Geisterfahrer - a Menina do Tempo escrita por seethehalo


Capítulo 9
We Are Broken


Notas iniciais do capítulo

Geenten, minha mãe me pos de castigo! z z z z
Minha irmã fez escândalo ontem e mamis me rachou o pc.. Só entrei agora porque ela deu uma brecha pra eu fazer um trabalho.
Bom, vou tentar postar pontualmente na sexta...

Olha, aqui começa uma fase meio ruinzinha na fic. Não que não aconteça nada que preste, mas é que eu estava com um misto de crise de bloqueio com mania de capítulos grandes. Aí eu comecei a escrever capítulos enooormes mas com muita encheção de linguiça :S
Culpem o Bernardo.

Ah, e galëre
se vcs estão lendo esse capítulo antes do dia 10 de agosto de 2010, ajudem esse projeto:
http://screamin4tokiohotel.blogspot.com/2010/07/projeto-tokio-hotel-5-anos.html
Preciso de toda a ajuda possível!!

Bom, por enquanto, fiquem com o capítulo.



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Pois nós estamos quebrados

O que nós devemos fazer para restaurar

Nossa inocência

E toda a promessa que adorávamos

Nos dê a vida novamente

Pois nós só queremos ser completos

We Are Broken - Paramore

*-*-*-*-*

     - Mas essa do rio é uma das que eu mais gosto. É meio que uma história de amor que não pôde ser vivida...

     - Conta.

     - Há muito tempo atrás, Tupã, que é o sol, anunciou que iria se casar com Jaci, a lua. Todos os animais ficaram felizes com a notícia no início, mas depois começaram a ver as consequências que aquele casamento traria. Eles diziam “imagine se nascem um monte de luas pra ficar no céu à noite”, outros, “pior, e se nascerem vários soizinhos? Vamos todos morrer de calor” e por fim concluíram: “esse casamento não pode acontecer”. Eu não lembro direito o que aconteceu, que o casamento foi cancelado, e a lua passou a chorar sem parar por noites e noites. Chorou tanto que suas lágrimas formaram o rio Amazonas, que corta a região Norte e desemboca no Atlântico. Mas o mar não gostou de se misturar com as lágrimas da lua, e até hoje, na foz do rio, há o que se chama de pororoca: uma onda que irrompe no sentido contrário do fluxo que causa um grande efeito destruidor e forte estrondo.

     - Nossa... Que triste a história.

     - Tem piores.

     - E isso é o folclore?

     - É.

     - Me fala alguma coisa boa do país...

     - O quê?

     - Já vi que você não gosta muito do país, né?

     - Você acha?

     - Tá. Fala outra coisa, então.

     - Falar o quê? Eu não tenho assunto. Nós não temos assunto e ponto.

     - É... Dá pra notar...

     Ficamos m silêncio por uns minutos. Ouvi Tom me chamar:

     - Bill! Mamis mandou você ir tomar banho e a Maria entrar.

     Obedecemos e entramos em casa. Já estava escurecendo.

     Fui tomar meu banho, pensando o que eu esperava daquela conversa. Se é que eu esperava alguma coisa. Lembrei daquele dia, na festa da escola, e de tudo o que aconteceu lá. Começava a pensar que havia algo de muito errado nessa história. Mas ai, eu tinha ouvido perfeitamente o que ela disse de mim. Se bem que, se ela não estivesse mesmo se lichando pra mim, que motivo teria pra fazer uma bandeira de guardanapo e pedir uma trégua? E se ela tivesse fingido aquela cena, e não toda a nossa amizade? Er, antiga amizade. Mas é uma possibilidade, não é?

     Meus pensamentos me convenceram de que o que eu esperava daquela conversa era que o ocorrido naquela maldita festa fosse esclarecido direito. Sentei no chão do box do banheiro, molhando a cabeça, e praguejando a mim mesmo por não ter tocado no assunto quando estávamos sozinhos no quintal.

