New Moon - A outra Swan escrita por Liz Black, Alina Black


Capítulo 23
2° Temporada - Livro 1: Carlie - 16 anos


Notas iniciais do capítulo

Musica que Jake cantarolou, tema Jakeness: Perfect-Ed Sheerann



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Escuridão...

Um sussurro...

“Well, I found a girl, beautiful and sweet, Oh, I never knew you were”

Me movi na cama e apertei meus olhos lutando contra o sono. O sussurrou se tornou mais alto e presente.

“The someone waiting for me, Cause we were just kids, When we fell in love...”

Girei o corpo na direção daquela voz rouca que se tornará mais grave nos últimos meses, antes de abrir meus olhos eu sorri, eu sábia que era ele.

We are still kids, But we're so in love, Fighting against all odds”

— Jake...murmurei.

— Feliz aniversário...

Meus olhos sonolentos abriram-se lentamente, lutando contra a pequena claridade da luz que entrava pela janela do meu quarto, Jacob estava sentado ao meu lado na cama com seu grande corpo curvado e seu rosto próximo ao meu, o sorriso largo em seu rosto como se a qualquer momento fosse rasgar seu rosto — hmm, eu acho que vou querer acordar assim mais vezes.

— Seu desejo é uma ordem! Falou ele baixando ainda mais seu corpo encostando meus lábios aos dele em um selinho demorado e carinhoso, protestei assim que ele se afastou, ergueu o troco e colocou uma das mãos no bolso do jeans — Feliz dezesseis anos! Disse ele abrindo suas mãos grande com um pequeno saquinho nas mãos — Seu presente.

Eu sorri me sentando na cama, olhei para seu semblante sereno e tranquilo o pegando de sua mão, era um saquinho feito de feltro na cor vermelha fechado com um fitilho preto, curiosa desfiz o laço as pressas, dentro havia uma pulseira com um pingente de lobo talhado em madeira — Que lindo! Murmurei o abraçando.

— Você gostou? Perguntou ele enquanto afagava meus cabelos — eu quem fiz! Falou com um tom orgulhoso de si, lentamente nossos corpos se afastaram e olhei dentro de seus olhos escuros.

— É o melhor presente que já ganhei, obrigada Jake.

Jacob selou novamente meus labios e carinhosamente segurou minha mão colocando a pulseira em meu braço esquerdo, observei em silêncio os dedos grandes de sua mão abrindo o pequeno fecho passando o couro da pulseira em torno do meu punho com delicadeza como se minha pele fosse algo frágil, em alguns momentos era assim que Jacob se comportava, e mesmo eu não gostando muito de momentos românticos acabava cedendo aos momentos de romantismo dele, ele quebrava todas as minhas barreiras.

— Ficou perfeito!

— Você como sempre exagerado, mas eu tenho uma dúvida, como convenceu Charlie a entrar em meu quarto?

O sorriso dele diminuiu, ainda mantivera em seu rosto, porém suas sobrancelhas se uniram — Eu precisei negociar! Respondeu ele apertando meu queixo e se levantou em seguida.

Lancei sobre ele um olhar de desconfiança — Por acaso vai lavar os carros?

Jacob riu — Não é algo bem mais difícil.

— Sou toda ouvidos! Falei colocando os pés para fora da cama.

O restante do sorriso se desfez de seus lábios, como se sua suposta negociação com Charlie o tivesse incomodado — Eu prometi a ele conversar com Bella assim que ela retornar da viagem.

Minhas sobrancelhas se ergueram, então compreendi sua indisposição para conversar sobre aquele assunto, Jacob estava evitando Bella desde o episódio com as motos, Bella havia assumido a culpa total sobre as motos, dissera a Charlie que havia sido ideia dela e que eu não havia chegado perto, como resultado Charlie dobrou o castigo dela, além de ter imposto com uma das novas regras da casa que ela ajudaria nas despesas da casa, segundo Charlie se elas e acha responsável por ter alcançado a maior idade ela teria que ser responsável por seus próprios custos.

Ela estava se saindo bem.

