O Caminho das Estações escrita por Sallen


Capítulo 35
∾ Então eu corro para restaurar a minha vida ao que era antes.


Notas iniciais do capítulo

Sejam bem-vindos novamente, a mais capítulo.

Como nossa primavera vem com intuito de renascer, então que tal começar reparando as amizades antigas?



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Aproximava-se o início da tarde quando, ainda no serviço, Juno recebeu a ligação de uma antiga amiga, pedindo por um encontro. E com o tempo marcado pela chuva, impedindo-a de sair, Juno passou o restante da tarde suando em bicas, ansiando pelo encontro. Só quando a chuva deu uma trégua, teve a chance de escapar do serviço e atravessar a cidade até um prédio que nunca pensou retornar, embora sentisse saudades.  

As ruas lavadas emitiam um brilho sob o sol revigorante da primavera. Do chão úmido emanava um árido cheiro de terra molhada, apesar do concreto tomar conta da maior parte da cidade. Era tão acolhedor que Juno pegava a si mesma cativada pela chuva, que costumava desgostar. Em sua cidade natal a chuva sempre parecia ácida. Os pingos eram mornos e pareciam sujos, até seu cheiro era desagradável. E chovia o tempo inteiro. Quando não chovia, o tempo nublado gerava uma expectativa irritante de saber quando seria a próxima garoa. Até a chuva, em Florencia, parecia diferente, melhor. O ar parecia mais fresco e puro, o clima se refrescava para se aquecer logo em seguida e havia os rastros de arco-íris no céu.  

Depois de poucos minutos de uma caminhada nervosa, conseguiu ver a silhueta do prédio antigo estando há duas quadras do endereço. Por um momento, hesitou. Era estranho retornar ao apartamento de Theo, que agora também pertencia a Hester. Parte sua, repleta de saudades, estava ansiosa. A outra, após o desentendimento, não estava tão certa assim.  

Com um suspiro, Juno esperou a inquietação aliviar. Não queria chegar lá esbaforida, escancarando o nervosismo daquele encontro. Permitiu respirar fundo, acalmando-se antes de seguir adiante. Ao longe, um trovão ecoou pelos céus, avisando-a para se apressar caso não desejasse se molhar.  

Passando por uma pequena e antiga quadra de futebol, cercada com grades metálicas já carcomidas e enferrujadas pelo tempo, ela admirou um pequeno grupo de rapazes jogarem bola. Não eram tão velhos, na verdade, era provável que tivessem a sua idade quando ela passou por aquele lugar da última vez. E ela já não se recordava daquela quadra, das grades, dos mastros dos gols e muito menos do chão colorido. Uma súbita tristeza a atingiu por perceber não se lembrar de tudo.  

Enfim, o prédio ergueu-se diante de sua vista. Continuava o mesmo prédio de outrora, embora mais atingido pelo tempo. Era uma visão nostálgica, que fazia seu coração acelerar. Deteve-se para admirar sua estrutura, sentindo a saudade dos momentos que ficaram eternizados entre aquelas paredes que envelheceram com as tintas desbotadas e marcas do tempo irremediável.  

Não conseguiu negar a surpresa ao perceber que, ao contrário do lado de fora, o interior permanecia imutável, indiferente ao tempo. Os corredores vazios, as escadas de degraus largos e o silêncio massivo. Dessa vez, um sorriso brotou em seus lábios. Conforme subia os degraus, recordava-se com clareza seus últimos momentos naquele lugar. Quando tudo começou a desmoronar, lentamente, até um fim premeditado.  

No último lance de escadas, conseguia projetar suas lembranças. O grupo de fantasmas se despedia com demasiadas risadas e vozes altas para o horário. Desciam juntos conversando sobre qualquer coisa. Passaram por ela, avulsa ao admirar os traços fantasmagóricos do casal que trocava olhares furtivos no escuro. Fora bem ali, se bem se lembrava, que encarou a própria ruína. E, no entanto, o que não daria para reviver aquela noite, antes de tudo se perder?  

