Culpado escrita por Iki


Capítulo 12
Capítulo 12




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Toda noite voltava ali, dizia a si mesmo que era apenas pela paisagem, e não pela garota que sempre estava ali para varrer a entrada do local.

Encostou-se em uma árvore suspirando enquanto passava a mão nos cabelos loiros. Não havia nada que pudesse ser feito, não adiantaria, e mesmo que pudesse, não conseguia mais enchergar sua aura. Não tinha como saber.

Ajustou o casaco, não para se proteger do frio dos primeiros dias de inverno, mas sim, para tentar se sentir confortável com o frio e angústia dentro de si. Pequenos flocos de neve caiam sobre os seus pés, frios e delicados, tão diferente das cinzas que flutuavam tão perto do seu rosto.

Sua cabeça estava tão confusa, deveria ir embora, não havia mais nada que pudesse fazer, deveria curar aquilo que estava sentido, como Mitsuki havia lhe instruído. Era o demônio no final das contas. A quanto tempo não pensava sobre isso? Havia esquecido do porque tinha começado com aquilo?

O cheiro de fumaça invadiu suas narinas lhe causando certo desconforto.

Fumaça?

Olhou para a igreja arregalando os olhos azuis em seguida.

O lugar estava em chamas.

— Sarada!

Sem pensar duas vezes, foi em direção ao fogo, aquilo não iria feri-lo, não havia preocupações. Gritava o nome da moça sem respostas. Foi a o seu quarto, a cozinha é finalmente a encontrou na biblioteca, cercada por algumas estantes caídas. Ela estava no chão, tentando não respirar a fumaça.

— Sarada!

A moça o encarou de forma que ele nunca vira antes, olhos tão marejados e desesperados. Não havia tempo para reflexão. A pegou no colo, sem pedir permissão.

O desafio maior fora sair do local sem que ela se machucadasse. Tudo fora consumido pelo fogo de forma rápida e faminta.

Agora, do lado de fora e seguros, poderia se ter noção da fome do fogo, do seu poder. Mesmo que nevasse tão suavemente, o fogo era impiedoso.

— Minha casa... – ainda com a menina em seus braços, pode notar que ela tremia e soluça. - Boruto, minha casa se foi... – se encolheu ainda mais. Ele se sentou no chão junto a ela. – lágrimas corriam pelo rosto sujo de cinzas ao mesmo tempo q ela tentava esconder-se.

— Sarada...

— Por que...? – olhou para o incêndio durante longos segundos. – foi aqui...o lugar onde me abandonaram, o lugar onde fui criada pelo... onde cresci - suspirou - tudo se foi. – dizia entre os soluço enquanto apeetava a saia do vestido. – ele me presenteou... e agora esta tudo...- Ele não sabia lhe responder. Ela virou -se para ele, o encarando chorosa porém com fúria. – Você. - apontou.

— o que? – disse confuso.

— a culpa é toda sua! – o empurrou sem ter muito efeito sobre ele.

— Eu não fiz nada! 

— isso é um castigo, por sua causa.

— está louca. – rebateu.

— Se você não tivesse vindo, por que veio...

— Vim ajudar você! – passou a mao pelo rosto, ao mesmo tempo que tentava entender o motivo da reação tal repentina.

— Não, você ... – se levantou. – Antes. antes de tudo, por que veio aqui... – não entendia o que ela queria dizer. - isso é um castigo – as lágrimas tomavam ao mesmo tempo que gritava transtornada. – um castigo para mim. – soluço. – Por sua causa! – se pôs de pé enquanto a encarava buscando argumentos para as acusações confusas.

— do que está falando, sua maluca!

— Deus está me castigando por sua causa! Por sua causa! Você não entende? – a moça estava ofegante e furiosa.

— Não fiz nada!

— cínico, imbecil! – o empurrou. – Eu te odeio! – tentou empurra-lo novamente. – Eu te odeio! – ele segurou seus os pulsos da garota que continuava a chorar. – Por que fez isso comigo...? – encostou a cabeça em seu peito, enquanto susurrava as mesmas palavras.

— Não entendo... – ela riu desgostosa com a resposta. Suas penas cambalearam perde do as forças. Ele a segurou, sentando-se junto a ela no chão.

— Você É tão idiota...- ela o encarou com um sorriso magoado e os olhos cheios de lágrimas.

A jovem passou a mão pelos cabelos loiros tão perfeitamente bagunçados, enquanto ele apenas fechou os olhos e permitiu o carinho. Ela encontrou certas protuberância nas laterais da cabeça. Pequenas formações osseas, lixadas. Ele abriu os olhos para encara-la. Olhos azuis agora cobertos de receio. Não pode evitar olhar as bochechas coradas e os labios carnudos agora tão próximos, porém, olhos lhe fitava tão acusadores, não tinha como ignorar. Ainda estava ofegante.

— Você é mesmo um demônio.


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