Com a aproximação de sua formatura Edward convenceu Charlie com a ajuda de Reneé a fazerem uma viagem de final de semana a Phoenix, mas tinha que admitir que Bella andava um pouco “esquisita”, mas apesar de curiosa não quis perguntar a ela, eu havia decidido que viveria minha vida de adolescente não problemática aleatória a vida que ela escolhera para ela.

— Boa sorte! Falei me levantando da cama, Jacob me puxou para seus braços me apertando contra seu peito.

— Isso incomoda você? Se incomodar eu falarei com Charlie...

— De forma alguma! Respondi erguendo a cabeça para olhar para ele — Eu confio em você, e para ser bem honesta eu acho que já passou da hora dessa conversa entre você e ela acontecer, vocês sempre foram amigos Jake...

— Ness, as coisas não são tão simples — Ele falou, olhando em meus olhos — Não posso ser amigo dela, não ela sendo amiga daquele san...dos Cullen— seu polegar se posicionou debaixo do meu queixo — Vou deixa-la se arrumar, Charlie está ansioso a sua espera.

— Tudo bem!

Ele sorriu se afastando e abaixou a cabeça ao passar pela porta do quarto.

Eu suspirei, olhei para meu braço e sorri, em seguida peguei a toalha e fui para o banheiro.

Era complicado para mim estar no meio de minha irmã e Jacob, muitas vezes havia me perguntado se eu não tivesse vindo para Forks ela estaria com ele, mas quando a via com Edward essa resposta era respondida, ambos sentiam algo tão forte um pelo outro que parecia aqueles filmes de relacionamentos doentios, Bella parecia não ter mais amigos, tudo que ela fazia incluía Edward Cullen.

Esse não era o tipo de relação que eu gostava, todas as vezes que sentia que Jacob ia me sufocar eu dava a ele o sinal de alerta, eu amava estar com Jacob, qual garota não gostaria de estar com um garoto que a tratava como o seu próprio mundo, tudo que vinha de Jake era intenso e as vezes até exagerado, os carinhos, o cuidado, a proteção, por isso eu havia criado um sinal, quando ele estivesse passando dos limites eu avisaria a ele, por incrível que pareça ele concordou. Jacob nunca discordava.

Terminei de me vestir e peguei a mochila saindo do quarto, desci as escadas e Charlie conversava com Jacob na sala — Bom dia pai! Falei enquanto descia as escadas.

— Bom dia querida! Charlie respondeu me encontrando e me puxou para um abraço, se afastou me entregando duas caixinhas — a Caixinha menor é presente meu e de  Reneé. Charlie explicou — A maior é de Bella e Edward — eu queria fazer a festa mas acredito que tenha feito outro planos.

Os olhos de Jacob rolaram ao ouvir sobre o segundo presente.

— Obrigada pai! Agradeci dando um beijo em seu rosto e caminhei até o sofá me sentando, Jake se sentou ao meu lado passando um dos braços em volta do meu ombro e com a mão livre me ajudou a abrir as caixinhas — Um celular? Falei ao abrir a caixa menor — Nossa.

— Achei que o seu estivesse ruim! Charlie falou.

— Pai não precisava.

— Você merece!

— Veja o lado bom eu posso ligar para você agora três vezes por dia! Jake me provocou.

Franzi as sobrancelhas para ele — Não se atreva.

Charlie riu.

Devolvi o celular a caixa e abri a caixa maior— Um notebook, nossa.

— Bella deve ter economizado muito! Jacob falou com ironia.

— Eu adorei, estava precisando, vou agradecer a eles pessoalmente.

— Minha gatinha está cheia das tecnologias, vai virar Haker! Jacob brincou.

— hahaha! Dei um tapinha na testa dele.

Jacob beijou minha mão, larguei as caixas sobre o sofá e o puxei pela mão para tomarmos café.

Minutos depois estávamos quase na escola, meus braços apertavam seu grande corpo na carona da moto preta, sentindo o vento bagunçar meus cabelos, mas não me importava com isso, quando finalmente a moto entrou no estacionamento da escola Jake parou a moto no lugar de sempre, Edward e Bella já haviam chegado de viagem.