A porta de madeira estava, agora, bem a sua frente. Quieta, imóvel e vazia. Sem mais fantasmas do passado. Apesar de saber o que a porta guardava, era difícil não se sentir nervosa. Depois de tudo o que aconteceu, todos os olhares repreensivos, as desconfianças, os desentendimentos... o imprevisível parecia lhe aguardar.  

Por um momento, um mínimo instante, esperou encontrar Nirav do outro lado. Uma expectativa boba da jovem que ela já não era mais. Apenas para matar a dúvida que ardia em seu peito desde que o rasgou para que ele pudesse ver suas feridas. Ele havia a abandonado, esquecida sob a chuva, com as lágrimas a manchar sua maquiagem, sem conseguir entender o que seria deles. Até então, ainda não tinha tais respostas, ele continuava desaparecido como antes ela também esteve. Não podia cobrar uma resposta, então só restava esperar, criar expectativas, ter falsas esperanças.  

E com o coração apertado, agitando-se dentro de seu peito, Juno bateu as juntas dos dedos na porta. Coincidentemente, no mesmo ritmo de seu batimento cardíaco.  

— Fico feliz que tenha vindo. — Hester a recebeu com um sorriso empolgado, embora inseguro. Seus cabelos estavam bagunçados, presos em um coque frouxo. Ela parecia, no geral, cansada. — Eu queria ter ido falar com você, mas não faz ideia de como estão as coisas...  

Quando recebeu passagem, Juno notou que o imprevisível, de fato, a esperava. O apartamento de antes tão abarrotado com uma decoração meticulosa entre o antigo e o novo, agora estava vazio. Parecia imenso, diferente do aperto que antes era. O mundo inteiro parecia caber naquele lugar que, um dia, teve dificuldades em abrigar seis pessoas. E, agora, o eco das vozes percorria cada cômodo como um som dilacerante do vazio.  

Caixas e mais caixas encontravam-se perdidas pelo chão, revelando o motivo do abandono do lugar. E o semblante cansado de sua amiga, mostrava o tempo desperdiçado ao embalar, empacotar e encaixotar uma casa inteira.  

— Estão em processo de mudança?! — admirou-se, de repente, empolgada. A descoberta da novidade a fez sentir parte do grupo uma outra vez.  

Hester sorriu ao acenar, enfim recebendo-a.  

— Não repare na bagunça. — disse ao fechar a porta.  

— Ah, não se preocupe. Deveria ver meu quarto quando me mudei.   

— Então é definitivo, vai mesmo morar aqui?  

— Provavelmente. — respondeu com um dar de ombros.  

Houve um segundo de silêncio. Elas se entreolharam, cada uma com sua própria expectativa. Hester, então, suspirou.  

— Eu sei que dei a entender o contrário, mas saiba que estou feliz por ter você de volta.  

O sorriso nos lábios de Juno era genuíno. Embora as feridas dos desentendimentos fossem recentes, já estava na hora de curá-las.  

Hester a conduziu para onde pudessem se sentar. Embora o apartamento estivesse se esvaziando, alguns móveis permaneciam aqui e acolá, esperando sua vez. Um era o antigo sofá, que logo seria trocado por um novo Juno imaginava.  

Sentada no estofado velho, Hester permitiu-se a breves segundos antes de falar, ponderando as palavras que Juno já desconfiava. Não a pressionou, apenas se aproximou, aguardando o inevitável com um embrulho no estômago.  

— Eu sinto muito. — Hester começou dizendo.  

— Eu entendo, Hester.  

— Eu queria te pedir desculpas, mesmo assim.  

— Não. Não tem que me pedir...  

Hester a interrompeu, meneando a cabeça.  

— Por favor, só... — insistiu, levando a mão até sua, conduzindo-lhe para sentar-se ao seu lado. Seu toque era morno, acolhedor, ainda que trêmulo. — Eu não tinha o direito de pedir para você se afastar de Nirav. Você só estava tentando consertar as coisas, eu deveria saber. Era um direito seu, não meu de tirar isso de você.  

