Snape? – Meus olhos se arregalaram pela surpresa.

— Andou aprendendo novos feitiços, talvez seu novo conhecimento seja útil nas suas provas, mas agora temos que ir. – Frio e ferino como o de costume, mas eu não podia voltar agora, tenho tanta coisa para aprender.

— Não sei como lhe dizer isso... – Comecei a dizer, mas fui interrompida com a aparição do Klaus me sequestrando no meio da frase, me levando para o meio da rua, bem longe do lugar que eu estava hospedada.

— Eu estava co meio de uma conversa! – Falei irritada e ajeitando o cabelo bagunçado.

— Fazendo novos amigos? – Pelo seu olhar ele não parecia muito contente, isso era um sinal de problema. – Igual fez com as bruxas de Nova Orleans?

— Em minha defesa você não me ajudou com a minha maldição, então eu fazer amizade com quem poderia me ajudar é de se esperar, mas não espere que eu seja leal a elas, sei que me encontro em uma zona de guerra, por isso vim praticar longe do raio de alcance do Marcel. – Expliquei rápido. Klaus tinha sérios problemas de confiança, não sei o que ele passou, mas confiar é algo que foi descartado da sua mente.

— E aquelas figuras no quarto? – Figuras? No plural, só vi o professor Snape.

— Só conheço quem estava na porta, ele é o meu professor, me ensina poções, e ele vai achar que você me sequestrou e era para eu voltar com ele.

— Você não parecia querer voltar. – Seus olhos me analisavam como uma cobra se preparando para dar o bote.

— E você pode notar isso em meio segundo? Meus parabéns, sua percepção é admirável, mas esta certo, não quero voltar ainda, a magia que as bruxas me passaram para eu tentar quebrar a maldição ainda não foi utilizada e não sei se funcionará da onde eu venho. – Meu linguajar sonserino sempre desperto, mesmo na presença do ser mais perigoso que cheguei a conhecer, as bruxas me falaram muito das vidas de Klaus, por onde passava deixava um rastro de sangue e destruição. – Aqui é tudo diferente, se eu realizar uma magia os vampiros do Marcel me matam, como se fosse crime ser bruxa aqui, fora que os vampiros que eu conheço são bem diferentes do que eu encontrei, então as chances da magia dar errado ao ser realizada longe do seu local de origem é algo a se considerar.

— Não esta conspirando contra mim, esta? – Seus olhos se abaixaram para se encontrarem com o meu, suas pupilas dilataram, ele estava usando a compulsão em mim, como os Salvatore uma vez fizeram, mas não vai funcionar agora, estou protegida, mas ele não precisa saber desse detalhe.

— Eu não estou conspirando contra você. – Respondi igual a um hipnotizado faria. Ainda bem que eu era muito boa em atuar.

Seus ombros relaxaram.

— Vamos voltar para Nova Orleans.


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Notas finais do capítulo

Snape aparece com a tropa, mas deixa sua aluna escapar entre os dedos, como um bruxo poderá recuperar sua aluna do vampiro hibrido mais perigoso do mundo? Descubram no próximo capitulo!



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