Ao descer da moto por um breve instante me preocupei, Jacob estacionou a moto e segurou minha mão, ergui meu rosto para olha-lo, seu rosto era a máscara de calma que eu reconhecia. Era a expressão que ele assumia quando estava decidido a controlar as emoções, a manter a si mesmo sob controle. Deixava-o parecido com Sam, mas Jacob nunca conseguiria a serenidade perfeita que Sam transmitia.

— Oi Bells! Oi Edward! Os cumprimentei.

— Feliz aniversário! Disse Bella me dando um abraço.

— Que bom que gostou do presente! Falou Edward poupando que minha irmã gastasse palavras me perguntando.

— Eu adorei o notebook vermelho — Respondi. O rosto de Jacob enrijeceu enquanto nos aproximávamos e eu dei um abraço de agradecimento nele.

— Melhor você entrar pequena, ou vai se atrasar para aula! — Falou Jacob me olhando novamente com seu olhar doce e tranquilo.

— Está me expulsando para brigar com ele? Perguntei cruzando os braços. Edward riu.

Olhei para o lado, um pouco distante os olhares de Ben, Megan e Ligia, meus melhores amigos em nossa direção, seus olhos estavam arregalados  ao ver o metro e noventa e cinco de altura de Jacob, o corpo musculoso que um rapaz normal de 16 anos jamais teria, Jacob vestia uma camiseta preta e apertada de manga curta, embora o dia estivesse frio para a estação, o jeans rasgado e sujo e a moto preta e reluzente em que ele se encostava.

Edward parou a alguns metros de Jacob, e eu sabia que ele não estava à vontade vendo-me tão perto de um vampiro, ele segurou meu pulso com delicadeza, puxando-me um pouco para trás de seu corpo.

— Podia ter ligado para nós — disse Edward.

— Desculpe — respondeu Jacob, o rosto se retorcendo num esgar. — Eu não tinha nenhum sanguessuga na discagem rápida.

Bella e eu trocamos olhares confusas.

— Este não é o melhor lugar, Jacob. Podemos discutir isso mais tarde?

— Claro, claro. Vou passar na sua cripta depois da aula. — Jacob o provocou — Por que não agora?

Edward olhou sugestivamente em volta, os olhos parando nas testemunhas que quase podiam nos ouvir. Algumas pessoas hesitavam na calçada, o olhar brilhando de expectativa. Como se esperassem uma briga para aliviar o tédio de outra manhã de segunda-feira.

— Já sei o que você veio dizer — lembrou Edward a Jacob— Recado dado. Considere-nos avisados.

— Avisados? — Bella os interferiu.

— Do que vocês estão falando? Eu perguntei.

— Não contou a ela? — perguntou Jacob.

— Por favor, pare com isso, Jacob — disse Edward numa voz firme.

 — O que ele tinha que contar a minha irmã? Me coloquei a frente dele e toquei seu peito — O que você também não me contou?

— Do que eu não sei, Edward? Bella perguntou franzindo a testa.

Jacob ergueu as sobrancelhas para mim.

— Ele não contou que o... irmão mais velho dele passou dos limites no sábado à noite? —Depois seus olhos se voltaram para Edward. — Paul tinha todos os motivos para...

— Emmett e Paul? — sussurrei. Paul era o membro mais volátil do bando de Jacob, apesar de eu tê-lo chutado naquele dia no bosque ele havia me pedido desculpas tempos depois, passou alguns dias correndo atrás do perdão que o libertaria de levar outra surra de Jacob, no final havíamos virado amigos. — O que aconteceu? Eles brigaram? Por quê? Paul se machucou?

— Ele está bem anjo não se preocupe! A voz dele novamente saiu calma, as mudanças de temperamento de Jacob me deixavam confusa as vezes, não importava o quanto ele estava aborrecido, bastava eu falar que ele se acalmava.

— Não contou nada a ela, não é? Foi por isso que a levou para longe? Assim ela não saberia que...?

— Agora vá embora. — Edward o interrompeu no meio da frase, e seu rosto de repente era assustador... verdadeiramente assustador. Por um segundo, ele parecia aquele vampiro do bosque, Laurent, eu dei alguns passos e me joguei nos braços de Jacob.

Jacob passou um dos braços em volta do meu corpo mas não se mexeu. — Por que não contou a ela?