Juno desviou o olhar da amiga, receando que a emoção do momento trouxesse lágrimas incontroláveis. Sim, estava tentando consertar as coisas, porém, continuava repetindo os mesmos erros. E, por isso, Hester não estava tão errada assim. Ela suspirou, escutando Hester murmurando desculpas baixinho.  

— Não há o que desculpar, Hester. Você só estava tentando proteger um amigo. Não precisa se lamentar por isso. Na verdade, me conforta saber que se importa com ele ao tentar protegê-lo dessa forma.  

— Sim, eu estava tentando protegê-lo. Não só ele, a Alice também, mas... Não o fiz da maneira correta. No fim, não era uma proteção, era uma proibição. — assumiu. — Não me importei com o que ele queria. Não me importei com o que você queria, nem com seus sentimentos. Eu não sabia nem que você...  

— Como poderia saber?   

Não estava surpresa com o rumo que a conversa tomou. Sendo irmã de Helena, era provável que a amiga se prontificou a defendê-la. Não precisava que fizesse isso e corresse o risco de se desentender com a irmã, contudo, era grata por ter Helena ao seu lado quando ninguém mais parecia estar.  

— Eu nunca contei a verdade, só fugi, sem sequer me despedir. — prosseguiu. — Eu não abandonei somente Nirav, também abandonei vocês. Não me importo com desentendimentos, sempre haverá mais um. Tudo o que importa, para mim, é continuar sendo parte de vocês. Só me importo em continuar tendo vocês como amigos.  

Hester desmoronou em prantos para a surpresa de Juno.  

— Você sempre será minha amiga. — ela adiantou-se, buscando seus braços como refúgio. — Eu senti tanto sua falta. Oh, minha nossa, eu sinto tanto por tudo o que aconteceu, tudo o que você passou...  

Juno a apertou entre seus braços, interrompendo-a com um abraço.  

— Está tudo bem. — respondeu, contendo seu próprio choro. — Estou com vocês agora, então estou em casa.  

De repente a porta se abriu, arruinando o momento das duas e revelando a figura de Theo, que as observava com uma sobrancelha arqueada. Ao soltar Hester, notou-o com roupa molhada, sinal que a chuva havia retornado.  

— Devo me preocupar com o que está acontecendo aqui? — ele questionou com tom malicioso. — Se tiverem de me contar algo, façam agora. Prefiro não ser abandonado no altar.  

O tom brincalhão veio em um ótimo momento, fazendo-as se divertirem e enxugarem as lágrimas. Hester tentou ajeitar a bagunça em que se encontrava.  

— Eu só fiquei emocionada enquanto conversava. — explicou.  

Theo se aproximou do sofá, exibindo um sorriso amigável.  

— Toda essa coisa de mudança, casamento, despedidas, deixou ela bem emotiva. Prepare-se. — avisou a Juno, que sorriu.  

— Eu imagino.  

Ele voltou para a noiva, em breve sua esposa.  

— Já contou a ela?  

— Eu estava tentando, até você atrapalhar.  

Juno os olhou com curiosidade, franzindo o cenho. Theo não se deteve um minuto a mais.  

— Vou buscar água para as moças se recomporem.  

Assim que ele se afastou, Hester recuperou o belo sorriso em seus lábios.  

— Já marcamos a data do casamento!  

— Não brinca! — o rosto de Juno se iluminou de expectativa. — Falta muito?  

— Mais um pouquinho só. Estamos começando os preparativos. — Hester piscou. — Desde já, queria que você soubesse que é importante para nós dois ter você na cerimônia.  

— E como eu seria capaz de perder esse momento? — disse com uma careta divertida.  

Hester respirou fundo, insegura.  

— Tive medo de não conseguirmos superar nossos desentendimentos e...  

— Não diga isso! Eu iria, brigada com você ou não, mesmo que tivesse de entrar de penetra. — observou o divertimento na expressão dela. — Inclusive, agradeço pelo convite, odiaria ter que me prestar a esse papel!  

