The Tales of Republic City escrita por isa


Capítulo 4
Um Plano Ambicioso (Varrick)


Notas iniciais do capítulo

Bom dia com mais uma one :) esse é meu último final de semana de "férias", então pretendo aproveitá-lo escrevendo loucamente.
Essa história em especial se passa depois da última temporada de Korra e também depois das histórias em quadrinhos "Turf Wars", o que significa que a Zhu Li ganhou as eleições para Presidente na Cidade da República e Bolin (esse maravilhoso pau para toda obra) já desistiu do departamento de polícia e está trabalhando como seu assistente.

Boa leitura!



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Iknik Blackstone Varrick era um homem de múltiplos interesses, menos quando se tratava do campo amoroso. Nesse quesito, seus olhos inquietos só tinham foco para uma pessoa no mundo: Zhu Li Moon. Varrick mal podia acreditar na sorte que tinha por ter conseguido tornar a sua brilhante ex assistente, confidente e massagista, em sua esposa.

Era em parte pela irritante voz da sua consciência que tinha se desenvolvido ao longo dos últimos anos, mas principalmente, por Zhu Li, que ele agora andava na linha e na legalidade (e pensando bem, a voz na sua cabeça era bem parecida com a dela no fim das contas...).

Seus negócios como empreendedor, empresário e visionário eram limpos como o céu no primeiro dia de verão e embora as vezes ele quase morresse de tédio por não utilizar mais suas habilidades esquivas em terrenos cinzas e dúbios, Varrick se sentia orgulhoso do seu presente e das muitas vantagens que o tempo lhe trouxera.

Só havia uma única coisa com a qual ele não se sentia satisfeito: o tempo que o novo trabalho de Zhu Li lhe demandava. Era ótimo – e um tanto sensual, em sua opinião particular – vê-la ser destemida e enérgica em prol do bem do povo da Cidade da República naqueles novos terninhos de corte perfeito, mas era péssimo o fato de que eles quase não tinham tempo pessoal de qualidade.

Às vezes a saudade que sentia dela, além de deixá-lo num péssimo humor, se tornava uma dor física: lhe dava enxaqueca e, Varrick tinha certeza, mais calos nos pés. Mas também o colocavam naquele estado mental febril e muito bem-vindo – era por esse tipo de desafio que o seu cérebro ansiava, afinal.

E era nisso o que ele mais trabalhava desde o resultado das eleições. Em ideias quentinhas, inusitadas, mirabolantes e inovadoras para arrancar qualquer tempinho livre da presidente. Dessa última vez tinha sido um pouco mais complicado do o usual. Ele havia tentado subornar o assistente pessoal dela, seu antigo (e ele esperava que futuro) astro de movedores, Bolin, mas não tinha funcionado.

Nem mesmo a reserva que ele havia lhe prometido no Kwong’s Cuisine surtira efeito e aquele era o restaurante mais caro da cidade. Bolin estava irredutível em manter a agenda cheia de Zhu Li longe dos olhos ou das mãos ágeis de Varrick, o que não tinha lhe deixado escolha a não ser continuar pensando.

E foi assim que ele desenvolveu o plano mais ambicioso de sua vida.

Envolveu contratar um dublador com voz muito similar à do General Iroh, das Forças Unidas, bolar uma história de uma catástrofe iminente, molhar as mãos certas para que o amplo e suntuoso saguão do conselho unido fosse reservado para ele durante a noite, além de desenvolver um colete a prova de tapas que ele podia ou não receber de Zhu Li quando ela percebesse o circo que ele havia armado apenas para levá-la para jantar.

Para Varrick valeu cada momento. No fim ela caiu em seu plano como um patinho-tartaruga no lago e liberou todas as reuniões e pautas que tinha para o fim da tarde a fim de se encontrar com o General Iroh para tratar dos assuntos urgentes que ele tinha relatado por telefone. Ele ouviu o barulho dos sapatos altos antes mesmo de ver a silhueta dela adentrando o imenso salão.

Zhu Li vinha com a expressão fechada e ela não anuviou quando Moon percebeu que tinha caído em mais uma armadilha de seu marido megalomaníaco: nem era preciso ser tão inteligente quanto ela era para notar; as velas e decorações exageradas falavam por si só.

— Você me fez acreditar que havia uma ameaça global mesmo sabendo que eu estaria em casa em no máximo cinco horas? – exigiu saber, cruzando os braços.

— Bom, sim. – ele admitiu, antes de levantar o dedo indicador. – Mas em minha defesa, essa é a data mais importante do mundo e você esqueceu, então tenho imunidade diplomática.

Isso foi o suficiente para que ela passasse de brava a consternada:

— O que eu esqueci? É nosso aniversário? É seu aniversário? É meu aniversário? – ela estava ficando sem ideias a cada negativa que ele dava com a cabeça. – Eu engravidei você? Não, espera, isso sequer é possível...

Enquanto ela tentava, Varrick sorriu e matou a distancia entre os dois, segurando-lhe as mãos.

— Há sete anos atrás você entregou o seu currículo quase em branco na minha mesa.

— Oh.

— Sim. – sorriu, sabendo que agora estava longe de grandes encrencas. – E isso mudou tudo.

— Isso é muito doce da sua parte, querido. Eu não sei se deveria beijá-lo ou matá-lo. Esse ainda é meu ambiente de trabalho e...

— Eu sei, eu sei, eu sei. – ele a cortou, beijando-lhe a testa. – Mas e se você não tiver que escolher? E se fizer um pouquinho dos dois? – sugeriu, piscando.

Zhu Li suspirou e girou os olhos, vencida. Ela já havia limpado a agenda mesmo. Não faria mal transformar os planos assassinos que tinha em relação ao marido em algo que fosse benéfico para os dois.

— Tudo bem. É um bom plano.

Varrick sorriu, concordando. Eles dois juntos sempre era.


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