Bella ficou em silêncio, seu rosto mudou de cor, sua aparência se tornou pálida, eu podia ver o terror em seus olhos — Ela voltou para me buscar — falou, com a voz embargada, Edward a segurou com firmeza ao lado dele

— Está tudo bem — sussurrou ele. — Está tudo bem. Nunca vou deixar que ela chegue perto de você, está tudo bem. Depois fuzilou Jacob com os olhos. — Isso responde à sua pergunta, vira-lata?

Soltei os corpo de Jacob e virei meu corpo na direção de Edward o desafiando—  Não acha que Bella tem o direito de saber?  É a vida dela.

— Por que deveria assustá-la, se não correu perigo algum?

— Melhor assustada que enganada! Grunhi.

Jacob sorriu.

— Muito bem, para a aula — soou uma voz severa atrás de nós. — Andando, eu reconheci a voz do Sr. Crowley.

Fiz uma careta e abracei Jacob tentando disfarçar — Vá para a escola, Jake — sussurrei, ansiosa, Jacob era aluno da escola quileute, mas ainda podia se meter em problemas por invasão de propriedade particular ou algo do tipo.

O Sr. Greene abriu caminho pela roda de espectadores, as sobrancelhas unidas pesando acima de seus olhos pequenos como nuvens carregadas e agourentas — Eu falei sério — ele ameaçou. — Qualquer um que ainda estiver aqui quando eu voltar cará na escola depois do horário.

A plateia se desfez antes que ele terminasse a frase. — Ah, Sr. Cullen. Temos algum problema aqui?

— Nenhum, Sr. Greene. Estávamos justamente a caminho da aula.

— Ótimo. Acho que não reconheço seu amigo. — O Sr. Greene virou o olhar penetrante para Jacob. — É aluno novo daqui?

Os olhos do Sr. Greene examinaram Jacob, e eu pude ver que ele chegou à mesma conclusão de todos os outros: perigoso. Um encrenqueiro.

— Não — respondeu Jacob, com um meio sorriso nos lábios grossos.

— Ele é meu namorado e me deu uma carona para escola. — Respondi enfrentando o diretor.

Jacob passou novamente o braço em meu ombro e deu um sorrisinho.

— Então mocinha, sugiro que ele se retire da propriedade da escola imediatamente, antes que eu chame a polícia. — O Sr. Greene falou dando um sorrisinho para mim.

— O senhor deseja que eu ligue para o meu pai?

O sorrisinho de Jacob se transformou num sorriso largo, e eu sabia que ele estava imaginando Charlie aparecendo para prendê-lo.

— Claro, tenho certeza de que o chefe Swan vai adorar assinar sua suspensão.

— Se serei suspensa por enfrentar seu preconceito eu o acompanho.

— É melhor eu ir— Jacob desfez seu sorriso, seus lábios tocaram minha testa se despedindo e em seguida subia na moto e dava a partida ali mesmo na calçada. O motor roncou e os pneus cantaram quando ele girou a moto com determinação. Em segundos, Jacob desapareceu de vista.

O Sr. Greene rangeu os dentes ao assistir à cena.

— Senhorita Swan deveria escolher melhor os seus amigos.

— Ele não é meu amigo, Sr. Greene, é meu namorado.

O Sr. Greene franziu os lábios — Entendo, mas se esse rapaz nos causar algum problema, ficarei feliz em...

— Não há motivo para se preocupar, Sr. Greene. Não haverá problema algum—Disse Edward enquanto Bella me puxava pelo braço para o lado dela.

 —  Espero que tenha razão Senhor Cullen. Bem, então. Para a aula. — O diretor deu alguns passos e parou ao meu lado me encarando — Você também, Srta. Swan.

Edward assentiu e me puxou depressa.

Eu estava furiosa, quem aquele velho barrigudo achava que era? Eu segui em silêncio ao lado de Bella e Edward na direção do prédio número dois.

— Você está bem? Bella perguntou, ela me conhecia bem, sabia que quando eu ficava em silêncio era por estar irritada.

— Eu estou! Respondi.

