Sunlight escrita por Cloto


Capítulo 13
Algo Que Ninguém Espera




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O que dizer de alguém que você só ouviu falar mas que as pessoas dizem ser o seu pai?

Dyanna não sentia nada pelo homem. Como poderia? Ele nunca esteve lá desde antes dela nascer.

A única que tinha lembranças era Rhaenys e sua irmã mostrava o quanto ficava magoada com o que lembrava.

Infelizmente era tarde demais para Rhaegar Targaryen consertar o que quer que ele pense que quer consertar entre ele e os filhos que bastardizou.

Devia ter lhes dado valor quando estavam por perto.

Entrou no barco que a levava até Dorne ruminando isso, depois que se despediram de Viserys e Daenerys.

Enquanto a viagem durava, cada um dos filhos de Elia refletia sobre a vida e os caminhos de sua mãe, assim como seu pai biológico.

Geralmente Rhaenys reagia com raiva ou tristeza, Aegon ficava neutro e pensativo, já Dyanna nem mesmo pensava no assunto, por que afinal acreditava que nada mudaria tudo o que aconteceu.

O que mais poderia ser feito?

Mas enquanto viajava, ela não controlou sua imaginação, pensando como seria se Rhaegar tivesse sido um pouco mais decente e um pai e marido melhor para a primeira família que formou.
Eles seriam Targaryen, talvez teriam vivido a maior parte da vida em Westeros e não em Moraq. Aegon seria o herdeiro e estariam mais próximos das duas famílias de sangue.

Mas será que seriam mais felizes? Dyanna tinha lá as suas dúvidas, com tudo o que via acontecer em Westeros.

Balançando a cabeça para espantar os pensamentos, ela focou nos irmãos, que jogavam um jogo de bola moraqhi.

—Dyanna, o tio te mandou alguma pista do porquê temos que ir para Dorne com tanta urgência?

—Não, tio Oberyn não me falou nada.

—Pelo o que vi na carta é algo que parece muito sério e muito urgente. -falou Aegon com preocupação.

—Quando tio Oberyn está assim é por que o negócio está bem sério mesmo.

—Rhaenys você está com a sensação de quem tem algo muito ruim vindo no horizonte?

A mais velha ficou surpresa com o insight de Dyanna.

—Sim. Eu tenho sentido isso.

—Aegon?

Ele assentiu com a cabeça.

—É como se algo importante mas também muito ruim me deixasse de sobreaviso.

—Vocês acham que pode ter relação com o que tio Oberyn vai falar conosco quando chegarmos em Dorne?

—Só pode ser!

—Talvez seja finalmente para isso que nós nascemos. Eu sinto, eu sonho que de alguma forma nós três vamos fazer algo.

—Eu também estou com pressentimento.

—Só saberemos quando chegarmos lá.

Quando eles finalmente desceram em Dorne e foram conduzidos ao palácio da família Martell, Oberyn e Doran os esperavam com expressões graves e preocupadas, deixando os três sobrinhos apreensivos.

Depois de um caloroso cumprimento eles foram levados com urgência até a sala de Doran.

—Sabemos que algo está perturbando vocês tios, mas precisam nos contar para saber como vamos ajudar no que está incomodando.
Oberyn andou de um lado para o outro.

—Vocês sabem que Sarella se disfarçou de homem para entrar na Cidadela não sabe?

Todos assentiram.

—Durante seu período na Cidadela Sarella fez amizade com Samwell Tarly, um homem da Patrulha Da Noite.

—A Patrulha está sem um meistre?

—Sim, por isso a urgência em mandarem o rapaz para a Cidadela. Mas continuando, esse Tarly disse a Sarella que os Caminhantes Brancos são reais e estavam prestes a destruir tudo e todos.

—Isso é piada?

—Calma que piora. Sarella também achou que era piada, mas receberam cartas avisando que era verdade e que um exército dessas criaturas está prestes a atacar.

—Continuo achando isso um tanto quanto fantasioso.

—Eu também pensava assim... Até Sarella me mandar uma carta muito desesperada, dizendo que os homens da Patrulha enviaram uma cabeça. A porcaria da cabeça de uma das criaturas, e ainda estava viva.

Ninguém sabia como reagir a isso.

Sarella nunca acreditou em bobagens e de toda a família seria a primeira a rir de uma história tão fantástica. Isso não era invenção dela, não tinha como ser, ela era incrédula demais para acreditar em contos de monstros imaginários.

Se Sarella estava dizendo que viu a cabeça ainda viva da criatura, é por que realmente viu a cabeça da criatura.

—Eddard Stark recebeu notícias disso e foi na Muralha investigar. Ele mandou uma carta a todos os reinos e implora para que todos se unam contra os mortos vivos. Não só isso como ele lutou contra essas coisas e mandou para cada Grande Casa um pedaço.

Oberyn mostrou um baú, que estava no canto da sala.

—Abram! Vejam!

Os três foram até o baú e olharam um para o outro com receio.

—Eu abro. -decidiu Aegon.

Eles quase pularam para trás.

A cabeça apodrecida rosnou, os olhando de forma faminta com seus olhos amortecidos.

Dyanna pôs a mão na boca, obrigando a comida que ameaçava sair pela sua garganta a voltar.

—Tem... Tem um exército dessas coisas? Milhares disso? -perguntou Rhaenys, abalada.

—Eddard Stark afirma que sim. Não vou me dar ao luxo de não acreditar nele diante de uma prova dessas.

—Nós precisamos de ajuda! Como se combate essas coisas?

—Segundo o Stark, ele conseguiu fazer um bom estrago com sua espada valiriana. Também vidro de dragão e fogo funcionam.

—Vou mandar uma mensagem para a mamãe e o papai com urgência! Eles não vão negar ajuda, Moraq vai fornecer homens! O rei Rhaegar sabe dessa informação?

—Sim, ele já ordenou que Pedra Do Dragão fosse mineirada.

—Temos que nos preparar.

—Acho que chegou a hora, meus sobrinhos. Eu pensava que Rhaegar era louco por falar dessa Longa Noite mas de alguma forma ele estava certo.

—Ele não precisava ter feito as cagadas que fez é claro. Mas isso não importa agora.

—Vamos preparar as coisas. Todos nós estamos em risco, pode ser o fim do mundo!

—Os deuses nos ajudem!


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