O Caminho das Estações escrita por Sallen


Capítulo 52
∾ Mas eu te disse meu nível de preocupação e você somente ignorou.


Notas iniciais do capítulo

Bem, quanto tempo né!

Ah gente, foi complicado essas duas últimas semanas. Além do computador estar funcionando a manivela, estou fazendo entrevista atrás de processo seletivo atrás de entrevista pra ver se consigo algum emprego. E, para variar, na última semana, meu óculos quebrou! Quando fui consertar, tive que fazer outro exame e descobri que meu olho direito é inútil, basicamente, por conta da miopia severa.

Então, por mais que eu tentasse escrever, parecia que eu nem conseguia pensar direito sem óculos. Por isso, preferi atrasar mais um pouco do que entregar um capítulo só por entregar, sabe. Espero que me perdoem pela demora, obrigada pela paciência!



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Juno fechou os olhos por um momento, desejando que aquele instante se tornasse eterno e imutável apenas pelo seu ato de fechar os olhos.

Era o momento perfeito. O couro do sofá aconchegou seu corpo seminu que abraçava o corpo suado de Nirav. O ar carregado com cheiro de produtos de limpeza, café fresco e banho tomado. A atmosfera entorpecente que envolvia os corpos cansados. O barulho da rua ao lado de fora com os carros correndo durante a chuva que caía. O peso do corpo do homem descansando sobre suas coxas. A textura dos cachos deslizava por seus dedos enquanto os acariciava. Era tudo tão bom que ela recusava a se mexer com medo de estragar o momento. 

Nirav não compartilhava do mesmo receio, aparentemente. De olhos fechados, sentiu o corpo dele se agitar de várias formas como se procurasse uma posição mais confortável. Então, escutou o barulho do isqueiro sendo riscado e logo mais o cheiro de nicotina invadindo o ambiente. Ela sorriu, um sorriso simples. Há algum tempo, teria odiado o cheiro de nicotina que viesse de qualquer pessoa. Mas quando vinha de Nirav, tinha cheiro de casa. 

— No que está pensando? — ele perguntou, aplicando um beijo em sua perna.  

Pensar não parecia seguro tampouco. Poderia destruir o doce momento que compartilhavam em questão de segundos. Apenas gostaria de continuar deitada, com a cabeça dele apoiada em sua barriga enquanto acariciava seus cabelos e escutava a chuva insistente do lado de fora. Agora, todos os seus receios pareciam adormecidos, hibernando no fundo de sua mente. Mas estavam ali, nunca a deixariam. E só era preciso um movimento errôneo para despertá-los novamente. 

Tentou responder à sua pergunta de outra forma. Enrolou os cachos nas juntas de seus dedos e apertou o abraço de suas pernas no corpo dele. Não era o suficiente, no entanto, ela sabia. Apesar de sentir os dedos dele desenhando a beira de sua pele com um carinho delicado, ainda esperava sua resposta. Mesmo de olhos fechados, sabia que ele tinha a cabeça inclinada o suficiente para encará-la. 

Obrigou-se a abrir os olhos. E a encarar a realidade. As roupas jogadas pelo chão, celulares esquecidos pelos móveis, os tapetes desordenados e os dois corpos despojados no sofá, perdidos num caos de saias rodadas e roupas de baixo. Agora, parecia mais uma bagunça do que um momento de intimidade. E era isso o que temia Juno. Que tudo aquilo não fosse nada além de uma bagunça. 

— Não está preocupado? — respondeu com outra pergunta, sentindo seu coração acelerar. 

Ele franziu o cenho, retirando o cigarro dos lábios. 

— Com o quê? 

— Com o que quer que venha depois disso — encolheu os ombros, sem saber explicar suas preocupações. — Não tem medo de que isso seja arruinado pelo que aguarda quando levantar? 

Lembrou-se de uma confusão, vozes altas e alteradas, uma declaração desesperada e um soco violento. Precisou fechar os olhos e abanar a cabeça para afastar tais pensamentos. Se Nirav não tivesse entendido o que dissera antes, pelo seu semblante, agora, ele havia compreendido. Ajeitou-se no sofá, de forma que pudesse aproximar o rosto do seu. 

— Não tem com o que se preocupar — ele murmurou, descartando o cigarro para poder tocar seu rosto com ternura. Achou um ato interessante, vê-lo abdicar de um vício pelo outro. — Não vai ser como antes. Não vai acontecer nada. 

Juno tentou sorrir, inclinando o rosto para beijar os dedos que a acariciavam. Um suspiro teimoso fugiu de seus lábios, entretanto. Queria acreditar que ele estava certo, então porque continuava com tanto receio? 