Ela se recuperou com uma risada, mas ainda retornou à entonação sóbria.  

— Eu só preciso te contar uma coisa. — anunciou, esperando Juno assentir para prosseguir. — Sete anos atrás, quando eu e Theo somente brincávamos sobre nos casar, a ideia era de que você fosse uma das madrinhas. Então, tudo aconteceu tão rápido, você se foi e nunca mais voltou...  

Sem precisar terminar, Juno tornou a tocar seu corpo, transmitindo conforto.  

— Não tem de se explicar para mim, Hester. Eu entendo, de verdade.  

— Não vai ficar chateada?  

— Por que eu ficaria chateada? Só de ter a chance de presenciar vocês dois se casarem já é muito mais do que suficiente.  

Enfim, Theo retornou com dois copos de água. Seu semblante indicava a intromissão na conversa das duas enquanto estava longe, como se estivesse esperando o momento oportuno para aparecer novamente.  

— Viu só, disse que ia ficar tudo bem. — debochou de Hester, olhando para a Juno. — Chorou por um dia inteiro só de pensar em te falar!  

— Pare de me expor assim, ou vou pedir divórcio antes de o casamento acontecer!  

Com um sorriso iluminando seu rosto, Juno aceitou o copo de água, tomando-o em um gole só.  

Roubando o momento de descontração, o clarão de um relâmpago invadiu a casa pela antiga sacada, seguido por um ronco estrondoso de um trovão. Assim, diante de uma estrondosa anunciação, a chuva pesada derramou-se sobre a cidade. Então, de repente, com um estalo exótico as luzes da casa se apagaram. Em silêncio, eles se entreolharam no escuro do fim da tarde, escutando os pingos grossos e constantes no telhado.  

Juno adiantou-se até a sacada, apesar dos relâmpagos clareando o céu serem amedrontadores. Hester a acompanhou, observando a rua coberta pela nuvem de chuva, em completa escuridão pela falta de energia. Um suspiro escapou de seus lábios, como se já esperasse por aquilo. Para Juno, entretanto, era uma novidade ver a cidade oculta atrás de uma cortina de garoa, iluminada apenas pelos raios no horizonte.  

Depois de anos, estava mais uma vez debruçada naquela sacada. E mais uma vez, estava seduzida pela vista. Absorta ao resto do mundo, seus olhos se perdiam sobre a visão da cidade, escorrendo assim como a torrente. Já não havia mais ninguém nas calçadas, exceto os carros amontoando o trânsito ansiando por fugirem da chuva. Ainda assim, ao longe, conseguia escutar uma música soar, cortando através do barulho quase ensurdecedor da tempestade. Apenas violino, sem letra, sem voz, somente o instrumento. Sem querer, a canção se encaixou com perfeição para com aquele fim de tarde, tornando-se sua trilha sonora como uma cena de filme que Juno não enjoaria de assistir tão cedo.  

Era difícil não se lembrar da última vez, tendo Nirav ao seu lado, observando a mesma Florencia que observava agora. Era capaz de recordar a conversa, em como sentia a verdade na ponta da língua censurada por um laço invisível de moralidade.  

“Eu me sinto inconsistente", recordou-se.  

“Por quê?”  

Deveria ter dito a verdade. Deveria ter sido sincera. Talvez seria o suficiente para alterar o fim tão trágico que os levaria à ruína. Agora, já era tarde demais. Mesmo contando a verdade que, por anos, omitiu, já não parecia suficiente. E já não tinha mais Nirav ao seu lado.  

Ainda assim, tendo Hester ali, sua antiga amiga, Juno sentiu que poderia ficar presa naquele instante para sempre. Olhando por cima ombro, procurou por Theo também, mas não o encontrou perto.  

— Continua a mesma cidade de sempre, afinal. — Hester disse, de repente, lamentando a falta de energia.  

— É o que esperava encontrar quando voltei. — comentou, olhando para frente.  

