The Death's Journey to Answers escrita por Haruyuki


Capítulo 5
Ato 5




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Há 2 meses atrás, eu acordei desmemoriado em uma pequena vila na Rússia. Ele decide me chamar de Yuuri, de acordo com o nome costurado em um pedaço das roupas que aparentemente eu estava usando. O médico local, Dr. Cao Bin, passou a cuidar de meus ferimentos, e hoje carrego no meu corpo as cicatrizes. Durante esse tempo todo, eu aprendi diversas coisas com os moradores da vila, como a linguagem russa e a cozinhar. 

Eu também aprendi as diferenças entre Alfas, Betas e Ômegas, e que eu sou um Alfa. E que como não tenho memórias, posso não só correr o risco de vida, mas como também colocar outras pessoas em perigo se eu não tomar supressores. Na época, eu não entendi bem o que o Doutor quis dizer.

Desde então, eu tenho convivido com o Dr. Cao Bin e um pequeno cachorro de pelo marrom, que segundo o doutor, ele pertence a mim. Na primeira vez que eu o vi, ele carregava na boca dois estranhos objetos, e havia os colocado no meu colo. Um deles é uma corrente metálica com um pingente onde nas costas, caracteres estranhos haviam sido encravados e o outro é uma espada bastante peculiar com os mesmos caracteres.

Para a minha surpresa, os itens não só ficam invisíveis como também me tornam se eu desejar. E Dr. Cao Bin aparentemente não só se incomoda com isso como me aconselha em quando usar os objetos. Ele também me presenteia uma capa que devora corpos de pessoas mortas.

Hoje, estou acompanhando Dr. Bin até São Petersburgo, onde ele me deixa a sós em uma estranha festa para a família real russa. Eu me sinto desconfortável, principalmente quando uma Ômega de cabelos loiros tenta me tocar e me elogiar. Eu decido deixar aquela festa para trás e ando pelas ruas com o Poodle, a quem eu estranhamente dei o nome de Vicchan.

Mas para a minha surpresa, vejo uma moça de longos cabelos prateados se aproximar de mim cambaleando, com o rosto vermelho.

Ela está bêbada?

"Você… hic… Você é perfeito!" Ela diz, me assustando. "Seja meu… hic... mordomo!"

"Quê?" Eu pergunto, a olhando com surpresa.

"Seja meu mordomo…" Ela se interrompe, e inclina o rosto. "Eu não sei o seu nome.

"Yuuri." Eu digo, a olhando seriamente. "Meu nome é Yuuri. E qual seria o seu, senhorita?"

"Viktor… hic" Ela responde, e então balança com a cabeça. "Viktoria."

"Entendo." Eu me levanto do banco e olha para o canto direito dela. "Agora, senhorita, por acaso conhece essas pessoas que estão se aproximando de nós neste momento?"

"Hmm?" Victoria olha em volta, notando que realmente há pessoas se aproximando deles. "Acho que não."

"Muito bem. Acho que já devo iniciar minha primeira tarefa como seu mordomo, senhorita. Por que não se deita no banco e tira um cochilo junto com Vicchan, enquanto eu resolvo isso?" Yuuri sugere, dando risadas ao ver a Ômega afirmar com a cabeça animadamente e se deitar no banco, logo pegando no sono.

Vicchan se aproxima dela e fica de guarda. Yuuri volta a olhar para os homens que se aproximavam deles, e desfaz o sorriso, enquanto sua longa capa negra começa a se agitar de repente. 

"Caros senhores." Eu digo, fazendo aqueles homens pararem de andar. "Posso ajudá-los?" 

"Entregue a Ômega, forasteiro!" Um deles ordena, erguendo uma pistola.

"Me desculpe, mas eu me recuso..." Eu começo a dizer, mas sou interrompido por um tiro. 

Eu então rolo os olhos, ao mesmo tempo que gritos começam a ecoar pelo parque. Gritos que logo acabam, pois eu uso a minha espada para os matar, enquanto a minha capa devora os corpos. Eu simplesmente ergo a Ômega do banco, a carregando até a carruagem vazia junto com o pequeno Poodle marrom e a deito na carruagem, me sentando na frente, erguendo as rédeas do cavalo.

"Nos leve para casa, por favor." E o cavalo, relinchando, começa a trotar.