Havia um peso esmagando seu peito, impedindo-a que conseguisse aproveitar a companhia dele. Como se algo estivesse errado. Como se, a qualquer instante, algo de muito errado iria acontecer para prová-los que continuavam cometendo o mesmo erro seguidas vezes. Talvez fosse o medo de um trauma que nunca a abandonaria. Talvez fosse sua consciência a alertando dos impulsos que continuava a cometer. Ou não. O que quer que fosse, estava arruinando o momento como ela temia que fosse acontecer. 

Agora, o momento perfeito parecia ter acontecido séculos atrás, destruído pelos receios que despertavam em sua mente e a obrigavam a se agitar embaixo de Nirav. 

— Que horas são? 

Ele se atrapalhou, balançando o pulso para checar o relógio de couro. 

— Faltam cinco para nove. 

— Nossa! — fez uma careta. — Está na minha hora, eu preciso voltar. 

— Voltar? Para onde? 

— Para casa. — arqueou as sobrancelhas de modo sugestivo. 

— Hm, eu acho que não. — ele meneou, esboçando uma expressão maliciosa. 

— Não? 

Nirav a manteve por baixo de seu corpo, pressionando-a contra o sofá. Fingindo surpresa, ela tentou resistir a ele, entrando na brincadeira, porém, todas suas forças se tornaram inúteis quando Nirav provocou cócegas em sua barriga com os dedos ágeis. Toda sua falsa resistência desmanchou-se em risadas desesperadas. Sem saber o que fazer, ela tentou empurrá-lo como também tentou segurar suas mãos, sem sucesso. 

— Não acho que vai conseguir ir a lugar algum, mocinha. 

Juno até tentou revidar, mas o fôlego logo lhe abandonou. Ele parecia saber todos seus pontos fracos e o usava a seu favor. Já com o rosto vermelho e risadas arfantes na tentativa de se proteger e se vingar ao mesmo tempo, Juno não conseguiu escapar dele. Os lábios se encontraram uma vez mais e o pouco fôlego que lhe restava fora roubado de vez. Ela cedeu, admitindo a derrota ao envolver os braços em seus ombros largos, abraçando-o com força. Quase uma súplica para que insistisse em não a deixar ir. 

— Não quero que vá. — como se fosse capaz de ler seus pensamentos, Nirav sussurrou contra sua boca. 

Ela não queria ir, não de verdade. Só tinha medo do que pudesse acontecer caso ficasse. Suas constantes fugas a fizeram acreditar que se ficasse, tudo estaria fadado a dar errado. Só sabia fugir, mas precisava aprender a ficar. 

— Não? — murmurou manhosa, passando os dedos pela barba dele. Ele era o único capaz de convencê-la a ficar, portanto, se o ouvisse ter certeza, então talvez tivesse certeza também. 

— Não. Ou foi tão ruim assim? 

Surpresa pela pergunta, Juno deu uma risada. 

— Oh, não. Não acredito que você é do tipo que pergunta “foi bom para você?” — ele riu da sua resposta, abaixando a cabeça envergonhado. — Bem, posso te dizer que é a primeira vez que eu não quero sair correndo. 

Com uma careta confusa, ele ergueu o rosto outra vez. 

— Não sei se tomo como um elogio ou um ato desesperado. — sua ponderação a fez sorrir com diversão. 

— Vou te dar o benefício da dúvida. 

— Bem, sempre dá pra se arrepender depois. 

Com o rosto dele tão próximo, ela não resistiu e beijou-lhe os lábios de forma breve. 

— Esse é o meu problema. — ela murmurou, admirando o belo rosto dele. — Eu não vou me arrepender. 

— É como minha mãe diz... — ele suspirou, ajeitando os cabelos. — Fogo de morro acima, água de morro abaixo, é igual essas moças de hoje em dia... ninguém segura! 

A risada que escapou de sua boca preencheu a sala inteira. 

— Mas que... — sua voz foi interrompida por mais gargalhadas. Nirav também ria. — Que porra foi essa? Eu estava esperando algo sábio, não isso! 

Os risos se transformaram em outro beijo. Um beijo sorridente e divertido. Um pouco atrapalhado também. Quando desfeito, Nirav beijou sua bochecha e aconchegou o corpo no seu em um abraço apertado. Juno manteve os braços envoltos em seu dorso, sentindo sua pele quente em contato com a ponta dos dedos. 

Mais uma vez, a vontade de fechar os olhos para tentar eternizar aquele instante e ficar presa na deliciosa sensação de ser abraçada por Nirav. Não havia outro lugar no mundo em que gostaria de estar, embora sua consciência insistisse em dizer o contrário. Queria permanecer no calor dos seus braços, apertar seu corpo, sentir seu cheiro e beijar sua boca. 