Bella me deu um abraço e seguiu com Edward para o outro prédio, eu suspirei caminhando na direção dos armários, o abri pegando alguns livros e quando virei o meu corpo meus olhos se arregalaram com o Sr. Greene bem atrás de mim.

— Algum problema? Perguntei olhando para baixo.

— Não deveria estar na sua aula senhora Swan?

— Estou tentando fazer isso, mas o senhor está a minha frente! Sorri.

O  Sr. Greene Também sorriu — A senhorita é uma excelente aluna, eu também me sinto responsável pela segurança dos alunos dessa escola, é meu dever informar aos país caso eu perceba que existe alguma situação de risco.

Torci os lábios — O senhor faz muito bem o seu trabalho.

— Talvez eu deva informar seu pai sobre suas amizades.

Rolei os olhos — Sinta-se à vontade — Em seguida desviei o olhar do diretos e vi o grupo de garotos se aproximar, para estragar de vez minha manhã de aniversário Riley estava com eles — Posso ir? Perguntei.

— Bom dia Sr. Greene! Riley falou aproximando-se com os outros dois rapazes, usavam jaqueta do time de futebol da escola, os olhos de Riley se fixaram em mim — Oi Carly.

— Oi.

— Sr. Biers! O diretor chato o cumprimentou — O que vocês fazem nesse prédio, a aula do último ano é no prédio três.

— Fiquei sabendo que hoje é aniversário da Carlie, vim dar parabéns a ela.

— É mesmo? Perguntou o Sr.Greene dando um sorriso em seguida — Bom, sendo assim, feliz aniversário Senhorita Swan e me dá um grande alivio saber que tem pessoas melhores em seu círculo de amizade, como o Riley, um dos melhore alunos da escola, estou imensamente triste em ter que me despedir dele.

Eu queria vomitar.

— Riley não é meu amigo, agora eu preciso realmente ir, minha aula já começou e o Sr. Petter não tolera atrasos — Sei um sorrisinho forçando passando pelos dois e apressei meus passos pelo corredor.

Entrei atrasada na sala de aula e sentei rapidamente em minha cadeira, pedindo a todos os descendentes da tribo quileute para não ser notada pelo Sr. Petters, afinal de contas se eu estava encrencada era por ter defendido um guerreiro deles, ou melhor, o neto do grande Ephraim, eles tinham uma dívida eterna comigo.

Abri o caderno e olhei para o lado verificando em que pagina do livro de química orgânica eles estavam, respirei fundo ao mudar as paginas do livro, o movimento das mãos minhas movimentaram o lobo de madeira pendurado na pulseira em meu pulso, dei um sorriso que se desfez assim que senti o bater da bolinha de papel sobre meu peito e cair sobre minhas pernas.

Olhei para os lados e Bem sorriu.

Peguei a bolinha de papel amassado e desamassei o abrindo.

“ Aquele cara enorme é seu namorado?”

Megan jogou outra bolinha. Olhei para frente e o Sr.Petters estava de costas escrevendo no quadro.

“ Seu namorado é gostoso!”

Ignorei a mensagem de Ben que baixou a cabeça rindo, arranquei uma folha do meu caderno e então respondi a Megan.

“Pare de achar o meu namorado gostoso, ele tem dona.”

Joguei para Megan e ela pegou o papel, fez uma careta torcendo os lábios e Ligia sorriu.

Outra bolinha de papel voou em minha direção.

“ Como é? Kkkkk Transar com ele?”

Ligia virou o rosto e baixou a cabeça na cadeira rindo, meus lábios se abriram formando um “O” neguei com a cabeça totalmente possessa e respondi ao bilhete.

“ Eu não transei com meu namorado, você não consegue pensar em outra coisa que não seja sexo?”

Atirei a bolinha.

O Sr.Petters virou o corpo naquele mesmo instante.

—Fudeo.

O homem magro e loiro deixou seu livro sobre sua mesa e caminhou na direção da mesa de Megan, “ não, não, não” murmurei em minha mente – Senhorita Jones, poderia me dar esse papel?

Megan que tinha bolinha nas mãos olhou para mim de soslaio – Por favor! Insistiu ele.