     BILL OFF

     A minha vontade quando fiquei a sós com Bill era perguntar por que ele tinha agido daquela forma na sexta-feira. E claro, pedir desculpas pelo que eu disse, depois de sair de controle devido ao comentário de Anne. Mas eu não consegui. Apesar da tentativa patética, porém bem-sucedida de trégua, não consegui fazer a pergunta fatídica. Ele podia era brigar comigo ainda mais.

     Mesmo assim, a idiota maior fui eu, por ter me deixado levar por uma ideia infame e ter dito coisas que... não são verdade. Eu tô me lichando pra ele, sim.

     Só voltamos a nos ver na mesa da ceia. Por ironia do destino, nos sentamos um de frente para o outro. Interrogamo-nos com o olhar algumas vezes, mas sem trocar uma palavra. Deu meia-noite, Natal. Dei Feliz Natal pro Tom, depois pra D. Simone. Mas na vez do Bill... Novamente ficamos frente a frente, mas sem coragem pra nos encarar.

     POV BILL

     Tom e minha mãe tinham ido à rua dar Feliz Natal aos vizinhos. Maria e eu estávamos um olhando pros pés do outro. Eu olhava pra ela e disfarçava, e sabia que ela estava fazendo a mesma coisa, pois nossos olhares se encontraram e se fixaram. Alguma coisa aqueles olhos negros queriam me dizer. Mas o quê?

     De repente, ela tomou a iniciativa e disse:

     - Feliz Natal, Bill.

     - Feliz... – não consegui completar. Ela me deu um beijo na bochecha e ficou ao meu lado, só que na direção contrária. Naquele momento senti uma descarga, foi como se cada célula do meu corpo tivesse reagido ao gesto e me feito perceber que não, ela não tinha culpa no cartório. Assim, pude terminar a frase: - ... Natal.

     BILL OFF

     Sorri e fui em direção à rua. Será que o Bill entendeu o recado? Bom, pelo menos eu tentei... e espero sinceramente que ele entenda a minha intenção.

     Agora eu posso dormir em paz.

     Encontrei Tom na rua, e ele perguntou serelepe:

     - Quê que houve lá dentro?

     - Nada de mais.

     - Nada de mais como?

     - O básico, né, Tom. A gente ficou se encarando, depois eu falei Feliz Natal, ele também, e eu saí.

     - Tá. Mas ainda quer prosseguir com os “planos”?

     - Os que você não me contou? Só se for pra quebrar a carinha de porcelana da Sabine.

     - Pra isso mesmo. Falando nisso, eu andei mesmo pensando no meu plano maquiavélico.

     - Maquiavélico? Que medo.

     - É, eu acho que é um pouco cruel, Mas qualquer dia eu te conto, só não dá pra ser agora.

     - Tuuudo bem. Tom, quando voltam as aulas?

     - No meio de janeiro.

     - Janeiro?! Credo! Lá no Brasil as aulas começam no mínimo em fevereiro!

     - Quem me dera ter essa sorte! Um mês extra de férias, pra variar... Se bem que nem vai ser tão ruim assim, a gente vai se divertir, você vai ver.

     - Medinho da sua ideia de diversão.

     - Você vai gostar dela, vai ver. – ao dizer isso, vi um sorriso pervertido se formar em sua face.

     Passaram-se três dias após o Natal. Eu não sei por que, mas tinha a impressão de que o Bill queria falar alguma coisa comigo. Eu ardia de curiosidade de ir atrás eu mesma, mas coragem que é bom, nada.

     Uma hora ele veio até mim, meio hesitante. Querendo falar algo sem ter palavras. Percebi a inquietação e perguntei-lhe:

     - O que há, Bill? Quer cortar a nossa trégua?

     - Eu... Não... Ah. Eu só vim perguntar se você quer jogar videogame lá no quarto.

     - Eu quero, eu quero! – pulei do sofá. – Jogar o quê?

     - Gosta de Street Fighter?

     - Te deixo pra trás.

     - Duvido! Vem cá.

     Nos divertimos tanto que achei que tinha sido declarado o fim da guerra – e a trégua teria se tornado um tratado permanente de paz. Porém, quando paramos à noite, para jantar, tornou a cair aquele clima pesado sobre nós.