Um ruído quase inaudível capturou sua atenção. Do outro lado da sala, o celular vibrava com a tela acesa. Por um instante, pensou ser o seu, mas o encontrou ao alcance de sua mão, totalmente apagado e esquecido. Era o de Nirav que tocava, apesar de ele não prestar a mínima atenção. Juno ponderou se poderia ser Alice ligando para que pudessem conversar melhor. Aquele pensamento a deixou ansiosa. 

— Por falar em arrependimentos... — deu por si falando de supetão, sem saber muito bem para onde suas palavras impulsivas levariam o assunto. — Às vezes, eu me pego imaginando como tudo teria sido com você. Digo, as experiências. Principalmente quando se trata das primeiras vezes. 

Nirav soltou do seu abraço para poder fitar seu rosto. 

— Duvido que teria sua primeira vez comigo. — ele provocou ao retrucar. — E se tivesse, não me ligaria no dia seguinte. 

— Bem, talvez você não me ligue no dia seguinte. — sugeriu. 

— Talvez eu ligue. 

Nirav tentou beijá-la, mas, dessa vez, Juno conseguiu escapar ao virar o rosto. 

— Então, devo ir embora para saber se está falando a verdade. 

— Toda essa conversa foi uma desculpa para ir embora? — ele suspirou, com um sorriso derrotado. —  Não pode ficar nem para o jantar? 

Aquilo a pegou de surpresa. 

— Você vai cozinhar para mim? — de repente, já estava repensando se deveria ir. 

— Depende. — ele beijou seu queixo, depois seus lábios. — Só se disser que vai ficar. 

— Isso é chantagem! — ela cutucou a ponta de seu nariz em desaprovação. — Mas um banho seria um bom incentivo. 

— Se não se importar de vestir roupas minhas... Mi casa su casa

Juno riu. Não se importava nenhum pouco. 

Uma vez dentro do banheiro, Juno sentiu-se atordoada. Um suspiro descrente escapou de seus lábios. Quando a água fria se chocou contra o calor lascivo de seu corpo, os receios deram lugar à descrença. Havia uma parte sua, extasiada, que não conseguia acreditar que estava ali. E o que havia acontecido. Certificou-se de lavar o rosto seguidas vezes, para o caso de, de repente, estar sonhando. Mas quando suas mãos deslizaram por entre as coxas, a sensibilidade gerada por movimentos intensos e repetitivos mostrou-lhe a realidade. Era uma sensação boa, era tão bom saber que o tivera dentro de seu corpo. Deu por si sorrindo, esquecendo-se de qualquer outra preocupação. 

Era como se estivesse revivendo a sua primeira vez. No entanto, dessa vez, não queria sair correndo. Nem ele queria dispensá-la. Ele mesmo havia insistido para que ficasse. E iria cozinhar para ela! Uma risadinha boba escapou. Sentia-se como uma adolescente, que consegue a grande chance com o rapaz que gosta. Era como viver o sonho de toda garota. Estava um pouco atrasado, sete anos precisamente, mas não importava. Estava acontecendo ali agora. E parecia a Juno exatamente como os filmes que tanto assistia quando era mais jovem. 

Enquanto a água escorria por seu corpo, Juno decidiu que aproveitaria o momento. Estava cansada das preocupações e farta dos receios. Nirav era tudo o que queria, tudo o que sempre quis. E pensando nisso, os medos deixaram de morder seu âmago por um instante. Tudo o que conseguia pensar era no homem que a aguardava na cozinha, com seus cabelos bagunçados, dorso nu, mexendo em panelas tão cheirosas quanto ele. 

Mas não durou muito tempo. Como ela já desconfiava. 

Ao sair do banheiro, usando uma blusa velha e uma bermuda desfiada de Nirav, escutou o barulho na porta. Apesar da casa ser pequena, o som parecia distante, quase inaudível, ainda assim, conseguia ouvir vozes abafadas. Percebeu estar nervosa, com o coração em aceleração constante. Sem entender, pensou em Nicholas. Não era possível, ele estava longe demais para alcançá-los, não podia ser... 

Deveria ter continuado no banheiro, percebeu quando seus pés nervosos a arrastaram até a sala. Na verdade, não deveria estar ali, pensou quando seus olhos colidiram com os de Alice. De qualquer forma, não podia negar o alívio de ver Alice, em vez de Nicholas, por mais que a situação fosse ruim, não poderia ser tão pior.  

Mas, ao ver o choque de realidade no olhar dela ao reparar nas roupas emprestadas, a culpa a acertou com força. Observando a tristeza transformando a expressão no rosto da outra mulher a fez querer encolher até desaparecer. Nada do que fizesse, no entanto, impediria a desgraça de acontecer. Não adiantava voltar para o banheiro e se esconder como uma covarde. Não adiantava procurar palavras para amenizar a situação. Não adiantava desviar o olhar. 