Eu baixei a cabeça e olhei para o livro, era meu aniversário, não acreditava que aquilo estava acontecendo comigo. O Sr. Petters abriu a bolinha amassada em suas mãos e ergueu as sobrancelhas e em seguida caminhou em silêncio para sua mesa — Fico feliz que a senhorita Swan seja uma moça responsável e não transe com seu namorado, como sexo é algo relacionado a química e a colega de vocês é uma excelente aluna peço que ela venha a frente e responda a questão colocada no quadro.

Ben, Ligia e Megan baixaram a cabeça, ouvi alguns risos e então me levantei. Segui totalmente constrangida até o quarto olhando os compostos descritos.

Cloreto de propila e cloreto de isopropila;

Pentan-3-ona e 3-metilbutanal;

Butano e isobutano;

Orto—metilfenilamina e N-metilfenilamina;

Propen-1-ol e propanal;

Ciclopentano e 3-metilbut-1-eno;

2-amino-2-metilpentano e 2-amino-3-metilpentano;

N-etiletanamida e N-metilpropanamida.

— Por favor senhorita Swan diga aos seus colegas o tipo de isomeria que ocorre entre cada um dos pares.

— Isomeria de posição, função, três de cadeia, dinâmica ou tautomeria, compensação ou metameria. — Respondi.

O professor sorriu timidamente e apontou para minha cadeira — Está correta! Disse ele enquanto eu caminhava apressada de volta para minha mesa.

Ben, Ligia e Megan voltaram a rir.

“Vocês me pagam” murmurei mostrando o dedo do meio para eles.

Quando finalmente terminou a aula eu senti um grande alivio, embora ainda ouvisse algumas fofocas pelo corredor, eu segui com Ben, Megan e Ligia para o refeitório, o olhar de todos como sempre estava nos Cullen, Bella estava sentada a mesa com eles, passei direto com minha bandeja nas mãos sentando em uma mesa um pouco mais afastada deles.

— Parece que as Swan chamam mesmo a atenção quando se trata de namorados, Nessie namora um dos caras da reserva, e Bella um Cullen.

— Será que podemos falar de outro assunto que não seja meu namorado? Reclamei, aquilo estava começando realmente a me incomodar.

— É o assunto do dia! Levi um dos garotos da minha turma respondeu sentando-se a mesa ao lado do Ben — Aposto minha grana no índio grandalhão —

— É — sussurrou Ben. — Você viu o tamanho do namorado da Nessie? Acho que ele podia acabar com o Cullen.

Levi parecia satisfeito com a ideia. 

— Acho que não — discordou Ben. — Tem alguma coisa no Edward. Ele é sempre tão... confiante. Tenho a sensação de que ele sabe se defender.

— Estou com o Ben — concordou Megan. — Além disso, se o outro cara se metesse com Edward, você sabe que os irmãos mais velhos dele acabariam se envolvendo.

— Alguém aí topa uma aposta?

— Dez no Jacob — disse Megan na mesma hora.

— Dez no Cullen — intrometeu-se Ligia.

 — Dez no Edward — concordou Ben.

— Jacob — Falou Levi.

Olhei para os quatro com uma expressão séria e eles se calaram — 100 que se vocês não pararem em alguns segundos farei sangrar o nariz de um de vocês.

Meu olhar se direcionou para mesa dos Cullens e eles riam.

Ligia riu e em seguida eles trocaram olhares, a loira abriu em seguida sua bolsa tirando de dentro um pequeno embrulho — Feliz aniversário! Falaram os quatro sorrindo.

— Nosso presente! Bem falou animado.

Eu sorri — Não precisava.

— Abre! Megan falou.

Peguei o embrulho desfazendo o laço, era um porta retratos com uma foto nossa no meu primeiro dia de aula na escola — Que lindo, eu amei!

— Para sempre lembrar de nós! Ligia falou me dando um abraço.

— Eu não estou nessa foto — Reclamou Levi pegando o seu celular — Vamos tirar uma nova.

— Foto de aniversário! Ben falou enquanto ficávamos todos juntos, após o clique voltamos aos nossos lugares, o Olhar dos garotos se fixou em Riley que entrava com seus cãos de guarda enquanto as meninas de outras mesas olhavam para ele.