O cheiro dela… Por que eu acho que é tão familiar?

~x~

“Yuuri.” Viktória diz, me recebendo em seu quarto naquela manhã com o café-da-manhã dela.

“Sim, minha senhorita?” Eu pergunto, colocando a bandeja no colo dela com cuidado.

“Eu preciso da sua ajuda.” Ela diz, mordendo o lábio inferior. ”Eu preciso que você finja ser meu noivo na presença de minha família amanhã de noite.”

E ela me conta toda a verdade. Verdade que eu escuto atentamente, olhando para ela seriamente. A família dela quer forçar um casamento com um Alfa que ela não conhece, chamado Yuri Plisetsky, depois de ela mentir para eles sobre ter um noivo.

Eu, percebendo o quanto angustiada ela está por causa disso, tomo a decisão naquele exato momento.

“Como desejar, minha senhorita.” Eu então começa a arrumar o quarto dela, abrindo as cortinas e preparando o banho dela. 

O nome Plisetsky me é familiar. Afinal Lorde Nikolai Plisetsky é amigo da família real russa. Mas… existe algo estranho nessa história, e para isso, acho melhor fazer uma visita a ele naquela noite.

"Boa noite, Lorde Plisetsky. Eu acredito que temos algo muito importante para conversar. Meu nome é Yuuri e sou o noivo de Lady Viktoria Nikiforova. Gostaria de me dizer por que motivos ela está noiva do seu neto, Yuri, que apenas tem 10 anos de idade?" Eu pergunto para o homem, que se assusta com a minha presença.

Ele me conta que o noivado foi planejado pela Madame Lilia Baranovskaya após ouvir a história do falso noivo dela. Vendo que causaria confusão, eu sugiro para ele dizer que eu sou o neto dele. 

~x~

Tudo o que mais quero é proteger aqueles que amo

Protegê-los com a minha vida

Porque eles são importantes para mim

E sem eles, não sou nada.

Mesmo que machuque meu próprio coração

Sei que ele é forte para agüentar todos os desafios

E mesmo sabendo que eles ficariam tristes com isso

Tudo o que mais quero é proteger aqueles que eu estimo

Usando todas as minhas forças

Porque eles são realmente muito importantes para mim

E sem eles sou uma casca vazia

Tudo o que mais quero é proteger aqueles que amo

Protegê-los com a minha vida

Porque eles são importantes para mim

E sem eles, não sou nada.

Eu os protejo, com toda a minha vida, porque quero dar-lhes

Um futuro.

~x~

"Boa noite, Senhora Yuliana, Senhor Alexei, Senhor Georgi, Senhorita Ludmila, Madame Lília. Meu nome é Yuuri Plisetsky e sou o noivo de Lady Viktoria." Eu digo, os cumprimentando formalmente.

Isso deixa a maioria das pessoas ali presentes animadas ao ouvir aquilo, enquanto Madame Lília Baranovskaya o olha em choque, claramente não esperando por isso.

Afinal eu não sou Yuri Plisetsky.

"Seu avô está chegando em breve." Senhor Alexei diz para mim, e dessa vez é Lady Viktoria quem empalidece.

"Estou ansioso por poder revê-lo." Eu apenas respondo, com um estranho sorriso no rosto.

De fato, Lord Nikolai Plisetsky se junta a nós para o jantar e confirma que eu sou o seu neto. Madame Lília, com raiva, se retira da mesa alegando enxaqueca, sendo observada curiosamente por mim. Quando está na hora de retornar para a casa, descobrimos que está chovendo e eu surpreende a todos ao colocar nos ombros dela um longo casaco cor de rosa com pedras em diferentes tons de azul adornando os dois, chegando a formar uma flor nas costas e que se complementam muito bem e um belo guarda-chuva igual ao casaco, mas que são itens que nunca foram vistos por ela antes. 

Eu a acompanho até o interior da carruagem com o guarda-chuva para ela não se molhar, e espero ela entrar para poder se virar e olhar atentamente para Madame Lília, que fecha às cortinas bruscamente e se afasta da janela. Com isso, eu fecho o guarda-chuva e o entrego para Lady Viktoria, antes de atravessar a carruagem e subir na frente, para a conduzir até nosso destino.

~x~

"Yuuri." Ela me chama, me fazendo a olhar seriamente. "Me satisfaça."