Alice fungou, passando o olhar de Juno para Nirav. 

— E pensar que eu estava preocupada com você, pensando ter sido muito dura com as minhas palavras. — ela gesticulou com as mãos, indicando Juno. — Parece que eu estava enganada. 

— Alice... 

— Quer dizer — ela deu de ombros sugestivamente —, ou terrivelmente certa. 

Nirav suspirou, coçando os cabelos, sem saber o que fazer. 

— Por favor, vamos só... — fez menção de se aproximar de Alice, que recuou com desdém em direção a porta.  

— Oh, não se preocupe comigo. Estou de saída! — ela acenou com a cabeça, de modo que Juno pôde ver as lágrimas em seus olhos. Sentiu-se a pessoa mais miserável da face da terra. — Eu só vim ver se você estava bem e parece que você está ótimo, na verdade! 

Não soube dizer o que a instigou a tomar atitude, talvez a culpa, algum instinto desesperado. Quando Alice deu as costas, Juno adiantou-se até ela. Era burrice, sabia bem que de nada adiantaria. Ela estava ferida, magoada, sentindo-se traída. E deveria estar, de fato. A última coisa que iria querer era ela, justamente Juno, para tentar amenizar seus sentimentos. Mesmo assim, de qualquer forma, Juno deu o primeiro passo em direção a ela: 

— Alice, eu... 

Ela ergueu o indicador, interrompendo qualquer palavra de continuar saindo de sua boca. Ambas se encararam. 

— Vamos fingir que você sente muito. — e da mesma forma que chegou, também se foi. 

Ao restar somente os dois, Nirav e Juno se entreolharam. Conseguia ver as incertezas nadando nas lágrimas presas nos olhos dele. Quando nada disse, o silêncio se tornou difícil demais para ser suportado. Então, Juno percebeu que era hora de ir. Já havia passado da hora de ir. 

— Era sobre isso o que estava falando. Entende agora? — ela disse com a voz rouca, embargada pela culpa e o desprezo por si mesma. — Não queria me intrometer entre vocês dois. Não tinha esse direito. 

Nirav balançou o rosto, coçando a barba. Parecia inerte, recluso em sua própria mente, tentando fugir da situação para não ter de lidar com ela. Não podia culpá-lo. 

— Nós terminamos. — respondeu, simplesmente. 

Mas não é tão simples assim. Nunca é. Ela, melhor do que ninguém, sabia bem disso.

— Ainda é recente demais. E não vai deixar de ser por muito tempo. — enquanto recolhia as próprias roupas, sentia que estava recolhendo seus próprios cacos. — E não adianta tentar se enganar, porque o sentimento de vocês também ainda é recente demais. Continua existindo e é real. 

— Eu estou tentando, eu... — Nirav não sabia o que responder e quando olhava para Juno seu olhar perdido implorava por uma ajuda que ela não podia dar. 

Meneando a cabeça, ela se aproximou. Havia algum conforto em seu toque, o suficiente para aliviá-lo ao tocar em seu ombro. 

— Não tem que se explicar para mim. Não para mim. Não me deve nada, muito pelo contrário. — ela beijou sua bochecha, um beijo lento com o sabor amargo da despedida. — É melhor que eu vá, eu preciso ir. Vai ser melhor assim. 

Nirav a surpreendeu, segurando-a por um instante antes de ir. Suas mãos tomaram seu rosto, trêmulas e incertas, porém não sem afeto. 

— Promete que dessa vez vai voltar. — suplicou, beijando seu rosto. — E que não vai desaparecer. 

Era a última coisa que ele deveria estar pensando. 

— Só se for o que você realmente quer. 

— Você sabe o que eu quero. 

Juno soltou as mãos dele do seu rosto e se afastou, por mais que doesse fazê-lo. 

— Sei? — ela o olhou, então encolheu os ombros e respirou fundo. — Ou você não sabe e está jogando essa responsabilidade para cima de mim? 

Quando a resposta não veio, Juno acenou e saiu porta afora. A noite fresca a recebeu com um vento agitado, bagunçando seus cabelos e secando as lágrimas ainda em seus olhos. Olhou uma última vez para a porta fechada atrás de si. 

Não havia espaço para que ela pudesse voltar para o lado de Nirav. E ela temia que jamais houvesse.

 


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Notas finais do capítulo

Ah, cara! Esses capítulos me deixam grilada pessoalmente, sempre que termino um desses eu fico meio triste, é complicado. E agora as coisas começam a voltar a ser turbulentas por conta desses atos, mas é como dizem... Primeiro a chuva para depois florir, não é mesmo? Vejamos o que vem por aí!

Obrigada pela paciência, mais uma vez!



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