—  E ai acha que vou conseguir? Perguntou Levi.

—  Vai fazer teste pro time? Perguntei.

—  Sim, quero ter as gatinhas correndo atrás de mim como eles! Respondeu Levi.

—  Fala sério, eles são uns porcos! Comentou Megan —  Principalmente Riley.

—  Eu concordo! Murmurei levando o canudinho do meu chocolate gelado a boca.

— É, ele é um lixo! Ligia falou baixando a cabeça.

Ben e Megan trocaram olhares — Vamos mudar de assunto — Sugeriu Ben.

Lancei um olhar de desconfiança para os três — O que o Riley fez a Ligia? — Aquilo era um blefe, talvez não tivesse sido Riley mas eu já havia notado que sempre que Riley se aproximava Ligia ficava coagida.

— Conta para ela — Falou Megan.

— O que tem para me contar?

Ligia suspirou — Ano passado no dia do aniversário dele, Riley me convidou para sua festa, eu fui — Ela baixou o olhar como se parecesse envergonhada.

— Me conta, o que ele fez a você? Arrastei minha mão sobre a mesa e coloquei sobre a mão dela — Faz tempo que noto seu comportamento quando vê o Riley.

— Eu bebi, ele me fez beber, e transou comigo — Ligia respondeu.

— Esse cara é um lixo! Ben murmurou — Depois disso eu ouvi no vestiário masculino depois da aula de educação física que Riley se presenteia no seu aniversário, ele escolha menininhas virgens para você sabe...

— Fui a escolhida! Ligia respirou.

— Então era isso? Murmurei. Riley me chamou naquela noite para aquela festa porque eu havia sido escolhida para ele...a raiva me consumiu, agora eu entendia por que ele vivia atrás de mim, não estava satisfeito por não ter tido seu presente no último aniversário — Ele me convidou para seu aniversário.

— Nessie, você também? Ligia me olhou assustada.

Neguei com a cabeça — Não, eu tive mais sorte do que você.

Meu olhar percorreu pelo refeitório, Edward sussurrou algo no ouvido de Bella e ela me olhou fixamente, mantive a busca e meu rosto parou na direção de Riley que estava sentado em uma mesa com seus amigos porcos.

— Eu já volto! Murmurei.

Me levantei e cortei a lanchonete passando por algumas mesas, ao ver me aproximar da sua mesa Riley sorriu — Oi Carly! Murmurou ele com aquele sorriso que me enojava — Decidiu sentar comigo?

Dei um sorriso forçado e ele sorriu animado, minhas mãos apoiaram-se sobre a mesa e meu corpo se curvou na direção dele — Você gosta de menininhas virgens Riley? Murmurei.

O sorriso dele se alargou — Direta você, sabe Carlie é esse seu jeitinho rude que me agrada, você é tão selvagem — Respondeu ele.

Minhas sobrancelhas se ergueram — Gosta do meu jeito selvagem? — Sorri. Dessa vez um sorriso mais largo — Então vai adorar o que meu jeito selvagem fará com você.

— Wow! Ele riu mas segundos depois ele deu um grande grito quando meu punho fechado acertou em cheio o nariz dele, dei alguns passos para trás enquanto Riley Biers se levantava e os amigos levantavam-se logo em seguida — Sua maluca, você quebrou o meu nariz! Ele gritou partindo para cima de mim, mas parou quando a mão do loiro alto pousou no peito dele.

— Você bateu o nariz na mesa por acidente, ou deseja ter outra parte do seu corpo quebrada?

— Nessie, vem! Bella me puxou pelo braço.

— Emmett acalme-se! Edward murmurou no ouvido do irmão. A outra Cullen, loira o puxou pelo braço, todos os alunos haviam se levantado de suas mesas observando a cena.

Riley olhou para mim e em seguida para o loiro alto — É eu bati...bati por acidente! Respondeu ele.

Edward deu alguns passos e se colocou entre o irmão e ele — Não pense nisso Riley, fique longe dela, porque se não ficar não é somente seu nariz que ficará machucado.

Bella me puxou junto com Alice e saímos juntos do Refeitório.


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Notas finais do capítulo

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