E para deixar claro que tipo de satisfação ela procura, ela desfaz o nó do longo roupão que está vestindo e o deixa cair no chão, revelando para ele seu corpo nu. Eu fico surpreso com o pedido dela e mais ainda por seu corpo estar reagindo ao vê-la nua, algo que nunca aconteceu antes. Eu, que estava dando banho nos cachorros, fecho a torneira e deixo Vicchan e Makkachin no quintal, onde vão comer e descansar. Eu retiro ali mesmo o resto de suas roupas molhadas, a fazendo arregalar os olhos ao me ver completamente pelado pela primeira vez.

"Como desejar, minha senhorita."

...

Após ela cair no sono, eu me afasto dela lentamente e vou até o banheiro, voltando com uma toalha úmida e a passando pelo corpo dela, antes de a levar para a cama no quarto dela, a vestir com uma longa camisola de renda e a cobrir com o lençol.

"Eu não sei o motivo, mas algo em você me faz sentir um calor forte no meu peito." Eu digo, erguendo minha mão direita e a colocando em meu peito. "Eu não sei quem eu sou, mas talvez você possa me dar um significado além 'dele'.

Eu me levanto, e me retiro do quarto dela, fechando a porta e encostando sua testa nela.

"Mas eu prometo aqui e agora proteger você e te servir até você quiser." Eu sussurro, e me afasto, indo para o meu quarto me lavar e retornar aos meus serviços normais.

~x~

Eu não sei que música é essa que estou tocando, mas eu a sinto fluir no fundo de minha alma sempre que penso nela. Eu não entendo como eu consigo tocá-la, se é a primeira vez que vejo um piano. 

Quando eu termino de tocar, fico a olhar o piano seriamente, processando o que eu ouvi naquela música. Eu tinha algo, mas em um momento, eu o perdi. Mas agora eu o encontrei.

Eu tinha algo. Ou alguém.

Lady Viktória. 

“Amor.” Eu digo, arregalando os olhos.

Eu amo Lady Viktoria.

E tudo se esclarece para mim. Quase tudo...

~x~

"Yuuri, precisamos conversar." Viktoria diz, retornando comigo para a carruagem. 

"Algum problema, Minha senhorita?" Eu pergunto, esperando ela entrar na carruagem primeiro para depois poder entrar e colocar os itens que ela passou a tarde comprando.

"Minha mãe terminou de planejar nosso casamento, e ele acontecerá daqui a uma semana." Ela diz, me fazendo congelar antes de sair da carruagem.

"Nosso… casamento?" Eu pergunto, a olhando com o rosto inclinado.

"Sim." Ela responde, abaixando o rosto.

"E a senhorita deseja isso?" Eu pergunto, a observando morder o lábio inferior.

"Sim." Ela repente, e arregala os olhos ao me ver na sua frente, ficar de joelhos na frente dela e a olhar nos olhos. "A única escolha que eu tenho agora para escapar das críticas de minha mãe Yelena e das suspeitas de minha tia Lília é finalizar esse casamento, mesmo que eu não deseje isso."

"Então eu irei me casar com você, minha senhorita. E irei me comportar como sempre depois do casamento, como o seu mordomo." Eu diz para ela, com a voz fria. "Mas antes, quero que saiba algo sobre mim que pode lhe causar problemas."

"Quê?" Ela pergunta, surpresa com o que está escutando.

"A senhorita nunca se perguntou porque eu não me apresentei com meu sobrenome?" Eu pergunto, a fazendo me olhar nervosamente. "Na verdade, eu não sei quem eu realmente sou. Três anos atrás, eu acordei com o meu corpo todo queimado e nenhuma memória. Segundo os médicos, eu fui encontrado em uma praia, usando trapos rasgados e queimados contendo uma costura as letras Y, U, U, R, I e K. Como a letra K parece ser meu sobrenome, eu decidi assumir o nome Yuuri e passei a aprender tudo o que sei até hoje, usando também de habilidades que estava redescobrindo ser capaz de ter."

"Não se preocupe, Yuuri. Eu estarei ao seu lado até o fim." Ela diz, me olhando seriamente e arregalando os olhos ao me ver abrindo um sorriso de verdade.

E no meio de toda aquela bagunça, eu e Lady Viktória finalmente nos casamos.


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