— E conseguiu?  

— Na verdade, fui surpreendida. — respondeu. — A cidade cresceu, mudou e floresceu, mas continua a mesma. A mesma Florencia pela qual me apaixonei.  

Notou o olhar de Hester sobre si.  

— Sabe, tive medo de que você tivesse mudado drasticamente e que eu não fosse mais capaz de te reconhecer. Agora vejo que não mudou nada, continua a mesma Juno de antes.  

— Eu realmente espero que não. — contradisse com um sorriso nervoso.  

— Por quê? O que há de errado com ela?  

Juno abaixou o olhar numa tentativa de olhar para dentro de si, encarar o seu próprio cerne antes de responder.  

— Ela era impulsiva demais, egoísta demais. E cometeu erros demais.  

— E não éramos todos assim? — Hester ponderou, arqueando as sobrancelhas. — A gente sempre tem o que melhorar, mas o ideal é manter a essência de quem somos, apesar do amadurecimento. E é isso o que vejo em você.  

Agora, seu olhar encontrou o da amiga, que ofereceu um sorriso ao qual retribuiu sem pestanejar. A sensação de lar, que tanto sentia falta, estava ali, no olhar e no sorriso de Hester.  

— Não acredito que vão se mudar desse apartamento. — disse, mudando o assunto.  

— Eu vou morrer de saudades. — Hester confessou, dando as costas para a rua e contemplando o interior vazio do apartamento. — Cada momento marcado nessas paredes, no chão, em cada cômodo. Mesmo levando os pertences, as memórias daqui permanecem aqui. Espero que o próximo inquilino cuide bem desse lugar.  

Juno observou as névoas manchadas de lembranças nos olhos de Hester, compartilhando delas. Conseguia ver a amiga projetar cada instante, recordando da menor das lembranças e sentindo o peso incalculável que carregava. Agora, essas lembranças seriam deixadas para trás, para que outras ocupassem seus lugares. Por mais que soasse esperançoso, também soava deprimente.  

— Ainda me lembro da noite dos filmes. — murmurou, mais para si do que para a amiga.  

— Oh, eu nunca vou ser capaz de esquecer! — ela se deliciou com a lembrança, levando as mãos ao rosto.  

— Lembro de estar aqui, nessa mesma sacada, observando a rua e imaginando quais histórias essas vielas escondiam. — sua confissão fez os olhos de Hester brilharem, porém não percebeu por estar presa em suas próprias recordações. — Como eu gostaria de ter ficado presa naquele momento para sempre. Era o melhor momento que poderia estar se considerasse os que viriam a seguir.  

Com carinho, Hester pousou os braços em seus ombros, mantendo seu corpo perto. Mais uma vez, juntas, admiraram a chuva.  

— Ninguém gosta de momentos ruins. Infelizmente, é só o jeito que a vida é. E do que seria os momentos bons sem os ruins para engrandecê-los?  

Juno concordou, apesar da frase clichê. Às vezes, tudo o que se precisa é apenas uma frase clichê.  

Surgindo do nada, mais uma vez invadindo a reunião das duas, Theo apareceu com caixas dobráveis de papelão. Em seu rosto, a expressão arteira de meninote prestes a bagunçar a casa.  

— Quem quer ajudar a empacotar? — chamou, balançando as sobrancelhas para cima e para baixo seguidas vezes.  

Uma última vez, Juno olhou pela sacada e pensou em Nirav. A chuva continuava constante, violenta e furiosa. Os raios cortavam os céus, preenchendo a falta de luz do apagão com seus relâmpagos e os trovões disputavam espaço com a música que insistia em tocar no fundo. Se alguém pudesse prever o tempo, diria que a tempestade não acabaria tão cedo. Portanto, adiantou-se até Theo, junto com sua noiva, recolhendo as caixas.  

— Bem, ainda está chovendo bastante.  


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Notas finais do capítulo

Ter esse grupo unido de novo, além de tudo, é um dos grandes objetivos. Não são os mesmos quando separados.



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