     Até a D. Simone já estava percebendo – Tom me contou que ela perguntou se o Bill ficava desse jeito toda vez que eu estou por perto e que chegou a pensar que ele estivesse sofrendo de transtorno bipolar.

     - E o que você disse? – perguntei.

     - Que não, que ele anda desse jeito porque vocês discutiram naquela festa idiota – Tom respondeu. – Aí ela disse “é estranho, eles dois estavam se divertindo tanto no quarto”.

     - E você?

     - Disse que não sei de nada. Mas ela disse que não sabe não, hein... Nem eu. A cabeça da minha mãe costuma imaginar coisas, viu.

     Fiquei aflita com o que ele quis dizer com isso.

     POV TOM

     Minha mãe imagina coisas – é verdade. Mas dessa vez, tirei o dia pra imaginar junto. Sabia exatamente quais eram as conclusões dela, e tenho que admitir que pela minha cabeça passava a mesmíssima coisa: meu irmão gosta da Maria. Só não posso afirmar com certeza se é recíproco: eu bem que tento, mas pelo comportamento e pelas atitudes dela não consigo perceber nada. Se ela gosta do Bill do mesmo jeito que imaginamos que ele goste dela, esconde isso muito bem.

     Mas algo que eu percebo na Maria é que ela tem um certo medo, uma insegurança. Só não sei de quê. E também não fico prestando atenção, ela é divertida demais pra eu ficar reparando só no defeito.

     O tempo foi passando, os dois teimosos continuam no chove-e-não-molha e hoje voltam as aulas. A Maria já deve estar me esperando no portão a escola para executarmos nosso plano cruel.

     Chegamos. Cumprimentos feitos, perguntei:

     - Tá pronta?

     - Pronta.

     Demos as mãos e entramos na escola, deixando Bill e um ponto de interrogação pra trás. Claro que eu tinha que dizer que cheguei. Então eu só abri uma porta do largo corredor dos armários, a outra foi aberta pela Maria. E ao perceber tamanha clareira invadindo o ambiente, já que aquela entrada dava para o Jardim da Frente, quem estava lá parou o que estava fazendo para olhar o ilustre recém-chegado: eu! E a ilustre estrangeira que me acompanhava: Maria.

     Pelo jeito, o efeito que eu procurava provocar no povo deu resultado: naquele momento li cem testas se perguntando a razão de estarmos de mãos dadas. Enquanto isso, seguimos andando corredor adentro. Como nossos armários ficavam em lados opostos, beijei o rosto da minha pseudo-namorada e segui para o meu.

     - O que significa isso, Tom? – chamou a voz de Bill, mexendo no armário ao lado. Ao terminar a frase, bateu porta, cruzou os braços e fez uma careta.

     - Isso...?

     - Essa “entrada triunfal”.

     - Afe, Bill. Eu faço isso desde que o mundo é mundo!

     - Ahaam... E posso saber o que a Maria tem a ver com seu showzinho de exibicionismo?

     - Que foi? Tá com ciúme? – perguntei sorrindo com ironia.

     - Ciúme! Me dá um bom motivo pra eu ter ciúme de vocês! Não tenho nada com ela e... – ele parou de falar do nada. Depois de um minuto me olhando vazio, eu disse:

     - É, Bill, parece que você caiu na mesma besteira que ela no mês passado. Ainda bem que sou só eu que tô aqui, né? Queria ver a sua cara se a Maria tivesse escutado o que você acabou de dizer.

     Ele ficou com o olhar perdido, não sabia se olhava pra mim ou pra outro lugar. Depois disse:

     - Valeu, Tom. – e saiu correndo pro fim do corredor.

     TOM OFF

     POV BILL

     Depois do que o Tom me disse, só confirmei a minha hipótese. Talvez eu tivesse sido muito duro com ela...

     Fui procurá-la; passei as últimas duas semanas hesitando em fazer isso, agora que tenho certeza, não posso perder tempo.


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Notas finais do capítulo

Wii, adoro essa música do Paramore.. @.@
E Tom deu o ar de sua graça!!
Espero que tenham curtido, apesar da falta de qualidade.. Vou avisar que os próximos 10 capítulos terão essa falhinha da minha parte. Bgs, galëre.



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